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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Marcos José Nichele Teixeira 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gestão Estratégica e Vantagem Competitiva 
Tutor: Profº. Ronald Castro Paschoal 
 
 
 
 
São José/SC 
2020 
 
 
2 
 
 
 
NESTLÉ 
 
 
Referências: BELL D. E.; SHELMAN M. Estudo de Caso. Nestlé. Harvard Business School. 
2012. 
 
 
 A Nestlé surgiu na Suíça, em 1867, pelas mãos de um farmacêutico chamado Henri 
Nestlé, que criou a fórmula e desenvolveu um produto derivado do leite que serviria de base 
para a alimentação de crianças que, por algum motivo, não conseguissem se alimentar de leite 
materno. O composto continha leite de vaca, farinha de trigo e açúcar, era altamente nutritivo e 
se mostrou muito eficaz na redução da mortalidade infantil causada pela desnutrição. O produto 
foi comercializado com o nome de Farinha Láctea Nestlé e teve uma grande aceitação em vários 
países europeus, projetando a recém-nascida empresa no cenário internacional. 
 Em 1905, a Nestlé se fundiu com a Anglo-Swiss Condensed Milk Company, que era a 
sua maior concorrente na época, alavancando ainda mais o seu crescimento, ampliando as 
categorias de produtos e a cobertura de vendas. No início do século XX, a empresa já operava 
fábricas nos EUA, Grã-Bretanha, Alemanha e Espanha. Em 1907 se instalou na Austrália e em 
seguida criou centros de distribuição em Cingapura, Hong Kong e Mumbai, a fim de melhorar e 
ampliar o abastecimento do mercado asiático. Em 1920, chega ao Brasil, instalando a primeira 
de uma série de fábricas na América Latina. 
 Após oito anos de desenvolvimento, em 1937, foi criado o processo “Nescafé” para a 
produção de café solúvel de qualidade premium, com o intuito de buscar resolver o grande 
excedente do setor cafeeiro brasileiro, revolucionando o consumo de café em todo o mundo. Da 
mesma forma, no início da década de 1940, foi produzido o chá instantâneo “Nestea”. Em 1948, 
foi lançado o chocolate em pó “Nesquik”. 
 Após a Segunda Guerra Mundial a Nestlé se fundiu com a Maggi, gigante do ramo de 
aditivos alimentícios e alimentos preparados, adquiriu 25% da L’Oreal, líder mundial do ramo 
 
 
3 
dos cosméticos, em 1974, e comprou a Alcon Laboratories, empresa do ramo de produtos para 
cuidados dos olhos, em 1977. 
 Em 1980, com a posse de um novo CEO, grandes mudanças internas foram realizadas. O 
excesso de burocracia nos processos internos foi revisto, dando mais fluidez à organização. 
Uma pesquisa com todos os produtos comercializados eliminou ou reformulou aqueles menos 
rentáveis, os fluxos de caixa foram revitalizados, as gerências foram reorganizadas e, 
consequentemente, a cultura da empresa foi revigorada. Dois grandes objetivos foram 
vislumbrados: aumentar a participação da Nestlé no EUA e fazer da empresa a líder mundial em 
determinados segmentos de alto crescimento, como por exemplo a água mineral e os doces e 
chocolates. 
 Em 1997, após a aposentadoria do atual CEO, outro profissional veterano na empresa 
assumiu o seu lugar e implantou novas ideias na organização. Seu objetivo era alcançar a 
competitividade sustentável, a nível mundial, por meio de quatro pilares estratégicos: operações 
de baixo custo e altamente eficientes; renovação e lançamento de novos produtos da linha de 
produtos; disponibilidade universal; e uma boa comunicação com os consumidores por meio de 
uma melhor estratégia de marketing. Para isso, diversas providências foram tomadas de 
imediato, entre elas um sistema de classificação de preferência dos consumidores para os 
produtos ofertados, chamado “60/40”. Este sistema exigia que 60% dos participantes das 
pesquisas, realizadas às cegas, preferissem produtos Nestlé aos concorrentes. Os produtos que 
não atingissem a meta seriam descontinuados, reformulados ou vendidos. 
 Em meados de 2000 foi implantado o programa GLOBE (Global Business Excellence), 
que visava unificar todos os projetos da Nestlé em uma única infraestrutura de tecnologia, de 
forma compartilhada. Por meio deste programa os gestores poderiam calcular o total das 
compras mundiais de matérias-primas e a distribuição dos gastos entre os fornecedores, o que 
nunca pôde ser feito de forma tão rápida e precisa. Nos próximos 12 anos, sob a mesma gestão, 
as vendas cresceram 78%, enquanto o EBITE cresceu 142%, fazendo com que as ações da 
empresa crescessem 323%, gerando um retorno aos acionistas de 408% no período. 
 Mas o intuito principal de todas essas mudanças era de mudar os fundamentos principais 
da empresa, levando-a de uma empresa de tecnologia e processamento de alimentos e bebidas 
para uma visão mais ampla de nutrição, saúde e bem-estar, acompanhando o novo momento que 
o mundo estava vivendo. Com isso, o novo foco da empresa passou a ser a produção de 
 
 
4 
alimentos com menor teor de gorduras e açucares e maior valor nutritivo, sem deixar de lado 
seus produtos já consagrados. 
 O Nestlé Research Center (NRC), na Suíça, a maior instalação privada do mundo voltada 
à pesquisa fundamental de alimentos, nutrição e saúde, fazia todas as pesquisas básicas, 
abrangendo o NRC e outros 23 centros de Tecnologia de Produtos e de Pesquisa e 
Desenvolvimento (P&D), distribuídos em todo o mundo, focados no desenvolvimento de 
produtos e em geografias específicos. Além disso, a Nestlé iniciou um projeto chamado de 
“inovação aberta” onde reuniu colaborações externas de cientistas e tecnólogos das melhores 
universidades, centros de pesquisa e empresas privadas. Em 2007, comprometeu-se a investir 
um grande capital, até 2017, em startups das áreas de alimentos, nutrição, saúde e bem-estar. 
 Em 2007 a Nestlé possuía 480 fábricas em operação em 86, metade delas em países em 
desenvolvimento, e a grande maioria produzindo para mercados locais, diminuindo os custos 
com produção e logística. 
 Em 2008 um novo CEO assumiu e iniciou um projeto de expansão da empresa para o 
Peru, Equador, Chile, na América Latina, e outros países da Europa. O GLOBE foi estudado 
mais a fundo e passou a ser visto como um importante veículo para melhoria contínua, 
permitindo que as melhores práticas fossem identificadas e compartilhadas com todas as 
unidades ao redor do globo. 
 O caso apresentado deixa clara a importância da reestruturação contínua de uma 
organização, sempre acompanhando as mudanças do mercado mundial e o pensamento dos 
consumidores. Mesmo nascida no final do século XIX a Nestlé mantém-se ativa e sempre à 
frente da concorrência pois, de forma estratégica, procura se reinventar, sem medo de inovar ou 
deixar de lado o que não estava mais de acordo com o mercado.

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