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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO - I

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Prof. Altair Fontes
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
Conteúdo Programático desta unidade:
Conceito da APO
O Estudo da APO
Marcos Históricos da APO
Fatores que afetam a APO
Objetivos da APO
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
Em qualquer empresa, independente do ramo de atividade, do resultado financeiro, do tamanho, do modelo adotado gerencialmente ou até mesmo se ela é uma empresa de produção de bens ou uma empresa de serviços, teremos sempre sistemas ou processos.
Atualmente o mundo dos negócios está cada vez mais globalizado e, portanto as empresas estão cada vez mais, não só sujeitas a serem afetadas por qualquer motivo externo, como também precisam ser competitivas se quiserem sobreviver nos negócios.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
Nunca devemos deixar de ter como foco a seguinte situação: temos que gerar lucro, para empresas não filantrópicas é claro, e temos que ser também eficientes, incluindo aqui também as filantrópicas.
Todas as empresas, em níveis distintos, possuem processos em seus sistemas de rotina e de funcionamento. O normal, inclusive, é que estes processos possuam divisões e até mesmo subdivisões, que deverão ser identificados, mapeados, estudados, aprimorados e monitorados.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
Os processos podem ser individuais ou fazerem parte de um conjunto de atividades, sendo que cada um poderá ser decisivo ou fundamental neste conjunto de processos, dependendo do tipo de segmento ou negócio adotado.
Em uma empresa de produção, como exemplo uma indústria farmacêutica, nós teremos processos industriais, tipo fabricação de um determinado medicamento, onde é necessária uma linha de montagem e fabricação. Mas não podemos deixar de lembrar que teremos diversos outros processos na mesma empresa, tais como: de comercialização, de vendas, de controle da qualidade, de fiscalização, ou seja, não exclusivamente de fabricação ou montagem.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
Em uma empresa de serviços, como exemplo uma empresa de terceirização de mão-de-obra, teremos processos de controles de horas, para gerar pagamentos, mas teremos também processos de contratação, de entrevista e outros mais.
Veja que é importante destacar que nos dois exemplos citados e em alguns dos seus processos exemplificados, teremos clientes externos ou internos, que são na verdade os responsáveis pela existência daquela determinada empresa ou setor.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
Nesta disciplina iremos aprender quais as ferramentas existentes, para um melhor controle gerencial e até mesmo operacional destes processos.
Do ponto de vista gerencial é importante e fundamental conhecermos os nossos processos, para que tenhamos uma visão do que precisamos executar.
É neste sentido que a Administração da Produção e Operações (APO) tem seu papel vital. Lembrando sempre que precisamos constantemente melhorar e acompanhar nossos processos, seja no ponto de vista da qualidade, da tecnologia, operacional ou dos funcionários.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
Neste contexto, apresentamos a seguir alguns conceitos de Administração da Produção e Operações (APO):
“A Administração da Produção e Operações é o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada de decisões na função de Produção (empresas industriais) ou Operações (empresas de serviços).”
(MOREIRA, 2008)
“A expressão administração de operações refere-se ao projeto, direção e controle dos processos que transformam insumos em serviços e produtos, tanto para os clientes internos quanto para os externos.”
(KRAJEWSKI, 2009) 
 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
“A administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços.
A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência.”
(SLACK, 2009) 
“Administração da produção e operações (APO) é a administração do sistema de produção de uma organização, que transforma os insumos nos produtos e serviços da organização.”
(GAITHER, 2001)
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
“A gestão de operações ocupa-se da atividade de gerenciamento estratégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, informacionais e outros), de sua interação e dos processos que produzem e entregam bens e serviços visando atender necessidades e/ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes.”
(CORRÊA, 2009) 
“A gerência de produção e operações (GPO) envolve o planejamento, a coordenação e a execução de todas as atividades que criam bens ou fornecem serviços.”
(STEVENSON, 2001)
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
CONCEITO DA APO
“Gestão de operações (GO) é o conjunto de atividades que criam bens e serviços por meio da transformação de entradas em saídas. As atividades que criam bens e serviços ocorrem em todas as organizações.”
(HEIZER, 2001) 
“A Administração da Produção e Operações – APO é a área da administração que utiliza recursos físicos e materiais da empresa que realizam o processo produtivo por meio de competências essenciais. Assim, é a APO que executa a produção ou as operações da empresa.”
(CHIAVENATO, 2005)
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
O ESTUDO DA APO
Ao longo dos anos surgiram muitas maneiras de abordar o estudo da APO. Entre as abordagens tradicionais, duas tendem a predominar:
1. a produção como uma função organizacional;
2. a produção como um sistema.
1. A produção como uma função organizacional
Esta abordagem considera a produção como uma função, dentre tantas outras, que são realizadas em uma organização.
A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência, mas não é a única nem, necessariamente, a mais importante.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
O ESTUDO DA APO
Todas as organizações possuem outras funções com suas responsabilidades específicas. Embora essas funções tenham sua parte a executar nas atividades da organização, são ligadas com a função produção, por objetivos organizacionais comuns.
- Podemos citar como exemplo de funções principais a função marketing, a função contábil-financeira e a função desenvolvimento de produto/serviço.
 
- Também podemos destacar as funções de apoio, que suprem e apóiam a função produção: função recursos humanos, função compras, função engenharia/suporte técnico.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
O ESTUDO DA APO
Relação da função produção com as demais funções de uma organização
Marketing
Contábil-financeira
Desenvolvimento de produto/serviço
PRODUÇÃO
Recursos humanos
Compras
Engenharia/Suporte técnico
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ADMINISTRAÇÃODA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. Altair Fontes
O ESTUDO DA APO
2. A produção como um sistema
- Sistema é um conjunto de elementos inter-relacionados com um objetivo comum.
- Todo sistema compõe-se de três elementos básicos: as entradas (inputs), o processo de transformação e as saídas (outputs).
 
- Sistemas de produção são aqueles que têm por objetivo a fabricação de bens manufaturados e/ou a prestação de serviços.
- A produção envolve um conjunto de recursos de input usado para transformar algo ou para ser transformado em outputs de bens e/ou serviços.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- A figura abaixo mostra um modelo de sistema de produção que é usado para descrever a natureza da produção. 
RECURSOS TRANSFORMADOS:
 Materiais
 Informações
 Consumidores
PROCESSO
DE TRANSFORMAÇÃO
Ambiente
Ambiente
RECURSOS DE TRANSFORMAÇÃO:
 Instalações
 Funcionários
INPUT
OUTPUT
BENS E/OU SERVIÇOS
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- Inputs
Os inputs para a produção podem ser classificados em:
1. Recursos transformados: aqueles que são tratados, transformados ou convertidos de alguma forma.
		São eles:
		 Materiais
		 Informações
		 Consumidores
2. Recursos de transformação: aqueles que agem sobre os recursos transformados.
		São eles:
		 Instalações
		 Funcionários 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- Inputs
Exemplos de operações processadoras de 
materiais, informações e consumidores
	PROCESSADORES DE
 MATERIAIS	PROCESSADORES DE
 INFORMAÇÕES	PROCESSADORES DE CONSUMIDORES
	 • Todas as operações de manufatura
• Empresas de mineração e de extração
 • Operações de varejo
 • Armazéns
 • Serviços postais
 • Linha de embarque de containers
 • Empresa de transporte rodoviário	 • Contadores
 • Matriz de banco
 • Empresa de pesquisa de marketing
 • Analistas financeiros
 • Serviço de notícias
 • Unidade de pesquisa em universidade
 • Empresa de telecomunicações	 • Cabeleireiro
 • Hotéis
 • Hospital
 • Transporte de massa
 • Teatro
 • Parque temático
 • Dentista
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- Processo de Transformação
O propósito do processo de transformação das operações está relacionado com a natureza de seus recursos de input transformados.
Os tipos de processamentos são:
	1. Transformação: muda a propriedade física e/ou química e/ou fisiológica e/ou psicológica
2. Venda: muda a posse
3. Distribuição: muda o local
4. Armazenamento: mantém a propriedade, a posse e 	o local
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- Processo de Transformação
Exemplos de negócios por tipo de processamento
	TIPO DE PROCESSAMENTO	RECURSOS TRANSFORMADOS		
		Materiais	Informações	Consumidores
	Transformação	Operações de manufatura; Mineração; Refeições industriais	Contador; Banco; Analista/Consultor; Centro de pesquisa; Arquiteto 	Cabeleireiro; Cirurgião plástico; Clínica/Hospital; Teatro/Cinema; Restaurante; Parque temático; Escola/Cursos
	Venda	Operações de varejo	Pesquisa/Marketing; Detetive particular	“Head-Hunter”; Empresário de jogador de futebol
	Distribuição	Serviços postais; Frete; Embarque de containers; Distribuidora de gás/ eletricidade 	Serviço de notícias; Telecomunicações 	Transporte aéreo; Navio; Trem; Táxi; Metrô 
	Armazenamento	Depósito; Armazém do cais do porto; Aeroporto 	Biblioteca; Norma técnica; Banco de dados 	Hotel; Berçário; Sala de espera (VIP) 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- Outputs
Os outputs e o propósito do processo de transformação são bens e serviços.
As diferenças entre bens e serviços podem ser mostradas através das seis propriedades apresentadas no quadro abaixo.
	PROPRIEDADES	BENS	SERVIÇOS
	Tangibilidade	Tangíveis 	Intangíveis 
	Estocabilidade	Estocáveis	Não estocáveis
	Transportabilidade	Transportáveis	Intransportáveis
	Simultaneidade produção/consumo	Produzidos antes do consumo	Produzidos simultaneamente com seu consumo
	Contato com o consumidor	Baixo nível de contato com o consumidor	Alto nível de contato com o consumidor
	Qualidade	É evidente	É difícil de julgar
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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O ESTUDO DA APO
- Outputs
O output da maioria dos tipos de operações é um composto de bens e serviços.
Serviços Puros
Bens Puros
• Tangível
• Pode ser estocado e 	transportado
• A produção 	precede o consumo
• Baixo nível de 	contato com 	consumidor
  • A qualidade é 	mensurável
• Intangível 
• Não pode ser 	estocado nem 	transportado
• A produção e o 	consumo são 	simultâneos
• Alto nível de 	contato com o 	consumidor
• É difícil julgar e 	medir a qualidade
Fundição de alumínio
Fabricante de produtos por encomenda
Refinaria de petróleo
Restaurante
Empresa de informática (software + hardware) 
Consultoria gerencial
Clínica psiquiátrica
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
- Na antiguidade:
Historicamente, a prática das atividades de produção remontam à origem do ser humano. 
Homem pré-histórico: polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
Nessa fase os utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os produzia.
Com o passar do tempo, essa produção fez com que surgisse os primeiros artesãos. 
A produção artesanal foi a primeira forma de produção organizada. Os artesãos estabeleciam prazos de entrega (prioridades), atendiam especificações preestabelecidas e fixavam preços para suas encomendas. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
A produção artesanal começa a entrar em decadência a partir do advento da Revolução Industrial (Inglaterra - 1700).
- Revolução Industrial:
Na Inglaterra (1764), James Watt inventou a máquina a vapor: forneceu a força motriz para as fábricas e estimulou outras invenções da época.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
Substituição da força humana e da água pela força mecanizada.
Estabelecimento do sistema fabril: os artesãos, que até então trabalhavam em suas próprias oficinas, começaram a ser agrupados nas primeiras fábricas.
A Revolução Industrial se espalhou da Inglaterra para outros países europeus e para os Estados Unidos.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
Nos Estados Unidos (1790), Eli Whitney desenvolveu o conceito de peças intercambiáveis (padronização de componentes) ao projetar rifles (mosquetes) para serem fabricados pelo governo americano. Com esta ação ele reduziu o custo financeiro da atividade. Teve início o registro, por desenhos e croquis, dos produtos e processos fabris, surgindo a função de projeto de produto, de processos, de instalações, de equipamentos etc.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Prof. AltairFontes
MARCOS HISTÓRICOS DA APO
 A revolução na maneira como os produtos eram fabricados trouxe consigo algumas exigências.
	Por exemplo:
	Padronização dos produtos;
	Padronização dos processos de fabricação;
	Treinamento e habilitação da mão-de-obra direta;
	Criação e desenvolvimento de quadros de gerentes e de supervisão;
 Desenvolvimento de técnicas de planejamento e 	controle financeiro e de produção;
	Desenvolvimento de técnicas de vendas.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
A Revolução Industrial avançou ainda mais com o desenvolvimento do motor a gasolina e da eletricidade nos anos 1800; fornecendo a base para a substituição do sistema artesanal pelo sistema fabril.
A primeira grande indústria nos Estados Unidos foi a indústria têxtil. Na Guerra Civil de 1812 havia quase 200 fábricas têxteis na Nova Inglaterra. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
- Período Pós-Guerra Civil: 
O período pós-guerra civil nos EUA (1812) montou o cenário para a grande expansão da capacidade de produção no século XX.
A abolição do trabalho escravo, o êxodo de trabalhadores do campo para as cidades e a maciça influência de imigrantes no período de 1865-1900 forneceram uma grande força de trabalho para os centros urbanos industriais em franco desenvolvimento. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
Surgiram modernas formas de capital por meio de companhias com ações em comum: o capitalista separou-se do empregador; os administradores tornaram-se empregados assalariados dos financistas que possuíam o capital.
A rápida exploração e colonização do oeste americano criaram a necessidade de numerosos produtos e de um meio de levá-los aos colonos, ávidos por estes produtos. Produziu-se, então, grandes ferrovias e a indústria férrea se tornou a segunda grande indústria dos Estados Unidos.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
Linhas férreas foram estendidas; novos territórios foram desenvolvidos; e já no início do século XX um sistema de transporte eficiente e econômico, de alcance nacional, estava em operação. 
Em 1900, todos esses desenvolvimentos – expansão do capital e capacidade de produção, ampliada força de trabalho urbana, novos mercados ocidentais e um eficiente sistema de transporte nacional – prepararam o cenário para a grande explosão de produção do início do século XX.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
- Administração Científica: 
O ambiente sócio-econômico do novo século contribuiu para o surgimento da administração científica. A busca para desenvolver meios de utilizar a capacidade de produção para satisfazer os maciços mercados de então, levou engenheiros, executivos, consultores, educadores e pesquisadores a desenvolver o método e a filosofia denominados Administração Científica.
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) é conhecido como o pai da Administração Científica. Ele estudou os problemas fabris de sua época cientificamente e popularizou a noção de eficiência – obter o resultado desejado com o menor desperdício de tempo, esforço e materiais. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
A tabela a seguir apresenta os principais atores da era da Administração Científica. 
	Contribuinte 	Tempo de duração 	Contribuições 
	Frederick Taylor	1856 - 1915	Princípios de administração científica, estudo do tempo, análise de métodos, padrões, planejamento e controle
	Frank B. Gilbreth	1868 - 1934	Estudo dos movimentos, métodos, contratos de construção e consultoria
	Lílian M. Gilbreth	1878 - 1973	Estudos da fadiga, ergonomia, seleção e treinamento de empregados
	Henry L. Gantt	1861 - 1919	Gráficos de Gantt, sistemas de pagamento por incentivo, abordagem humanística ao trabalho, treinamento
	Carl G. Barth	1860 - 1939	Análise matemática, régua de cálculo, estudos de suprimentos e velocidade, consultoria para a indústria automobilística
	Harrington Emerson	1885 - 1931	Princípios da eficiência, economia de milhões de dólares em ferrovias, método de controle
	Morris L. Cooke	1872 - 1960	Aplicação da administração científica à educação e ao governo
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
O grande marco da Administração Científica ocorreu na Ford Motor Company no início do século XX (1910 -1920). Para fabricar o Ford Modelo T, Henry Ford (1863 - 1947) cria a linha de montagem seriada, revolucionando os métodos e processos produtivos até então existentes.
Surge o conceito de produção em massa: grandes volumes de produtos extremamente padronizados (baixíssima variação nos tipos de produtos finais).
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
A busca da melhoria da produtividade por meio de novas técnicas definiu o que se denominou engenharia industrial.
Novos conceitos foram introduzidos, tais como: linha de montagem, posto de trabalho, estoques intermediários, arranjo físico, balanceamento de linha, produtos em processo, manutenção preventiva, controle estatístico da qualidade, e fluxogramas de processos.
A produção em massa aumentou de maneira fantástica a produtividade e a qualidade, e foram obtidos produtos bem uniformes, em razão da padronização e da aplicação de técnicas de controle estatístico da qualidade. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
 - A Partir da Década de 60: 
O conceito de produção em massa e as técnicas produtivas dele decorrentes predominaram nas fábricas até meados da década de 60, quando 	surgiram novas técnicas produtivas, que vieram a caracterizar a denominada produção enxuta.
A produção enxuta introduziu, entre outros, os seguintes conceitos:
1. Just-in-time (JIT):  é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. 
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
2. Engenharia simultânea: conceito que se refere à participação de todas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do projeto do produto. Tanto os clientes como os fornecedores são também envolvidos, com o objetivo de reduzir prazos, custos e problemas na fabricação e comercialização.
3. Tecnologia de grupo: é um conjunto de técnicas manufatureiras que tem como objetivo explorar as similaridades básicas de peças e de processos manufatureiros, a partir de sua classificação e codificação (código estruturado contendo as características físicas das peças).
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
4. Células de produção: unidade de manufatura e/ou serviços que consiste em uma ou mais estações de trabalho, com mecanismos de transporte e de estoques intermediários entre elas. As estações de trabalho são geralmente dispostas em forma de “U” com o objetivo de haver maior velocidade de produção. Exige que o funcionário seja polivalente (ou multifuncional), ou seja, participe de todo o 	processocom todos os funcionários, estabelecendo integração da equipe de trabalho. Visa a melhoria de controle de qualidade: o defeito, muitas vezes, pode ser detectado e corrigido na própria estação.	
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
5. Consórcio modular: a primeira fábrica no mundo a utilizar esse conceito foi a Volkswagen, divisão de caminhões e ônibus de Resende, Rio de Janeiro. Diversos parceiros (fornecedores) trabalham juntos dentro da planta da Volkswagen, nos respectivos módulos, para a montagem dos veículos, e são responsáveis pelas operações na linha de montagem.
6. Desdobramento da função qualidade (quality function deployment -QFD): metodologia que visa 	levar em conta, no projeto do produto, todas as principais exigências do consumidor a fim de não somente atendê-las como também suplantá-las.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
7. Comakership: o mais alto nível de relacionamento entre cliente e fornecedor, representado por conceitos como os de confiança mútua, participação e fornecimento com qualidade assegurada. O termo poderia ser traduzido como co-fabricação, pois o fornecedor participa ativamente, envolvendo-se com várias fases do projeto, como seu planejamento, custos e qualidade, pois possui a garantia de contratos de fornecimento de longo prazo.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO
8. Sistemas flexíveis de manufatura (flexible manufacturing systems – FMS): é um sistema de manufatura que possui certa flexibilidade para reagir a mudanças esperadas ou inesperadas no processo de fabricação. Esta flexibilidade é geralmente enquadrada em duas categorias: a primeira categoria ("machine flexibility“), se refere à habilidade do sistema de mudar para produzir novos produtos, e a habilidade de mudar a ordem de operações executadas; a segunda categoria ("routing flexibility“) que consiste na habilidade de usar múltiplas maquinas para fazer a mesma operação, também é a habilidade do sistema de absorver grandes mudanças seja no volume, capacidade ou capabilidade.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
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9. Manufatura integrada por computador (computer integrated manufacturing – CIM): interligação total da organização manufatureira por meio de sistemas de computadores e filosofias gerenciais que melhoram a eficácia da empresa.
10. Benchmarking: comparações das operações de	um setor ou de uma organização em relação aos outros setores ou concorrentes diretos ou indiretos. Este acompanhamento das empresas líderes em seus segmentos envolve os mais diversos aspectos, como práticas (modelos, processos, técnicas) e desempenho, podendo ocorrer interna ou externamente à organização, a fim de melhorar sua criatividade para atingir seus objetivos.	
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Ao longo desse processo de modernização da produção, cresce em importância a figura do consumidor, em nome do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da satisfação do consumidor é que tem levado as empresas a se atualizarem com nova técnicas de produção, cada vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. É tão grande a atenção dispensada ao consumidor que este, em muitos casos, já especifica em detalhes o “seu” produto, sem que isso atrapalhe os processos de produção do fornecedor, tal a sua flexibilidade. Assim estamos caminhando para a produção customizada, que, de certos aspectos, é um “retorno ao artesanato” sem a figura do artesão, que passa a ser substituído por moderníssimas fábricas. 
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A denominada empresa de classe mundial é aquela voltada para o cliente, sem perder a característica de empresa enxuta, com indicadores de produtividade que a colocam no topo entre concorrentes, em termos mundiais. Além do desempenho melhor do que a concorrência e da atuação global, o que também caracteriza esse tipo de empresa é a busca incessante por melhorias. Em resumo, a empresa de classe mundial tem como cultura a melhoria contínua por meio de técnicas sofisticadas, como modelagem matemática para simulações de cenários futuros. 
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- A Revolução dos Serviços:
Um dos importantes desenvolvimentos de nosso tempo é a disseminação dos serviços nas economias. A criação de organizações de serviços	acelerou-se de maneira abrupta depois da Segunda Guerra Mundial e ainda está se expandindo.
Hoje o setor de serviços emprega mais pessoas e gera maior parcela do produto interno bruto (PIB	na maioria das nações do mundo.
Dessa forma, passou-se a dar ao fornecimento de serviços uma abordagem semelhante à dada à fabricação de bens tangíveis. 
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Foram incorporadas ao setor de serviços, praticamente todas as técnicas até então usadas pela engenharia industrial.
Houve, portanto, uma ampliação do conceito de produção, que passou a incorporar os serviços. Fechou-se o universo de possibilidades de produção e 	a ele deu-se o nome de Operações. Assim, Operações compõem o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas com a produção de bens e/ou serviços.
A Administração da Produção passou a denominar-se Administração da Produção e Operações (APO). 
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Foram incorporadas ao setor de serviços, praticamente todas as técnicas até então usadas pela engenharia industrial.
Houve, portanto, uma ampliação do conceito de produção, que passou a incorporar os serviços. Fechou-se o universo de possibilidades de produção e 	a ele deu-se o nome de Operações. Assim, Operações compõem o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas com a produção de bens e/ou serviços.
A Administração da Produção passou a denominar-se Administração da Produção e Operações (APO). 
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FATORES QUE AFETAM A APO
- Fatores externos:
Dos vários fatores externos que afetam a APO atualmente, seis tiveram um impacto maior:
1. Realidade da competição global;
2. Qualidade, serviço ao cliente e desafio de custos;
3. Rápida expansão da tecnologia de produção avançada;
4. Contínuo crescimento do setor de serviços;
5. Escassez de recursos de produção;
6. Questões de responsabilidade social.
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FATORES QUE AFETAM A APO
Com a globalização, as fronteiras de um país não mais oferecem proteção contra importações estrangeiras. A competição tornou-se intensa e está crescendo.
Para obter sucesso na competição global, as empresas devem ter um compromisso com a receptividade do cliente e com a melhoria contínua rumo à meta de desenvolver rapidamente produtos inovadores que tenham a melhor combinação de excepcional qualidade, entrega rápida e no tempo certo, e preços e custos baixos. 
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FATORES QUEAFETAM A APO
Essa competição determina que os gerentes de operações usem métodos de produção mais sofisticados, que se tornaram possíveis graças à crescente tecnologia de produção avançada.
Como se os desafios da competição global para a APO não bastassem, o trabalho dos gerentes de operações é complicado pela necessidade de uma administração mais eficiente do crescente setor de serviços; escassez de capital, materiais e outros recursos para a produção; e a necessidade de os gerentes de operações exercerem mais responsabilidade social. 
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FATORES QUE AFETAM A APO
- Fatores internos:
Em cada empresa, departamento, área ou setor existirão diversos fatores que irão afetar de uma forma ou de outra a Administração da Produção. Dentre esses fatores podemos destacar:
1. Produtividade
Todos os gestores são cobrados em razão da produtividade. Os resultados da produtividade são hoje perseguidos como nunca foram. Em alguns casos são estes resultados que servirão de parâmetro para pagamentos, royalties, contribuições e salários.
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FATORES QUE AFETAM A APO
2. Capacidade
É um dos fatores mais paradoxos, pois ao mesmo tempo em que possuir uma capacidade excelente ou não possuir esta capacidade são um problema e cada um com o seu grau de dificuldade e com as suas consequências.
3. Finanças
Todas as atividades de uma empresa passam necessariamente por esta necessidade. A saúde financeira pode viabilizar ou não os negócios, as atividades, os setores e até mesmo são decisivos para a sobrevivência no mercado, cada vez mais competitivo.
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FATORES QUE AFETAM A APO
4. Recursos Humanos
São pessoas que fazem os processos funcionarem, e mesmo com a automação cada vez mais presente no nosso mundo, são pessoas que as controlam ou operam.
5. Custos
Sejam eles custos de Produção / Operações, custos de Mão-de-obra, custo de Investimento, custo Financeiro, custo de Aquisição ou qualquer outro custo, são hoje o principal alvo dos gestores. 
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6. Tecnologia
Em alguns ramos e atividades eles são a peça chave do negócio, mas em alguns deles manter este desenvolvimento é tremendamente caro. A única certeza é que não existe mais nenhuma atividade que não seja suportada sem o emprego da tecnologia.
7. Localização
A localização de uma empresa é um fator determinante:
deve favorecer a logística de distribuição para alguns segmentos; pode ser fundamental em relação aos seus colaboradores; pode permitir isenção de impostos. 
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FATORES QUE AFETAM A APO
8. Layout
Os layouts internos de uma produção afetam diretamente o resultado final. Ex.: Devemos evitar cruzamentos entre produtos acabados e resíduos ou contaminados. Eles afetam inclusive até no potencial risco de acidentes.
9. Estoques
Os estoques representam dinheiro parado e, portanto, devem ser bem controlados. Além do capital investido, os estoques geram custos como equipamentos utilizados, seguros, vigilância, organização, limpeza, entre outros. 
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OBJETIVOS DA APO
A Administração da Produção e Operações (APO) preocupa-se com o Planejamento, a Organização, a Direção e o Controle das operações produtivas, de forma a se harmonizarem com os objetivos da empresa.
O Planejamento dá as bases para todas as atividades gerenciais futuras ao estabelecer linhas de ação que devem ser seguidas para satisfazer objetivos estabelecidos, bem como estipula o momento em que essas ações devem ocorrer. 
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OBJETIVOS DA APO
A Organização é o processo de juntar (combinar) os recursos produtivos: pessoal (mão-de-obra), matérias-primas, equipamentos e capital. Os recursos são essenciais à realização das atividades planejadas, mas devem ser organizados coerentemente para um melhor aproveitamento.
A Direção é o processo de transformar planos que estão no papel em atividades concretas, designando tarefas e responsabilidades específicas aos empregados, motivando-os e coordenando seus esforços. 
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OBJETIVOS DA APO
O Controle envolve a avaliação do desempenho dos empregados, de setores específicos da empresa e dela própria como um bloco, e a consequente aplicação de medidas corretivas se necessário.
O Planejamento e as tomadas de decisão que lhes são inerentes podem ser classificadas em três níveis, segundo a abrangência que terão dentro da empresa: nível estratégico, nível tático e nível operacional.
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OBJETIVOS DA APO
	TOMADAS DE DECISÃO	Projeto
do Sistema de Produção	Operação
do Sistema de Produção	Controle
 do Sistema de Produção
	Decisões Estratégicas
(Longo prazo)	Planejamento da Capacidade
Localização de Instalações
Projeto do Produto e do Processo	- 	- 
	Decisões Táticas
(Médio prazo)	Arranjo Físico de Instalações 
Projeto e Medida do Trabalho	Previsão da Demanda 
Planejamento Agregado	-
	Decisões Operacionais
(Curto prazo)	-	Programação e Controle da Produção 
Administração de Projetos	Controle de Estoques
 O Sistema MRP
Controle Estatístico da Qualidade
Medida da Produtividade 
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BIBLIOGRAFIA
 Livros utilizados na elaboração desta unidade:
- CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção – uma abordagem introdutória. 	São Paulo: Campus, 2005.
- CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração da produção e operações. 	Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009.
- GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
- HEIZER, Jay; RENDER, Barry. Administração de operações: bens e serviços. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
- MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2005.
- MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2008.
- RITZMAN, Larry P.; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção e operações. São Paulo: Prentice Hall, 2009.
- SLACK, Nigel; et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009.
- STEVENSON, William J. Administração das operações de produção. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
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