Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO AUTOS FINDO TRABALHISTA DADOS DO PROCESSO: Autos nº: 0000401-62.2014.5.15.0067 Natureza da ação: Ação Trabalhista - Rito Ordinário Autor: não informado Réus: não informados Data da Autuação: 10/03/2014 Valor da causa: R$ 41.897,02 PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho – 15ª Região 4ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto AÇÃO TRABALHISTA Conforme consta a fl. 2, trata-se de Termo de Abertura de Liquidação. Ocorreu a migração deste processo, anteriormente físico, para o Sistema Pje-JT. O Juiz determinou, por meio de despacho (fl.03), a realização de uma perícia contábil em razão da complexidade dos cálculos relativos à liquidação e créditos trabalhistas, para tanto nomeou um Perito qualificado. O prazo fixado para apresentação do laudo é de 30 dias. Em seguida são estabelecidas as observações e os parâmetros referentes à elaboração do cálculo a ser elaborado na perícia. Após a devida apresentação do laudo, os autos se tornam conclusos para homologação. O autor, através de seu advogado, requer a intimação do Perito para apresentação imediata do laudo pericial, tendo em vista que houve descumprimento do prazo fixado de 30 dias, sob pena de destituição do encargo, com a nomeação de outro profissional. O Perito apresentou o resultado de seu trabalho consubstanciado no laudo pericial contábil. É determinado o valor de R$ 2.000,00 referentes aos honorários periciais. O presente laudo, composto por 10 folhas, tende apurar o “quantum” devido da presente liquidação de sentença. Em decisão, o magistrado reconhece ser a reclamada revel. De resto, homologou os cálculos periciais para os regulares efeitos de direito, e homologou também o valor da contribuição previdenciária. Fixou o valor da condenação em R$ 53.126,62, valor atualizado e acrescido de mora. Estimou os honorários periciais no valor de RS 1.000,00. E por fim, intimou as partes, nos termos do Art. 884 da CLT, para se manifestar acerca da sentença de liquidação. A reclamante, por meio de seu advogado, requer a penhora imediata em dinheiro do valor da execução através do convênio BACEN-JUD, tendo em vista o silêncio da reclamada e a demora do processo de execução. Observando a ordem estabelecida no art. 835, CPC, e o acréscimo de multa do art. 523, § 1º, CPC. Diante da certidão negativa do BACEN, a reclamante expõe que os sócios da Reclamada são casados e titulares/sócios gerentes de outra empresa, com base nesse fato requer a desconsideração da personalidade jurídica dos sócios, de modo que a ordem de penhora do Bacen seja renovada em relação a eles. Foi anexado aos autos a ficha cadastral da Junta Comercial do Estado de São Paulo, e posteriormente, o Recibo de Protocolamento de Bloqueio de Valores (Contas e Aplicações Financeiras - Bloquear Atingidas). Em decisão o juiz deferiu o Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica, posto que a reclamada foi intimada e não se manifestou até o momento. Determina a inclusão dos sócios no polo passivo do processo, e intima-os. Concede a tutela de urgência, baseando-se na natureza privilegiada e alimentar dos créditos trabalhistas. Posteriormente, a Reclamada se manifesta sobre o bloqueio das contas, alegando que tal conduta lhe causou enormes prejuízos, além do mais, alega tratar-se de ato impenhorável, visto que o bloqueio recaiu em conta poupança com valor inferior ao permitido em lei. Posto isso, requer-se o desbloqueio da conta da executada. Em sequência, tendo em vista a real impenhorabilidade prevista em lei (Art. 833, X, CPC) e alegada pela Reclamada, o juiz determinou, a imediata restituição da referida quantia, por meio de guia de retirada. A reclamada requer a continuidade da execução, por efeito da certidão negativa do BACEN que foi apresentada, e a liberação dos valores impenhoráveis, solicita a pesquisa de bens móveis e imóveis, dos sócios e reclamada, com imediato bloqueio. Tendo em vista que, se trata de um processo físico que migrou para o sistema PJE-JT, a Reclamante, por meio de seu advogado, solicita a concessão do processo físico, fora do cartório, pelo prazo de 10 dias. É anexado aos autos a negativa de execução. Diante disso, com a frustação de todas as devidas diligências para encontrar bens dos executados capazes de garantir o débito, o juiz concluiu que o devedor é insolvente. Assim, determina o arquivamento do processo, e determina a possibilidade de reabertura do mesmo somente se ocorrer fato novo que justifique. O reclamante propõe o Incidente de Desconsideração Invertida da Personalidade Jurídica (art. 133 § 2º, CPC), fundamentando-se no abuso da personalidade jurídica em face de confusão patrimonial (CC, art. 50). Alega que os reclamados abriram nova empresa, composta pelos mesmos sócios, com a finalidade de não pagar as dívidas trabalhistas da outra empresa, se tratando de discriminável abuso da personalidade jurídica, caracterizado pela confusão patrimonial. Requer-se o chamamento da sociedade para responder pelas obrigações pessoais dos sócios. Ademais, requereu o bloqueio de veículos em nome da Reclamada e sócios, via BACENJUD, com o intuito de verificar as transferências dos veículos e caracterizar a fraude processual. Consequentemente, a Reclamada requereu o desbloqueio da restrição de circulação do veículo, efetivando-se tal bloqueio apenas para alienação. Já que dependem exclusivamente da circulação do veículo para o labor. A petição foi reiterada, enfatizando o cancelamento do bloqueio para circulação, com a substituição para bloquear apenas de alienação, alega-se grandes prejuízos aos executados.
Compartilhar