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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Professora Carla Fabiola S de Moura O que é sistematizar? Reduzir diversos elementos a sistema. Agrupar em um corpo de doutrina. Tornar sistemático. (Dicionário Aurélio, 1995) Mas o que é um sistema? Conjunto de elementos, materiais ou ideais, entre os quais se possa encontrar ou definir alguma relação. Disposição das partes ou dos elementos de um todo, coordenados entre si, e que funcionam com estrutura organizada. Reunião coordenada e lógica de princípios ou ideias relacionadas de modo que abranjam um campo do conhecimento. Conjunto ordenado de meios de ação ou de ideias, tendente a um resultado; plano, método. Técnica ou método utilizado para um fim precípuo (essencial) Sistemático: Referente ou conforme a um sistema. Ordenado, metódico. Coerente com determinada linha de pensamento ou ação. Relativo à sistemática. Sistemática: Sistematização. Ciência (na Biologia) que se ocupa da classificação dos seres vivos; taxionomia (Ciência da Classificação) (Dicionário Aurélio, 1995). Então podemos dizer que a a sistematização é a coordenação lógica de princípios ou ideias relacionadas, que abrangem um campo do conhecimento, visando o alcance de resultados. A sistematização é uma técnica ou um método desenvolvido para um fim essencial. Então a SAE é a organização do trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos. Quanto à metodologia, é o Processo de Enfermagem que conduzirá o trabalho com lógica. Processo de Enfermagem é o instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. (COFEN, 2009) Quanto à `Pessoal? Resolução Cofen 358/2009 - Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas. Os instrumentos utilizados no Processo de Enfermagem são Instrumentos de coleta de dados e registros de enfermagem. ASPECTOS LEGAIS Resolução Cofen 358/2009 Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. § 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. § 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. RESOLUÇÃO COFEN Nº 429/2012 Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico. Art. 1º É responsabilidade e dever dos profissionais da Enfermagem registrar, no prontuário do paciente e em outros documentos próprios da área, seja em meio de suporte tradicional (papel) ou eletrônico, as informações inerentes ao processo de cuidar e ao gerenciamento dos processos de trabalho, necessárias para assegurar a continuidade e a qualidade da assistência. Art. 2º Relativo ao processo de cuidar, e em atenção ao disposto na Resolução nº 358/2009, deve ser registrado no prontuário do paciente: a)um resumo dos dados coletados b) os diagnósticos de enfermagem c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. Art. 3º Relativo ao gerenciamento dos processos de trabalho, devem ser registradas, em documentos próprios da Enfermagem, as informações imprescindíveis sobre as condições ambientais e recursos humanos e materiais, visando à produção de um resultado esperado – um cuidado de Enfermagem digno, sensível, competente e resolutivo. O MÉTODO Art. 2º O Processo de Enfermagem é organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: I- Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) II- Diagnóstico de Enfermagem III- Planejamento de Enfermagem IV- Implementação V- Avaliação de Enfermagem Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. SUPORTE TEÓRICO Florence Nightingale foi a primeira teórica da Enfermagem Moderna a delinear o que considerava a meta de enfermagem e o domínio da prática. (CHAVES, 2013) Ressaltou a importância da observação detalhada do paciente e de seu ambiente. E os registros das observações para compreender a influência na promoção da cura. (CHAVES, 2013) A partir da década de 1950, as experiências pessoais, profissionais e educacionais dos enfermeiros os levaram a refletir sobre a percepção da prática ideal. A teoria de Hildegard Peplau, que aborda o processo interpessoal entre o enfermeiro e o paciente é considerada o marco inicial das teorias no século XX. (CHAVES, 2013) Principais componentes de uma teoria Finalidade Conceito Declarações ou proposições teóricas Pressupostos CONCEITOS Transmitem o significado de uma realidade/fenômeno e são usados para representar experiências. Podem ser considerados concretos (ex: termoregulação) ou abstratos (ex:medo).(CHAVES, 2013) Principais Conceitos da Enfermagem (metaparadigma) • Indivíduo – pessoa, família ou comunidade • Saúde – objetivo do atendimento da enfermagem • Ambiente – tudo que influencia no estado de saúde do indivíduo • Enfermagem – é a ação DECLARAÇÕES OU PROPOSIÇÕES TEÓRICAS • Produzida pela inter-relação dos conceitos para descrever o mundo real. (CHAVES, 2013) PRESSUPOSTOS • Crenças sobre um fenômeno que devem ser aceitas como verdadeiras para sustentar uma teoria.(CHAVES, 2013) As Teorias de Enfermagem podem pertencer às categorias de: • Necessidades/Problemas • Interação • Sistemas • Campo de Energia (HICKMAN, 2000) A atribuição de uma teoria a uma categoria é arbitrária, pois muitas teorias possuem elementos de outra (s) categoria (s).(HICKMAN, 2000) TEÓRICAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADES/PROBLEMAS TEÓRICAS TEORIAS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Florence Nightingale Teoria Ambientalista Demonstra que um ambiente limpo o número e infecção diminuirá. Dorothea Orem Teoria do Autocuidado Sistema de ajuda para o autocuidado, quando o paciente apresenta um déficit de autocuidado ou não possui condições de realizá-lo a enfermagem relaciona a educação em saúde, com propósito de tomar o paciente independente Wanda de Aguiar Horta Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) Baseado nas necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, propõe uma metodologia para o processo de enfermagem focando o ser humano integral, na busca do Equilíbrio bio-psico-socio-espiritual Os teóricos dessa categoria visam preencher as necessidades e corrigir os problemas dos clientes. TEÓRICAS ORIENTADAS PARA A INTERAÇÃO TEÓRICAS TEORIAS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Josephine Patterson e Loretta Zderad Teoria Humanista A situação do ser humano é experienciadaexistencialmente pelos enfermeiros; sendo a enfermagem um ato do ser humano e o ser humano é uma unidade holística intelectual. Ida Jean Orlando Teoria do Processo de Enfermagem Focada no cuidado das necessidade dos clientes propondo uma relação dinâmico do enfermeiro – paciente. Utilizada pela primeira vez a expressão Processo de Enfermagem Os teóricos da categoria interação focam o processo da comunicação e o preenchimento das necessidades dos clientes. TEÓRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS TEÓRICAS TEORIAS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Myra Levine Teoria da Conservação de Energia e da Enfermagem holística (1967) Propôs uma enfermagem clínica, entendendo o paciente como um “todo” dinâmico, com interação com o meio dinâmico. A finalidade que a intervenção de enfermagem possui é a conservação da energia, da integridade estrutural, pessoal e social. Sister Callista Roy Teoria da Adaptação (1970) Com fundamento nos referenciais de estresse de Salye e adaptação de Lazarus. Desenvolveu estudo sobre processos de adaptação considerando a estimulação contextual, residual e focal, e seus efeitos sobre o cognitivo e regulador que afeta o modo adaptativo. A pessoa é dividida em quatro focos: fisiológico, auto contexto, função do papel e interdependência. No ano de 1976, Roy defini a enfermagem como uma ciência humanística e introduziu no ano de 1984 o ser biopsicossocial como cliente. Madeleine Leininger Teoria do Cuidado Transcultural (1978) Como foco, o cuidado e sua essência, a prática e o conhecimento. Na sua teoria defendeu que a enfermagem deve considerar os valores culturais e a crenças das pessoas Os teóricos da categoria sistema inferem que o ser humano é composto por várias partes ou subsistemas que, quando juntos, são em maior número e diferentes da soma de todos. TEÓRICAS DO CAMPO DE ENERGIA TEÓRICAS TEORIAS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Rosemarie Rizzo Parse Teoria do Vir-a –ser-humano ( 1981) Derivando dos princípios de Martha Rogers, sintetizado através de Heidegger, Merlau-Ponty e Sartre Margaret Newman Teoria da Saúde como Consciência Expandida (1986) O objetivo da enfermagem não é promover bem estar ou prevenir doenças mas sim de ajudar o individuo a usar seu poder próprio, para manter o processo vital, esta teoria derivou do trabalho de Rogers Os teóricos do campo de energia acreditam que as pessoas são campos de energia em interação com seu ambiente ou com o universo. Como aplicar uma teoria na prática? • Considerar o cenário clínico • Determinar resultados e metas • Avaliar os resultados obtidos A aplicação de uma teoria de Enfermagem norteia a assistência de enfermagem desde a coleta de dados, proporcionando clareza na investigação. Facilita a identificação dos diagnósticos de enfermagem que irão subsidiar o planejamento e as intervenções de enfermagem (CHAVES, 2013). RESOLUÇÃO 358/2009 ETAPAS DO PROCESSO DE TRABALHO DE ENFERMAGEM I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. ESCALAS • DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA (AVD) • AVALIAÇÃO DE DOR • NORTON (1962) • EK • GOSNELL • WATERLOW • EMINA • NOVA-4 • RESVECH • BRADEN (1995) – ADULTOS E CRIANÇAS (2003) II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM TAXONOMIA DA ASSOCIAÇÃO NORTE AMERICANA DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM – NANDA (1970) Estrutura Taxonomia II - 13 Domínios, 47 Classes e 234 Diagnósticos (2015-2017) DOMINIOS CLASSES 1.Promoção da Saúde Percepção/Controle da saúde 2.Nutrição Ingestão,/Digestão/Absorção/Metabolismo/ Hidratação 3.Eliminação Função urinária, Função gastrintestinal/Função integumentar/Função respiratória 4.Atividade/repouso Sono e repouso/Atividade e exercício/Equilíbrio de Energia/Respostas Cardiovascular e pulmonar/Autocuidado 5.Percepção/cognição Atenção/Orientação/Sensação e percepção/Cogniçao/Comunicação 6.Autopercepção Autoconceito/Autoestima/Imagem corporal 7.Relacionamentos de papéis Papel do cuidador/Relações familiares/Desempenho do papel DOMINIOS CLASSES 8.Sexualidade Identidade sexual/Função sexual/Reprodução 9.Enfrentamento/tolerância ao estresse Resposta pós-trauma/Resposta de enfrentamento//Estresse neurocomportamental 10.Princípios de vida Valores/Crenças/Coerência entre valores, crenças e atos 11.Segurança/Proteção Infecção/Lesão física/Violência/Riscos ambientais/Processos defensivos/Termorregulação 12.Conforto Conforto físico/Conforto ambiental /Conforto social 13.Crescimento e desenvolvimento Crescimento/Desenvolvimento Tipos de Diagnósticos da NANDA 1) Real - composto por 3 partes Título (diagnóstico de enfermagem) + Fator relacionado + Característica definidora Exemplo Mobilidade no leito prejudicada relacionada a prejuízo neuromuscular evidenciada por capacidade prejudicada de reposicionar-se na cama. 2) ) Síndrome – composto por 3 partes: Título (diagnóstico de enfermagem) + Fator relacionado + Característica definidora Exemplo Síndrome do estresse por mudança relacionada a falta de um sistema adequado de apoio, evidenciada por pessimismo. 3) Risco – composto por 2 partes Título (diagnóstico de enfermagem) + Fator relacionado ou fator de risco Exemplo 1º -Risco de infecção relacionado a procedimentos invasivos e doença crônica (obesidade). 2° -Risco de aspiração relacionado a alimentação por sonda, nível de consciência reduzido e motilidade gastrintestinal diminuída 3º - Risco da Integridade da pele prejudicada relacionado imobilização física, pele úmida e sensações prejudicadas 4) Promoção da Saúde – refere-se a comportamentos específicos de saúde, como alimentação e exercício. É composto por 2 partes Título (diagnóstico de enfermagem) + Característica definidora Exemplo Disposição para nutrição melhorada evidenciada por seguir padrão apropriado de alimentação. 5) Bem-estar – disposição para aumento ou melhora do bem-estar psicoespiritual. É composto por 2 partes. Título (diagnóstico de enfermagem) + Característica definidora Exemplo 1° Disposição para enfrentamento melhorada evidenciada por procurar conhecer novas estratégias. III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. • • Sistema de Classificação de Resultados do Paciente – Nursing-sensitive Outcomes Classification (NOC) – Sistema de classificação complementar da NANDA e NIC. A 5ª edição representa uma lista com 490 resultados com definições, indicadores e escala de mensuração utilizados tanto para pacientes como para os membros de um família. Utiliza uma escala tipo Likert, de cinco pontos, para avaliar o estado, os comportamentos e percepções ou sentimentos do cliente. IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. NIC - Nursing Intervention Classification Sistema de Classificação das Intervençõesde Enfermagem são intervenções de enfermagem voltadas para o diagnóstico da NANDA. São procedimentos ou tratamentos diretos, baseados no julgamento clínico e no conhecimento, que a enfermeira executa. A 6ª Edição do Sistema de Classificação das Intervenções de Enfermagem – Nursing Intervention Classification (NIC) possui 554 intervenções e mais de 13.000 atividades DOMINIOS CLASSES 1.Fisiológico Básico A.Controle da atividade e do exercício/B.controle da eliminação/C.controle da imobilidade/D.apoio nutricional/E.promoção de conforto físico/F.Facilitação do autocuidado 2.Fisiológico complexo G.Controle eletrolítico e ácido-básico/H.Controle de medicamentos/I.controle neurológico/J.cuidados perioperatórios/K.controle respiratório/L.controle de pele e feridas/M.termorregulação/N.perfusão tissular 3.Comportamental O.Terapia comportamental/P.terapia cognitiva/Q.melhora da comunicação/R.assistência no enfrentamento/S.educação do paciente/T.promoção do conforto psicológico 4.Segurança U.Controle na crise/V.controle de riscos DOMINIOS CLASSES 5.Família W.Cuidada no nascimento dos filhos/X.cuidado na educação de filhos/Z.cuidados ao longo da vida 6.Sistema de Saúde Y.Mediação do Sistema de Saúde/a.Controle do Sistema de Saúde/b.Controle das informações 7.Comunidade c.Promoção da Saúde da Comunidade/d.Controle de Riscos da Comunidade V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. • NOC - Utiliza uma escala tipo Likert, de cinco pontos, para avaliar o estado, os comportamentos e percepções ou sentimentos do cliente. Diagnóstico de Enfermagem: Mobilidade no leito prejudicada relacionada a prejuízos neuromusculares, caracterizada por capacidade prejudicada de virar-se de um lado para outro RESULTADO (NOC) INTERVENÇÕES (NIC) ATIVIDADES Mudança de posicionamento do corpo no leito Supervisão da pele Prevenção de UPP Posicionamento Documentar a avaliação da pele na admissão e diariamente Examinar a pele e mucosas quanto a vermelhidão, calor, edema e drenagem Observar extremidades quanto cor, calor, inchaço, pulso textura, edema e ulcerações, Monitorar fontes de pressão e abrasão Usar escala de Braden diariamente Mobilizar paciente em bloco no leito Mudar decúbito a cada 2 horas CIPE CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRÁTICA DE ENFERMAGEM VERSÃO 2015 A CIPE é um produto e um programa do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), que atualmente possui mais de 120 países membros. OBJETIVOS • Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática de enfermagem • Descrever os cuidados de enfermagem à indivíduos, famílias ou comunidades • Permitir a comparação dos dados de enfermagem • Demonstrar ou projetar tendências • Estimular a pesquisa em enfermagem • Fornecer dados sobre a prática de enfermagem para influenciar políticas de saúde A versão 2015 utiliza conceitos pré-coordenados para diagnósticos (783 termos/conceitos) e intervenções (809 termos/conceitos) AÇÃO FOCO TEMPO LOCALIZAÇÃO MEIO CLIENTE JULGAMENTO Foco Área de atenção relevante para a enfermagem. Ex: dor, eliminação, expectativa de vida, conhecimento Julgamento Opinião clínica ou determinação relacionada ao foco da prática de enfermagem. Ex: nível diminuído, risco, aumetado, interrompido, anormal. Cliente Sujeito ao qual o diagnóstico se refere e que é o receptor de uma ação. Ex: recém-nascido, cuidador, família, comunidade Ação Processo intencional aplicado a um cliente. Ex: educar, trocar, administrar, avaliar, observar Meio Maneira ou método de desempenhar uma intervenção. Ex: bandagem, serviço de nutrição, sonda gástrica Localização Localização anatômica ou espacial de um diagnóstico ou intervenção. Ex: posterior, abdome, membro inferior, escola, posto de saúde Tempo Momento, período, instante, intervalo ou duração de uma ocorrência. Ex:admissão, crônico, infância, sempre, anoitecer No Modelo de 7 Eixos da CIPE, para declarar um diagnóstico ou resultado, deve-se incluir: Um termo do Eixo Foco Um termo do Eixo Julgamento Um Eixo adicional, caso seja necessário (exceto do Eixo Ação) Para definir uma intervenção, recomenda-se incluir um termo: Do Eixo Ação De qualquer Eixo (Termo Alvo), exceto do Eixo Julgamento De outros Eixos, caso seja necessário DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Dor de cabeça moderada INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Observar comportamento de dor Determinar início, duração e frequência da dor Explicar ao paciente o instrumento de avaliação Registrar no prontuário do paciente os episódios de dor Orientar o paciente a monitorar a própria dor Administrar analgésicos para dor de horário e nos eventos de escape (nos horários prescritos) Monitorar o bem-estar do paciente RESULTADO DE ENFERMAGEM ESPERADO Diminuição da dor hoje CIPESC • Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva. • Iniciativa da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN) em 1996. • Tem como referência a CIPE, utilizando sua estrutura multiaxial. • Prontuário eletrônico da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba ISO 18104 A International Standard Organization (ISO) é uma organização não-governamental que promove linguagem tecnológica comum entre diversos países, cujas padronizações são fruto do consenso entre especialistas de diversas áreas. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o membro representante oficial e possui mais de 400 contribuições para a ISO. • Foi uma iniciativa da International Medical Informatics Nursing Informatics – Special Interest Group, juntamente com o Conselho Internacional de Enfermagem (CIE). • A criação da ISO 18.104 (2003) foi motivada pela necessidade de: a) implementação de um sistema de base computacional para áreas clínicas; b) reembolso pelos serviços executados pela enfermagem; c) documentação das contribuições de enfermagem aos resultados dos cuidados prestados ao cliente e d) aumento do conhecimento produzido na área. • A norma ISO 18.104 (2003) é visualizada na perspectiva de modelo integrador, pois estabelece padrões para terminologias de enfermagem (CIPE, NANDA,NIC, NOC) para uso em sistemas computacionais. REFERENCIAS MALAGUTTI, William e KAKIAHARA, Cristiano Tárzia (Orgs). Curativos, estomias e dermatologia: uma abordagem multiprofissional. 2. ed. São Paulo: Martinari, 2011. 640p SILVA, Roberto Carlos Lyra da et AL (Orgs). Feridas: fundamentos e atualizações em enfermagem. 3. ed. rev. e ampl. São Caetano do Sul: Yendis Editora, 2011. 728p. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providencias. Brasília, DF: COFEN, 2009. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 429/2012. Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte - tradicional ou eletrônico, e dá outras providencias. Brasília, DF: COFEN, 2012. SILVA, Eneida Rejane Rabelo da; LUCENA, Amália de Fátima et al. Diagnósticos de Enfermagem com base em sinais e sintomas. Porto Alegre: Artmed, 2011. 336p. NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014. Tradução:Regina Machado Garcez. Revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite et al. Porto Alegre: Artmed, 2013. NIC. Classificação das intervenções de Enferagem. Gloria M. Bulechek et al. Tradução: Soraya Imon de Oliveira et al. Rio de Janeiro. Elsevier, 2010. CHAVES, LD; SOLAI, CA. Sistematização da Assistencia de Enfermagem: considerações teóricas e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2013 European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel. Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009. CIPE. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Versão 2.0 Comitê Internacional de Enfermeiros. Tradução Heimar de Fátima Marin. São Paulo: Algol Editora, 2011. Cubas MR, Denipote AGM, Malucelli A, Nóbrega MML. A norma ISO 18.104:2003 como modelo integrador de terminologias de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem 18(4): jul-ago 2010
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