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LESÕES DE MUCOSA ORAL

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5 
 
 
Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos 
Santos 
Curso de Odontologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões Benignas de Mucosa oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
2019 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário do Planalto Central 
Apparecido dos Santos – Uniceplac. 
 
Orientador(a): Prof(a). Nelson José Bagnato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
7 
FIBROMA 
 
 
São os tumores mais freqüentes da mucosa oral. Representam crescimentos tumorais do 
tecido conectivo fibroso. Alguns autores preferem o termo pólipo fibroepitelial ou fibrose 
hiperplásica para esse tipo de lesão. Raramente ocorrem antes da 4a década e não têm 
preferência por sexo. 
 
Etipatogenia 
 
A maioria das lesões orais que são chamadas de fibromas não é uma neoplasia 
verdadeira, mas fibrose decorrente de irritação crônica. Na maioria das situações representa 
uma hiperplasia reacional do tecido conjutivo fibroso em resposta á irritação ou trauma local. 
 
Características Clínicas 
 
Seu tamanho pode variar de alguns milímetros (mm) a alguns centímetros (cm), a 
consistência pode ser macia e edematosa, até firme e elástica, aparecendo em qualquer lugar da 
mucosa oral e orofaringe (mais comum na gengiva). As lesões são elevadas, freqüentemente 
pedunculadas ou sésseis e bem circunscritas, recobertas por mucosa normal, sendo 
normalmente assintomáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características Micróscopica 
 
Estroma colagenoso, com células inflamatórias e fibroblastos, que podem estar muito 
aumentados (fibroma de células gigantes). 
 
 
Neville et al 2009 Neville et al 2009 
8 
Aspecto Micróscopico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Tratamento/Prognóstico 
 
Exérese conservadora e eliminação dos fatores irritativos. Recorrências são raras. 
 
 
 
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
 
A epúlide fissurada é uma hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, semelhante a um tumor, 
que se desenvolve em associação com as bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. 
Embora o simples termo epúlide seja, algumas vezes, usado como sinônimo de epúlide fissurada, 
epúlide é, na verdade, um termo genérico que pode ser aplicado a qualquer tumor da gengiva ou 
do rebordo alveolar. 
 
Etiopatogenia 
 
A hiperplasia fibrosa inflamatória estar relacionado com trauma crônico produzido por 
uso de prótese mal adaptada, processo que leva ao fibroma traumático, exceto pelo fato de que 
protése é especificamente identificada como o agente causador. 
 
Características Clínicas 
 
Tipicamente a epúlide fissurada se apresenta como uma única prega ou múltiplas pregas de 
tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar. Mais frequentemente, duas pregas de tecido estão 
presentes, e as bordas da prótese associada se encaixam perfeitamente dentro da fissura entre as 
pregas. O tecido redundante usualmente é firme e fibroso, embora algumas lesões se apresentem 
eritematosas e ulceradas, semelhantes ao granuloma piogênico. Ocasionalmente casos de epúlide 
fissurada apresentam áreas de hiperplasia papilar inflamatória em sua superfície O tamanho da 
lesão pode variar de hiperplasias localizadas menores que 1 cm, a grandes lesões que envolvem 
grande parte da extensão do vestíbulo. 
A epúlide fissurada usualmente se desenvolve na face vestibular do rebordo alveolar, 
embora lesões ocasionais possam ser vistas na face lingual do rebordo alveolar inferior. A epúlide 
fissurada ocorre mais comumente em adultos de meia-idade e em idosos, como era de se esperar 
para uma lesão relacionada ao uso de prótese. 
Pode ocorrer tanto na maxila quanto na mandíbula. A porção anterior dos ossos maxilares 
10 
é mais afetada do que as porções posteriores. Há uma pronunciada predileção pelo gênero 
feminino; a maioria dos estudos mostra que dois terços a três quartos dos casos submetidos à 
biópsia ocorrem em mulheres. Outra hiperplasia fibrosa similar, mas menos comum, é o pólipo 
fibroepitelial ou fibroma por dentadura semelhante à folha, que ocorre no palato duro abaixo de 
uma prótese superior. Esta lesão característica se apresenta como uma massa plana de coloração 
rosa, aderida ao palato por um estreito pedículo. Usualmente a massa aplainada é intimamente 
próxima ao palato, e assenta-se em uma discreta depressão. Entretanto, é facilmente levantada com 
uma sonda exploradora, o que demonstra sua natureza pedunculada. Os bordos da lesão geralmente 
são recortados, lembrando uma folha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características Microscópicas 
 
O exame microscópico da epúlide fissurada revela uma hiperplasia do tecido conjuntivo 
fibroso. Geralmente múltiplas pregas e sulcos ocorrem no local onde a prótese traumatiza o 
tecido O epitélio de revestimento frequentemente é hiperparaceratinizado e demonstra 
hiperplasia irregular das cristas epiteliais. Em alguns casos, o epitélio exibe hiperplasia papilar 
inflamatória (ver adiante) ou hiperplasia pseudoepiteliomatosa (pseudocarcinomatosa). Áreas 
focais de ulceração não são raras, especialmente na base das fissuras entre as pregas. 
Um infiltrado inflamatório crônico variável está presente. Algumas vezes, podem estar 
presentes eosinófilos, ou ocorrer a formação de folículos linfoides. Se as glândulas salivares 
menores estiverem incluídas no espécime, usualmente exibirão sialoadenite crônica. Em raras 
situações, observa-se a formação de tecido osteoide ou condroide. Esta aparência incomum, 
conhecida como metaplasia óssea e condromatosa, é um fenômeno reativo causado pela 
irritação crônica da prótese mal adaptada. 
A natureza irregular deste osso ou cartilagem pode ser microscopicamente alterada, e o 
Neville et al 2009 Neville et al 2009 
11 
patologista não deve confundi-la com um sarcoma. O pólipo fibroepitelial associado à 
dentadura apresenta um estreito núcleo de tecido conjuntivo, revestido por epitélio escamoso 
estratificado. Assim como na epúlide fissurada, o epitélio de revestimento pode estar 
hiperplasicado. 
 
Aspecto Micróscopico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas regular de feixes 
de fibras colagenas 
caracteriza hiperplasia 
Papilomatose 
Ortoceratose 
12 
 
 
Tratamento/Prognóstico 
 
O tratamento para a epúlide fissurada ou para o pólipo fibroepitelial consiste na remoção 
cirúrgica, com o exame microscópico do tecido removido. A prótese mal-adaptada deve ser 
refeita ou corrigida para prevenir a recidiva da lesão. 
 
HIPERPLASIA PAPILAR 
 
 
 
Etiopatogenia 
 
Embora a patogênese exata seja desconhecida, mais frequentemente a condição parece 
estar relacionada à má adaptação da dentadura, câmara de sucção, má higienização da prótese 
e uso diário da dentadura durante 24 horas. A infecção por Candida sp. também tem sido 
sugerida como possível causa, mas essa questão ainda não está esclarecida. 
 
Características Clínicas 
 
Ocorre no palato duro, abaixo da base da dentadura, e menos frequentemente no 
rebordo alveolar mandibular edêntulo. A mucosa apresenta-se eritematosa e com uma 
superfície papilar ou pedregosa. Muitos casos estão associados com a "queimação" na boca 
por dentadura e à candidose. 
 
 
 
 
 
 
 
Neville et al 2003 Neville et al 2003 
Hiperceratose 
13 
 
 
Características Micróscopicas 
 A mucosa na hiperplasia papilar inflamatória exibe numerosos crescimentos papilares na 
superfície, que são recobertos por epitélio escamoso estratificado hiperplásico. Em casos 
avançados, esta hiperplasia tem aparência pseudoepiteliomatosa, e o patologista não deve 
confundi-la com um carcinoma. 
 O tecido conjuntivo pode variar de frouxo e edematoso a densamente colagenizado. 
Usualmente é visto um infiltradoinflamatório crônico, que consiste em linfócitos e plasmócitos. 
Menos frequentemente, leucócitos polimorfonucleares também estão presentes. Se as glândulas 
salivares subjacentes estiverem presentes, elas geralmente exibem sialoadenite esclerosante. 
 
Aspecto Micróscopico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esponjiose 
Lesão predominante de 
aréa bastante inflamada. 
15 
 
 
Tratamento/Prognóstico 
 
Para muitas lesões precoces de hiperplasia papilar inflamatória, a remoção da dentadura 
pode permitir a remissão do eritema e do edema, e os tecidos podem retornar à sua aparência 
próxima ao normal. A condição também pode mostrar melhora após o uso de terapia antifúngica 
tópica ou sistêmica. Para casos mais avançados e para lesões colagenizadas, muitos clínicos 
preferem excisar o tecido hiperplásico antes de confeccionar uma nova dentadura. Diversos 
métodos cirúrgicos têm sido usados, incluindo os seguintes: Excisão cirúrgica com bisturi da 
espessura parcial ou total da lesão 
 Curetagem 
 Eletrocirurgia 
 Criocirurgia 
 Cirurgia a laser 
Após a cirurgia, a dentadura preexistente do paciente pode ser reembasada com um 
condicionador tecidual temporário, que age como um tampão palatino e promove maior 
conforto para o paciente. Após a cicatrização, o paciente deve ser encorajado a remover a 
prótese durante a noite e a mantê-la limpa 
 
GRANULOMA PIOGÊNCIO 
 
 
O granuloma piogênico é uma resposta exagerada, sob a forma de um tecido de 
granulação, a traumas de pequena importância não relacionados com qualquer agente infeccioso 
específico, sendo que alteração hormonal é outra possibilidade (pregnancy tumor). Envolve 
mais freqüentemente a gengiva, sendo o lábio inferior e a superfície dorsal da língua outros 
sítios comuns. 
 
Etiopatogenia 
 
Referente à etiopatogenia, o processo proliferativo reacional é decorrente de trauma; 
irritação local, como a má higiene bucal, biofilme e cálculos dentários, inflamação gengival, 
doenças periodontais, dentes neonatais e margens salientes de restaurações; e alterações 
16 
hormonais, como na gestação (2, 3, 5-12, 14) e na menarca. Na gestação, origina-se 
normalmente no 2º ou 3º trimestres, tendendo a involuir após o parto (3, 5, 7, 9, 12, 15). O 
 
aumento dos níveis de progesterona e estrógeno produz dilatação e proliferação da 
microvasculatura gengival e destruição de mastócitos, resultando em aumento da liberação de 
substâncias vasoativas no tecido adjacente, induzindo a formação do granuloma. A utilização 
de contraceptivos orais, que aumentam os níveis hormonais e criam um estado de 
“pseudogestação”, também foi relacionado. 
Foi reportada também a diminuição na queratinização do epitélio da gengiva inserida, 
deixandoa mais vulnerável ao trauma, provocando tendência ao crescimento do tumor vascular 
da gengiva e mucosa alveolar. Cinco polipeptídeos (Tio-2, angiopoetina-1, angiopoetina-2, 
efrin-B2, efrin-B4) têm papel importante no processo de neovascularização inflamatória. O 
desenvolvimento de granulomas piogênicos após a exodontia de terceiros molares também foi 
citado causado por irritação local, como bolsa periodontal, cálculos, restos alimentares, 
fragmentos dentários e espículas ósseas. 
O desenvolvimento do granuloma piogênico depende de alguns fatores como a 
quantidade suficiente de tecido conjuntivo; grau de inflamação gengival; grau de 
vulnerabilidade ao trauma; presença de dentes e próteses; e nível de higiene bucal. O 
traumatismo de baixa intensidade nos tecidos permitiria a invasão de microorganismos 
saprófitos inespecíficos de baixa virulência, resultando em resposta tecidual, caracterizada pela 
proliferação excessiva de tecido conjuntivo do tipo vascular. 
 
Caracteríticas Clínicas 
 
Benigno, elevado, vascularizado que acomete a pele e a mucosa. Pode ser pedunculado 
ou séssil, geralmente com superfície ulcerada, de tamanho variando de 0,5 a 2 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 Neville et al 2009 Neville et al 2009 
17 
 
 
 
 
Características Micróscopicas 
 
 Microscopicamente as referidas lesoes são compostas por mssas lobulares de tecido de 
granulaçao hiperplásico. Em algumas lesões , pode ser observada certa fibrose, sugerindo que 
pode haver maturação do processo de reparação do tecido conjuntivo. Podem ser encontradas 
células da inflmação crônica em número variavel. Na zona superficial dos granulomas 
ulcerados, encontram se neutrófilos. 
 
Aspecto Micróscopico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento/Prognóstico 
 
É cirúrgico, com rara recorrência, com exceção dos granulomas de gengiva. 
 
Aréa circudanda 
pela núcleos da 
célula 
Plasma 
Hemaciás 
 Infiltrado de células predominantes de 
macrofagos e linfocitos. 
18 
 
 
 
 
GRANULOMA PERIFÉRICO DE CELULAS 
GIGANTES 
 
 
O granuloma de células gigantes é considerado largamente como sendo uma lesão não-
neoplásica. Embora denominada inicialmente como granuloma reparador de células gigantes, há 
pouca evidência de que a lesão represente uma resposta de reparo. Algumas lesões apresentam 
comportamento agressivo similar ao de um neoplasma. A maioria dos patologistas orais e 
maxilofaciais abandonaram o termo reparador e hoje essas lesões são chamadas de granulomas de 
células gigantes ou pelo termo mais correto, lesão de células gigantes. É incerto e controverso se 
tumores de células gigantes verdadeiros ocorrem nos ossos gnáticos. Da mesma forma, não é certo 
se alguns casos atualmente relatados de granulomas de células gigantes extragnáticos representam 
tumores de células gigantes verdadeiros. É ulceração secundaria causada por um trauma pode 
resultar um trauma pode resultar na formação de um coágulo de fibrina sobre a úlcera essas lesões 
tem cerca de 1 diâmetro sem predileção por idade tendo uma tendência a acometer mais mulheres. 
 
Etiopatogenia 
 
Incerta, proliferativa e reacional do tecido conjuntivo fibroso ou do periósteo, que 
acomete considerável parcela da população em geral, quando comparada às outras lesões 
proliferativas não-neoplásicas da boca. Pertencem a este grupo a hiperplasia fibrosa inflamatória, 
as fibromatoses gengivais, o granuloma piogênico e o GPCG, este último definido pela presença 
de células gigantes no estroma de lesões gengivais. Tecido conjuntivo diante de uma agressão ao 
tecido gengival é uma das hiperplásicas reacionais mais comumente encontradas na membrana 
da mucosa oral representado um processo de reparo exuberante em associação a um trauma local 
ou a uma irritação, diferencia se de outras lesões além do aspecto clínico é presença de células 
gigantes multinucleadas, mais a razão para presença dessas células é desconhecida. 
 
Características Clínicas 
 
Células gigantes, são vistos exclusivamente em gengiva, em geral entre incisivos e 
19 
primeiras molares, sabe se que originam a partir do ligamento periodontal ou do periósteo, 
ocasionando a reabsorção do osso alveolar. Casso esse processo ocorra em uma área endêtula 
pode ser observada radiolucidez em forma de taça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características Micróscopicas 
 
Massas vermelha assintomática da gengiva clinicamente não é possível de ser 
distinguindo do granuloma piogênico incomum, e composta por fibroblastos células gigantes 
multinucleadas. Lesões de células gigantes dos ossos gnáticos mostram uma variedade de 
características. Comum a todas é a presença de poucas a muitas células gigantes multinucleadas 
em um fundo de células mesenquimais ovoides ou fusiformes e macrófagos arredondados, há 
evidências de que essas células gigantes representam osteoclastos, embora outras sugiram que 
as células sejam mais relacionadas com macrófagos. As células fusiformes parecem estar 
relacionadas com fibroblastos. Tem sido proposto queas células fusiformes são a população de 
células em proliferação e que recrutam precursores de macrófagos, induzindo-os a se 
diferenciar em células osteoclásticas gigantes pela ativação da via de sinalização do receptor 
ativador do fator nuclear-KB (RANK)/ligante RANK. 
As células gigantes podem estar agregadas focalmente, ou podem estar presentes 
difusamente por toda a lesão. Essas células variam consideravelmente em forma e tamanho de 
caso para caso. Algumas são pequenas e irregulares e contêm. 
 
 
 
Neville et al 2009 http://scielo.isciii.es/scielo.phps 
20 
 
 
 
Aspecto Microscópico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Varíos Núcleos 
Núcleo 
Núcleolo 
Celulas que ficam 
mas brilhosa sao 
chamadas de 
birrefigência que 
caracteriza 
presença de 
hemácias no 
tecido. 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemossiderina 
 
Presença de infiltrado inflamtorio de hemossiderina significa tão somente , hemorragia 
porque processo de decomposição de hemácias , especialmente oxidação de hemoglobima 
forma hemosssiderina, se eu recoheço hemácias fora do vaso, isso identifica hemorragia corpos 
hemorrágicos tem ser fagocitados, caso não ocorra hemácia entra em decompisção, ocorre a 
pimentação, ion presente na hemoglobina, é ferro, o ferro oxida causando a hemossiderina. 
A hemossiderina aparece ao microscópio óptico como grânulos de cor marron escura, 
tamanho variável e aspecto refringente (isto é brilhante quando se mexe no foco micrométrico) 
é vísivel ja sem colaração, ou em HE. Como o ferro está na forma trivalente dá a reação do azul 
da prússia (ou de Perls), ou seja, reage com ferrocianeto de potássio para dar ferrocianeto 
férrico, que é azul intenso e insolúvel. 
 
Areá circudanda 
chamada de gigantocitos 
Hemossiderina 
capilares 
Capilares 
22 
 
 
Billirrubina 
Caracteriza-se pelo acumulo de bilirrubina no plasma e nos tecidos e conseqüentemente 
coloração amarelada da esclera, pele e mucosas. Da hemoglobinae de outras hemoproteínas. Embora, 
desde a suacaracterização inicial, ela nãot enha sido associada a nenhum afunção aparente,mais 
recentemente tem-se demonstrado que,emconcentraçõesnormaisou discretamente elevadas, a Bb não-
conjugada possui ação antioxidante, ouseja,a capacidade de se combinar com radicais livres formados 
durante o metabolismo celular oxidativo. 
 
Tratamento/Prognóstico 
 
O tratamento preferencial dos granulomas de células gigantes periféricos é excisão 
cirúrgica, também é necessária a remoção dos fatores ou irritantes locais, a recorrência é rara. 
 
PAPILOMAVÍRUS HUMANO – LESÕES BENIGNAS 
 
 
Papilomavirus Humano (HPV) são pequenos virus, com forma icosahedral não 
envelopados constituído de DNA que se replicam no núcleo de células epiteliais escamosas. O 
papiloma escamoso, a verruga vulgar, o condiloma acuminado e a doença de Heck serão discutidos 
juntamente devido às similaridades da apresentação clínica e da histopatológica. Papilomavirus 
Humano (HPV) são pequenos virus, com forma icosahedral não envelopados constituído de DNA 
que se replicam no núcleo de células epiteliais escamosas, o vírus possui um genoma de DNA de 
cadeia dupla combinado com histonas, que formam um complexo semelhante a um cromossomo, 
contido num capsídeo externo de proteína virótica 
 
Etiopatogenia 
 
O HPV é transmitido pelo contato direto ou indireto com o indivíduo que tem a lesão. 
Disfunções na barreira epitelial por traumatismos, pequenas agressões ou macerações provocam perda 
de solução de continuidade na pele, possibilitando a infecção viral. Após a inoculação, o período de 
incubação varia de três semanas a oito meses. 
Estas lesões estão relacionadas à infecção pelo papiloma vírus humano; os estudos com 
23 
a hibridização in situ e a reação em cadeia da polimerase (PCR) para classificar os subtipos de 
 
 
vírus permitiram que elas fossem caracterizadas de forma mais precisa, fatores de risco que 
possam estar relacionados ao desenvolvimento das neoplasias intraepiteliais cervicais, do 
câncer do colo uterino e da boca. Esses estudos têm relatado que a infecção persistente por 
certos tipos oncogênicos de Papilomavírus Humano (HPV) constitui o principal fator de risco 
para a patogênese do câncer cervical, sendo considerada uma causa necessária para o desen-
volvimento da neoplasia do colo uterino. 
 
Características Clínicas 
 
Papiloma Escamoso 
 
O papiloma escamoso é uma lesão firme, indolor e normalmente exofítica pediculada, com 
numerosas projeções semelhantes a “dedos” na superfície, que lhe dão uma aparência de “couve-
flor” ou “verruga”. As lesões podem ser brancas, vermelho-claras, ou de cor normal, dependendo 
da quantidade de ceratinização da superfície. Os papilomas são normalmente solitários e 
caracteristicamente aumentam de modo rápido para o tamanho máximo de 0,5 cm, com pequena ou 
nenhuma mudança depois disso. Entretanto, têm sido noticiadas lesões que chegam a 3 cm de 
diâmetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condiloma Acuminado 
 
Os condilomas são únicos ou múltiplos, papulares ou papilares, e em geral são 
observados em hospedeiros imunocomprometidos. As lesões na doença de Heck são papulares 
Sook bin woo et al 2013 
 
Sook bin Woo. 2013 
24 
e múltiplas, em geral observadas em jovens. O condiloma acuminado é uma proliferação 
induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado da genitália, região perianal, boca e 
 
laringe. Parece estar associado ao HPV 6, HPV 11, HPV 16 e HPV 18, sendo o HPV 16 o mais 
prevalente tanto em lesões orais como genitais clinicamente, o condiloma acuminado pode 
iniciar-se como uma formação de numerosas pápulas agrupadas, de coloração rósea, que 
crescem e coalescem. O resultado é um crescimento papilar ou nodular exofítico, com base 
larga, que pode ser ceratinizado ou não ceratinizado, firme, bem edemaciada e séssil de 
coloração rósea, com superfície verrucosa, indolor, podendo ser única ou múltipla. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial 
 
A acantose nigricans apresenta uma histologia similar ao papiloma escamoso ou o 
condiloma sem o envolvimento do papiloma vírus humano; os pacientes manifestam 
malignidade visceral. O diagnóstico diferencial do papiloma bucal de células escamosas, 
quando solitário, inclui a verruga vulgar e mais raramente o condiloma acuminado. A verruga 
vulgar geralmente forma-se com uma base séssil ou larga, em contraste com a base estreita e 
pediculada do papiloma escamoso e o condiloma acuminado geralmente apresenta lesões 
múltiplas. Dependendo do grau de queratinização o fibroma apresenta-se como diagnóstico 
diferencial. 
 
 
 
 
 
Sook bin woo et al 2013 
 
Sook bin woo et al 2013 
 
 
25 
 
 
 
Aspecto Micróscopico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características do estroma ? 
 
O HPV induz a hiperplasia epitelial sobretudo nas células parabrasais ocorrendo graus 
de ancantose, definida como espessamento do epitélio, de proliferção das células das camadas 
profundas e papilomatose, devido projeção do estroma acima da superfíce epitelial muitas 
vezes formando eixos contendo vasos proemienentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hiperparacertose 
Coilócitos 
Estroma 
Coilócitos 
Camada basal 
Binucleação 
Projeções digitiformes 
Estroma 
Células 
parequimatosas 
26 
 
 
 
 
Tratamento e Prognóstico 
 
A excisão é o tratamento de escolha, caso as lesões sejam solitárias; partículas virais 
podem ser identificadas nas vaporizações com laser. O imiquimode pode ser útil nas lesões 
avermelhadas, mas é difícil manter o medicamento aderido à mucosa oral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
hiperparaceratose 
27 
 
 
 
 
 
Referências 
 
 Bogliolo,Luigi, Bogliolo,patologia/:GeraldoBrasileiroFilho.- 7.cd. – Rio de Janeiro : 
Guanabara Koogan, 2006 
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