Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Edição 290 - Setembro de 2016 - 1 Ano XXVI | Setembro de 2016 | Edição 290 As Tragédias das Barragens de Rejeitos no Brasil Comportamento: Como despertar sua criatividade Mineração: 2 - Revista BQ - Banas Qualidade Os valores-p não me assustam. Análise de Dados Destemida Analisar dados com o Minitab Statistical Software é fácil e agora Minitab 17 está disponível em Português. Um Assistente integrado guia você durante todo o processo, desde a escolha da ferramenta correta até a realização da sua análise e interpretação dos seus resultados. Você conhece o seu negócio. Minitab fornece a confiança necessária para melhorá-lo. w w w. m i n i t a b . c o m Fearless_21x28cm_PT-BR.indd 1 2/26/2014 10:38:49 AM http://www.minitab.com/pt-br Edição 290 - Setembro de 2016 - 3 Revista Banas Qualidade Telefones: +55(11) 3798.6380 /3742.4838 Email: redacao@edila.com.br Twitter: @banasqualidade Facebook: banasqualidade Site: http://www.banasqualidade.com.br Editorial Publisher: Fernando Banas redacao@edila.com.br Editor: Hayrton do Prado hayrton@uol.com.br Colaboradores Editoriais Claudemir Y.Oribe Cristina Werkema Dolores Affonso Ernesto Berg Maurício Ferraz de Paiva Roberta Pithon Roberto Inagake Colaboradores da Edição Adrieny Taliny Comper André Lourenço Nogueira Cristiano Bertulucci Silveira Eduardo Bello Rodrigues Eduardo Guaragna Everton Skoronski Guilherme Bezerra Lorena Fernanda Altava Cara Luciano André Deitos Koslowski Mylena Fernandes Nigel H Croft Thomas Spagnolatti Diretoria Operacional Christine Banas Telefone: +55(11) 3742.4838 christine.banas@edila.com.br Publicidade Edila Editorial Latina Ltda. Telefone: +55(11) 3742.4838 comercial@edila.com.br Assinaturas Telefone: +55(11) 9915.8240 assinaturas@edila.com.br Assinatura digital Anual (12 edições) : R$ 140,00 Bianual (24 edições) : R$190,00 A Revista Banas Qualidade - DIGITAL é publicada pela Quality Innovation Estratégia Empresarial Ltda. com sede em São Paulo/SP - Brasil. A publicação não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos aqui emitidos por seus articulistas e colunistas. ISSN - 1676-7845 Ano XXVI - Edição 290 Setembro de 2016 Hayrton R. do Prado Filho hayrton.prado@epse.com.br Antropoceno e sustentabilidade Editorial Se você ficar em um lugar escuro, sem música, sem barulho do mundo exterior, dá para você escutar o rumor da sua solidão. Esse é o homo sapiens sapiens olhando a fogueira nas cavernas ou olhando a tela de seu computador ou seu celular. A solidão que faz buscar paraísos, infernos ou purgatórios para tentar explicar o inexplicável. A lógica ilógica das coisas sobre a Terra, dos planetas visíveis, do universo em uma noite escura e brilhante. Olhando o horizonte infinito de uma praia, os seus olhos chegam a arder e à sua mente vem a vontade de ir até lá. Uma jornada de mais de 160.000 anos. Há evidência arqueológica do seu genoma mitocondrial (mtDNA materno) e cromossomo Y (DNA paterno) no leste da África. Antes disto (pelo menos há 500.000 anos), grupos de hominídeos como o homem de Pequim, de Heidelberg e de Neandertal haviam saído da África e habitaram a Europa e Ásia. Mas estes não eram homo sapiens sapiens. Atualmente, já existe a ideia de uma nova era geológica, pois está havendo uma mudança radical no Planeta em um curto espaço de tempo, acelerada pela ação humana. Uma enorme pressão sobre a Terra: o Antropoceno. O Planeta em seus 4,5 milhões de anos de existência já passou por vários ciclos na escala geológica, com devastações, sendo que a última ocorreu há 67 milhões de anos. Há uma teoria de que um asteroide atingiu o México há 65 milhões de anos, formando a cratera Chicxulub, e que provocou a alteração do clima e a extinção de espécies como os dinossauros. A era Mesozoica, dominada pelos répteis, foi seguida pela era Cenozoica – dos mamíferos – o que incluiu o aparecimento dos primatas. Nessa nova era geológica, as atividades dos seres humanos estariam influenciando as transformações no mundo, em um ritmo acelerado. O modo de vida relacionado com a produção e o consumo está mexendo com o clima. E podem aumentar o risco de aquecimento do planeta. Contudo, a solidão continua a atormentar a eternidade do ser humano. Falar em sustentabilidade hoje está complicado e vai envolver fortes mudanças de atitude de para todos os seres humanos. A enorme desigualdade na distribuição das riquezas no planeta traz instabilidade política, econômica e social, e é preciso minimizá-la para evitar conflitos ainda mais sérios. O desenvolvimento sustentável demanda um esforço conjunto para a construção de um futuro com inclusão e resiliente para todas as pessoas e todo o planeta. As mudanças climáticas são um dos pontos centrais, pois ela já impacta a saúde pública, a segurança alimentar e hídrica, a migração, a paz e a segurança. E, se não for controlada, reduzirá os ganhos de desenvolvimento alcançados nas últimas décadas e impedirá possíveis ganhos futuros para as próximas gerações. +55(11) 3798.6380 mailto:redacao@edila.com.br http://www.banasqualidade.com.br/ mailto:redacao@edila.com.br mailto:hayrton@uol.com.br +55(11) 3742.4838 mailto:christine.banas@edila.com.br +55(11) 3742.4838 mailto:comercial@edila.com.br +55(11) 9915.8240 mailto:assinaturas@edila.com.br mailto:hayrton.prado@epse.com.br 4 - Revista BQ - Banas Qualidade 03 EDITORIAL 04 SUMÁRIO 06 INSIDE Por dentro da notícia 12 SEIS SIGMA O Método DMAIC do Lean Seis Sigma 18 COMPORTAMENTO Como despertar a sua criatividade 24 MASP Ver e modelar é só começar 26 GESTÃO Preço não tem nada a ver com custo 32 QUALITY PROGRESS Lembre-se da voz do cliente interno 38 OPINIÃO O imperativo da inovação em tempos difíceis 42 CAPA Mineração no Brasil : as tragédias potenciais e anunciadas das barragens de rejeitos 53 EM FOCO ISO 9001 e a Gestão de mudanças 54 FERRAMENTAS Sistema deGestão de Segurança e Saúde no Trabalho II 58 SAÚDE O que afinal é a OHSAS18001, ISO 18001 ou ISO 45001 62 PELO MUNDO 64 METODOLOGIA Como identificar e tratar as perdas industriais 68 SUSTENTABILIDADE Medição de agua e gás em edifícios residenciais e comerciais 74 NORMALIZAÇÃO A documentação para a qualidade e os riscos dos provedores externos conforme a ISO 9001:2015 82 METROLOGIA Uso da nanopartículas de Prata suportada por Poliamida 66 90 CARTAS 91 NORMAS E DIRETRIZES Informações sobre normas e regulamentos editados pela ABNT Sumário Edição 290 - Setembro de 2016 - 5 Nós levamos a informação onde ela precisa estar www.banasqualidade.com.br www.revistanormas.com.br Banas Qualidade Ano XXVI | Setembro de 2016 | Edição 290 As Tragédias das Barragens de Rejeitos no Brasil Comportamento: Como despertar sua criatividade Mineração: http://www.banasqualidade.com.br/ http://www.revistanormas.com.br/ 6 - Revista BQ - Banas Qualidade Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside Procurement torna-se um orçamento substancial de qualquer organização, de modo que o mundo não seria um lugar melhor se fosse feito de forma sustentável? Um novo padrão de desenvolvimento tem como objetivo ajudar as organizações a fazer exatamente isso, e chegou agora a uma das etapas finais no seu desenvolvimento. As decisões de compra de uma organização produzem impactos muito grandes. E quando pensamos que os contratos no setor público só por si representam cerca de 12% do PIB e 29% da despesa pública nos países membros da OCDE, é um fato que deve ser destacado. A aquisição de forma sustentável - conhecido como compras sustentáveis - deve ser o objetivo de qualquer organização, uma vez que maximiza seus impactos sociais, ambientais e econômicos positivos. Isso significa fazer escolhas inteligentes com todas as compras, incluindo tudo, desde o material de escritório, os fornecedores de energia, fornecedores de insumos e materiais de construção. Um novo padrão em desenvolvimento, a ISO 20400 - Compras sustentáveis - Orientação, irá fornecer orientações para as organizações que desejam integrar a sustentabilidade em seus processos de aquisição. Ele acaba de chegar a uma segunda fase de Projeto de Norma Internacional (DIS), ou seja, as partes interessadas podem mais uma vez enviar comentários sobre o projeto antes da publicação final em 2017. A aquisição sustentável é um aspecto fundamental da responsabilidade social, assim ISO 20400 irá complementar a ISO 26000 - Orientação sobre a responsabilidade social, permitindo que as organizações contribuam para os esforços de desenvolvimento sustentável, minimizando o seu impacto Primeira Norma Internacional para compras sustentáveis sobre o meio ambiente, abordando questões de direitos humanos e contribuindo para a sociedade e a economia. http://www.iso.org/iso/home/ news_index/news_archive/ news.htm?refid=Ref2105 Inmetro auxiliará na certificação de equipamentos de TIC O Programa Nacional de Certificação e Homologação de Ativos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) acaba de ser criado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Os dois órgãos assinaram acordo de cooperação técnica para promover a segurança da sociedade e Estado nas comunicações de dados. Com a medida, o governo federal somente fará a aquisição de produtos de TIC certificados por organismos acreditados pelo Inmetro. “Este dispositivo legal é o resultado do trabalho de diversos órgãos e que vai beneficiar a sociedade. Atuamos em conjunto para prevenir e garantir a segurança das comunicações de dados do cidadão e das entidades do governo”, afirma Marcelo Pagotti, secretário de Tecnologia da Informação do http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2105 Edição 290 - Setembro de 2016 - 7 Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside Gruas anti-sísmicas com novo padrão ISO Guindastes e Gruas representam um risco durante os terremotos? Um novo padrão ISO para guindastes usados em regiões sismicamente ativas irá certificar-se que não. A nova ISO 11031 pode ser usada para calcular cargas sísmicas, e estabelece os princípios de design para guindastes destinados a trabalhar em regiões sismicamente ativas e para os guindastes necessárias para ser sismicamente resistentes Para Klaus Pokorny, secretário da subcomissão ISO que está trabalhando em princípios de design e requisitos para gruas, explica: “Para se certificar de que as gruas são seguras, primeiro precisamos calcular as cargas sísmicas que mostram como um guindaste irá responder a terremotos severos. Então você pode usar estados limites de design fornecidos em duas formas: limites de utilização e limites últimos “. “O estado limite de utilização (SLS) garante que o guindaste pode suportar os efeitos de movimentos em um terremoto moderado ao longo de sua vida de serviço e continuar funcionando como pretendido. O estado limite último (ULS) requer que a estrutura do guindaste não deve ter colapso durante movimentos em terremoto grave, e que a carga suspensa ou qualquer outra parte do guindaste não deve cair ou prejudicar as áreas públicas, os operadores e os trabalhadores“. “Qualquer avaliação deve ter em conta as condições sísmicas regionais, bem como as condições da superfície do solo no local onde o guindaste esta instalado. Também é importante considerar como o guindaste será utilizado e os riscos que poderiam resultar de danos sísmicos “, observa Pokorny. A ISO 11031 foi desenvolvida a pedido do Japão, que, após o terremoto de 1995 em Kobe, enfatizou a necessidade de um padrão para garantir guindastes sísmicos-resistente. http://www.iso.org/iso/home/ news_index/news_archive/ news.htm?refid=Ref2108 Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Segundo o secretário, os produtos certificados pelo instituto também poderão ser adquiridos pelos cidadãos brasileiros. Os fornecedores do governo federal terão de se adequar ao instituído pelos Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico (ePING), da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI). “A STI coordena um grupo de trabalho voltado para a segurança da informação no âmbito da arquitetura ePING. Em breve serão divulgados mais critérios para a certificação de programas e equipamentos de TIC, foco do novo programa. O Inmetro dará todo apoio técnico para a formulação do Programa de Avaliação da Conformidade para Ativos de Tecnologia, que terão de cumprir novos requisitos de segurança, com base em práticas internacionais de regulamentação. Todos serão avaliados por Organismo de Certificação Acreditado pelo instituto. Além do Inmetro, outras instituições acreditadas pelo instituto também poderão certificar os ativos de TIC. Para isso, é obrigatório seguir as regras estabelecidas pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2108 8 - Revista BQ - Banas Qualidade Segurança da Informação com um novo padrão para setores específicos do mercado Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside Com ameaças cibernéticas em ascensão colocando as empresas e indústrias em risco, é mais importante do que nunca que as organizações protejam as suas informações e a de seus clientes. Uma nova norma levará um passo adiante, ajudando a aplicar os requisitos desta norma flagship a setores específicos. Oferecendo proteção mais adaptada para setores específicos (por exemplo, finanças, transporte e saúde, e projetos de infra-estrutura, tais como cidades inteligentes) para afastar as ameaças à sua informação tornou-se para os negócios um imperativo econômico, dirigindo uma necessidade de padrões cibernéticos setoriais. O recentemente publicado ISO / IEC 27009 ajudará a criadores de padrões fazerem exatamente isso, fornecendo os conselhos e orientações necessárias sobre como criar normas que se aplicam a norma ISO / IEC 27001 para cada setor. A ISO / IEC 27009 - Tecnologia da informação - Técnicas de segurança - aplicação específica do setor da ISO / IEC 27001 - Requisitos, junta-se a família da norma ISO / IEC 27000 para ajudar a maximizar a eficácia da norma ISO / IEC 27001. Esta norma determina como incluir requisitos e controles adicionais na ISO / IEC 27001, que são aplicáveis a setores específicos, permitindo- lhes obter consistência no desenvolvimento de normas nesta família. A ISO / IEC 27009 irá garantir que o desenvolvimento de novas normas, e a revisão das normas existentes, específicas do setor possam adotar uma abordagem que é consistente com a norma ISO / IEC 27001. Por isso, ela irá fornecer conselhos sobre como adicionar, refinar ou interpretar os requisitos da ISO / IEC 27001 e como adicionar ou modificar a orientação de implementação da ISO / IEC 27002 para uso específico do setor. http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_ archive/news.htm?refid=Ref2107 Uma nova evolução para a gestão da qualidade na indústria automóvel Uma das normas internacionais mais amplamente usados da indústria automóvel para a gestão da qualidade, ISO / TS 16949, está programada para evoluir com a publicação de um novo padrão da indústria global, a Força- Tarefa Internacional Automotiva (IATF). A ISO / TS 16949, uma especificação técnica para sistemas de gestão de qualidade para o setor automobilìstico foi desenvolvido pela primeira vez em 1999 pela IATF em conjunto com a comissão técnica da ISO para a gestão da qualidade a ISO / TC 176. Desde então, se tornou uma norma internacional amplamente utilizada na indústria automotiva, e visa harmonizar os diferentes sistemas de avaliação e certificação da cadeia de fornecimento automotivo global. Em outubro de 2016, IATF 16949: 2016 será publicada pela IATF e suplantará e substituirá a atual ISO / TS 16949, que define os requisitos de um sistema de gestão da qualidade para o setor. Ela será alinhada a versão mais recente da norma de sistemas de gestão de qualidade da ISO, ISO 9001: 2015. A IATF 16949: 2016 deve respeitar plenamente a ISO 9001: 2015 estrutura e requisitos. A IATF 16949: 2016 não é uma norma de gestão da qualidade stand-alone, mas é implementada como um complemento, e em conjunto com, ISO 9001: 2015. A IATF vai garantir o alinhamento contínuo com a norma ISO 9001, mantendo uma forte cooperação com a ISO, através da sua participação na ISO / TC 176.Os detalhes a respeito IATF 16949: 2016 podem ser obtidos no site IATF e IATF. http:// www.iso.org/iso/iso_9000 ou contacte o seu membro da ISO local. http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2107 http://www.iso.org/iso/iso_9000 Edição 290 - Setembro de 2016 - 9 Novo enquadramento ajuda as comunidades se adaptarem ao envelhecimento da população Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside O fato de que estamos vivendo mais tempo é um problema real e crescente para muitos governos e provedores da comunidade, colocando exigências crescentes em áreas como saúde e segurança. Um novo acordo internacional visa proporcionar o alicerce sobre o qual mais soluções podem ser construídas. Não há como negar que as populações de todo o mundo apresentam taxas de envelhecimento nunca antes visto. De acordo com um relatório das Nações Unidas sobre a população mundial, o número de pessoas com 60 anos ou mais deverá aumentar para mais do dobro até 2050, e mais do que triplicar até 2100. Isso traz pressão sobre os governos e prestadores de serviços da comunidade para preparar e adaptar-se para garantir a sua saúde e bem-estar, e uma participação ativa na sociedade. Especialistas do governo, saúde pública, fabricantes de produtos e pesquisa em saúde foram reunidos para discutir e desenvolver um quadro dos princípios fundamentais que devem ser abordadas ao fornecer, serviços de saúde e de cuidados integrados de base comunitária para sociedades envelhecidas. Esta discussão resultou em um novo acordo Workshop Internacional ISO - IWA 18: 2016 - Quadro de serviços integrados baseados na comunidade ao longo da vida de saúde e assistência nas sociedades envelhecidas - desenvolvidos para ajudar a enfrentar os desafios colocados pelo envelhecimento da população, tais como cuidados de saúde, bem -estar e combate ao isolamento. A IWA 18 dá orientações sobre os princípios fundamentais identificados como essenciais para o investimento futuro, e abrange áreas como as necessidades médicas de atenção ao idoso, pessoal, tarefas da vida diária, mantendo relacionamentos e envolvimento da comunidade, e manter seguro. http://www.iso.org/iso/home/news_index/ news_archive/news.htm?refid=Ref2110 http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2110 10 - Revista BQ - Banas Qualidade Um deslizamento de terra, muitas vezes causa danos materiais com altos custos correspondentes ou lesão pessoais e morte. Agora, um novo trabalho sobre sistemas de alerta precoce esta sendo desenvolvido pela ISO com o proposito de ajudar a avisar em alertas as populações em áreas propensas a desastre, sobre os riscos e as ações necessárias na probabilidade de um deslizamento de terra. O primeiro de seu tipo de proposta, a ISO / AWI 21499, de segurança e resiliência - sistema de alerta precoce deslizamento de terra baseada na comunidade, servirá para capacitar indivíduos e comunidades que são vulneráveis a deslizamentos de terra para agir em tempo útil de formas adequadas de forma a reduzir as possibilidade de lesões, perda de vidas e danos à propriedade e ao meio ambiente. Ele é projetado para encorajar as comunidades a desempenhar um papel muito mais ativo para sua própria proteção. As orientações serão utilizados pelas comunidades vulneráveis a deslizamentos, agências governamentais e organizações não-governamentais a nível central, provincial, município / distrito, sub-distrito, e os níveis de pequenas comunidades. Suas recomendações incluem o seguinte: • Avaliação de risco • Divulgação e comunicação • Estabelecimento de preparação para desastres e equipe de resposta • Desenvolvimento de rota de evacuação e mapa • Desenvolvimento de procedimentos operacionais padrão • Vigilância, a detecção precoce e simulação de evacuação • Compromisso do governo local e da comunidade na operação e manutenção de todo o sistema A implementação de sistemas de alerta precoce no mundo está em consonância com o quadro Sendai para a ação, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas na Terceira Conferência Mundial da ONU sobre a Redução de Risco de Desastres (WCDRR). Uma das quatro prioridades enfatiza a melhoria da preparação, a fim de responder eficazmente a um desastre, através da implementação de um sistema de alerta precoce simples, de baixo custo e melhorar a divulgação das informações. A futura norma será desenvolvido pela ISO / TC 292, de segurança e resiliência. Quarenta e três países participam no trabalho da comissão. http://www.iso.org/iso/home/ news_index/news_archive/ news.htm?refid=Ref2106 ISO esta desenvolvendo sistema de alerta precoce para deslizamentos de terra Inside - inside - inside - inside - inside http://www.iso.org/iso/home/news_index/news_archive/news.htm?refid=Ref2106 Edição 290 - Setembro de 2016 - 11 ISO 14001:2015 A ISO 14001:2015 tem um maior enfoque nos seguintes temas: GESTÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA PROTEÇÃO DO AMBIENTE LIDERANÇA DESEMPENHO AMBIENTAL PENSAMENTO COM BASE NO CICLO DE VIDA PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO ISO 14001 • Aumentar o envolvimento da gestão de topo e dos colaboradores na gestão ambiental • Atingir objetivos estratégicos através da incorporação de questões ambientais na gestão da organização • Reduzir a probabilidade de riscos ambientais, tais como emissões, derrames e acidentes • Vantagens competitivas através da melhoria da eficiência dos processos e consequente redução de custos • Vantagens competitivas decorrentes de uma melhoria da imagem da organização e sua aceitação pela sociedade e pelo mercado www.apcergroup.com/brasil APCER, Pode confiar. Siga a APCER nas redes sociais +55 11 35279490 • +55 11 35279491 TOME CONHECIMENTO DO NOVO REFERENCIAL COM A APCER: • Conheça os treinamentos que disponibilizamos • Marque na agenda os nossos seminários e conferências http://www.apcergroup.com/brasil +55 11 35279490 +55 11 35279491 12 - Revista BQ - Banas Qualidade Seis Sigma O DMAIC é um método sistemático, baseado em dados e no uso de ferramentas estatísticas, para o desenvolvimento dos projetos Lean Seis Sigma. Edição 290 - Setembro de 2016 - 13 O Método DMAIC do Lean Seis Sigma Por Cristina Werkema Como sabemos, o Lean Seis Sigma é uma ESTRATÉGIA GERENCIAL disciplinada e altamente quantitativa, que tem como objetivo aumentar a lucratividade das empresas, por meio da melhoria da qualidade de produtos e processos e do aumento da satisfação de clientes e consumidores. O Lean Seis Sigma pode e deve ser usado por qualquer tipo de empresa, já que o programa é uma estratégia gerencial para a melhoria da performance do negócio, o que representa uma necessidade de toda organização. Vale destacar que o Lean Seis Sigma terá maior impacto na redução da variação presente em processos internos repetitivos e no projeto de novos produtos e processos. As principais vantagens do Lean Seis Sigma são algumas características únicas e muito poderosas de sua abordagem e forma de implantação: A Orientação para a obtenção de resultados para o negócio (o Lean Seis Sigma é uma estratégia de negócio e não somente uma iniciativa de qualidade). B Liderança exercida pela alta administração. C Existência de uma infraestrutura de suporte para a sua implantação, com papéis bem definidos para os patrocinadores e especialistas do Lean Seis Sigma (Sponsors, Champions, Master Black Belts, Black Belts, Green Belts, Yellow Belts e White Belts). D Projetos Lean Seis Sigma associados às metas prioritárias da empresa. E Resultados dos projetos traduzidos para a linguagem financeira. F Elevada dedicação dos especialistas do Lean Seis Sigma ao desenvolvimento dos projetos. G Mensuração do retorno sobre o investimento dos treinamentos realizados. H Existência de um roteiro [métodos DMAIC (para a melhoria do desempenho de produtos e processos) e DMADV (para o desenvolvimento de novos produtos e processos)] que mostra como integrar as ferramentas analíticas (principalmente, técnicas estatísticas) a uma abordagem global para o alcance de metas. No que diz respeito aos benefícios, vale destacar que, por meio do Lean Seis Sigma, as empresas podem: 1 Reduzir o percentual de fabricação de produtos defeituosos. 2 Aumentar o nível de satisfação de clientes. 3 Reduzir o tempo exigido no desenvolvimento de novos produtos. 4 Reduzir estoques, percentual de entregas com atraso e custos. 5 Aumentar o rendimento dos processos e o volume de vendas. Um dos elementos da infraestrutura do Lean Seis Sigma é a constituição de equipes para executar projetos que u 14 - Revista BQ - Banas Qualidade Seis Sigma fortemente para o alcance das metas estratégicas da empresa. O desenvolvimento dos projetos focados na melhoria do desempenho de produtos e processos é realizado com base em um método denominado DMAIC, que é apresentado, de modo resumido, na figura a seguir. Diversas ferramentas são utilizadas de maneira integrada às etapas do DMAIC, que se transforma, então em um método sistemático baseado em dados e no uso de ferramentas estatísticas para se atingir os resultados estratégicos desejados pelas empresas. O esquema detalhado da integração das ferramentas do Lean Seis Sigma ao método DMAIC utilizado para a melhoria do desempenho de produtos e processos é um tópico extenso, que é apresentado e discutido em vários dos livros de minha autoria, sendo dois deles as referências (1) e (2) da presente matéria. Como exemplo, mostro a seguir o detalhamento da etapa Analyze, para que o leitor possa visualizar como ocorre a integração das ferramentas às atividades do Analyze. DMAIC N¶ da etapa Etapa Objetivo Atividades D 1 Define Definir com precisão o escopo do projeto. I – Validar a importância do projeto. II – Constituir a equipe responsável pelo projeto. III – Elaborar o Project Charter. IV – Identificar as principais necessidades dos clientes e consumidores. M 2 Measure Determinar a localização ou o foco do problema. I – Avaliar se os dados existentes são confiáveis. Em caso afirmativo, utiliza-los. Em caso negativo, coletar novos dados. II – Identificar os problemas prioritários. III – Estabelecer a meta de cada problema prioritário A 3 Analyze Determinar as causas de cada problema prioritário. I – Analisar o processo gerador do problema prioritário. II – Identificar e priorizar as causas potenciais do problema prioritário. III – Quantificar a importância das causas potenciais priorizadas. I 4 Improve Propor, avaliar e implementar soluções para cada problema prioritário. I – Identificar soluções prioritárias. II – Testar em pequena escala as soluções prioritárias. III – Avaliar se a meta foi alcançada. Em caso afirmativo, elaborar e executar um plano para implementar as soluções em larga escala. Em caso negativo, retornar à etapa M ou aplicar o Design for Lean Six Sigma. C 5 Control Garantir que o alcance da meta seja mantido a longo prazo. I – Avaliar o alcance da meta em larga escala. II – Se a meta foi alcançada, padronizar as alterações, transmitir os novos padrões e implementar um plano para monitoramento da performance e tomada de ações corretivas caso surjam anomalias. III – Se a meta não foi alcançada, retornar à etapa M ou aplicar o Design for Lean Six Sigma. IV – Sumarizar o trabalho e fazer recomendações. Edição 290 - Setembro de 2016 - 15 A Atividades Ferramentas An al yz e : d et er m in ar a s c au sa s d o pr ob le m a pr io rit ár io Analisar o processo gerador do problema prioritário (Process Door) • Fluxograma • Mapa de Processo • Mapa de Produto • Análise do Tempo de Ciclo • FEMEA • FTA • Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM) • Métricas Lean Analisar dados do problema prioritário e de seu processo gerador ( Data Door) • Avaliação do Sistema de Medição / Inspeção (MSE) • Histograma • Boxplot • Estratificação • Diagrama de Dispersão • Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM) • Métricas Lean Identificar e organizar as causas potenciais do problema prioritário • Brainstorming • Diagrama de Causa e Efeito • Diagrama de Afinidades • Diagrama de Relações Priorizar as causas potenciais do problema prioritário • Diagrama de Matriz • Matriz de Priorização Qualificar a importância das causas potenciais prioritárias (determinar as causas fundamentais) • Avaliação de Sistemas de Medição / Inspeção (MSE) • Carta de Controle • Diagrama de Dispersão • Análise de Regressão • Testes de Hipóteses • Análise de Variância • Planejamento de Experimentos • Análise de Tempos de Falhas • Testes de Vida Acelerados • Métricas Lean u 16 - Revista BQ - Banas Qualidade Finalizando, como pontos fortes do DMAIC, é possível registrar os seguintes atributos: 1 Ênfase dada ao planejamento (D, M, A e maior parte da etapa I), antes que ações sejam executadas. 2 Existência de um roteiro detalhado para realização das atividades do método, o que gera análises com profundidade adequada, conclusões sólidas e manutenção dos resultados ao longo do tempo. 3 Integração das ferramentas ao roteiro do DMAIC. 4 Ênfase explícita dada aos seguintes elementos: a)Voz do Cliente (por meio das Características Críticas para a Qualidade – CTQs). b)Validação dos sistemas de medição (confiabilidade dos dados). c)Validação do retorno econômico do projeto pela controladoria da empresa. 5 Algumas atividades exigem a participação direta dos gestores (por exemplo, assinatura do Project Charter e entrega do projeto aos donos do processo). 6 Project reviews realizadas ao final das etapas do DMAIC (tollgates), para avaliação do desenvolvimento do projeto. Referências 1.WERKEMA, Cristina. Métodos PDCA e DMAIC e Suas Ferramentas Analíticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013, pp. 90-91. 2.WERKEMA, Cristina. Criando a Cultura Lean Seis Sigma – 3ª. Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012, 259 p. Cristina Werkema é proprietária e diretora do Grupo Werkema e autora das obras da Série Seis Sigma Criando a Cultura Lean Seis Sigma, Design for Lean Six Sigma: Ferramentas Básicas Usadas nas Etapas D e M do DMADV, Lean Seis Sigma: Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing, Avaliação de Sistemas de Medição, Perguntas e Respostas Sobre o Lean Seis Sigma, Métodos PDCA e DMAIC e Suas Ferramentas Analíticas, Inferência Estatística: Como Estabelecer Conclusões com Confiança no Giro do PDCA e DMAIC e Ferramentas Estatísticas Básicas do Lean Seis Sigma Integradas ao PDCA e DMAIC, além de oito livros sobre estatística aplicada à gestão empresarial, área na qual atua há mais de vinte anos. cristina@werkemaconsultores.com.br. Seis Sigma mailto:cristina@werkemaconsultores.com.br mailto:vendas@softexpert.com Edição 290 - Setembro de 2016 - 17 Alcançar a excelência na gestão de não conformidades exige seguir os passos certos, executar cada atividade com a máxima eficácia e implementar um processo de aprimoramento contínuo. Para superar esses desafios, o apoio da tecnologia correta também é fundamental. O SoftExpert Action Pack simplifica e padroniza o ciclo de vida da não conformidade, desde a identificação, avaliação e investigação, até as suas ações corretivas. A solução oferece um ambiente comum para o registro, a gestão e o monitoramento das não conformidades por toda a organização. Ela facilita o trabalho em conjunto e a comunicação das atividades do processo de gestão, com base nas normas e padrões de cada setor, ao mesmo tempo que oferece visibilidade em tempo real do seu desempenho e tendências. Faça contato conosco e surpreenda-se! www.softexpert.com.br | vendas@softexpert.com | 0800 723 9901 Gestão de Não Conformidades Gerencie desvios, ações corretivas e não conformidades de forma eficaz. 01 Ajuda na captura e padronização de todos os dados relacionados à não conformidade 02 03 04 05 06 Registro Direciona as não conformidades para os responsáveis pela revisão ou aprovação Aprovação Atribui atividades investigativas aos responsáveis com o suporte de ferramentas de análise de causa Investigação Cria e monitora planos detalhados de implementação de ações corretivas Correção Oferece visibilidade em tempo real das não conformidades e de suas ações corretivas, estatísticas e tendências Monitoramento Apoia a instituição de processos de mudança padronizados por toda a organização Melhoria Contínua Inovação e Excelência na SoftExpert Action Pack http://www.softexpert.com.br/ 18 - Revista BQ - Banas Qualidade Como despertar a sua Criatividade Edição 290 - Setembro de 2016 - 19 Comportamento Como despertar a sua Criatividade Criatividade é como barba. Você só a terá se deixá-la crescer. (Voltaire) 20 - Revista BQ - Banas Qualidade Por Ernesto Berg Como qualquer músculo que você exercita na academia, criatividade também é despertada e desenvolvida através de exercícios contínuos. A prática é a única forma de manter a criatividade e inovação em dia, para resolver problemas, buscar novas oportunidades e procurar soluções distintas. Eis as seis dicas que irão ajudá- lo a despertar – ou ressuscitar – sua criatividade e o espírito de inovação. 1. Quebre a rotina A rotina é um dos maiores engessadores da criatividade. A rotina é essencial para a vida e otimiza muitas coisas, mas a maioria das pessoas se apega tanto a ela que o livro da sua vida acaba tendo um só capítulo, repetido todos os anos. Quando você começa a repetir experiências iguais, a mente anula esses experimentos, e os registra como algo não vivenciado, porque as atitudes e movimentos estão no “piloto automático”, igual ao dirigir o carro e você troca de marcha sem se dar conta disso, enquanto conversa com alguém. Experiências não registradas anulam a criatividade e o senso de novidade das coisas. Quando você tem experiências novas você obriga sua mente a sair das ações automáticas e força-a a parar para pensar na situação, analisar, avaliar e tentar entender o que está acontecendo, como quando você está aprendendo a dirigir automóvel, e precisa ficar atento a tudo que você faz e a tudo ao seu redor. Quando faz isso você aciona novos neurônios que se veem na obrigação de estabelecer novas conexões mentais vivificando e revigorando o cérebro, dando-lhe material para viver mais intensamente a nova situação. Essa concentração no novo dá-lhe a sensação de estar revivendo seu espírito adormecido e projetando-o em direção a algo fascinante, qualidade que as crianças têm de sobra, mas que nós, adultos, perdemos há muito tempo, pressionados pelas obrigações e rotinas diárias. Então, para estimular a criatividade, comece quebrando a rotina. Por exemplo, experimente algumas vezes fazer o seguinte: • Vá a restaurantes diferentes dos que você costuma frequentar. • Opte por saborear pratos diferentes. • Assista a filmes diferentes do seu gosto: se você prefere ficção científica, assista a um musical; se gosta de filme de comédia, assista a um de espionagem, e assim por diante. • Vá para o trabalho por um caminho diferente do habitual. • Faça novas amizades. Aprenda algo de novo com elas. • Mude seus hábitos de leitura. Se costuma ler ficção, abra um romance. • Nos intervalos de trabalho troque o cafezinho por suco ou chá. • Ouça uma estação de rádio diferente a cada dia, mesmo que a música não seja bem do seu gosto. • Assista a alguns programas de televisão diferentes dos habituais (só não ofenda seu bom gosto). • Procure alterar seu lazer. Em vez de pingue-pongue, tente o vôlei; em vez de futebol, que tal andar de bicicleta, ou natação? • Faça coisas com a outra mão, por uns tempos. Por exemplo: escovar os dentes, ensaboar-se no banho, pentear cabelo, fazer a barba etc. • Ligue para alguém que há muito tempo você não fala. • Leia revistas diferentes das habituais. 2. Fixe uma quota diária de ideias Estabeleça como regra registrar diariamente algumas ideias que você poderia utilizar no seu trabalho, independente de serem aplicáveis ou não. Algumas possivelmente você poderá usar, outras ficarão só na intenção, mas o importante e fazer o cérebro Edição 290 - Setembro de 2016 - 21 Comportamento pensar em algo diferente, fora da rotina. Estenda essa quota de ideias para sua vida familiar, profissão, finanças pessoais, vida espiritual, comunidade etc. Verá que várias dessas ideias são aplicáveis – ou serão -, no tempo oportuno. 3. Faça um banco de ideias Abra um arquivo no seu computador, ou reserve uma gaveta para ideias e sugestões. Colecione e coloque aí dentro artigos, citações, frases, charges, desenhos, imagens, esboços, perguntas, planos, projetos, e-books, etc. Separe-os por assuntos ou temas correlatos. Depois, quando precisar de inspiração para uma ideia, um projeto ou resolver um problema recorra ao arquivo (ou arquivos) e selecione os que se adaptam às suas necessidades e propósitos. Muitas ideias inspiradoras virão à tona e, algumas delas, possivelmente serão exatamente a resposta que você procura. Utilizo os bancos de ideias há mais de trinta anos e muitos deles foram de extrema utilidade para ajudar a resolver problemas, inspirar ideias ou apontar caminhos. Eles me economizam muito tempo de procura na internet, nos livros, revistas e jornais. Utilizo os bancos de ideias repetidamente quando preciso renovar ideias e, também, para organizar cursos, elaborar palestras, prestar consultorias e escrever livros. São inestimáveis auxílios, e sempre vou agregando mais conteúdos a essas pastas, e abrindo novos arquivos de novos assuntos. 4. Faça incursões em outros campos Vá além do seu círculo profissional ou área de trabalho e incursione em outros campos. Vá ao museu, a uma exposição de arte, à biblioteca, feira comercial, feira de artesanato, brechó, sebo. Você encontrará inúmeras coisas interessantes e úteis que servirão de inspiração para muitas atividades que você pretende realizar. Vou amiúde a exposições, feiras comerciais e sebos. São também ótimas oportunidades para adquirir coisas e fazer networking. 5. Passatempos e diversões Faça palavras cruzadas, criptogramas, sudoku. Jogue xadrez, damas, jogos de estratégia. Monte um quebra- cabeça de pelos menos 200 peças. Pratique cubo mágico. Jogos e passatempos aguçam o pensamento e tornam a mente mais versátil e multidisciplinar. 6. Anote suas ideias Talvez essa seja uma das dicas mais potentes que eu possa dar. Você pode até ter despertado a musa da inspiração, mas se as ideias não forem anotadas, elas desaparecerão sem deixar rastros. Muitos insights vêm rapidamente e desaparecem ainda mais celeremente. Se deixar para anotar depois a boa inspiração ou ideia, é quase certo que elas se perderão para sempre. Você não conseguirá lembrar-se delas. Steven Spielberg, o renomado produtor e diretor de cinema, disse certa vez, que as inspirações para cenas e filmes lhe vêm pela manhã em grande quantidade. Ele precisa se apressar para anotá-las do contrário as perderá e não terá mais como recuperá-las. Por experiência própria sei que a afirmação dele tem fundamento, pois isso também acontece frequentemente comigo. Por isso, tenha sempre em seu bolso, caneta e papel para registrar as ideias. Poderá também usar o celular ou outro dispositivo mas, seja qual for, a regra fundamental é: anote imediatamente! Principalmente se você estiver semiadormecido, ou pela manhã, logo ao acordar, e ainda está sujeito a ter boas inspirações – pois a lógica do cérebro ainda não tomou conta do seu raciocínio -, colocando em aberto boas ideias oriundas do subconsciente. Ernesto Berg é consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 14 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos - berg@ quebrandobarreiras.com.br http://quebrandobarreiras.com.br/ 22 - Revista BQ - Banas Qualidade Mais eficiência com simplicidade para todas as áreas do seu negócio. Metodologia para a melhoria de processos a empresas, aprimoramento da qualidade e ganhos de produtividade. Não existem barreiras. Tudo pode ser feito de maneira simpli�cada, descomplicada e sem distinções. São as mesmas oportunidades para grandes, médias ou pequenas empresas. A Fundação Vanzolini oferece um programa completo que capacita pro�ssionais no uso de ferramentas que permitem: Lean Seis Sigma. Lean Seis Sigma oferece tudo isso e muito mais. SAIBA MAIS desdobrar essas necessidades com os processos-chave; determinar o desempenho atual; melhorar tais processos; e manter elevados patamares de produtividade. http://vanzolini.org.br/seissigma/ Edição 290 - Setembro de 2016 - 23 Mais eficiência com simplicidade para todas as áreas do seu negócio. Metodologia para a melhoria de processos a empresas, aprimoramento da qualidade e ganhos de produtividade. Não existem barreiras. Tudo pode ser feito de maneira simpli�cada, descomplicada e sem distinções. São as mesmas oportunidades para grandes, médias ou pequenas empresas. A Fundação Vanzolini oferece um programa completo que capacita pro�ssionais no uso de ferramentas que permitem: Lean Seis Sigma. Lean Seis Sigma oferece tudo isso e muito mais. SAIBA MAIS desdobrar essas necessidades com os processos-chave; determinar o desempenho atual; melhorar tais processos; e manter elevados patamares de produtividade. http://vanzolini.org.br/seissigma/ 24 - Revista BQ - Banas Qualidade MASP Ver e modelar é só começar Por Claudemir Oribe Muitos afirmam que a mente humana é ilimitada e que empregamos apenas uma capacidade bastante pequena do seu potencial. Argumentos científicos já derrubaram este mito pela simples constatação de que um dano no cérebro não tem 90% de chances de provocar efeito algum. Na verdade, todas as regiões do cérebro são ativas enquanto uma pessoa está vive e saudável. Em termos gerais, a mente humana tem se demonstrado bastante limitada, pois embora existam bilhões de pessoas na terra, somente algumas poucas tem realizado feitos extraordinários para civilização. Mas o que é extraordinário para alguns pode não ser para outros, uma vez que cada pessoa vive em seu próprio contexto e, dentro dele, todos podem ser extraordinários. No entanto, não é apenas com fé que se resolvem os problemas. É preciso usar a capacidade intelectual de cada pessoa individualmente ou em grupo, para construir uma nova realidade. A mente humana é dispersa e pensa de maneira bastante desorganizada. Como somos seres holísticos, estamos a todo o momento pensando em tudo ao mesmo tempo, sejam questões reais ou imaginárias, relacionados ao não naquilo que interessa e, a seu próprio ritmo. Entre zero e 100% a mente pode trabalhar em qualquer ponto em diferentes momentos de nossa vida. Dessa forma, a mente precisa ser domesticada para, quando diante da tentativa de resolução de um problema, pensar naquilo que é necessário em cada momento. Para isso, a modelagem de dados e informações é essencial tanto para compreender como o problema acontece quanto desenhar uma solução cara o bastante que justifique uma dúvida se deve ou não ser implantada. Modelagem significa apenas a construção de modelos. Isso é feito, por exemplo, pelos estilistas de moda ao criar uma nova peça de roupa para sua coleção. O modelo permite verificar como a ideia é na vida real e fazer ajustes necessários para que cumpra seu objetivo. Dessa forma, a modelagem é um recurso auxiliar poderoso, que ajuda a desenvolver uma compreensão que, sem ela, seria difícil imaginar, deduzir e mesmo analisar uma realidade por completo bem como suas implicações. Na resolução de problemas, a modelagem é feita com mais frequência para compreender como o problema acontece e para analisar seu comportamento. Isso acontece na Etapa de Análise do MASP. Para isso, são construídos diagramas – como o de Causa Edição 290 - Setembro de 2016 - 25 e Efeito e o de Árvore para que a equipe consiga visualizar com muito mais facilidade a evolução da causa raiz até provocar o problema. Sem esses diagramas, a equipe terá apenas sua imaginação e memória. Sobretudo neste último, reza o conhecimento popular que não devemos confiar nela. A vantagem então da modelagem é que o modelo permanece intacto, sem alterações e desvios, e pronto para ser consultado novamente caso o processo de análise seja interrompido. Os diagramas devem ser mais precisos e completos quanto for possível para modelar com fidelidade o processo que está sendo estudado. Outro recurso de modelagem é a que é feita com os dados. Os dados são um recurso necessário para que modelos gráficos e indicadores sejam construídos. Existe uma série de tipos de gráficos: Tendência, CEP, Pizza, Radar, Coluna, Linhas, Bolhas, Dispersão, etc. Cada um deles enfatiza certo tipo de estímulo visual diferente, possibilitando uma rápida interpretação, sobretudo se forem empregadas cores diferentes para cada tipo de informação. A grande vantagem dos gráficos e indicadores é a rapidez com que a informação é interpretada e analisada. Isso explica a importância que os gestores vêm dando a esse tipo de recurso, em tempos de elevada mudança. Na etapa de elaboração do Plano de Ação do MASP, a modelagem pode ser empregada para planejar e testar soluções. O planejamento pode incluir a elaboração de um projeto civil, mecânico, elétrico ou conceitual simplesmente. O projeto é o modelo da solução e, sobre ele podem ser feitas todas as análises necessárias à verificação se ele atenderá ao propósito de resolução do problema. Se pairarem dúvidas no ar sobre a efetividade da solução, maquetes – que também são modelos - podem ser produzidas para proporcionar uma visão mais real. As impressoras 3D são os recursos mais atuais que vem ganhando espaço lentamente para a construção de protótipos. E, finalmente, existem os modelos matemáticos e softwares específicos, que podem até simular o produto e o processo antes mesmo de serem produzidos e implantados, incluindo medindo seus resultados. A modelagem chega por intermédio de recursos tecnológicos ao seu mais alto grau de sofisticação – um top model - poupando tempo e dinheiro na construção de modelos físicos que são bem mais caros. A questão chave na modelagem de problemas e soluções é a fidelidade com que consegue representar a situação real. Quanto mais fiel for, mais confiança terá seu resultado. No entanto, confiança se conquista com esforço e recursos que nem sempre estão disponíveis. A equipe de resolução e problemas deve então buscar, para cada situação, um ponto de equilíbrio entre essas duas variáveis conflitantes para obter a maior confiança com o mínimo de recursos e esforço. Modelos são recursos imprescindíveis para a resolução de problemas e devem ser empregados na maior extensão possível. Por isso as equipes devem aprender como usá-los a seu favor no cumprimento de seu objetivo, pois um gráfico não é apenas um gráfico. Ele é uma representação de uma realidade e a chave do sucesso de uma iniciativa de mudança. Claudemir Y. Oribe, mestre em administração de empresas PUC Minas/Fundação Dom Cabral, sócio consultor da Qualypro claudemir@qualypro.com.br mailto:claudemir@qualypro.com.br 26 - Revista BQ - Banas Qualidade Preço não tem nada a ver com custo Edição 290 - Setembro de 2016 - 27 Gestão A questão central é o quanto podemos ser rentáveis praticando certo tipo de preço no mercado 28 - Revista BQ - Banas Qualidade Por Eduardo Moura A afirmação do título pode parecer absurda ou até mesmo chocante, porque o paradigma vigente ensina que, para uma dada unidade de produto, “Custo + Margem = Preço”. Dentro do “Mundo do Custo” tal equação faz perfeito sentido. “Custo” é o consagrado “custo unitário total do produto”‘, e resulta da soma de duas parcelas: • CTV: Custo Totalmente Variável (a palavra “totalmente” significa que nesta parcela entram somente os custos que realmente variam com cada unidade vendida – não incluindo, portanto, a “mão de obra direta”) e • GO(un): a parcela de gasto alocada a cada unidade do produto em questão (isto é, o rateio do Gasto Operacional total distribuído sob algum critério arbitrário, às unidades do produto). Sobre este Custo Unitário do Produto acrescentamos uma “margem compensadora” para chegar a um “preço justo”, o qual em seguida tratamos de impor ao mercado. O problema aqui é que tal prática, verdadeira vaca sagrada da administração, é contraproducente porque pode disparar duas formas de perder rentabilidade: por um lado, perder vendas de clientes que não estão dispostos a pagar o tal “preço justo”, e por outro, perder dinheiro de clientes que, por darem muito valor ao produto, estariam dispostos a pagar além do “preço justo”. A esta altura alguém pode questionar: “mas se vendermos por menos sacrificamos a margem”. Para respondermos a isto e termos uma percepção mais exata da realidade, temos que “pensar fora da caixa”, isto é, adotar um novo paradigma: o “Mundo do Throughput”. Voltando à reserva levantada no início do parágrafo anterior: a primeira reflexão a fazer é se a razão pela qual estamos no negócio é “assegurar a margem unitária” ou “gerar dinheiro”. No Mundo do Custo essas duas coisas parecem sinônimas. Mas no Mundo do Throughput podemos ver claramente que não. Explico: a ideia de que se vendermos com margem unitária baixa ou zero não seremos rentáveis é falsa, porque se apoia numa premissa igualmente falsa: a de que a venda de uma unidade de produto só gera lucro se o preço de venda superar seu custo unitário total. Na verdade, basta que uma unidade de produto seja vendida por um preço acima do seu CTV, que ela já começa a contribuir com uma entrada real de dinheiro no sistema de negócio. Esta contribuição é o que chamamos de “throughput unitário” gerado pela venda (Throughput unitário = Preço de Venda – CTV). Se houver mercado para gerar Throughput Total suficiente para cobrir o Gasto Operacional Total, seremos rentáveis, mesmo vendendo produto com “margem unitária” baixa, zero, ou até mesmo negativa. Para ilustrar este ponto, usemos um exemplo didático (se quiser, confira com seu próprio cálculo): suponha que uma unidade de negócios fabrica e vende um único produto, cujo custo totalmente variável CTV (un)=12,00 com preço de venda PV (atual)=25,00 e demanda mensal D (atual)=10.000. Seu gasto operacional mensal atualmente é de 100.000,00. Portanto, pela análise tradicional de custos, distribuindo o GO total às 10.000 unidades, temos um rateio unitário GO (un)= 10,00, que somado ao CTV resulta num custo unitário total C(un)=22,00. A margem de lucro do produto é ML= 25,00 – 22,00 = 3,00. Assim, esta empresa está gerando 30.000,00 de lucro líquido cada mês. Agora, suponha que aparece um distribuidor que quer fazer negócio com o produto, comprando-o por atacado. Ele oferece comprar 8.000 unidades por mês, mas exige um desconto importante que lhe assegure rentabilidade: ele propõe PV= 17,00 (32% de desconto). Porém, para aumentar a produção mensal de 10.000 Edição 290 - Setembro de 2016 - 29 Gestão para 18.000 (quase o dobro) será necessário aumentar o GO mensal em 25.000,00. O GO total passaria para 125.000,00. O cálculo tradicional, baseado na Contabilidade de Custos, decidiria sobre a viabilidade da proposta calculando o custo unitário do produto na nova condição de negócio, para em seguida verificar qual seria a margem o produto com desconto. O rateio do custo fixo total agora seria GO(un)= 125.000/18.000= 6,94. Acrescentando o CTV de 12,00 o custo unitário total ficaria C(un)= 18,94. De onde se conclui, pela análise tradicional, que a margem do produto com desconto seria negativa: ML(un)= 17,00 – 18,94= -1,94. O negócio com o distribuidor geraria uma perda de 8.000 x (-1,94) = -15.520,00. A resposta, evidentemente, seria dizer “não” e pedir a esse “mercenário” que vá oferecer maus negócios a fabricantes que não sabem calcular seus custos. Vejamos agora a que conclusão chegaríamos analisando a mesma situação com a Contabilidade de Throughput. Se o CTV=12,00 então cada unidade vendida geraria throughput unitário T(un)= 17,00 – 12,00= 5,00. Portanto o throughput mensal seria de T(total)= 8.000 x 5,00= 40.000. Isto mais do que compensa o aumento de 25.000 no GO total. Portanto, o negócio com o distribuidor acrescentaria 15.000 sobre o lucro líquido mensal, que passaria a ser de 45.000,00 (um aumento de 50% na lucratividade). Excelente negócio. Em vez de “despachar” o distribuidor pela porta dos fundos, o convidaríamos para um almoço em restaurante de luxo, para celebrar o contrato. Chegamos assim a uma decisão d i a m e t r a l m e n t e oposta à indicada pela Contabilidade de Custos. Qual foi o problema com o cálculo tradicional? Por que a Contabilidade de Custo nos levou a perder uma boa oportunidade de aumentar o lucro? Por causa do rateio do custo fixo, necessário para chegar ao “custo unitário do produto”. Foi aí que nossa visão de negócio foi distorcida. Além disso, e para concluir: o preço e o custo são parâmetros financeiros cujas origens são, de fato, completamente independentes. Custo tem a ver com a criatividade e capacidade técnica de produção (algo interno à empresa), enquanto que preço tem a ver com a atratividade ou percepção de valor aos olhos do cliente (algo externo à empresa). A questão central é o quanto podemos ser rentáveis praticando certo tipo de preço no mercado, e para responder corretamente a isto não temos que, e nem devemos, calcular o “custo unitário do produto” usando a tradicional alocação de custos fixos, a qual é extremamente complicada, desnecessária e distorce nossa percepção da realidade. Recomendo, portanto, que você adote o paradigma do Throughput e deixe de usar o conceito de “custo unitário do produto”, fazendo com essa vaca sagrada da Contabilidade de Custos um delicioso churrasco. Eduardo Moura é diretor da Qualiplus Excelência Empresarial – emoura@qualiplus.com.br mailto:emoura@qualiplus.com.br 30 - Revista BQ - Banas Qualidade ISO 9001 ISO 14001 OHSAS 18001 ISO/TS 16949 ISO 22001 Programa 5S Programa de Melhoria Contínua – KATA (Toyota) A 10 anos no mercado prontos para atender nossos clientes nos mais diversos desafios da moderna gestão empresarial. Nossos treinamentos e projetos de consultoria são elaborados em conjunto com o cliente a fim de que o mesmo seja o mais personalizado possível contando com as mais modernas técnicas de desen- volvimento e aplicação. ÁREAS DE ATUAÇÃO QUALIDADE – Norma ISO9001, Indicadores de Desempenho, Melhoria Contínua – Sistema KATA da Toyota. 5s; MEIO AMBIENTE – Norma ISO 14001; PGRS, Levantamento de aspectos e impactos ambientais; SAÚDE E SEGURANÇA – Norma OHSAS 18000 – Levantamento de Riscos e Ações de Mitigação; PPRA, PCMSO AUTOMOBILÍSTIA – Norma ISO/TS16949 – APQP, PPAP, PFMEA, DFMEA, DOE, MSA; SEGURANÇA ALIMENTAR – Norma FSSC/ISO 22000 – HACCP/APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, GMP/BPF (Boas Práticas de Fabricação) CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS – Compulsória ou Voluntária – Marca CE, CRCC Petrobrás, Type Approval COACHING EMPRESARIAL – Dirigido, Gestores e Diretoria. TREINAMENTOS IN COMPANY OU ABERTOS: NBR ISO9001:2015 | NBR ISO14001:2015 | NBR FSSC/ISO 22000 | NBR ISOTS16949 NBR OHSAS 18000 | Programa 5s (HouseKeeping) | Sistema KATA (TOYOTA) Melhoria Contínua | Lean Manufacturing | Ferramentas da Qualidade | MASP – Método de Análise e Solução de Problemas | CEP – Controle Estatístico de Processos | FMEA – Análise do Modo e Efeito da Falha | BPF – Boas Práticas de Fabricação | HACCP / APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle | Formação de Auditores Internos (Integrados) Indicadores de Processos, Gerenciais e Qualidade CLIENTES ACB Tecnologia e Sistemas Ltda – Indústria Eletro-Eletrônico ; Tegra Eletrônica Ltda – Indústria Eletro-Eletrônico ; Esporte Clube Pinheiros - Clube Recreativo, Social e Esportivo ; Hydac Tecnologia Ltda – Indústria Mecânica ; Glassec Vidros de Segurança Ltda ; Divinal Vidros Ltda – Indústria de Vidros Temperados e Laminados ; Sigma Sistemas para Tratamento de Águas Ltda ; Jonhis Instrumen- tos Ltda – Indústria de Instrumentos de Medição ; Oxiquima Produtos Químicos Ltda – Indústria Química ; Stauff Brasil Ltda – Indústria Metalúrgica ; Totalmat Equipamentos Hiperbáricos Ltda – Indústria de Equipamentos para Mergulho ; Balan-Set Serviços Contábeis Ltda ; Skam Empilhadeiras Elétricas Ltda – Indústria Metalúrgica ; London Clip´s Ltda – Industria Metalúrgica ; Gunnebo Gate- way Ltda – Indústria de Equipamentos de Segurança ; Monytel Eletrônica e Telecomunicações Ltda – Indústria Eletro-Eletrônico; Compugraf Tecnologia Ltda – Serviços de TI ; FNCE – Fábrica de Condu- tores Elétricos ; Greif Embalagens Industriais ; Trace-LayOut Serviços e Produtos – Indústria Eletro-Eletrônico ; BMP Plásticos Ltda – Indústria de Embalagens 11 3781.9779 | 11 99215.1537 contato@mccpconsultoria.com.br www.mccpconsultoria.com.br http://www.mccpconsultoria.com.br/ Edição 290 - Setembro de 2016 - 31 ISO 9001 ISO 14001 OHSAS 18001 ISO/TS 16949 ISO 22001 Programa 5S Programa de Melhoria Contínua – KATA (Toyota) A 10 anos no mercado prontos para atender nossos clientes nos mais diversos desafios da moderna gestão empresarial. Nossos treinamentos e projetos de consultoria são elaborados em conjunto com o cliente a fim de que o mesmo seja o mais personalizado possível contando com as mais modernas técnicas de desen- volvimento e aplicação. ÁREAS DE ATUAÇÃO QUALIDADE – Norma ISO9001, Indicadores de Desempenho, Melhoria Contínua – Sistema KATA da Toyota. 5s; MEIO AMBIENTE – Norma ISO 14001; PGRS, Levantamento de aspectos e impactos ambientais; SAÚDE E SEGURANÇA – Norma OHSAS 18000 – Levantamento de Riscos e Ações de Mitigação; PPRA, PCMSO AUTOMOBILÍSTIA – Norma ISO/TS16949 – APQP, PPAP, PFMEA, DFMEA, DOE, MSA; SEGURANÇA ALIMENTAR – Norma FSSC/ISO 22000 – HACCP/APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, GMP/BPF (Boas Práticas de Fabricação) CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS – Compulsória ou Voluntária – Marca CE, CRCC Petrobrás, Type Approval COACHING EMPRESARIAL – Dirigido, Gestores e Diretoria. TREINAMENTOS IN COMPANY OU ABERTOS: NBR ISO9001:2015 | NBR ISO14001:2015 | NBR FSSC/ISO 22000 | NBR ISOTS16949 NBR OHSAS 18000 | Programa 5s (HouseKeeping) | Sistema KATA (TOYOTA) Melhoria Contínua | Lean Manufacturing | Ferramentas da Qualidade | MASP – Método de Análise e Solução de Problemas | CEP – Controle Estatístico de Processos | FMEA – Análise do Modo e Efeito da Falha | BPF – Boas Práticas de Fabricação | HACCP / APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle | Formação de Auditores Internos (Integrados) Indicadores de Processos, Gerenciais e Qualidade CLIENTES ACB Tecnologia e Sistemas Ltda – Indústria Eletro-Eletrônico ; Tegra Eletrônica Ltda – Indústria Eletro-Eletrônico ; Esporte Clube Pinheiros - Clube Recreativo, Social e Esportivo ; Hydac Tecnologia Ltda – Indústria Mecânica ; Glassec Vidros de Segurança Ltda ; Divinal Vidros Ltda – Indústria de Vidros Temperados e Laminados ; Sigma Sistemas para Tratamento de Águas Ltda ; Jonhis Instrumen- tos Ltda – Indústria de Instrumentos de Medição ; Oxiquima Produtos Químicos Ltda – Indústria Química ; Stauff Brasil Ltda – Indústria Metalúrgica ; Totalmat Equipamentos Hiperbáricos Ltda – Indústria de Equipamentos para Mergulho ; Balan-Set Serviços Contábeis Ltda ; Skam Empilhadeiras Elétricas Ltda – Indústria Metalúrgica ; London Clip´s Ltda – Industria Metalúrgica ; Gunnebo Gate- way Ltda – Indústria de Equipamentos de Segurança ; Monytel Eletrônica e Telecomunicações Ltda – Indústria Eletro-Eletrônico; Compugraf Tecnologia Ltda – Serviços de TI ; FNCE – Fábrica de Condu- tores Elétricos ; Greif Embalagens Industriais ; Trace-LayOut Serviços e Produtos – Indústria Eletro-Eletrônico ; BMP Plásticos Ltda – Indústria de Embalagens 11 3781.9779 | 11 99215.1537 contato@mccpconsultoria.com.br www.mccpconsultoria.com.br mailto:contato@mccpconsultoria.com.br 32 - Revista BQ - Banas Qualidade Lembre-se da voz do cliente interno Edição 290 - Setembro de 2016 - 33 Quality Progress Por Thomas Spagnolatti Desde o desenvolvimento do modelo de Kano na década de 1980, o foco na voz do cliente (voice of the customer – VOC) aumentou significativamente. As necessidades dos clientes externos são agora uma grande força por trás das melhorias de processos e das mudanças, mas o cliente interno ainda não recebe a atenção que merece. A voz do cliente interno permanece muitas vezes ignorada. Estamos tão absorvidos por atividades diárias e problemas que todos se esquecem na organização quem é um cliente ou fornecedor para outra pessoa na organização. Como tal, temos necessidades e os nossos colegas têm expectativas que, por vezes, podem levar à frustração. A estratégia certa Muitos estão familiarizados com o antigo ditado latino divide et impera ou dividir para conquistar. Neste caso, a estratégia certa é justamente o oposto. As organizações devem trabalhar em conjunto para definir os pontos fortes e oportunidades. Para encontrar essas áreas, deve-se realizar uma análise da VOC interna. Normalmente, as atividades de melhoria são limitadas porque eles se concentram em um único relacionamento com o cliente e fornecedor ou, na melhor das hipóteses, a alguns clientes, mas apenas em um fornecedor- normalmente na área onde o projeto de melhoria está ocorrendo. No entanto, como observado anteriormente, todos na organização são um cliente ou fornecedor. Uma ferramenta que pode ajudar a sua organização a assegurar as necessidades de todos a ser considerada é a matriz de VOC (ver Figura 1). A matriz de VOC contém todas as entradas que cada área funcional necessita para desempenhar as suas funções. Estas necessidades podem ser as informações, os dados, os documentos, os produtos ou os serviços. Mesmo se o cliente define as necessidades, uma discussão positiva dentro da organização sobre os detalhes dos requisitos pode trazer uma consciência melhor para todas as partes envolvidas sobre as restrições do fornecedor e do VOC real. Por exemplo, a produção deve planejar suas atividades para destacar possíveis gargalos. Para fazer isso, a produção tem de ter uma lista de materiais completa (bill of VOC Matrix Cliente Vendas Engenharia Produção Qualidade Transporte Fo rn ec ed or Vendas Engenharia Produção Qualidade Transporte VOC = Voz do Cliente Figura 1 : Matrix – A voz do Cliente Use a voz da matriz do cliente dentro da organização u 34 - Revista BQ - Banas Qualidade materials – BOM) da engenharia, o mais rapidamente possível. Antes de a engenharia poder fornecer uma lista de materiais completa, no entanto, todos os seus documentos devem ser aprovados pelo cliente final. Durante a discussão para completar a matriz de VOC, no entanto, descobriu-se que o que a produção realmente precisa não é a BOM completa, mas a lista dos componentes necessários para planejar suas atividades. Com essa revelação, a engenharia é capaz de fornecer uma lista de materiais preliminar antes de receber a aprovação do cliente final. Oportunidades A saída da matriz VOC também pode ser utilizada para executar uma análise mais profunda. Dependendo do nível de detalhe requerido, as necessidades listadas na matriz podem ter correspondentes prioridades, metas e métricas. Se necessário, a diferença entre o pedido do cliente e da capacidade de o fornecedor atender a demanda pode ser calculada pela capacidade do processo da organização. As linhas e as colunas da matriz também podem ser usadas para desenvolver um mapa de processo ou um mapa de fluxo de valor, para realçar as entradas e as saídas ligadas aos diferentes fornecedores e clientes de processo (ver a figura abaixo). Considerando-se que todos os funcionários e os clientes-são engrenagens em um sistema complexo, podemos dizer que o cliente é adequado apenas quando ele ou ela fornece as solicitações corretas. O papel do fornecedor também é ajudar o cliente a compreender as suas necessidades reais Thomas Spagnolatti é supervisor de engenharia na Cameron em Calico, Itália. Possui seu grau de associado em engenharia industrial do Instituto Tecnico Industriale Statele “E. Mattei” em Sondrio na Itália. É membro da ASQ, e é um Six Sigma Black Belt certificado pela ASQ. Fonte: Quality Progress/2016 July Tradução: Hayrton Rodrigues do Prado Filho Value stream map and VOC matrix output / Figura 2 Edição 290 - Setembro de 2016 - 35 Quality Progress Esse método faz distinção entre três tipos de atributos de produtos ou serviços que influenciam a satisfação do cliente conforme figura abaixo. Nela, o leitor deve notar que o eixo horizontal mostra a performance no atendimento às necessidades e o eixo vertical representa o nível de satisfação dos clientes. Na verdade, por exemplo, em um restaurante, oferecer um suco de graça pode trazer satisfação aos clientes, contudo oferecer flores às mulheres na mesa pode trazer uma satisfação ótima e ser um fator diferenciador em relação a outros locais. Por outro lado, outros atributos não trazem satisfação mesmo se for feita com um bom um grau de perfeição. Esse é o caso da limpeza em um restaurante. Se ela estiver abaixo de um determinado nível, os clientes ficarão insatisfeitos e não retomarão, porém excesso de limpeza não trará satisfação. Mas como se pode determinar quais atributos podem trazer satisfação? A análise dos diferentes atributos de um produto ou serviço através desse método seria a alternativa. Importante dizer que os atributos obrigatórios são os critérios básicos de um produto ou serviço. Se estes atributos não estiverem presentes ou não atingirem um nível de desempenho suficiente, os clientes ficarão extremamente insatisfeitos. Por outro lado, se estes atributos estiverem presentes ou são suficientes, eles não trazem satisfação. De fato, os clientes sentem esses atributos como pré-requisitos, como, por exemplo, a limpeza de um banheiro em um restaurante é vista como necessária pelos clientes. Se ela for insuficiente, trará insatisfação, porém se presente, não trará satisfação. Os atributos obrigatórios geralmente não são exigidos explicitamente pelos clientes, pois eles os consideram como inerentes. Para a satisfação dos clientes, os atributos unidimensionais são proporcionais ao nível de atendimento – quanto maior o nível de atendimento, maior será a satisfação do cliente e vice-versa. Por exemplo, se o gasto de combustível por quilômetro rodado de carro está abaixo de certo nível, quanto menor for o consumo, tanto maior será a satisfação do cliente. Se o gasto com combustível por quilômetro rodado está acima desse nível, o cliente ficará insatisfeito. Pode-se dizer que quanto menor for o gasto de combustível por quilômetro rodado, tanto maior será a satisfação do cliente referente a este requisito. Geralmente, os atributos unidimensionais são exigidos explicitamente pelos clientes. Quanto aos atrativos são chaves para a satisfação do cliente. O atendimento deles traz uma satisfação melhor, porém não trazem insatisfação se não forem atendidos. Por exemplo, para um carro popular, a presença de ar condicionado como equipamento de série traz satisfação. Já sua ausência não traz insatisfação. Dessa forma, os atributos atrativos não são nem expressos explicitamente e nem esperados pelo cliente. Há, ainda, os atributos neutros e reversos. Os neutros são aqueles cuja presença não traz satisfação e a sua ausência não traz insatisfação. São aqueles que nunca ou apenas raramente são usados pelo cliente ou que o cliente não sabe como poderia utilizá-lo. Os reversos são aqueles cuja presença traz insatisfação. Por exemplo, a presença de TVs em restaurantes não são bem- vindas para alguns. Para eles, a TV pode ser considerada um atributo reverso. O modelo de Kano u 36 - Revista BQ - Banas Qualidade Atualmente, estuda-se quais os atributos deveriam ser incorporados ou melhorados em um produto ou serviço através da investigação de sua importância para os consumidores. Mas qual a relação entre a classificação dos atributos dentro do modelo Kano e o grau de importância que o consumidor dá a eles? Um atributo classificado como obrigatório pelo modelo Kano, tido como importante no método tradicional, pode levar uma empresa a adotar ações de melhorias custosas, porém desnecessárias, pois os consumidores não ficarão mais satisfeitos. É o caso da limpeza do banheiro de um restaurante. Muitas vezes, quando todos os fornecedores de um produto ou serviço atingem um nível adequado em um atributo obrigatório, os clientes não tiveram uma decepção com aquele atributo. Assim, mesmo sendo obrigatórios, os clientes podem considerá-lo como pouco importante (por não terem experiência anterior ruim), levando a empresa a não prestar atenção a um nível aceitável para o atributo. Em consequência, a utilização do modelo Kano apresenta- se como uma alternativa mais precisa na determinação de quais atributos deveriam ser incorporados a um produto ou serviço. Para isso, o leitor deverá preparar um questionário para todos os clientes ou grupo deles escolhido por importância. A primeira questão é perguntar o que eles acham ser importante ou o que eles gostariam de receber junto com o produto ou serviço em questão. Esse procedimento ajudará a estabelecer os atributos que serão estudados posteriormente. Depois disso, deve caracterizar o cliente de modo que seja possível estratificar as respostas e estudar a classificação dos atributos entre diferentes grupos de clientes. Definir os atributos de forma específica. Os atributos definidos de forma ampla levam a uma compreensão subjetiva sobre o que está sendo perguntado, havendo a tendência de dispersão entre as respostas dos diferentes clientes. A mesma consideração é válida quando forem construídas as perguntas do questionário. Não se deve misturar diferentes atributos em uma mesma questão. Deve-se evitar, sempre que possível, o uso da palavra não. Por exemplo, em vez de usar se o restaurante não tem estacionamento privativo, use uma construção de frase diferente, como: se você for a um restaurante e o estacionamento for somente na rua. O uso da palavra não em questionamentos sobre ausência ou insuficiência de requisitos pode levar o cliente a uma reposta de insatisfeito. Isso poderá resultar em um número elevado de respostas u n i d i m e n s i o n a i s , mesmo para requisitos atrativos. Em alguns casos, por necessidade de entendimento, não SATISFAÇÃO INSATISFAÇÃO NECESSIDADES ATENDIDAS NECESSIDADES NÃO ATENDIDAS Esperadas Atrativas Edição 290 - Setembro de 2016 - 37 há alternativa senão utilizar a palavra não. Se este for o caso, é melhor utilizá-la do que ter subjetividade no entendimento da questão por parte do entrevistado. Segundo alguns especialistas, misturar as perguntas de forma aleatória, evitando que as funcionais e disfuncionais fiquem uma logo abaixo da outra parece trazer melhores resultados. Isto diminui respostas do tipo satisfeito/insatisfeito de forma automática, pois os clientes podem entender que estará perdendo algum benefício na questão disfuncional. Ao utilizar o coeficiente de satisfação do cliente para analisar a classificação dos atributos, não se esquecer de analisar separadamente o grau de reverso que um atributo apresenta. O modelo Kano procura medir o grau de satisfação que um atributo pode trazer a um produto ou serviço, e não o grau de satisfação atual dos clientes com aquele atributo. Porém, se os consumidores entrevistados forem clientes atuais do produto ou serviço pesquisado, suas respostas serão influenciadas pelo desempenho atual, e isto deverá ser levado em consideração. Enfim, o modelo foi desenvolvido pelo professor japonês Noriaki Kano, da Universidade de Riko, em Tóquio, e possibilita aos desenvolvedores de produtos ou serviços transformar as informações obtidas pelas pesquisas e centrais de atendimento em melhorias reais no produto de forma a buscar não apenas a satisfação do cliente, mas a superação de suas expectativas, ou seja, o encantamento do cliente.t Quality Progress Certificação com uma abordagem de parceria SN Registrars (Holdings) Ltd DAS Certification Certificadora Internacional é acreditada pelo UKAS. Possuímos agencias em todo mundo! No Brasil o DAS é operado pelo BUREAU de AVALIAÇÃO da CONFORMIDADE - QS , BACQS com sede no Rio de Janeiro. Nossas Certificações em Sistemas de Gestão: da Qualidade (9001 :2008 e 2015 ), Ambiental ( 14001 ) OHSAS 18001 ( breve ISO 45 001 ) , Segurança da Informação ( 27001 ) e Segurança Alimentar ( ISO 22 000 ) Certificados Acreditados pelo UKAS /IAF BACQS- Licenciado pela ABENDi para Cursos de formação de Auditores Líderes ( LA ) em SGI ( 9K, 14K e 18 K ) ou separadamente para LA e Auditores Internos ( Abertos ou In Company ) Entre em contato conosco: Rafael Stannieder Pereira Av Marechal Camara 160 sala 1205 Rio de Janeiro – RJ – Brasil tel 21 2215 0074 21 2292 5067 bacqs@bacqs.org. cel 21 9 9298 4475 www.dascertification.co.uk www.bacqs.org.br http://www.dascertification.co.uk/ 38 - Revista BQ - Banas Qualidade O imperativo da inovação em tempos difíceis Edição 290 - Setembro de 2016 - 39 Opinião A inovação torna-se uma disciplina e, como tal, pode ser aprendida e desenvolvida pelas organizações Por Eduardo Guaragna A inovação é contemporânea da qualidade. Enquanto a qualidade nascia na década de 20 pelo o engenheiro e matemático Shewhart com o uso de métodos estatísticos, a inovação, uma década depois, nascia pelas mãos do economista Schumpeter, com o propósito de ser o motor para o desenvolvimento econômico. Hoje, em empresas maduras, a inovação e a qualidade fazem parte do mesmo sistema de gestão, se complementando. Mas o que há de novo na abordagem da inovação? Eu diria que há seis aspectos que tiveram seu entendimento amadurecido, principalmente neste novo século e no momento atual em nosso país, embora o saudoso Peter Drucker já os tenha, alguns anos atrás, abordado em suas obras. 1 O conceito de inovação ampliou-se, agregando a sustentabilidade nas suas atenções e o valor a ser ofertado às partes interessadas como foco, não apenas ao cliente. 2 A abrangência da inovação ampliou-se, não mais se limitando a área de P&D ou apenas tecnológica. 3 A inovação passa a ser um trabalho em equipe, com soma de talentos, método e disciplina. 4 A inovação torna-se uma disciplina e, como tal, pode ser aprendida e desenvolvida pelas organizações. 5 A consciência sobre a sua importância e necessidade ao negócio elevou-se, ainda que muito se fale e pouco se pratique por falta ainda de conhecimento. 6 A crise atual no Brasil exige criatividade e inovação para fazer mais ou o mesmo com menos recursos, que se tornaram escassos. Vejamos cada um deles: • Embora não haja um único conceito para inovação, as ideias em geral são similares. Particularmente aprecio o conceito formulado pelo Fórum de Inovação da FGV-EASP: Inovação é uma nova ideia que ao ser implementada gera resultados + para fundadores, investidores e demais partes interessadas, com Responsabilidade Social e por um prazo razoável. Assim, a inovação é mais rica que a criatividade e que a própria invenção. Enquanto a criatividade é uma poderosa fonte de geração de novas ideias, a invenção é a sua realização. Mas a inovação tem algo a mais que a invenção: o compromisso com o resultado, o valor gerado pela ideia implementada, incluindo a sua aceitação pela sociedade. O atendimento aos aspectos econômicos, sociais e ambientais é o grande definidor da inovação, dita como inovação inteligente. • Ainda que a tecnologia e a atividade de P&D continuem importantes à inovação, hoje muitas inovações não se limitam a isso. Há pelos menos cinco tipos de mudanças advindas da inovação: Novos modelos de negócio, organizacionais ou em práticas de gestão, novos produtos ou serviços, novos processos e novos mercados. Mudanças estas que utilizam ou não tecnologias de ponta. • Fomos educados com a ideia de que a inovação é um atributo de gênios, trabalhando só ou u 40 - Revista BQ - Banas Qualidade Opinião • com pequenos grupos. Ainda que isso exista, e sirva como o estopim empreendedor, hoje é mais exceção e voltado a pequenos negócios. Equipes formadas por pessoas criativas, analíticas, gestoras e executoras são bem vindas e necessárias, pois cada uma tem um papel na transformação de ideias em resultados concretos no tempo certo. A inovação é inspiração, mas muito de transpiração, já dizia Edson. • Acredita-se hoje que a inovação possa ser estudada, aprendida e incorporada ao modo de ser de uma organização, mesmo àquelas que não tenham nascido com o DNA inovador. Talvez esta seja a maior mudança, pois tira a inovação do pedestal de ser apenas acessível por uma elite de organizações. • Por fim, as lideranças, embora mais conscientes sobre a importância da inovação, ainda falam mais do que agem na sua direção. Há ainda muitas ações pouco estruturadas na abordagem da gestão da inovação. • A crise hoje exige foco e atenção para sair do problema ou, até mesmo, se valer deste momento para diferenciar-se. Melhoria do desempenho atual, redução de custos, novas soluções, fazer diferente dos demais e ser escolhido pelo mercado é motivador para a inovação. Talvez aqui, via inovação, haja a grande oportunidade para melhorar os indicadores de produtividade no país que pouco evoluíram nos últimos 25 anos. Muito bem! Mas por que a inovação é fundamental ao meu negócio? E se eu não inovar? Escolher morrer é uma opção, já dissera Drucker com relação a falta de inovação. Enquanto a qualidade dos produtos e serviços e a produtividade no uso dos recursos são os
Compartilhar