Buscar

RESUMO SOBRE MANEJO DA RCP - AHA 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Manejo da RCP conforme atualização da AHA 2020
Definição: A parada cardíaca ou cardiorrespiratória (PCR) é a cessação súbita das atividades ventricular cardíaca e ventilatória úteis em um indivíduo não portador de doença intratável ou em terminalidade. Nesse contexto, define-se ressuscitação cardiopulmonar (RCP) como o conjunto de manobras realizadas imediatamente após a PCR, com o objetivo de manter o fluxo arterial ao cérebro e aos demais órgãos vitais até o retorno da circulação espontânea (RCE).
Diagnóstico de PCR: A tríade inconsciência, ausência de respiração efetiva e ausência de pulso central (carotídeo ou femoral) confirma o diagnóstico de PCR.
O suporte básico de vida (SBV) ou basic life support (BLS) compreende procedimentos fundamentais no atendimento inicial do paciente com PCR. Trata-se do ponto primordial do atendimento à PCR, e as ações podem ser resumidas pelo acrônimo CABD (circulaçào, vias aéreas, respiração e desfibrilação), que deve primar pela RCP de alta qualidade
TRATAMENTO DA PCR
Fases do tratamento: 
- Suporte básico de vida (BLS) – profissionais ou leigos, compressões associadas ou não a ventilação e DEA.
- Suporte avançado de vida (ACLS) – é necessário um médico na equipe. Compressões, ventilações, desfibrilador, acesso venoso e uso de drogas.
- Cuidados pós-PCR – retorno da circulação espontânea. Minimizar riscos.
RCP DE QUALIDADE
- Local correto para as compressões (“centro do peito, entre os mamilos”).
- Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min
- Comprimir a uma profundidade de pelo monos 5 cm
- Permitir o retorno total do tórax após cada compressão
- Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões, cada respiração administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax.
Ritmos chocáveis: FV sem pulso e TVSP (melhor prognóstico).
TVSP – possui 3 ou mais complexos ventriculares prematuros sucessivamente em uma FC >100bpm. Sugere doença cardíaca subjacente. 
FVSP – o ritmo cardíaco começa nos ventrículos. Tem-se uma despolarização desorganizada. O Ritmo é ventricular porque o QRS esta alargado (> 120ms)
Pode ser monomórfica (imagem ao lado) ou polimórfica (QRS irregulares)
Pode ser FV fina (amplitude das ondas < 3mm) e grosseira (amplitude das ondas > 3mm)
ADENDO: A lidocaína também pode ser usada na dose de 0,75 a 1 mg/kg IV/IO em bolus, podendo ser repetida de 3 a 5 minutos até a dose cumulativa máxima de 3,0 mg/kg, tendo o mesmo nível de evidência da amiodarona.
Ritmos não chocáveis: atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia (piores prognósticos).
AESP - Tem-se uma atividade elétrica organizada (que não a TV) é visualizada no monitor, porém sem resposta do paciente, não respira, não tem pulso. É uma condição clínica incapaz de gerar um pulso (PA).
Assistolia – Ausência total de atividade elétrica.
Neste casos (AESP e assistolia) deve-se fazer busca ativa pelos 5 T e 5 H – são as causas reversíveis da PCR.
Manejo das causas tratáveis
Hipoxia: As medidas adjuvantes durante a RCP podem resolver a hipoxemia, como ventilação com unidades bolsa-válvula-máscara, cânula orofaríngea (Guedel), máscara laríngea, tubo laríngeo e, eventualmente, intubação traqueal.
Hipovolemia: Deve-se preconizar reposição volêmica mediante administração de cristaloide e hemoderivados (assim que disponíveis, e se necessário).
H+ (acidose): O uso de bicarbonato de sódio para reversão da acidemia é controverso. Seu uso pode ser prejudicial, por deslocar a curva de hemoglobina para a esquerda, ampliando a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio e, consequentemente, a retenção de oxigênio, agravando a acidose (aumento da lesão miocárdica e neurológica). Modo de uso: bicarbonato de sódio 8,4% (1 mℓ – 1 mEq) ou 10% (1 mℓ – 1,2 mEq), ataque 1 mEq/kg, e metade da dose pode ser repetida após 10 a 15 minutos.
Hiperpotassemia: (1) Gliconato de cálcio 10%, 10 a 20 mℓ IV em bolus, podendo ser repetido a cada 2 a 5 minutos – a dose máxima é desconhecida; (2) glicose (50 g + insulina 10 UI) IV em bolus; (3) bicarbonato de sódio 8,4% (1 mℓ – 1 mEq), ataque 1 mEq/kg, e metade da dose pode ser repetida após 10 a 15 minutos.
Hipopotassemia: Não há evidência sobre a reposição de potássio nem sobre qual é a melhor estratégia para tratar a PCR associada à hipopotassemia. Recomenda-se a administração de cloreto de potássio 19,1% (1 mℓ – 2,5 mEq, ampola de 10 mℓ) diluído em soro fisiológico, com ataque de 2 mEq/min durante 10 minutos.
Hipotermia: O tratamento de escolha é o reaquecimento com RCP extracorpórea, mas, se indisponível, deve-se recorrer a reaquecimento interno e externo (p. ex., cristaloide aquecido, ar forçado quente). Em caso de infusão de volume ou ar aquecido, a temperatura deve variar entre 42 e 44°C.
Tamponamento cardíaco: É de difícil diagnóstico na PCR, sendo importante, neste cenário, a ultrassonografia à beira do leito. A pericardiocentese (punção de Marfan) imediata pode propiciar RCE e deve ser realizada, preferencialmente, por médico emergencista sob orientação da ultrassonografia e da ecocardiografia com Doppler.
Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo): Identifica-se expansibilidade torácica e/ou ausculta pulmonar assimétrica. Ultrassonografia à beira do leito também é uma ótima ferramenta para auxiliar o diagnóstico, por meio do sinal de lung sliding. Em caso de suspeita diagnóstica (clínica e/ou ultrassonográfica), a medida imediata é a descompressão do tórax com agulha própria ou Jelco. A técnica é realizada no segundo espaço intercostal e na linha hemiclavicular do lado acometido.
Trombose coronariana: É uma causa frequente de PCR por FV/TV. A intervenção coronariana percutânea ou trombólise constitui a meta de reperfusão no cuidado pós-PCR. Durante a RCP, o uso dessas duas medidas é controverso, sendo mais efetiva a trombólise mecânica.
Tromboembolismo pulmonar (TEP): Os consensos recomendam o uso de trombolíticos ou embolectomia cirúrgica/mecânica para o tratamento de TEP durante a RCP. As diretrizes de 2015 da AHA dividem o tema em dois grupos, descritos a seguir:
•TEP confirmado: trombolíticos e embolectomia cirúrgica/mecânica são opções de tratamento emergencial (recomendação classe IIa, evidência C-DL)
•Suspeita de TEP (não confirmado): trombolíticos podem ser considerados (recomendação classe IIa, evidência C-DL).
Em relação à embolectomia, os dados são insuficientes. Nas duas situações, após administração do trombolítico, a RCP deve ser mantida por pelo menos 60 minutos, a fim de garantir maior sobrevida e melhor prognóstico neurológico.
Toxinas: Apesar de constituírem uma causa conhecida, é pouco lembrada a possibilidade da lavagem gástrica para detecção de alterações.
Resumo Causa e tratamento 
Hipovolemia volume (cristaloide, hemoderivados)
Hipóxia O² - IOT
Hipo/hipercalemia cloreto de potássio/ bicarbonato de sódio 1mEq/Kg (hipocalcemia e hipomagnesemia – causa de TV polimórfica – torsaide de points)
H+ (acidose metabólica) bicarbonato de sódio 1mEq/Kg – RCP de alta qualidade, mantem fluxo.
Hipotermia reaquecimento (cristaloide aquecido)
Tamponamento cardíaco punção pericárdica, síndrome de Marfan
TEP volume + reversão da PCR
Trombose coronária (IAM) volume + reversão da PCR
Tensão no tórax/Penumotórax hipertensivo punção torácica de alívio
Tóxicos (drogas) antagonistas específicos – naloxona p/ opioides e flumazenil p/ benzodiazepínicos
Retorno à circulação espontânea
A – Garantir via aérea avançada
B – Boa ventilação: Sat 02 > 94% / EtCo2 40
C – Circulação: PAS > 90 mmHg
D – Disability/Neuro: C.D.T. 32 – 36o C (Evitar hipertermia)
E – ECG, hEmodinâmica, Exames e UTI
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Hghlghts_2020ECCGuidelines_Portuguese%20Brazilian.pdf 
Sergio, T. Emergências Médicas - Passo a Passo. Editora: Grupo GEN, 2019. 9788527736107. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527736107/. Acesso em: 16 Nov 2020

Outros materiais