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CASO CONCRETO 05 PRÁTICA SIMULADA III ALEGAÇÕES FINAIS RITO JÚRI PDF

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Cleide Andrade da Silva 201601155395 
 
PRÁTICA SIMULADA III ATIVIDADE 01 
 
CASO CONCRETO 05 
 
ALEGAÇÕES FINAIS 
 
 
Tício, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após mais um dia de trabalho na 
empresa em que trabalham juntos. Ocorre que Tício, de forma imprudente no caminho de volta, imprime velocidade 
excessiva, sem observar o seu dever de cuidado, pois queria chegar a tempo de assistirão jogo de futebol do seu time 
do coração que seria transmitido naquela noite. Assim, Tício, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do 
veículo automotor que capotou. Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o 
Hospital mais próximo onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma 
ocasião constatou-se que a gravidez de Maria havia sido interrompida em razão da violência do acidente 
automobilístico, conforme comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos 
.Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do Estado XXXXX ofereceu 
denúncia em face de Tício e imputou ao mesmo a conduta descrita no delito de aborto provocado por terceiro e, 
assim, incurso nas penas do art. 125 do CP. 
O processo foi normalmente instruído, tendo sido realizadas todas a oitiva da vítima Maria, das testemunhas 
arroladas pela acusação e pela defesa e, em seguida com o interrogatório do acusado Tício, tudo na forma do art. 
411 do CPP. 
A defesa de Tício foi intimada no dia 9 de fevereiro de 2017 (quinta-feira). Registre-se que Tício 
respondeu ao processo em liberdade. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, 
redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, 
sustentando, as teses jurídicas pertinentes. 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2 ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo criminal nº : .... . 
 
 
 
 
 
TÍCIO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe por seu advogado regularmente 
constituído, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa 
Excelência, no prazo legal apresentar: 
 
 
ALEGAÇÕES FINAIS 
 
 
Com fulcro no artigo 411 parágrafos 9 c/c 403 parágrafos 3 do Código de Processo 
Penal, e artigo 5, LV da Constituição Federal, pelas razões e fatos de direito que passa a expor: 
 
 
 
I - FATO: 
 
 
Generoso ao estado de gravidez da sua amiga Maria, Tico ofereceu carona a mesma, após 
mais um dia de trabalho na empresa, onde eram empregados. 
 Ocorre que TÍCIO, de forma imprudente no caminho de volta para casa, coloca 
velocidade excessiva, sem analisar seu dever de cuidado, pois queria chegar mais cedo em casa 
para assistir um jogo de futebol pela televisão do seu time do coração que seria transmitido 
naquela noite. 
 Assim TÍCIO, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor que 
veio ocasionar um capotamento. 
 Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente, encaminharam Maria para o hospital 
mais perto, onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido nenhuma lesão. 
Contudo , na mesma ocasião foi constatado que a gravidez de Maria tinha sido 
interrompida, em razão da violência na qual se deu o acidente automobilístico, conforme 
comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, de folhas 14 dos autos. 
 
 
 
II - DO DIREITO: 
 
 
O Ministério Público Estadual denunciou TÍCIO ao dar carona a suposta vítima, sob 
forma imprudente, ao retornar para casa dirigindo seu veículo automotor, impondo velocidade 
excessiva sob a via, pois queria retorna mais cedo em sua casa, em decorrência de um jogo de 
futebol que iria ser transmitido pela televisão , quando sem ter a intenção entrou em uma curva 
fechada, perdendo o controle da direção vindo ocasionar o capotamento. 
Foi constatado pelo corpo de bombeiros que os socorreram que a vítima não tinha sofrido 
qualquer lesão grave, porém o laudo médico realizado no Instituto Médico Legal , viera sofrer 
aborto em decorrência do acidente. 
 
 
 Conforme o artigo 125 do Código penal , versa que será penalizado aquele que provocar, 
sem o consentimento da vítima. 
O aborto tem tipo subjetivo de crime, sendo somente aceito em forma dolosa e nunca em 
sua forma culposa. 
 
TÌCIO não teve a intenção de prejudicar ou interromper a gravidez de Maria, sua intenção 
foi somente, a de como amigo dar uma carona e proporcionar maior conforto no retorno para 
casa. 
 
Portanto, não havendo dolo direto ou eventual de provocar o acidente e gerar o resultado 
do aborto, torna-se a denúncia do Ministério Público ATÍPICA, na forma da lei do artigo 415, 
III, do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
III - DO PEDIDO: 
 
 
Ante do exposto, requer: 
 
A absolvição sumaria do Réu, com base no artigo 415, III, do Código de Processo Penal . 
 
 
Nestes termos , 
 
Pede deferimento 
 
Local , Data 
 
Advogado 
 
OAB/UF

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