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ESTUDO DIRIGIDO 2 DE CARBOIDRATOS
Nome: Eduardo Thomaz						 Matrícula: 195150007
1. Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes no planeta. Todo ano, as plantas sintetizam mais de 100 bilhões de toneladas de carboidratos. Carboidratos são as bases alimentares da maior parte da população mundial. A oxidação de moléculas de carboidratos é a fonte de energia para a maioria das células não fotossintéticas. Enquanto seus polímeros apresentam funções estruturais, de armazenamento, lubrificação e, quando conjugados a proteínas ou lipídeos, podem servir como sinalizadores celulares.
1.1-Estudo da recuperação e hidrólise de isoflavonas e carboidratos obtidos a partir do melaço de soja:
o melaço de soja é um resíduo pouco aproveitado pela indústria biotecnológica, visto que, embora contenha componentes bioativos, de ampla utilização em alimentos funcionais, também apresenta compostos antinutricionais, como os Rafinose (RO). Para o máximo aproveitamento do melaço de soja pelo organismo, é necessário transformar as isoflavonas em compostos agliconas e reduzir a concentração de RO, transformando-o em monossacarídeos ou dissacarídeos. 
1.2-Alterações renais causadas pela lectina de sementes de Vatairea Macrocarpa
A lectina Vatairea macricarpa (VML) é uma lectina ligadora de galactose. O trabalho estuda os efeitos desta lectina no rim isolado de rato. Numa concentração de 10μg/ml, a VML foi capaz de aumentar pressão de perfusão, a resistência vascular renal, o fluxo urinário e o ritmo filtração glomerular. Porém, não houve aumento no transporte de Na+, K+, Cl-. Quando se fez o uso do complexo galactose-lectina (gal-VML), este não foi capaz de inibir a ação da VML, consequentemente, os parâmetros continuaram elevados.
1.3-A Glândula Pineal e o Metabolismo de Carboidratos
A influência da glândula pinal sobre o metabolismo de carboidratos vem sendo investigados, sem sucesso, há décadas. A melatonina aumentou a sensibilidade dos adipócitos isolados à insulina e o tratamento com o hormônio restaurou o conteúdo de GLUT4 em adipócitos brancos. Em suma, este trabalho evidenciou que a glândula pinel regula a homeostase de carboidratos por meio do aumento da sensibilidade tecidual à insulina promovida pela melatonina.
2. Existem diversas técnicas para determinação, qualitativa e quantitativa, de carboidratos. A maioria dos métodos conhecidos se baseia na redução de íons cobre em soluções alcalinas. Porém, há técnicas fundamentadas na redução de compostos orgânicos já presentes na amostra acarretando em mudança visível na coloração desta; e aquela que consistem na desidratação dos açúcares, com auxílio de ácidos fortes.
 Mesmos com inúmeros métodos químicos não seletivos, porém com alto nível de credibilidade e muito bem fundamentados teoricamente na literatura, atualmente, desenvolvem-se métodos mais seletivos como Cromatografia líquida de alta eficiência, capazes de identificar maior variedade de carboidratos.
As técnicas de análise podem ser divididas em titulométricas (EDTA, Lane-Enyon, Luff-Schoorl), gravimétricas (Musson-Walker) e espectrofotométricas (ADNS, Antrona, Fenol-Sulfúrico, Somogyi-Nelson). Além destes, existe também os métodos de Cromatografia de camada delgada e Refratometria com escala Brix.
3. Trichomonas Vaginalis é um protozoário flagelado infectante da microbiota vaginal que, nos últimos anos, vem sendo relacionado com o câncer cervical. Isso porque o Galectina-1 (Gal 1) pode ser expresso em células epiteliais vaginais (CEVs), permitindo sua ligação à Glicofosfolipídica (LPG) presentes em Trichomonas Vaginalis. A adesão de T. Vaginalis à CEV ocorre por meio da ligação entre a lectina e os sítios poly-LacNAc (composto por galactose e acetilglucosamina) do protozoário. Conforme o parazito interage com os receptores, mais receptores a célula disponibiliza para a interação. A adesão e infecção são favorecidas no útero, visto que este é constituído principalmente por miométrio, logo, por células do músculo liso. A sinalização ocorre por meio da proteína Src que, em associação com PI3K, fosforizam a membrana de lipídeos Fosfatidilinositol, rompendo o envoltório celular sendo capazes de fagocitar células epiteliais. O complexo de N-acetilactosamina da lectina Gal 1 pode regular o crescimento celular, juntamente com a proteína GRB2, por isso uma alteração em seu funcionamento pode ocasionar supressão de inflamação, uma vez que a Gal 1 provoca a apoptose de células T ativadas.
4. Lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos com alta especificidade e afinidade, podendo ser encontradas em todos os organismos. Estas participam de processos de reconhecimento, sinalização e adesão celular, destinação de proteínas no meio intracelular. Em plantas, as lectinas são agrupadas de acordo com suas propriedades aglutinantes e divididas em merolectinas (apenas um sítio de ligação), hololectinas (dois ou mais sítios iguais ou muito parecidos), quimerolectinas (pelo menos um sítio de ligação a carboidrato e outro domínio catalítico), superlectinas (pelo menos dois sítios diferentes para ligação a carboidratos). 
Selectinas constituem uma família de lectinas presentes na membrana plasmática responsáveis pelo controle do reconhecimento e adesão entre células durante diversos processos celulares.
Destruição de hormônio luteinizante e tireotroponina: Estes hormônios são terminados em GalNAc4S(β1→4)GlcNAc que é reconhecido por uma lectina presente em hepatócitos. A interação do receptor (lectina) com a terminação oligossacarídica é responsável pela internalização do hormônio e, posteriormente, destruição deste. Consequentemente, diminuindo a concentração dele na corrente sanguínea.
Lecnitas virais: Alguns vírus de animais aderem-se a célula hospedeira por meio de uma interação entre oligossacarídeos da membrana célula com lectinas presentes no capsídeo do vírus. O vírus influenza utiliza deste mecanismo para entrar se reproduzir nas células hospedeiras. A lectina do influenza (proteína HA) é essencial para a entrada do vírus na célula, que após a entrada, se reproduz, abandonando a célula inicial envolvida em uma porção de membrana plasmática. A sialidade viral é capaz de remover o resíduo terminal de acido siálico dos oligossacarídeos da célula hospedeira, liberando-a para novas interações, dando inicio a mais um ciclo de infecção.
Diapedese: Em um sítio de infecção, as selectinas-P das células endoteliais dos capilares sanguíneos interagem com oligossacarídeos de glicoproteínas da membrana dos leucócitos. Esta interação desacelera o leucócito, que estava seguindo o fluxo da corrente sanguínea, permitindo a interação entre integrinas dos leucócitos e uma proteína de adesão do epitélio, desencadeando diversas outras respostas celulares que permitem o extravasamento do leucócito para a região com a inflamação.
REFERENCIAS
LEMOS, Patrícia Abreu Pinheiro de et al. Citopatogenicidade de Trichomonas vaginalis: uma via de sinalização carboidrato-dependente. Femina, [s. l.], v. 42, p. 129-134, maio/junho 2014. Disponível em: https://search.bvsalud.org/gim/resource/en/lil-749129. Acesso em: 16 nov. 2020.
MANTOVANI, Daniel. ESTUDO DA RECUPERAÇÃO E HIDRÓLISE DE ISOFLAVONAS E CARBOIDRATOS OBTIDOS A PARTIR DO MELAÇO DE SOJA. 2013. 143 f. Tese (Doutorado) - Curso de Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013. Disponível em: https://www.acervodigital.ufpr.br/handle/1884/34198. Acesso em: 14 nov. 2020.
MONTEIRO, Ana Maria de Oliveira. Alterações renais causadas pela lectina de sementes de Vatairea Macrocarpa. 2004. 73 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Farmacologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2004. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/4039. Acesso em: 14 nov. 2020.
NELSON, David L.; COX, Michael M.. Carboidratos e Glicobiologia. In: NELSON, David L. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Nova York: Artmed, 2014. Cap. 7. p. 269-275. Tradução de Michele Bastiani
SERAPHIM, Patrícia Monteiroet al. A Glândula Pineal e o Metabolismo de Carboidratos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 44, n. 4, p. 331-338, ago. 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0004-27302000000400009&script=sci_arttext. Acesso em: 14 nov. 2020.
SILVA, Roberto do Nascimento et al. Comparação de métodos para a determinação de açúcares redutores e totais em mel. Food Science And Technology, Campinas, v. 23, n. 3, p. 337-341, Não é um mês valido! 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612003000300007. Acesso em: 10 nov. 2020.

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