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Embriologia do Sistema Reprodutor

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EMBRIOLOGIA II 
AULA 1 – SISTEMA REPRODUTOR 
Formação do Sistema Reprodutor 
 DESENVOLVIMENTO 
O desenvolvimento do sistema urinário e 
reprodutor, estão intimamente relacionados. O sistema 
urinário é formado primeiro, sendo inicialmente 
constituído por rins provisórios. 
O rim pronéfrico é o primeiro órgão excretor a ser 
formado, não chegando a ser funcional nos humanos. 
Após sua degeneração, essa função passa a ser 
realizada pelo rim mesonéfrico, o qual funciona pela 
maior parte da vida embrionária. O ducto mesonéfrico 
(Wolff) libera a urina pronéfrica e mesonéfrica. 
 
Por último, temos a formação do rim metanéfrico, 
que será o rim definitivo. Ele começa a se formar a partir 
dos brotos uretéricos, por onde se mantém ligado ao 
ducto mesonéfrico. 
Os rins metanéfricos são estimulados a se 
desenvolverem pelo blastema metanefrogênico. 
Inicialmente, ele forma os cálices maiores, em seguida, 
os cálices menores e túbulos coletores. Esses túbulos 
coletores estimulam os brotos uretéricos a formarem os 
néfrons. 
A cloaca é uma região dividida em duas porções 
pelo septo uroretal. Uma delas forma o seio 
urogenital, que dará origem a bexiga, a uretra e o úraco 
(forma o ligamento vesicoumbilical). 
 
O sistema genital e reprodutor é formado pelas 
camadas do mesoderma intermediário (pronefro, 
mesonefro e metanefro), mesênquima subjacente 
(tecido conjuntivo embrionário) e pelas células 
germinativas primordiais. 
As células germinativas primordiais saem da 
parede na cavidade vitelínica, e se dirigem para o 
retroperitônio do embrião. Lá, elas se deslocam para 
próximo do epitélio celômico e formam as cristas 
genitais, as quais darão origem aos ovários ou aos 
testículos. 
O epitélio celômico dá origem as células 
somáticas de sustentação, importantes para o 
desenvolvimento das células germinativas nas gônadas. 
Os ductos paramesonéfricos (ductos de Müller), 
se formam lateralmente aos ductos mesonéfricos, a 
partir do espessamento de células do epitélio celômico. 
As extremidades inferiores desses ductos se unem e 
adentram a cloaca. 
 
A partir da 7ª semana, os sistemas masculino e 
feminino se diferenciam, terminando a fase ambissexual 
ou bipotencial. 
As gônadas se formam no mesonefro, caso seja 
um embrião masculino, temos a formação dos cordões 
seminíferos. No entanto, se for um embrião feminino, 
temos a formação dos folículos ovarianos. 
 
 SISTEMA REPRODUTOR 
MASCULINO 
O ducto mesonéfrico constitui o ducto 
deferente, a parte cranial sofre degeneração, sendo 
chamada de apêndice epididimal. Enquanto isso, a parte 
caudal se degenera e deixa um pequeno fragmento 
chamado de paradídimo. 
O local próximo a região que será o testículo, forma 
o epidídimo. Além disso, os ductos eferentes são 
formados pelos túbulos mesonéfrico epigenitais, para 
ligar os túbulos seminíferos e a rede testicular ao 
epidídimo. 
As glândulas acessórias como, a vesícula seminal, a 
próstata e glândula bulbouretral, são originadas 
próxima a junção entre os ductos mesonéfricos e a 
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cloaca. As partes do ducto mesonéfrico entre a vesícula 
seminal e a cloaca é chamada de ducto ejaculatório. 
O ducto paramesonéfrico desaparece no homem, 
restando apenas uma parte dentro da próstata, 
chamada de utrículo prostático. A próstata é formada 
pelas células do mesênquima uretral. 
 
O testículo é puxado pelo canal inguinal, para a 
bolsa escrotal, pelo ligamento gubernáculo testicular. 
Esse processo é auxiliado pelo aumento da pressão 
abdominal causada pelo desenvolvido dos órgãos. 
 
 
 
FEMININO 
Diferente dos homens, o ducto mesonéfrico e 
suas vesículas perdem a ligação com o ovário, e 
degeneram. Caso sobre alguma parte da vesícula ou do 
ducto, poderá ocorrer a formação de cistos ovarianos 
mesonefricos. Dessa forma, não existem ligações entre 
as gônadas e o sistema urinário. 
Os ductos paramesonéfricos se fundem a partir 
da parte caudal e forma um pequeno tubo, chamado de 
canal uterovaginal. A parte fundida formará o útero, 
enquanto uma parte cranial não fundida, será 
responsável pela formação das tubas uterinas. 
A extremidade caudal do canal uterovaginal se 
alonga e puxa o seio urogenital, parte da cloaca, e 
ocorre a formação de uma fístula entre eles. Com isso, 
temos a formação do canal vaginal. Portanto, uma parte 
da vagina será originada do ducto paramesonéfrico e 
outra do seio urogenital. 
Uma membrana separa temporariamente o lúmen 
da vagina e do seio urogenital, posteriormente ela se 
degenera e deixa um remanescente, o qual chamamos 
de hímen vaginal. 
 
Caso o parasonefrico fique separado ocorre a 
formação de 2 uteros, útero bicorno (2 colos uterinos), 
útero bicorno (1 colo uterino), formação de 1 septo 
intrauterino, septado parcialmente. Além disso, pode ter 
1 útero normal, mas a formação de um septo parcial na 
vagina. Semelhante ao útero de ratos, por exemplo, 
útero bicorno. 
Pordemos ter 2 úteros, sendo um deles 
hipoplásicos, normalmente, fechado. 
 
 
 
 GENITÁLIA EXTERNA 
O início da formação da genitália externa é 
parecido em homens e mulheres. A partir da região 
cloacal temos a formação da placa urogenital, do 
tubérculo genital e da placa da glande. 
 
As pregas urogenitais se formam paralelamente a 
placa urogenital e se unem ao tubérculo genital, 
corroborando para formação do sulco urogenital. 
 
MASCULINA 
Nos homens, temos a formação do sulco uretral na 
placa urogenital e o alongamento do tubérculo genital. 
O tubérculo genital forma o corpo e a glande do 
pênis. Já as pregas genitais internas e externas 
(intumescência labioescrotais) crescem e se unem na 
linha média, formando a bolsa escrotal. Em seguida, se 
estendem para a região peniana, formando a uretra 
peniana. 
Na região entre o prepúcio e a glande, a uretra 
masculina é coberta por um ectoderma, o qual servirá 
de origem para formação da uretra da glande. 
 
FEMININA 
No caso das mulheres, o tubérculo genital não se 
alonga e as pregas genitais não se fundem. 
• Ducto mesonéfrico: Origina ducto deferente, 
epidídimo, ductos eferentes, glândulas 
acessórias e ducto ejaculatório. 
• Ducto paramesonéfrico: Degenera. 
• Ducto mesonéfrico: Degenera. 
• Ducto paramesonéfrico: Origina útero, tubas 
uterinas e parte da vagina. 
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O tubérculo genital se inferioriza e forma o clitóris. 
As pregas genitais internas formam os pequenos 
lábios, enquanto as pregas genitais externas 
(intumescências labioescrotais) originam os grandes 
lábios. 
 
 
 
 ANORMALIDADES 
• Clitóris aumentado. 
• Clitóris peniforme: A prega genital externa se 
funde. 
• Hipertrofia de clitóris. 
• Sinéquias de pequenos lábios: As pregas genitais 
internas permanecem fundidas. 
• Fimose: Ectoderma entre a glande e o prepúcio não 
se rompe. 
• Pênis curvo em criança: Fechamento da prega 
genital interna. A alta quantidade de colágeno 
provoca a dobra do pênis. 
• Micropênis. 
• Pênis duplo. 
• Agnesia de pênis: Não tem a formação do pênis e 
temos a presença de uma fístula entre a uretra e o 
ânus, para eliminação da urina. 
• Hipospadias: Não fechamento da prega genital 
interna. 
• Epispadia: Fechamento de um lado e abertura do 
outro. Uretra se abre na parte dorsal do pênis. 
• Criptoepispádia: A prega genital interna se fecha e 
o pênis permanece dentro em epispadia. 
• Cloaca persistente: Sem anus. 
• Extrofia da cloaca. 
• Estado intersexual.

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