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Projeto de Pesquisa - Modelo - Direito

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tábata Minayo 
 
 
 
 
 
 
ISOLAMENTO SOCIAL E O AUMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Barra Mansa 
2020 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
Tábata Minayo 
 
 
 
 
 
 
ISOLAMENTO SOCIAL E O AUMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso 
de Direito do Centro Universitário de Barra 
Mansa, como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em Direito. 
 
Prof.ª Orientadora: Ma. Ana Maria Dinardi 
Barbosa Barros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra Mansa 
2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................03 
1.1 TEMA E SUA DELIMITAÇÃO...............................................................................03 
1.2 PROBLEMA .........................................................................................................03 
1.3 HIPÓTESE (S) .....................................................................................................03 
1.4 OBJETIVOS.........................................................................................................03 
1.4.1 Objetivo Geral..................................................................................................03 
1.4.2 Objetivos Específicos ....................................................................................03 
1.5 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................03 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................05 
3 METODOLOGIA ....................................................................................................07 
4 ESTRUTURA PROVÀVEL......................................................................................08 
5 CRONOGRAMA .....................................................................................................09 
 REFERÊNCIAS.......................................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 TEMA E SUA DELIMITAÇÃO 
Isolamento social e o aumento da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
1.2 PROBLEMA 
O que pode nos revelar o aumento da violência doméstica e familiar contra a mulher 
provocadas pelo isolamento social? 
1.3 HIPÓTESE (S) 
O isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19 traz à tona, de forma 
potencializada, alguns indicadores preocupantes sobre a violência doméstica e a 
violência familiar contra a mulher. As organizações voltadas ao enfrentamento da 
violência doméstica já observaram aumento da violência doméstica por causa da 
coexistência forçada, do estresse econômico e de temores sobre o coronavírus. 
1.4 OBJETIVOS 
1.4.1 Objetivo Geral 
Avaliar se o isolamento social provocado pela Covid-19 influenciou no aumento da 
violência doméstica contra a mulher. 
1.4.2 Objetivos Específicos 
Analisar o papel social da mulher no contexto social. 
Estabelecer algumas relações entre o isolamento social durante a pandemia da 
COVID-19 e o aumento da violência contra as mulheres, levando em conta o contexto 
de uma sociedade patriarcal. 
Analisar dados publicados pela imprensa de diversos países, 
Analisar relatórios de organizações internacionais e organizações direcionadas ao 
enfrentamento da violência doméstica. 
Verificar os dados da violência no Brasil. 
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1.5 JUSTIFICATIVA 
O tema se justifica, pois todos sabemos que a violência contra a mulher é um 
fenômeno global. Uma a cada três mulheres já sofreu violência física ou violência 
sexual perpetrada por um parceiro íntimo durante a vida, e mais de um terço dos 
homicídios de mulheres são perpetrados por um parceiro íntimo. O isolamento social 
imposto pela pandemia da COVID-19 traz à tona, de forma potencializada, alguns 
indicadores preocupantes acerca da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
As organizações voltadas ao enfrentamento da violência doméstica observaram 
aumento da violência doméstica por causa da coexistência forçada, do estresse 
econômico e de temores sobre o coronavírus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 
Embora os dados em relação aos impactos do isolamento sobre a violência doméstica 
e familiar sejam iniciais, notícias divulgadas na mídia e nos relatórios de várias 
organizações internacionais apontam para o aumento desse tipo de violência. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e diversas autoridades de saúde 
nacionais e internacionais têm apontado a casa como um dos ambientes mais 
seguros em tempos de pandemia do Covid-19 e a foma mais eficaz para 
conter o avanço do vírus. Entretanto, para muitas mulheres, vítimas de 
violência doméstica, ficar em casa certamente não é sinônimo de estar 
protegida. (ANDES, 2020) 
No Brasil, segundo a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), do Ministério 
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), entre os dias 1º e 25 de 
março, mês da mulher, houve crescimento de 18% no número de denúncias 
registradas pelos serviços Disque 100 e Ligue 180. (BRASIL, 2020). 
Dos 3.739 homicídios de mulheres em 2019 no Brasil, 1.314 (35%) foram 
categorizados como feminicídios. Isso equivale a dizer que, a cada sete 
horas, uma mulher é morta pelo fato de ser mulher. Ao analisar o aspecto 
vínculo com o autor, revela-se que 88,8% dos feminicídios foram praticados 
por companheiros ou ex-companheiros7. Assim, é comum que as mulheres 
estejam expostas ao perigo enquanto são obrigadas a se recolherem ao 
ambiente doméstico. (VIEIRA; GARCIA; MACIEL, 2020) 
No isolamento, com maior frequência, as mulheres são vigiadas e impedidas de 
conversar com familiares e amigos, o que amplia a margem de ação para a 
manipulação psicológica. O controle das finanças domésticas também se torna mais 
acirrado, com a presença mais próxima do homem em um ambiente que é mais 
comumente dominado pela mulher. A perspectiva da perda de poder masculino fere 
diretamente a figura do macho provedor, servindo de gatilho para comportamentos 
violentos. 
A desigual divisão de tarefas domésticas, que sobrecarrega especialmente as 
mulheres casadas e com filhos, comprova como o ambiente do lar é mais uma esfera 
do exercício de poder masculino. Na maioria das vezes, a presença dos homens em 
casa não significa cooperação ou distribuição mais harmônica das tarefas entre toda 
a família, mas sim o aumento do trabalho invisível e não remunerado das mulheres. 
(FEDERICI, 2020). 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-790X2020000100201&script=sci_arttext&tlng=pt#B7
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Durante o isolamento social, seja em regime de home office, seja na busca pela 
manutenção de uma fonte de renda no trabalho informal, o trabalho doméstico não dá 
folga. Pelo contrário, aumenta à medida que há mais pessoas passando mais tempo 
em casa. 
A construção do estereótipo de gênero feminino associa as mulheres à sensibilidade, 
às capacidades instintivas e intuitivas, opondo-as às questões universais, racionais, 
políticas e culturais. Desse modo, elas são destinadas à devoção pelo particular: o 
amor familiar, os cuidados domésticos, os projetos de maternidade. (FEDERICI, 
2020). Esse senso comum impede a distribuição justa das responsabilidades 
domésticas. 
Os problemas enfrentados pelas mulheres, bem como muitas outras desigualdades 
que nos assolam, não são novidades trazidas pela pandemia da COVID-19. De forma 
tensa, vivemos a exacerbação de problemas que nos acompanham, reforçados por 
modelos de pensamentos
retrógrados, misóginos e de ataque ao papel do Estado, 
encolhendo políticas públicas que seriam fundamentais para enfrentarmos de maneira 
mais justa o contexto da pandemia. 
Lutar contra a máxima popular “em briga de marido e mulher, não se mete a colher” é 
um desafio urgente à nossa sociedade. O sentimento de posse do homem sobre a 
mulher e a naturalização da violência cotidiana, especialmente a invisibilização da 
violência simbólica (BORDIEUX, 2002) sofrida por nós, têm em comum as raízes de 
uma sociedade patriarcal, androcêntrica e misógina. Desfrutar o lar como um 
ambiente seguro, de descanso e proteção deveria ser um direito básico garantido, 
mas na prática ainda é um privilégio de classe e de gênero. 
Globalmente, assim como no Brasil, durante a pandemia da COVID-19, ao mesmo 
tempo em que se observa o agravamento da violência contra a mulher, é reduzido o 
acesso a serviços de apoio às vítimas, particularmente nos setores de assistência 
social, saúde, segurança pública e justiça. Os serviços de saúde e policiais são 
geralmente os primeiros pontos de contato das vítimas de violência doméstica com a 
rede de apoio. Durante a pandemia, a redução na oferta de serviços é acompanhada 
pelo decréscimo na procura, pois as vítimas podem não buscar os serviços em função 
do medo do contágio. 
7 
 
No Brasil, o governo federal lançou um aplicativo para que as vítimas denunciem a 
violência cometida de forma online, o Direitos Humanos Brasil, que já está disponível 
no site do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e em breve deve 
ser disponibilizado em plataformas digitais (VIESSERI, 2020). Outras formas de 
contato, como o Disque 100 e o Disque 180, continuam a funcionar normalmente 
durante a pandemia. (BRASIL, 2020) 
Contudo, o enfrentamento à violência contra a mulher no contexto da pandemia não 
pode se restringir ao acolhimento das denúncias. Esforços devem ser direcionados 
para o aumento das equipes nas linhas diretas de prevenção e resposta à violência. 
Algumas linhas de atuação importantes neste contexto de pandemia (que podem ser 
legados para o período posterior à crise): 
• Diversificar os canais possíveis para denúncias das mulheres: telefone, 
online, mas também em serviços essenciais, como farmácias e 
supermercados, que não estão fechados por conta da pandemia; 
• Criação de canais nos quais vizinhos e familiares possam denunciar, com o 
desenvolvimento de protocolos de verificação destas denúncias que não 
coloquem as mulheres em maior risco; 
• Criação de campanhas de divulgação dos serviços destinados à proteção 
das mulheres, mas também encorajando a sociedade a olhar para esse 
problema e denunciar casos de violência; 
• Garantia de resposta rápida das autoridades para a proteção da mulher, 
seja para retirar o autor de violência de dentro de casa ou para colocar a 
mulher em local seguro, como um quarto de hotel, pelo período que durar o 
isolamento social; 
• Reforçar a articulação das redes locais de proteção à mulher, em especial 
as que envolver setor público e sociedade civil organizada; 
• Preparar estabelecimentos comerciais, por meio de campanhas educativas 
e outros, para lidarem com mulheres vítimas de violência, seja prestando 
informação, seja prestando apoio, colocando-as em contato com autoridades; 
• Criação de campanhas voltadas para condomínios residenciais, para que 
os vizinhos se solidarizem e interfiram caso presenciem situações de 
violência. (FORUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2020) 
Para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher no contexto 
da pandemia, todas as estratégias citadas são válidas e complementam-se. O 
isolamento social nesse momento é imprescindível para conter a escalada da COVID-
19 no Brasil e, assim, minimizar a morbidade e a mortalidade associadas à doença. O 
8 
 
Estado e a sociedade devem ser mobilizados para garantir às mulheres brasileiras o 
direito a viver sem violência. Embora estejam alijadas aos processos de tomada de 
decisão, as mulheres são a maioria da população brasileira e compõem a maior parte 
da força de trabalho em saúde. Logo, elas têm papel fundamental para a superação 
da pandemia e de suas graves consequências sanitárias, econômicas e sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
A metodologia a ser utilizada neste estudo será a pesquisa bibliográfica, pois a 
mesma oferece meios que auxiliam na definição e resolução dos problemas já 
conhecidos, como também permite explorar novas áreas onde os mesmos ainda não 
se esclareceram suficientemente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
4 ESTRUTURA PROVÁVEL 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
2 A MULHER E SEU PAPEL NA SOCIEDADE: UMA ABORDAGEM A PARTIR DO 
CONTEXTO DE UMA SOCIEDADE PATRIARCAL 
3 O ISOLAMENTO SOCIAL E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
4 ESTATÍSTICA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO PERÍODO DO 
ISOLAMENTO SOCIAL NO BRASIL E NO MUNDO. 
5 CONCLUSÃO 
 REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
5 CRONOGRAMA 
 
 
 
 
ETAPAS Jul.Ago. 
/2020 
Set.Out. 
/2020 
Nov.Dez. 
/2020 
Jan.Fev. 
/2021 
Mar.Abr. 
/2021 
Maio 
Jun. 
/2021 
Levantamento Bibliográfico X X X 
Leitura e Fichamento de textos X X X 
Aplicação de 
Questionário/Levantamento de 
Dados 
 X 
Organização de Dados X X X 
Redação do Trabalho X X 
Apresentação do Trabalho X 
Revisão/Redação Final/Entrega X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDES. Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. 
Violência doméstica aumenta durante o isolamento social. Disponível em: 
https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/violencia-domestica-aumenta-durante-o-
isolamento-social1. Acesso em: 15 jun. 2020. 
BITTENCOURT, Diana; SILVA , Roberta de Lima e. Violência contra a 
mulher e a política de isolamento social no Brasil e América Latina. 
Justificando: mentes inquietas pensam direito. Sábado, 13 de junho de 
2020. Disponível em: http://www.justificando.com/2020/04/29/violencia-
contra-a-mulher-e-a-politica-de-isolamento-social-no-brasil-e-america-
latina/. Acesso em: 15 jun. 2020. 
BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. 
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Coronavírus: 
sobe o número de ligações para canal de denúncia de violência doméstica na 
quarentena. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-
2/marco/coronavirus-sobe-o-numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia-de-
violencia-domestica-na-quarentena. Acesso em: 10 jun. 2020. 
FEDERICI, S. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta 
feminista. São Paulo: Elefante, 2019. 
VIEIRA , Pâmela Rocha; GARCIA , Leila Posenato; MACIEL, Ethel Leonor Noia. 
Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela? 
Revista Brasileira de Epidemiologia, v.23, p. E200033, 2020. Disponível em: 
https://blog.scielo.org/wp-content/uploads/2020/04/1980-5497-rbepid-23-
e200033.pdf. Acesso em: 15 jun. 2020 
https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/violencia-domestica-aumenta-durante-o-isolamento-social1
https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/violencia-domestica-aumenta-durante-o-isolamento-social1
http://www.justificando.com/2020/04/29/violencia-contra-a-mulher-e-a-politica-de-isolamento-social-no-brasil-e-america-latina/
http://www.justificando.com/2020/04/29/violencia-contra-a-mulher-e-a-politica-de-isolamento-social-no-brasil-e-america-latina/
http://www.justificando.com/2020/04/29/violencia-contra-a-mulher-e-a-politica-de-isolamento-social-no-brasil-e-america-latina/
http://www.justificando.com/2020/04/29/violencia-contra-a-mulher-e-a-politica-de-isolamento-social-no-brasil-e-america-latina/
http://www.justificando.com/2020/04/29/violencia-contra-a-mulher-e-a-politica-de-isolamento-social-no-brasil-e-america-latina/
https://www.gov.br/mdh/pt-br
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/marco/coronavirus-sobe-o-numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia-de-violencia-domestica-na-quarentena
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/marco/coronavirus-sobe-o-numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia-de-violencia-domestica-na-quarentena
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/marco/coronavirus-sobe-o-numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia-de-violencia-domestica-na-quarentena
https://blog.scielo.org/wp-content/uploads/2020/04/1980-5497-rbepid-23-e200033.pdf
https://blog.scielo.org/wp-content/uploads/2020/04/1980-5497-rbepid-23-e200033.pdf

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