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ALUNO : GABRIEL CALADO // MATRÍCULA : 20170907512 // CAMPUS : PRESIDENTE VARGAS // TURNO : MANHÃ // DISCIPLINA : CIVIL IV 1 - Josué, que não tinha lugar para morar com a família, ocupou determinada área urbana de 500 metros quadrados. Como ignorava a titularidade do imóvel, o qual se encontrava sem demarcação e aparentemente abandonado, nele construiu uma casa de alvenaria, com três quartos, furou um poço, plantou grama, e, como não possuía outro imóvel, fixou residência com a mulher e os cinco filhos, por cerca de dois anos, sem ser molestado. Matusalém, proprietário do imóvel, ao tomar conhecimento da ocupação, ajuizou ação de reintegração de posse em face de Josué. Diante de tal situação, responda, fundamentadamente, às seguintes indagações a seguir. A) Na contestação, Josué poderia requerer a indenização pelas benfeitorias realizadas? (Valor: 0,65) RESPOSTA → Como trata-se de benfeitorias úteis e necessárias, ele poderia tentar pleitear a indenização, argumentando que sua ocupação mesmo que injusta foi de boa-fé pois o imóvel não estava exercendo a função social e com isso o código civil garante que o possuidor de boa-fé terá direito a indenização de benfeitorias úteis e necessárias, como podemos ver no Artigo 1219, código civil; “ O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.” e a posse de boa-fé está expressa no artigo 1201 do CC; “ É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou obstáculo que impede a aquisição da coisa.” B) Qual seria o prazo necessário para que pudesse arguir a usucapião em seu favor e qual a sua espécie? Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. RESPOSTA → Como imóvel possuía 500m², ultrapassando o limite trazido no artigo 1.240, CC, que trata do usucapião urbano ou pró-moradia que possibilita o possuidor usucapir uma área de até 250m². Porém como estamos falando de uma área de 500m², o usucapião que poderia ser usado é o usucapião extraordinário, que está previsto no artigo 1.238 do CC, e determina que o possuidor fique no imóvel por 15 anos ininterrupto, porém este artigo traz a possibilidade deste prazo ser reduzido para 10 anos como podemos ver no texto do artigo 1.238, CC; “ Aquele que, por quinze anos sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade independentemente de título e boa-fé podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único; O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.” Destaquei o trecho que vai possibilitar a redução do prazo para usucapir de José. Então concluímos que o prazo necessário para poder arguir o usucapião é de 10 anos por ele ter feito obra e estabelecido sua moradia, e a espécie de usucapião a ser aplicado no caso concreto é o de usucapião extraordinário, por causa do tamanho do terreno, e consequentemente esta modalidade de usucapião dispensa a caracterização de boa-fé por parte do possuidor. 2 - Homer mora em um condomínio no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), seu apartamento tem 208 m² e o condomínio tem ampla área de lazer, com academia, playground para crianças e piscina. Homer é conhecido por todos como uma pessoa sedentária, não afeita a exercícios, assim não frequenta a piscina ou a academia do condomínio, ademais é solteiro e não teve prole. Em razão desta situação Homer procurou o Sr. Skinner, síndico do edifício, e exigiu que todas as despesas com academia, piscina e playground fossem retiradas de sua cota condominial, sob o argumento que não os utiliza. Homer está correto? Explique. RESPOSTA → Não. Mesmo que não utilize a manutenção da piscina, playground e academia estão dentro das taxas ordinária de um condomínio e como não temos o regimento interno do condomínio, usaremos como base o artigo 1.336, inciso I do CC; “ São deveres do condômino; I - Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção.” 3 - Caio é proprietário de imóvel, que não tem passagem para via pública,sendo este acesso possível,apenas, pelo imóvel de seu vizinho André. Acontece que este por, motivos de ordem pessoal,resolveu impedir que o primeiro passe por sua propriedade. Analise a atitude de André e emita parecer sobre tal situação. RESPOSTA → André deverá conceder à Caio outra passagem, caso não for possível, Caio poderá mediante pagamento de indenização obrigar ao vizinho que lhe der passagem onde será judicialmente fixado este caminho se necessário, como traz o artigo 1.285, caput do CC; “ O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto pode mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo o rumo será judicialmente fixado se necessário.” 4 - Pamela mora com seu filho Jason. Ela resolve dispor de seu único patrimônio para Jason, a casa em que eles vivem. No entanto ela não confia em transferir o bem por doação simples a Jason. Ele é genioso e ela tem medo dele vender a casa e de que ambos fiquem sem moradia. Assim ela utiliza de um instituto do Código Civil, segundo o qual um bem pode ser transferido, mas o doador mantém o direito de uso do bem, não podendo quem recebe a propriedade deste bem vendê-lo enquanto o doador tiver vida. Analisando a presente situação, responda: a) Qual o nome deste instituto? RESPOSTA → Usufruto, ela dará o direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos para Jason, contudo não podendo este vender ou dispor do bem enquanto ela estiver viva. b) Quem é o nu-proprietário? RESPOSTA → Jason é nu-proprietário, que possui o domínio de um bem imóvel, mas não faz uso dele, sendo o usufruto exercido por outra pessoa. c) Quem é o usufrutuário? RESPOSTA → Pamela, ela terá direito de usar as utilidades e os frutos (rendas) do bem, ainda que não seja o proprietário, tem também direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos como prever o art. 1.394 do CC. d) Classifique este instituto quanto a sua origem, seu objeto, sua extensão e sua duração. RESPOSTA → Origem dela é quando Pamela efetua a doação sendo feito então por negócio-jurídico que chamamos de convencional para seu filho Jason, objeto é imóvel que está em usufruto que é caracterizado como objeto próprio, que tem sua extensão como particular e restrito, pois trata-se de um bem só, com uso restrito, por fim sua duração é vitalicia. e) Após Pamela transferir o imóvel para Jason, com registro em cartório, ele pode vender o imóvel, já que passou a ser sua propriedade? RESPOSTA → Não, enquanto Pamela estiver viva não poderá Jason alienar o imóvel pois ela faz jus ao usufruto do imóvel, que lhe garante essa estabilidade na moradia. Ele não tem a propriedade de fato, que só será exercida quando usufrutaria Conceitue Condomínio em Geral, bem como aponte as diferenças entre a classificação pro diviso e pro indiviso dando exemplo destas modalidades. RESPOSTA → Condomínio é quando um grupo de pessoas exerce direito sobre uma mesma coisa, e todas envolvidas têm igual direito, de forma ideal, sobre o todo e cada uma de suas partes. E cada condômino tem atribuído a si uma quota parte sobre o todo. Condomínio pro diviso é aquele que é cada pessoa tem seu direito constituído sobre a coisa em comum por exemplo o condomínio o edifício é uma hipótese, já o Condomínio pro indiviso o condômino não tem noção da sua parte no todo, permanecendo na indivisão, exemplo que podemos citar é o da herança não partilhada.
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