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Cristianismo - aula 3

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CRISTIANISMO 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Ivan Santos Rüppell Júnior 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O renascimento italiano promoveu uma mudança na cosmovisão europeia 
que oportunizou e influenciou diversas transformações no Ocidente nos séculos 
seguintes, entre as quais as reformas da Igreja cristã a partir de 1517, com a 
Reforma Protestante e o movimento da Contrarreforma Católica. 
Outro importante movimento que iremos anotar foi o surgimento do 
Iluminismo no século 18 e a posterior consolidação de suas ideias que vieram a 
consolidar os valores da cultura moderna. O cristianismo foi uma religião 
bastante afetada pelas transformações desse período. 
TEMA 1 – O RENASCIMENTO E O HUMANISMO 
1.1 O renascimento 
O movimento da Renascença teve início no século 14 na Itália 
propagando a ideia de um renascimento (nascer de novo) dos valores e 
perspectivas da cultura clássica greco-romana na civilização europeia, os quais 
formataram a nova cosmovisão1 que veio a desenvolver aspectos culturais 
relevantes da Idade Moderna a partir do século 15. O renascimento foi um dos 
movimentos mais relevantes e influentes a realizar a principal mudança de 
paradigma que diferenciou as Idades Média e Moderna, pois se iniciou a busca 
de uma compreensão da existência do ser e da organização da sociedade que 
não teriam mais Deus como centro de suas pressuposições, mas o homem, pois 
as reflexões acerca da vida começariam a se originar da livre capacidade 
racional do ser humano, conforme ocorrera no período dos clássicos greco-
romanos. 
Embora tenha iniciado essa reavaliação acerca do parâmetro com que a 
existência humana deveria ser pensada e desenvolvida, a Renascença também 
influenciou positivamente a religião cristã, pois valorizou a arquitetura clássica, 
que influiu na construção das grandes catedrais, e a pintura realista, que foi 
modelo para os afrescos feitos nas igrejas, conforme o exemplo maior das 
pinturas de Michelangelo na Capela Sistina do Vaticano. 
 
1 Cosmovisão é a maneira mais subjetiva pela qual se enxerga o mundo, atentando para a 
importância das relações humanas e para o destino do mundo e da humanidade. 
 
 
3 
Outro movimento oriundo do renascimento foi o humanismo europeu, por 
meio da valorização da literatura e da escrita, que também recebeu o incentivo 
de intelectuais bizantinos que vieram à Europa trazendo os conteúdos da 
gramática e retórica, poesia e filosofia (Werner, 2017, p. 154). 
1.2 O humanismo 
Para McGrath (2005), “o Humanismo é essencialmente um projeto cultural 
que recorria à Antiguidade Clássica como modelo de eloquência. O importante 
era o retorno ad fontes”. Ad fontes é uma expressão latina que traduz o modo 
como a cultura moderna buscava nos valores clássicos da Antiguidade as bases 
da renovação de sua cosmovisão. Segundo esse mesmo autor, o principal 
interesse desse movimento estava centrado no princípio cultural denominado 
retorno às fontes, que desejava resgatar certas práticas antigas relacionadas ao 
mundo das letras; pois, segundo McGrath (2005, p. 74-75), “o humanismo estava 
interessado em como as ideias eram adquiridas e não com a verdadeira 
substância dessas ideias”. 
O renascimento e o humanismo criaram perspectivas que valorizavam a 
racionalidade e os talentos do ser humano, abrindo a oportunidade para que toda 
a cultura e a existência pudessem se desenvolver sem o controle da Igreja e 
religião cristãs. Todavia, não podemos ignorar que o cristianismo igualmente 
reconhecia as qualidades humanas, conforme textos profundos escritos pelos 
teólogos dos primeiros séculos, Orígenes e Agostinho. E o próprio renascimento, 
como movimento cultural, alcançou projeção porque um grande número de 
intelectuais cristãos abraçou muitos de seus aspectos, com o objetivo de 
relacionar valores religiosos aos conteúdos desse período. 
Um exemplo dessas personalidades é Erasmo de Roterdã, um dos 
maiores humanistas cristãos da Europa (Chadwick; Evans, 2007, p. 91). Ele se 
tornou um importante escritor da Renascença, vindo a influenciar o pensamento 
cristão a partir de princípios desse movimento. Duas de suas obras mais 
impactantes foram a tradução do Novo Testamento direto da língua grega e a 
elaboração de um livro instrutivo para cristãos leigos, Manual do Soldado Cristão 
(McGrath, 2005, p. 83). 
As produções de Erasmo são um exemplo das influências do 
renascimento e humanismo na cultura europeia do século 16, já que o princípio 
ad fontes o fez estudar as obras patrísticas e o Novo Testamento na língua 
 
 
4 
grega. A valorização da literatura trouxe a oportunidade para que suas reflexões 
religiosas independentes fossem publicadas e lidas na sociedade (González, 
2011, p. 527). 
Erasmo de Roterdã se tornou um pensador bastante influente nas 
questões que vieram a influenciar os debates teológicos e políticos que 
ocasionaram a Reforma Protestante da Igreja Ocidental; no entanto, não tomou 
posição por nenhum dos lados, orientando que a Igreja deveria seguir os 
princípios humanistas, em um espírito de moderação (González, 2011, p. 527). 
Nesse mesmo contexto, destacamos o ano de 1456 como aquele em que 
foi produzida a primeira bíblia impressa da história. Durante a Idade Média, as 
Escrituras cristãs estavam disponíveis apenas aos monges e copistas, além de 
existirem somente cópias na língua latina, e não na língua nativa da maioria dos 
povos europeus. A partir de 1440, Gutenberg iniciou a impressão de letras com 
tipos móveis de metal e produziu 200 cópias da Bíblia latina, Vulgata, dando 
início a uma revolução cultural que se tornou um elemento fundamental da 
propagação da Reforma Protestante. O surgimento das impressoras propiciou 
que Martinho Lutero e outros líderes religiosos disponibilizassem ao povo os 
textos da Bíblia (Curtis; Lang; Petersen, 2003, p. 102). 
TEMA 2 – A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRARREFORMA CATÓLICA 
2.1 A Reforma Protestante 
Vamos iniciar este tópico trazendo as palavras de Martinho Lutero (1517, 
citado por Werner, 2017, p. 161): “Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus 
quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do 
que à pregação da Palavra”. 
A Reforma Protestante pretendia que as crenças e doutrinas do 
cristianismo tivessem por base e fundamento somente os princípios ensinados 
pelas Escrituras – o Antigo e o Novo Testamentos –, em oposição ao 
pensamento da Igreja Católica Romana, que valorizava igualmente a tradição, 
segundo as composições dos teólogos e papas da Igreja. Esse aspecto relaciona 
esse movimento ao princípio renascentista e humanista de “retorno às fontes”. 
Os principais líderes da Reforma Protestante foram Martinho Lutero, na 
Alemanha, Ulrico Zuínglio, na Suíça, e João Calvino, na França e Genebra. O 
ato simbólico inicial do movimento ocorreu em 31 de outubro de 1517, na cidade 
 
 
5 
alemã de Wittenberg, onde o frade agostiniano Lutero publicou as 95 teses que 
criticavam a venda de indulgências como forma de oferecer o perdão dos 
pecados aos homens. Como contraponto, ensinava a tese do texto da Carta aos 
Romanos do Apóstolo Paulo, que indicava que o perdão e a salvação existentes 
na pessoa de Jesus Cristo eram um presente gratuito dado por Deus a todos os 
homens que tivessem fé. 
A Reforma Protestante foi um movimento religioso que transformou a 
sociedade europeia a partir do século 16, porque seus paradigmas teológicos 
acerca da Igreja e dos crentes desenvolviam novas atitudes religiosas que 
vieram modificar as áreas culturais da política e da economia, além da 
organização da sociedade (McGrath, 2005, p. 97). Assim como em outras áreas 
da existência, igualmente a religião também experimentou as mudanças de 
transição culturais da Idade Média para a Idade Moderna. Isso foi simbolizado 
no princípio “post tenebras lux” (“após a luz a escuridão”),já que a orientação 
para que todo cristão lesse a Bíblia na língua materna fortalecia que este viesse 
a se relacionar com Deus sem a mediação da Igreja (Fortino, 2014, p. 237). 
Observe que, ao propiciar ao cristão um relacionamento espiritual direto 
com a pessoa de Deus, certos princípios da Reforma acabaram influenciando o 
desenvolvimento da responsabilidade pessoal do fiel acerca de sua vida social. 
Nesse contexto, o teólogo João Calvino assumiu a tarefa de organizar as 
doutrinas que tinham o propósito de orientar e “enviar” o cristão protestante ao 
mundo e à sociedade, pois a religiosidade cristã interior deveria ser vivenciada 
na realidade exterior da existência humana. 
Para McGrath (2005, p. 250), o pensamento teológico desse reformador 
definia uma visão religiosa que “envolvia trazer toda a esfera da existência 
humana para dentro do âmbito da santificação divina e da dedicação humana”, 
a qual se tornou um princípio central do cristianismo protestante que influenciou 
transformações sociais na Europa e posteriormente nos Estados Unidos no 
decorrer da Idade Moderna. 
2.2 A CONTRARREFORMA CATÓLICA 
O movimento religioso do cristianismo denominado Contrarreforma 
Católica começou no ano de 1945 no Concílio de Trento, que recebeu o nome 
da cidade em que foi organizado, e durou 18 anos, embora tenha tido 
interrupções nesse período. Após o crescimento da mensagem e o início da 
 
 
6 
institucionalização do cristianismo protestante, era necessário fortalecer a 
autoridade do papa e da Igreja Romana e também renovar os dogmas e o 
pensamento teológico católicos com vistas a esclarecer fiéis e sacerdotes acerca 
do pensamento oficial da instituição. 
Na área religiosa e missionária, o papa definiu seu apoio à Sociedade de 
Jesus para que esse grupo anunciasse por toda a Europa os princípios da Igreja 
Católica. O interesse pelas artes cristãs e pelo estilo barroco na Itália ajudou a 
propagar e manter a Igreja Romana como uma força cultural dominante no 
continente (Werner, 2017, p. 163). 
A Contrarreforma buscou frear o avanço do protestantismo e as ideias 
acerca da reforma da Igreja, proibindo que os fiéis lessem os livros de Lutero e 
Calvino, e a tradução em grego da Bíblia, pois somente a Vulgata (versão em 
latim) foi considerada oficial pelo catolicismo; as obras de Erasmo também não 
deveriam ser lidas. Nesse contexto, havia a reorganização da atuação da 
Inquisição para declarar hereges os contrários ao catolicismo (Fortino, 2014, p. 
237). 
A Igreja Romana definiu para o clero e fiéis os pensamentos autorizados 
da instituição, os quais vieram a orientar a educação religiosa dos seguidores e 
das missões católicas no decorrer dos séculos. De forma objetiva, as decisões 
do Concílio definiram as diferenças de pensamento e atitude religiosas 
existentes entre católicos e protestantes dali para frente (Chadwick; Evans, 
2007, p. 106). 
Uma das consequências desse momento histórico em que as lideranças 
católicas e protestantes assumiram suas diferenças teológicas e consolidaram 
sua divisão institucional foi que diversos Estados e regiões da Europa assumiram 
uma posição por uma ou outra tradição religiosa nas décadas seguintes. Isso 
também deu origem a uma época de conflitos que passou a ser denominada 
guerras religiosas.2 
Segundo Curtis, Lang e Petersen (2003), entre as muitas mudanças e 
renovações que a Igreja Romana buscou realizar a partir dos embates com os 
 
2 Batalhas entre católicos e protestantes que ocorreram em diversas regiões da Europa entre os 
séculos 16 e 17. Elas se iniciaram na França em 1562, e em 1566 começaram os combates da 
chamada Revolta Holandesa, havendo também o conflito religioso entre a nação católica da 
Espanha diante da Rainha Elizabeth I (protestante) da Inglaterra. Em 1618, o Imperador 
Fernando do Sacro Império Romano-Germânico deu início à Guerra dos Trinta Anos (1618-48), 
perseguindo os protestantes que residiam nas regiões do Império localizadas nas áreas da 
Alemanha e da Áustria. 
 
 
7 
protestantes, o apoio do papa aos esforços espirituais de Ignácio de Loyola 
ocasionou o fortalecimento da Sociedade de Jesus, os jesuítas, os quais foram 
bastante importantes tanto para renovar a fé de muitos que haviam se afastado 
do catolicismo quanto para alcançar novas almas por meio de um dedicado 
programa de missões. Nas palavras desses autores, “na época da morte de 
Loyola, em 1556, [os jesuítas] não apenas tinham alcançado praticamente todas 
as nações europeias, mas também já haviam se espalhado pelo Japão, Brasil, 
Etiópia e África Central” (Curtis; Lang; Petersen, 2003, p. 120). 
No contexto das reformas religiosas do século 16, destacamos a chamada 
Reforma Inglesa, cujo início se deu a partir de um confronto político entre o 
monarca inglês Henrique VIII e o Papa Clemente VII, pois este não permitia o 
divórcio ao rei para que se casasse com Ana Bolena, com vistas a garantir a 
continuidade de sua descendência ao trono inglês. A divisão da Igreja Inglesa 
diante de Roma foi estabelecida oficialmente em 1534, no Ato de Supremacia 
que declarava a autoridade do rei como sendo única e superior na “terra da igreja 
da Inglaterra chamada Anglicana Ecclesia” (Shelley, 2004, p. 298). 
TEMA 3 – AS EXPLORAÇÕES AO NOVO MUNDO E A EXPANSÃO DO 
CRISTIANISMO 
Começamos este tema com as considerações de Greco (2008, p. 56), 
segundo as quais “a história da conquista espanhola e portuguesa em terras 
americanas é também a implantação da religião católica”. 
O período histórico chamado era dos conquistadores se consolidou a 
partir da associação da Rainha Isabel, da Espanha, com o marinheiro italiano 
Cristovão Colombo. Logo que, em janeiro de 1492, a Rainha Isabel e o Rei 
Fernando de Aragão reconquistaram da posse dos mouros (muçulmanos 
espanhóis) a cidade de Granada para o território espanhol, foi possível aos reis 
voltarem os olhos para os planos de busca de novas rotas de comércio em 
direção às Índias. As grandes navegações dos séculos 14 e 15 foram 
empreendidas por espanhóis e portugueses, ingleses e holandeses que 
buscavam rotas diretas entre a Europa e as regiões do Oriente, desde que se 
percebeu que as rotas tradicionais de comércio até a Ásia eram perigosas e 
custosas devido à quantidade de mercadores que negociavam na região 
(González, 2011, p. 142). Vale ressaltar que enquanto Colombo zarpava em 
busca de descobrir uma nova rota para a Ásia, a Rainha Isabel assumia como 
 
 
8 
propósito de seu reino a realização de um empreendimento de missões cristãs 
a fim de que os orientais viessem a ser abençoados pelo conhecimento do 
cristianismo. Em vez de chegar à Ásia, o navegador alcançou a América, fazendo 
paradas nas regiões da Ilha das Bahamas, Caribe e Cuba, até chegar em São 
Domingos. 
Havia um elemento político-religioso unindo a religião cristã e os Estados 
europeus que não poderia ser desprezado nesse período das navegações rumo 
ao novo mundo das Américas. Isso porque era preciso garantir o domínio das 
terras conquistadas e dos bens ali descobertos para os monarcas que investiam 
nos navegadores, e tais prerrogativas estavam relacionadas às missões de 
evangelização da Igreja. Nesse contexto, já em 1493 o Papa Alexandre VI 
concedeu ao Rei Fernando os documentos oficiais (bulas papais) com os direitos 
sobre as terras descobertas, oferecendo à Espanha católica a condição de 
colonizar e evangelizar as regiões ao leste, salientando os acordos realizados 
anteriormente que davam a Portugal o direito sobre as regiões a oeste de Cabo 
Verde (González, 2011, p. 150). Observe a maneira como o cristianismo e os 
monarcas europeus se associavam nesses empreendimentos, o que revela a 
força da relação entre religião e Estado na civilização ocidental. 
Acerca dessa relação, destacamos dois aspectos da atuação cristã na era 
dos descobrimentos interligando Europae América. No lado católico, os 
missionários de ordens religiosas como a dos franciscanos, dominicanos e 
jesuítas acompanhavam os exploradores na colonização da América, desde o 
Haiti até Lima, da Venezuela até o Paraguai, vindo a se preocupar bastante com 
a dignidade dos nativos, conforme revela o conflito ocorrido com os bandeirantes 
na região de São Paulo, no Brasil (Greco, 2008, p. 56). 
Em outra vertente, o protestantismo inglês se tornou o fundador de uma 
colônia importante para o desenvolvimento do cristianismo nos Estados Unidos, 
assim que ocorreu a viagem dos “peregrinos” no navio Mayflower em 1620. Um 
grupo de cidadãos ingleses liderado por puritanos calvinistas navegou até a 
América a fim de praticar uma religiosidade mais bíblica, visando desenvolver 
uma sociedade com valores cristãos. Organizaram um sistema político que 
elegia as autoridades da comunidade, que se tornou modelo na colonização 
inglesa da América do Norte (Werner, 2017, p. 173). 
 
 
9 
TEMA 4 – O RACIONALISMO E O EMPIRISMO 
O início da Idade Moderna foi marcado por duas correntes de 
pensamento: o racionalismo, do filósofo francês René Descartes, e o empirismo, 
do inglês John Locke, que se propagou a partir da Inglaterra. Antes de avançar 
na compreensão desses conceitos, vamos recordar o entendimento de Platão e 
Aristóteles que diz respeito a essas reflexões. 
Platão desenvolveu a Teoria das Formas, segundo a qual a realidade 
material que conseguimos enxergar é considerada uma imagem específica 
relacionada às formas – estas têm o propósito de comunicar princípios do “ser” 
imanente de outra dimensão, ao nosso mundo. Portanto, ele entendia que o 
homem deveria utilizar dados oriundos da própria mente a fim de compreender 
a realidade, já que o verdadeiro conhecimento já se encontrava no seu interior. 
Aristóteles, por sua vez, desenvolveu um princípio de conhecimento que 
se baseava na observação da realidade, visando adquirir informações acerca da 
existência, vindo a se tornar o pensador mais influente de toda a cultura 
ocidental. Portanto, ele entendia que a maneira com que adquirimos 
conhecimento se origina da análise dos dados da realidade exterior em que 
existimos. 
Observe que tanto o racionalismo, que entende que o conhecimento 
depende somente da razão humana, como o empirismo, que orienta a busca do 
conhecimento a partir da observação do mundo exterior, tem fundamentos no 
pensamento clássico de Platão e Aristóteles. 
4.1 O racionalismo 
A palavra racionalismo enfatiza o princípio de que a verdade da existência 
é um conhecimento que se adquire somente a partir do raciocínio; não há 
necessidade do uso dos sentidos e da experiência para se obter a real 
compreensão de algo. Para McGrath (2005, p. 273), a expressão autonomia do 
pensamento humano identifica essa teoria, pois afirma que o uso da razão é 
capaz de esclarecer todas as verdades da existência, valorizando as “ideias 
inatas” que já estão contidas naturalmente na mente humana. 
Esse movimento influenciou o pensamento religioso do século 17 e 
seguintes, pois a existência de Deus passou a ser explicada segundo 
argumentos racionais, conforme os textos de W. Leibniz e René Descartes – este 
 
 
10 
abandonou os textos bíblicos como fonte das verdades divinas, além de 
desprezar o conhecimento da experiência dos sentidos, que era um valor do 
empirismo. 
4.2 O empirismo 
O empirismo valorizava a experiência e os sentidos do homem no 
momento de se adquirir o conhecimento da realidade, pois os próprios fatos 
desta realidade negariam a existência de ideias inatas na mente humana. O 
maior propagador desse movimento foi o inglês John Locke (1633-1704), que 
concordava com Descartes acerca do fato de que a “ordem do mundo 
corresponde à ordem do pensamento”, o que não significa que existam “ideias 
inatas” na mente humana capazes de dar compreensão da realidade das coisas. 
Isso porque todo conhecimento originava sempre da experiência, seja a dos 
sentidos, seja a própria experiência interior da mente, o que ocorria assim que o 
homem refletia acerca da própria natureza, o que seria uma espécie de “sentido 
interno” da humanidade (González, 2011, p. 323). 
John Locke escreveu na obra Ensaio acerca do entendimento humano, 
de 1690, que Deus não deu aos homens a condição de nascerem com ideias 
inatas, mas os capacitou para compreender e explicar a realidade da existência 
por meio dos sentidos. A razão era uma capacidade utilizada para compreender 
os dados que os sentidos do ser captavam mediante as experiências humanas 
diante da realidade; portanto, a razão não poderia ser considerada uma fonte 
originária de conhecimento (Locke, 1999). 
A diversidade de pensamento entre o racionalismo e o empirismo acerca 
da epistemologia (teoria do conhecimento) desenvolveu duas teorias acerca do 
modo como se adquire o conhecimento: teoria a priori, a partir do que vem antes, 
o que significa que a verdade é um conteúdo oriundo da mente do ser humano 
(racionalismo); e teoria a posteriori, a partir do que vem depois, o que equivale 
dizer que a verdade é um conteúdo oriundo das reflexões desenvolvidas a partir 
das experiências sensoriais dos homens (empirismo) (McGrath, 2005, p. 276). 
John Tillotson (citado por González, 2011, p. 257) fornece o contexto 
histórico-religioso em que se encontrava o cristianismo na era do racionalismo: 
Ainda que uma religião seja muito razoável em si mesma, não basta 
para provar que vem de Deus [...] porque poderia ser o produto da 
razão humana [...] se sua doutrina for absurda, indigna de Deus e 
 
 
11 
contrária ao que nossa natureza nos diz acerca da Divindade, por 
muitos milagres que produz não há de ser crida. 
Um dos aspectos geradores desse sentimento de desânimo diante das 
lideranças oficiais e do rumo dogmático da religião cristã era oriundo dos 
acontecimentos ocorridos após os movimentos de reforma da Igreja, entre os 
quais a Guerra dos Trinta Anos, que provocou graves batalhas na Europa. Foi 
uma situação em que o “espírito do racionalismo” se instalou na alma dos 
europeus, em busca de obter um conhecimento mais adequado e coerente para 
suas indagações acerca de Deus e do destino da humanidade (González, 2011, 
p. 257). 
TEMA 5 – A TEORIA DO CONHECIMENTO E O MOVIMENTO DO 
ILUMINISMO 
5.1 A teoria do conhecimento 
A teoria do conhecimento ou epistemologia é um ramo da filosofia que 
desenvolve o estudo da natureza e dos limites do conhecimento. Seu objetivo é 
compreender a maneira como o ser humano é capaz de adquirir conhecimento. 
Vimos como o renascimento valorizou as capacidades humanas, 
especialmente a capacidade de raciocínio e reflexões que o homem poderia 
desenvolver a partir de si mesmo. Logo que o ser humano assumiu as práticas 
dessa nova cosmovisão, que se tornou um dos fundamentos da transição da 
Idade Média para a Moderna, igualmente ocorreu uma grande mudança no 
antigo paradigma que situava a Igreja no centro das vivências culturais 
ocidentais. 
Os filósofos racionalistas, como Francis Bacon, Thomas Hobbes e René 
Descartes, defendiam a ideia de que o raciocínio e a própria matemática seriam 
os melhores métodos para se alcançar o conhecimento. Por sua vez, John Locke 
desenvolvia na Inglaterra a visão empirista que valorava a experiência dos 
sentidos. Todavia, o fato é que ambos os movimentos mantinham um princípio 
comum: a centralidade do ser humano como o agente responsável por refletir 
acerca do conhecimento com base em suas faculdades intelectuais. Para 
González (2011, p. 319), a observação da natureza e as reflexões puramente 
racionais se integravam na busca e demonstração do que era possível conhecer 
 
 
12 
da realidade, pois a ordem da natureza se ajustava à lógica da razão humana, 
segundo os princípios do racionalismo. 
No contexto religioso, o cristianismo também desenvolveu um movimento 
racionalista de pensamento de suasdoutrinas, denominado deísmo. Seus 
representantes se dedicavam a explicar os fundamentos e princípios universais 
de uma religião cristã natural, com embasamentos originados dos instintos dos 
homens, e não mais das revelações bíblicas. Uma das consequências foi a de 
que os aspectos e princípios de maior valor na religião cristã deveriam ser os 
coincidentes com os instintos inatos dos homens. 
Um ponto a ser destacado é que os movimentos racionalista e empirista 
relacionados à teoria do conhecimento continuavam sustentando a importância 
da pessoa do Deus cristão em suas proposições filosóficas, embora a autoridade 
da Igreja e da Bíblia já estivessem sendo questionadas por seus intelectuais. O 
passo seguinte no desenvolvimento do racionalismo e da própria teoria do 
conhecimento foram as reflexões de David Hume e Immanuel Kant, que surgiram 
para questionar a própria “razão”, pois levantavam dúvidas em relação ao real 
conhecimento que o homem era capaz de adquirir com base nas argumentações 
filosóficas (González, 2011, p. 325). 
O filósofo escocês David Hume (1711-1776) afirmou que as pessoas 
estavam acostumadas a utilizar certas experiências oriundas do “hábito” humano 
para confirmar algumas de suas crenças, pressupondo que haviam alcançado 
esse conhecimento a partir de uma experiência dos sentidos diante da realidade. 
Isso não era verdade, pois Hume dizia que as pessoas estavam acostumadas a 
ver o sol nascer todas as manhãs, por isso adquiriam o hábito matinal de 
entender que o sol iria nascer na manhã seguinte. Mas esse fato não era algo já 
comprovado ou comprovável, baseado somente no hábito acerca do que havia 
ocorrido antes. 
Immanuel Kant (1724-1804) apresentou a teoria do idealismo, que 
afirmava que tanto a razão quanto a experiência eram necessárias para 
compreender o mundo, haja vista que o racionalismo contribuía com a “razão” 
que capacita o homem a compreender algo, ao passo que o empirismo fornecia 
o conhecimento que somente pode ser alcançado pela experiência. 
Essa argumentação relacionou a “sensibilidade” de John Locke com o 
“entendimento” de Descartes, fazendo com que Kant se tornasse o filósofo que 
combinou esses dois movimentos na história do conhecimento (Fortino, 2011, p. 
 
 
13 
171). É importante destacar que as dúvidas levantadas por Kant acerca da 
condição de o homem adquirir verdades absolutas pelo racionalismo fizeram 
surgir questões acerca da complexidade e dos limites da teoria do conhecimento. 
Ao mesmo tempo que não negava a realidade da pessoa de Deus, o 
filósofo afirmava que a razão também não era capaz de reconhecer e afirmar a 
existência do Ser divino, no entanto havia uma “razão prática” da vida moral que 
Kant relacionou a Deus. Para o filósofo, os homens deveriam praticar o ato mais 
correto para cada situação da vida a fim de que tal atitude se tornasse um padrão 
para todos; o Juiz dessa ação moral que surge na alma do homem é a pessoa 
de Deus. 
Vamos observar que até esse momento da história as reflexões filosóficas 
e o fortalecimento da razão humana não haviam trazido questionamentos acerca 
da existência de Deus, uma perspectiva acerca da religião que foi diferente a 
partir do movimento do Iluminismo. 
5.2 O Iluminismo 
Começamos este tópico com as palavras de Denis Diderot (citado por 
Werner, 2017, p. 194): “O ceticismo é o primeiro passo em direção à verdade”. 
O Iluminismo foi um movimento cultural amplo da Idade Moderna ocorrido 
entre os anos 1720 e 1780, que defendia que a razão deveria ser utilizada para 
que a humanidade conseguisse superar as concepções de mundo medievais 
que mantinham a sociedade submissa a paradigmas do passado (McGrath, 
2005, p. 125). 
Um marco do movimento ocorreu quando o filósofo francês Denis Diderot 
publicou em 1751 o primeiro dos 17 volumes da obra Enciclopédia, dividida em 
três grandes temas: os assuntos históricos; a razão e a filosofia; e a poesia e a 
imaginação. A orientação era de que todos eles deveriam utilizar a razão e a 
lógica a fim de compreender e expor tanto o mundo natural quanto a realidade 
da existência humana, sem se limitar ao pensamento oriundo da autoridade do 
Estado ou da Igreja. 
Todos esses textos deveriam se preocupar em estabelecer parâmetros 
com bases somente racionais para a organização da sociedade, em contraponto 
aos valores dogmáticos católicos que haviam definido as instituições sociais dos 
últimos séculos (Werner, 2017, p. 192). Nesse contexto, o Iluminismo acabou 
apoiando o desenvolvimento científico nas áreas da biologia e botânica e em 
 
 
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setores da tecnologia, vindo a influenciar as universidades e o meio literário da 
época. 
No contexto religioso, destacamos a seguinte declaração de Benjamim 
Franklin, líder político da Revolução Americana, nascido em 1706: “Quanto a 
Jesus de Nazaré [...], eu tenho algumas dúvidas a respeito de sua divindade [...] 
Mas não vejo problemas em que nela se creia, se tal crença trouxer a boa 
consequência [...] de fazer suas doutrinas mais respeitadas e observadas”. 
No pensamento de Shelley (2004, p. 347), essas palavras revelam e 
apregoam os princípios e valores da chamada Idade da Razão (de 1648 a 1789) 
na qual se insere o movimento do Iluminismo. O fato é que, conforme já 
anotamos anteriormente, as disputas teológicas e guerras entre povos travadas 
a partir da divisão da Igreja cristã do século 16 fizeram os homens avaliarem 
questões acerca de qual seria o valor dos dogmas e do impulso religioso no que 
refere a melhorar o ambiente político e social da vida das pessoas. Tal reflexão 
esteve sempre presente nas bases da civilização ocidental, posto que esta foi 
formada tanto por valores judaico-cristãos, como igualmente pelo pensamento 
filosófico greco-romano, que agora se desenvolvia em novas perspectivas, vindo 
a tratar do tema da tolerância religiosa. 
O Iluminismo também questionou os próprios fundamentos racionais do 
cristianismo, vindo a utilizar conceitos e reflexões oriundos do cartesianismo e 
deísmo nesse propósito. Tal fato acabou forçando a Igreja a buscar um sistema 
de apresentação de doutrinas embasado somente em pensamentos racionais e 
coerentes à razão para se fortalecer. Foi uma situação em que qualquer doutrina 
cristã que não fosse completamente explicitada nos limites da razão veio a ser 
fortemente criticada e rejeitada pelo padrão analítico iluminista (2005, p. 127). 
Até essa época da história, a teologia cristã integrava em seu sistema de 
pensamento os conceitos oriundos da revelação natural e da revelação 
sobrenatural (Bíblia), e havia um respeito aos limites e às funções de cada um 
desses tipos de conhecimento: de um lado, a revelação natural de Deus, que 
seria encontrada na Criação; e de outro, a revelação sobrenatural, disponível 
nas Escrituras. 
Porém, a partir do século 18, as novas lideranças intelectuais passaram a 
criticar gravemente os elementos bíblicos históricos e miraculosos do 
cristianismo, oriundos da Bíblia. Foi nesse contexto que surgiu na Europa do 
século 19 o movimento teológico cristão do protestantismo liberal, que buscava 
 
 
15 
responder às questões levantadas pelo Iluminismo, ao mesmo tempo que era 
bastante influenciado pelo intelectualismo racionalista. 
NA PRÁTICA 
O racionalismo e o empirismo propuseram novos paradigmas de 
pensamento e oportunizaram o desenvolvimento das conquistas científicas que, 
no século 18, promoveram os ideais de que as leis naturais relacionadas aos 
seres humanos deveriam se submeter igualmente aos critérios da razão. Isso 
também fez surgir o pensamento de que a religião deveria existir em separado 
ao Estado e de que a liberdade de expressão precisaria se tornar um valor social. 
O Iluminismo promoveu transformações sociais ao se posicionar contra 
os ideais da monarquia francesa e se tornou um movimento progressista 
mediante o qual os intelectuais entendiam que seriapossível estabelecer normas 
gerais de direitos civis para todos os homens (Werner, 2017, p. 194). Nesse 
contexto, observe a maneira como os fundamentos racionais da filosofia greco-
romana vieram a influenciar e definir os movimentos da civilização ocidental 
desde o final da Idade Média para se consolidar na Idade Moderna. 
FINALIZANDO 
A renascença (ou renascimento) foi um movimento de renovação cultural 
que surgiu no século 14 na Europa e que influenciou a cosmovisão ocidental da 
Idade Moderna a partir de elementos clássicos greco-romanos. A maior 
mudança ocasionada foi colocar o ser humano como personagem central da 
existência. 
As descobertas de Cristovão Colombo estabeleceram uma relação 
comercial e social duradoura entre a Europa e a América, abrindo espaço para 
o incremento das missões cristãs, que enviavam sacerdotes juntamente com os 
colonizadores a fim de doutrinar os habitantes dos novos territórios descobertos. 
As proposições racionalistas que entendiam que uma lógica compreensão 
da realidade traria o conhecimento definitivo para a humanidade acerca da 
existência foram colocadas em dúvida pelo filósofo Immanuel Kant. Ele se 
dedicou a levantar dados acerca da complexidade e dos limites do alcance da 
teoria do conhecimento. 
 
 
16 
Ao mesmo tempo, enquanto os intelectuais e filósofos da modernidade 
envidavam esforços para explicar racionalmente a existência de Deus, o 
movimento cultural do Iluminismo do século 18 atuava em outra perspectiva, 
buscando confrontar a autoridade da Igreja e da monarquia, pois desenvolvia um 
projeto intelectual com vistas a superar as concepções de mundo medievais, 
vindo a formatar os valores do pensamento moderno da humanidade. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
CURTIS, A. K.; LANG, J. S.; PETERSEN, R. Os 100 acontecimentos mais 
importantes da história do cristianismo. Tradução de Emirson Justino. São 
Paulo: Editora Vida, 2003. 
CHADWICK, H.; EVANS, G. R. Igreja Cristã. Barcelona: Ediciones Folio, 2007. 
FORTINO, C. O livro da filosofia. Tradução de Douglas Kim. São Paulo: Globo 
Livros, 2011. 
_____. (Ed.). O livro das religiões. Tradução de Bruno Alexander. São Paulo: 
Globo Livros, 2014. 
GONZÁLEZ, J. L. História ilustrada do cristianismo: a era dos mártires até a 
era dos sonhos frustrados. 2. ed. rev. Tradução de Itamir Neves de Souza e 
outros. São Paulo: Vida Nova, 2011a. 
_____. História ilustrada do cristianismo: a era dos reformadores até a era 
inconclusa. 2. ed. rev. Tradução de Itamir Neves de Souza e outros. São Paulo: 
Vida Nova, 2011b. 
GRECO, G. (Coord.). História das religiões – crenças e práticas religiosas do 
século XII aos nossos dias. Barcelona: Ediciones Folio, 2008a. 
______. História das religiões – origem e desenvolvimento das religiões. 
Barcelona: Ediciones Folio, 2008b. 
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova 
Cultural, 1999. 
MCGRATH, A. E. Teologia sistemática, histórica e filosófica. Uma introdução 
à teologia cristã. Tradução de Marisa K. A. Siqueira Lopes. São Paulo: Sheed 
Publicações, 2005. 
_____. Creio. Um estudo sobre as verdades essenciais da fé cristã no Credo 
Apostólico. Tradução de James Reis. São Paulo: Vida Nova, 2013. 
SHELLEY, B. L. História do cristianismo. Tradução de Vivian Nunes do 
Amaral. São Paulo: Shedd Publicações, 2004. 
WERNER, L. O livro da história. 2017. 
 
 
	CONVERSA INICIAL
	O renascimento italiano promoveu uma mudança na cosmovisão europeia que oportunizou e influenciou diversas transformações no Ocidente nos séculos seguintes, entre as quais as reformas da Igreja cristã a partir de 1517, com a Reforma Protestante e o mo...
	Outro importante movimento que iremos anotar foi o surgimento do Iluminismo no século 18 e a posterior consolidação de suas ideias que vieram a consolidar os valores da cultura moderna. O cristianismo foi uma religião bastante afetada pelas transforma...
	TEMA 1 – O RENASCIMENTO E O HUMANISMO
	1.1 O renascimento
	1.2 O humanismo
	Nesse mesmo contexto, destacamos o ano de 1456 como aquele em que foi produzida a primeira bíblia impressa da história. Durante a Idade Média, as Escrituras cristãs estavam disponíveis apenas aos monges e copistas, além de existirem somente cópias na ...
	TEMA 2 – A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRARREFORMA CATÓLICA
	2.1 A Reforma Protestante
	No contexto das reformas religiosas do século 16, destacamos a chamada Reforma Inglesa, cujo início se deu a partir de um confronto político entre o monarca inglês Henrique VIII e o Papa Clemente VII, pois este não permitia o divórcio ao rei para que ...
	TEMA 3 – AS EXPLORAÇÕES AO NOVO MUNDO E A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
	TEMA 4 – O RACIONALISMO E O EMPIRISMO
	4.2 O empirismo
	TEMA 5 – A TEORIA DO CONHECIMENTO E O MOVIMENTO DO ILUMINISMO
	5.1 A teoria do conhecimento
	Ao mesmo tempo que não negava a realidade da pessoa de Deus, o filósofo afirmava que a razão também não era capaz de reconhecer e afirmar a existência do Ser divino, no entanto havia uma “razão prática” da vida moral que Kant relacionou a Deus. Para o...
	Vamos observar que até esse momento da história as reflexões filosóficas e o fortalecimento da razão humana não haviam trazido questionamentos acerca da existência de Deus, uma perspectiva acerca da religião que foi diferente a partir do movimento do ...
	5.2 O Iluminismo
	NA PRÁTICA
	O racionalismo e o empirismo propuseram novos paradigmas de pensamento e oportunizaram o desenvolvimento das conquistas científicas que, no século 18, promoveram os ideais de que as leis naturais relacionadas aos seres humanos deveriam se submeter igu...
	O Iluminismo promoveu transformações sociais ao se posicionar contra os ideais da monarquia francesa e se tornou um movimento progressista mediante o qual os intelectuais entendiam que seria possível estabelecer normas gerais de direitos civis para to...
	FINALIZANDO
	Ao mesmo tempo, enquanto os intelectuais e filósofos da modernidade envidavam esforços para explicar racionalmente a existência de Deus, o movimento cultural do Iluminismo do século 18 atuava em outra perspectiva, buscando confrontar a autoridade da I...
	REFERÊNCIAS
	WERNER, L. O livro da história. 2017.

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