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155 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 9 Testes para seleção Iniciaremos este capítulo com uma discussão a respeito da impor- tância da utilização de testes em um processo seletivo, uma vez que essa prática é comumente adotada por profissionais da área de recru- tamento e seleção de pessoas. A partir daí vamos abordar o significado do vocábulo teste analisar ainda quais são os testes mais utilizados em processos seletivos. O objetivo é realizar uma discussão sobre como proceder na escolha dos testes. Escolha essa que, como vamos aprender, deve se apoiar na análise do perfil do cargo, contribuindo, assim, para um processo seleti- vo mais assertivo. O uso de testes, conjugado com outras técnicas de seleção, torna o processo seletivo mais seguro, pois visa medir ou ava- liar um atributo qualquer, seja ele uma aptidão, uma atitude, um campo de interesse, um traço de personalidade ou um conhecimento específi- co. Isso complementa as informações de que a empresa dispõe sobre o candidato. 156 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Portanto, os testes não se limitam apenas a detectar, dentre os can- didatos a uma vaga específica, aquele que reúne o melhor perfil técnico- -profissional, mas também aquele que, além de adequadas habilidades técnicas, também possui adequada conduta comportamental. 1 O uso de testes Após o processo de recrutamento, em que se realiza a triagem dos candidatos que apresentam os requisitos mínimos para concorrer à oportunidade de emprego existente na organização, inicia-se o pro- cesso de seleção. A seleção é o processo de escolha do candidato que melhor alcança os requisitos para a posição disponível. A escolha se dá por meio da obtenção de informações a respeito dos candidatos recrutados, para então decidir qual deles deverá ser contratado pela empresa. Como sabemos, o processo de seleção é composto de várias etapas: a análise detalhada do currículo, a aplicação de testes (de conhecimento, práticos e psicológicos), dinâmicas de grupo, entrevista de seleção e até entrevista com o futuro gestor. Todavia, essas etapas podem variar em quantidade e sequência, a depender do cargo a ser preenchido. A escolha da utilização, ou não utilização, de uma das etapas de- penderá do tipo de cargo e do perfil buscado pelo selecionador. Quanto à ordem de aplicação das etapas, Leme (2011) afirma que deverá ser planejada, a fim de que o processo funcione como um filtro e permi- ta que apenas os candidatos aprovados nas etapas anteriores possam participar da seguinte. É também preciso que o selecionador considere a quantidade de indivíduos que vão participar do processo ao planejar a ordem das etapas, economizando, assim, tempo (do selecionador e do candidato) e recursos materiais e financeiros. Talvez você esteja se perguntando: qual é a necessidade de se ter tantas etapas em um processo seletivo? Para Chiavenato (2010), um processo seletivo com todas as etapas mencionadas anteriormente é 157Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. importante porque existe uma grande variabilidade humana, com di- ferenças individuais entre as pessoas, tanto no plano físico como no plano psicológico; isso faz com que elas percebam as situações de ma- neiras diferentes e se comportem também de formas diferentes. Assim, quanto mais informações acerca dos candidatos um processo seletivo for capaz de coletar, mais provável que a decisão seja tomada de ma- neira acertada. PARA SABER MAIS Se você tiver interesse em desenvolver uma visão sistêmica do proces- so de seleção, retorne ao Capítulo 7, em que estudamos todas as etapas do processo seletivo e, entre elas, o uso de testes psicológicos e testes práticos. O foco deste capítulo será uma dessas etapas do processo. Vamos analisar os testes utilizados no processo seletivo, apresentando alguns deles mais detalhadamente. Tal etapa contribui para prognosticar mais assertivamente o desempenho que o candidato avaliado terá no exercí- cio de um determinado cargo. A etapa dos testes, dentro de um processo de seleção, resulta em uma série de informações que contribuem para a compreensão das características psicológicas da pessoa – a forma como ela vai desem- penhar uma atividade, a qualidade das interações interpessoais que apresenta, seus processos de tomada de decisão, seu estilo de lideran- ça, etc. O tipo de informação e a qualidade do conhecimento que será obtido por meio da avaliação psicológica dependem dos instrumentos escolhidos. Vale lembrar que as avaliações têm um limite em relação ao que é possível prever em relação ao comportamento humano. Quando as avaliações são feitas por meio de métodos validados cientificamen- te, elas fornecem respostas muito mais confiáveis. 158 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . O desempenho de um profissional é consequência de sua interação com vários elementos da organização. Por exemplo, os objetivos a se- rem alcançados, os valores, o sistema de poder, a estrutura social, a cul- tura organizacional, a estrutura formal e informal, entre outros fatores. Assim, o processo de avaliação psicológica de um candidato por meio de várias ferramentas, como os testes, é apenas probabilístico. Tanto a complexidade da situação quanto a subjetividade do candidato estarão presentes em um sistema maior, que é a organização, do qual o ato de contratar é apenas uma parte. 2 A palavra “teste” e seu significado Segundo o Dicionário eletrônico Houaiss, “teste” pode ser definido como um “exame crítico ou prova das qualidades de uma pessoa ou coisa”. Trata-se de uma ferramenta de coleta de informações sobre certos aspectos da personalidade de uma pessoa ou, quando utilizada em pro- cessos seletivos, de um candidato a emprego. A palavra “teste” tem origem no vocábulo latim testis, cuja tradução para o português é testemunha, e no vocábulo inglês test, cujo signi- ficado em português é prova. Em seu sentido etimológico, portanto, fazer um teste é equivalente a dar testemunho ou realizar uma prova (ALMEIDA; ALMEIDA, 2003). IMPORTANTE Um teste pode ser psicológico ou não psicológico. De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2003), “testes psicológicos são instru- mentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicó- logo”. Já os testes não psicológicos podem ser aplicados por qualquer profissional, não sendo de uso exclusivo de psicólogos. 159Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. A palavra “teste” traz implícito o conceito de seravaliado e classifica- do entre normal ou anormal; certo ou errado. Com o passar dos anos, o conhecimento científico deixou de aceitar como verdade absoluta essa noção. Tais dicotomias não estão mais em sintonia com a realidade e complexidade do mundo atual que, por sua vez, nos obriga a passar da objetividade para a subjetividade em frações de segundos. Nem por isso o indivíduo deixa de ser “normal”. Sobre a relatividade do conceito de nor- malidade, é interessante resgatar o conceito da psiquiatra Doyle (1950): Por enquanto, deve ficar estabelecido o caráter relativo da norma- lidade, que nada tem de único e universal; o conceito em si repre- senta uma série de realidades contingentes que o fazem mudar de aspecto, adquirir várias formas e acepções, conforme o ângulo pelo qual o encaramos. Foi na contramão dessa visão dicotômica que surgiram várias fer- ramentas utilizadas na atualidade. Elas têm como objetivo traçar um perfil do candidato e, por meio desse perfil, indicar se o candidato tem, por exemplo, maior ou menor habilidade em lidar com pessoas ou infor- mações; ou se ele é mais racional ou mais emotivo; se prefere lidar com números ou se relacionar com as pessoas, entre outras características. O objetivo não é classificar o candidato, mas tirar uma “fotografia” do momento em que ele se encontra. Cabe então ao selecionador concluir se aquela pessoa é a mais adequada para trabalhar em uma determi- nada função, com determinado perfil de vaga, com determinada equipe de trabalho, com determinado perfil de gestor e, ainda, em consonância com a cultura da empresa. Na maioria dos casos, os profissionais que atuam no subsistema de recrutamento e seleção utilizam-se de várias ferramentas de ava- liação dos candidatos, pois não é indicado valer-se apenas dos testes para indicar ou contraindicar uma pessoa para ocupar uma vaga. São exemplos de outros instrumentos avaliativos as dinâmicas de grupo e entrevistas, que auxiliam a traçar um perfil mais completo do candidato. 160 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Para Marras (2003), os testes permitem ao selecionador mensurar os atributos dos candidatos, como habilidades cognitivas motoras e físicas, personalidade, aprendizagem e interesses, conhecimentos es- pecíficos e habilidades para certas tarefas exigidas para o cargo. Eles também podem ser de cunho psicológico. 3 Testes utilizados em seleção De acordo com Banov (2012), os testes podem ser classificados em testes de conhecimentos gerais, de conhecimentos específicos, de ca- pacidade ou habilidade (também denominado prova prática) e psicoló- gicos. A esse rol de ferramentas pode-se acrescentar os testes situa- cional e o de lógica, também muito utilizados em processos seletivos. Em função da complexidade do ser humano e da impossibilidade de se ter um único teste que avalie todas as dimensões humanas, a diver- sidade de ferramentas se faz necessária, pois cada instrumento tem objetivos de avaliação bem definidos. 3.1 Teste de conhecimentos gerais São utilizados com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento que o candidato tem e que está relacionado ao cargo. Para Banov (2012), esse teste pode conter questões sobre cultura geral, atualidades ou co- nhecimentos gerais sobre a área de atuação do candidato. Silva e Araújo (2008, p. 9) afirmam que os testes de conhecimen- tos gerais “procuram avaliar o grau de cultura geral do candidato. Essas provas têm baixa correlação com o desempenho profissional imediato, mas servem para compreender melhor o universo do candidato e sua atitude pessoal-profissional”. 161Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Por exemplo, para um candidato à vaga de Contabilidade, o tes- te de conhecimentos gerais pode contemplar questões sobre econo- mia, política, contabilidade geral, contabilidade internacional, guias de recolhimento, etc. Já para uma vaga da área de Recursos Humanos, o teste poderia incluir questões sobre as novas propostas de mudan- ças na área trabalhista, como tempo para a aposentadoria, extinção da contribuição sindical, entre outras. Para a área de Sustentabilidade, informações sobre coleta seletiva de lixo, reciclagem e tratamento da água poderiam ser interessantes. As questões podem ser as mais va- riadas e ter os mais diferentes formatos. Como o exemplo a seguir, que apresenta uma questão para avaliar o conhecimento que o candidato possui sobre cuidados com o meio ambiente. Um conhecimento geral necessário para quem atua, por exemplo, em áreas como Qualidade, Sustentabilidade e Recursos Humanos. IMPORTANTE No que se refere ao desenvolvimento sustentável, assinale a alterna- tiva correta: (a) A reciclagem contribui com a sustentabilidade, mas gera prejuízos aos que nela investem pois os produtos reciclados são de má qualidade e pouco consumidos. (b) Mudanças nos padrões de consumo são desnecessárias para a eficácia do desenvolvimento sustentável. (c) A quantidade de lixo produzida atualmente pela humanidade se enquadra nos padrões de sustentabilidade. (d) A sustentabilidade implica em ação conjunta entre o estado, por meio de suas políticas, e a sociedade, por meio de suas ações, em prol da preservação do meio ambiente. (e) A tecnologia necessária para o desenvolvimento de energias reno- váveis é incipiente, de maneira que o investimento nesse setor pouco contribui para o desenvolvimento sustentável. Resposta: Alternativa d. 162 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 3.2 Testes de conhecimentos específicos Os testes de conhecimentos específicos são aqueles que têm a fina- lidade de testar algum conhecimento teórico específico necessário para a execução das tarefas relacionadas ao cargo, podendo conter ques- tões de múltipla escolha ou discursivas. Esses testes são elaborados de acordo com o perfil da vaga. Um teste de português ou redação para um jornalista, ou um teste de cálculo para um matemático, ou ainda de conhecimentos do pacote Office para um analista de RH são bons exemplos. Por meio do resul- tado do teste, é possível avaliar quais candidatos possuem os conheci- mentos mínimos exigidos para a vaga. Segue um exemplo: IMPORTANTE Assinale a alternativa que apresenta o conjunto correto de palavras para completar a seguinte frase: “Cento e cinquenta dólares ___________ para pagar as diárias no exterior”. (a) São suficientes (b) É suficiente Resposta: A alternativa correta é a (b), pois o verbo “ser” é invariável quando indica quantidade, peso, medida ou preço. 3.3 Testes de capacidade ou habilidade (provas práticas) Tais testes relacionam-se à identificação de competências específicas para a atuação profissional. Como, por exemplo, um teste de direção para um candidato ao cargo de motorista, um teste de digitação para uma secretária ou um teste para avaliar o nível de fluência do candidato em 163Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD,da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. determinado idioma, entre outros. São indicados principalmente quando o selecionador deve analisar se o candidato possui as habilidades neces- sárias para a vaga, ou ainda, se apresenta potencial para desenvolver as habilidades exigidas pelo cargo. Imagine a situação a seguir. NA PRÁTICA Você é o profissional responsável pelo subsistema de recrutamento e seleção de uma empresa e foi-lhe solicitado que elaborasse uma prova prática para auxiliar o gestor a decidir sobre a contratação de um candi- dato para operar uma empilhadeira. O que você faria? Após verificar a habilitação do candidato, você poderia solicitar a ele que dirigisse uma empilhadeira por um trajeto específico dentro do ar- mazém da empresa. Nesse trajeto, seria ideal que o candidato guiasse o veículo em diferentes sentidos e, ainda, que empilhasse algumas caixas de mercadoria. Via de regra, essas provas práticas demandam que o gestor, ou al- guém designado por ele, acompanhe os testes e avalie o resultado. O selecionador pode solicitar ajuda ao gestor para a elaboração do teste prático, pois ele é a melhor pessoa para sugerir atividades que simulem tarefas cotidianas da vaga. 3.4 Testes psicológicos Esses testes são instrumentos de avaliação ou mensuração de ca- racterísticas psicológicas, complementares aos testes de habilidade, exi- gindo do recrutador uma visão mais experiente e cuidadosa. Por esse motivo, o método é de uso exclusivo de psicólogos, com raras exceções. 164 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . IMPORTANTE Para que o selecionador tenha conhecimento dessas exceções, basta consultar o site do Conselho Federal de Psicologia, que apresenta uma listagem de todos os testes psicológicos, sejam eles de uso restrito ao psicólogo ou não. Um exemplo de teste que não precisa ser aplicado por psicólogo é o MBTI. Os testes psicológicos, para a autora Limongi-França (apud MELLO FILHO, 2009, p. 42-43), “são instrumentos que servem de estímulo a um comportamento por parte do examinado. Visam predizer o com- portamento humano, na base do que foi revelado na situação de teste”. Ainda segundo a autora, eles podem ser classificados em psicomé- tricos e de personalidade. Os psicométricos são utilizados para avaliar as aptidões individuais dos candidatos; já os de personalidade avaliam características de personalidade, interesses e motivações dos sujeitos a eles submetidos. Alguns testes psicológicos muito comuns em processos seletivos são: teste de atenção concentrada, teste palográfico, Quati e MBTI. Vamos analisar cada um desses testes, suas aplicações e o que se pretende descobrir sobre o candidato ao usar cada um deles. 3.4.1 Atenção concentrada Esse teste tem por objetivo avaliar a capacidade do sujeito de manter a atenção concentrada no trabalho durante um período de tempo deter- minado. Avalia também a rapidez e qualidade com que realiza a ativida- de. De acordo com Damasceno (2010, p. 276), a atenção concentrada: […] se mostra importante e precisa ser examinada principalmente nos condutores de veículos automotivos de todo tipo, e também para diversas outras atividades, pois é possível afirmar que a atenção 165Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. está muito relacionada com a qualidade com que as pessoas exe- cutam as tarefas que se propõem a realizar no seu dia a dia. Em concursos, o teste de atenção concentrada (qualquer que seja) ge- ralmente é o primeiro a ser aplicado, aproveitando a elevada tensão do momento, e assim aumentando o número de candidatos repro- vados nesse teste. A justificativa alegada pelos psicólogos é de que assim poderia ser verificado quem consegue manter a calma em situações de alto estresse. São vários os testes que avaliam a atenção concentrada de um can- didato, como o atenção concentrada (AC) (DAMASCENO, 2010), que consiste em uma sequência de 21 linhas com 21 símbolos em cada uma. Parte desse teste está reproduzido na figura a seguir. Figura 1 – Teste de atenção concentrada Fonte: adaptado de Damacesno (2010, p. 279). Como é possível notar, na folha que é entregue ao candidato apare- cem em destaque três símbolos; nesse caso, pontas de setas com ca- racterísticas específicas. Abaixo do destaque aparecem as linhas com várias setas, todas misturadas. Cabe ao candidato traçar um risco nas setas que forem idênticas a uma das três do modelo. Quanto mais acer- tos, maior é a atenção; logo, melhor será o candidato para tarefas que exijam concentração como, por exemplo, um controlador de voos. 166 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 3.4.2 Teste palográfico Trata-se de um teste que permite avaliar diversas características de personalidade, como a emotividade, a agressividade, a impulsividade, o relacionamento interpessoal, a aderência às normas, o autoconceito, a iniciativa, a organização, o ritmo e a qualidade de trabalho, a inibição, a depressão, a fatigabilidade, o temperamento, a inteligência, entre outras. O teste consiste da produção de traços (palos) no sentido vertical. Sua realização é simples e rápida, podendo ser aplicado de maneira in- dividual ou coletiva. Antes de iniciar o teste de fato os candidatos são submetidos a um treino, para sanar suas dúvidas. Após o treino, os can- didatos são submetidos ao teste, que é dividido em cinco tempos de um minuto cada. Ao término de cada tempo, e ao comando do aplicador do teste, os candidatos devem riscar um traço na horizontal e, em seguida, continuar a riscar os palos no sentido vertical da folha. A avaliação do teste exige preparação e experiência do selecionador com a ferramenta, visto que se dá em dois níveis, a saber, quantitativo e qualitativo: • Quantitativo: nesta análise, são considerados os fatores produtivi- dade, ritmo e rendimento. Ou seja, quantos palos o candidato con- seguiu fazer no tempo dado. Quanto maior o número de traços nos cinco tempos, maior o rendimento de trabalho. O ritmo é avaliado considerando a diferença na quantidade de traços realizados em cada intervalo de tempo. Quanto menor a diferença, mais o candi- dato tende a manter o ritmo durante uma atividade. • Qualitativo: neste tipo de análise são considerados os seguintes fatores em relação aos traços produzidos pelo candidato: dis- tância, agrupamento, inclinação, tamanho, direção, distância en- tre linhas, margem esquerda, margem direita, margem superior, 167Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. pressão e qualidade do traçado, tipo de traçado, irregularidades do traçado e organização ou ordem. De acordo com cada um des- ses fatores, pode-se inferir que o candidato demonstra mais ou menos impulsividade;controle emocional; adaptação rígida; pla- nejamento eficaz; introversão; facilidade para trabalhar em equi- pe, entre outras características. 3.4.3 Questionário de Avaliação Tipológica (Quati) O Quati tem por objetivo avaliar a personalidade através das escolhas que cada indivíduo faz em determinadas situações. O teste identifica a atitude do candidato, ou o foco de sua atenção, e o classifica em intro- vertido ou extrovertido. Busca avaliar ainda a forma como o candidato recebe as informações, se por intuição ou sensação, e a forma como ele avalia a situação antes de tomar sua decisão, se pelo pensamento ou pelo sentimento. Sua aplicação pode ser individual ou coletiva e sua duração gira em torno de 45 minutos. Os contextos mais indicados para a utilização do teste Quati são nos processos de orientação de carreira, orientação profissional, organização de grupos de trabalho e no auxílio à detecção e solu- ções de conflitos organizacionais, em geral, para cargos adminis- trativos e gerenciais (VETOR EDITORA, s.d.). O teste consiste em seis propostas de situações distintas, como uma festa, uma viagem, ou um ambiente de trabalho. Cada situação contém um par de afirmações, apresentadas no formato de alternativas “A” e “B”. Cabe então ao candidato escolher qual das alternativas mais se assemelha ao seu comportamento naquele tipo de situação. Com base nas respostas, o psicólogo poderá determinar o resultado. Vamos acompanhar o exemplo a seguir, que apresenta dois pares de afirma- ções relacionadas a uma situação: 168 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . IMPORTANTE Supondo que você está em uma festa. Estão presentes muitas pessoas que você conhece e outras que você não conhece. Há uma alegre movimentação no salão, com muita comida e bebida, além da música animada. Então você… 1. a – aprecia todo esse movimento. b – pensa que talvez fosse melhor ter ficado em casa. 2. a – fica atento a oportunidades de contato que possam surgir. b – presta atenção especial na organização e nos deta- lhes da festa. (ZACHARIAS, 2003, p. 2) No exemplo destacado, o primeiro par de afirmações avalia a aten- ção do candidato, se ele tende a ser mais introvertido (opção a) ou ex- trovertido (opção b). Já o segundo, avalia a forma com que ele recebe as informações, se pela intuição (opção a) ou pela sensação (opção b). 3.4.4 Myers-Briggs Type Indicator (MBTI) O teste MBTI (Classificação Tipológica de Myers e Briggs) é um questionário psicométrico desenvolvido para medir as preferências psi- cológicas das pessoas, ou seja, como elas percebem o mundo e tomam decisões. Diferentemente do Quati, o uso do MBTI não se restringe a psicólogos. Para Hirsh e Kummerow (2014, p. 2): A avaliação MBTI oferece um método útil para entender as pes - soas com base nas oito preferências de personalidade que todas as pessoas usam em momentos diferentes. Essas oito preferên- cias são organizadas em quatro dicotomias, cada uma composta por um par de preferências opostas. Ao fazer a avaliação, as quatro preferências que você identificar como sendo as que mais se as- semelham com sua personalidade são combinadas em um tipo. 169Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. As quatro dicotomias que são avaliadas pelo MBTI são: • Foco de atenção: Extroversão (E) ou Introversão (I). • Maneira de processar as informações: Sensação (S) ou In- tuição (N). • Maneira de tomar decisões: Pensamento (T) ou Sentimento (F). • Forma como lida com o mundo exterior: Julgamento (J) ou Percepção (P). Assim, combinando as quatro dicotomias de todas as formas possí- veis, obtém-se dezesseis tipos, representados por letras. Os dezesseis tipos possíveis são apresentados no quadro abaixo. Quadro 1 – Os dezesseis tipos possíveis no teste MBTI ISTJ ISFJ INFJ INTJ ISTP ISFP INFP INTP ESTP ESFP ENFP ENTP ESTJ ESFJ ENFJ ENTJ Fonte: adaptado de Kirsh e Kummerow (2010, p. 3). Cada combinação indica certas características de personalidade, um jeito preferido de ser de uma pessoa; os tipos psicológicos indicam a forma de pensar e agir das pessoas. Ao tomar conhecimento dos tipos, o relacionamento interpessoal é facilitado. Além disso, o teste permite compreender e apreciar as diferenças individuais. Não há um tipo me- lhor que outro, mas aquele mais adequado a uma determinada função. Daí sua importância para a seleção de pessoal. 170 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 3.5 Teste de inteligência Os testes de inteligência são instrumentos utilizados na seleção de pessoal. São vários os testes de inteligência oferecidos no mercado. Para Bergamini (2010), são vários os tipos de trabalho intelectual que podem ser realizados; no entanto, os mais conhecidos são: • Inteligência verbal: necessária para falar, ler, escrever, narrar um fato; tão necessária para um jornalista, por exemplo. • Inteligência numérica: quando é necessário lidar com símbolos matemáticos; inteligência essa muito utilizada por um contador ou economista. • Inteligência espacial: quando há necessidade de solucionar pro- blemas concretos no espaço, como fazem os desenhistas, arqui- tetos e engenheiros, por exemplo. Assim, da mesma forma que existem vários tipos de inteligência, existem várias formas de avaliá-las. Podemos citar alguns desses tes- tes, como o G36, o G38 e o D70. Todos são de uso restrito a psicólogos. 3.6 Testes de lógica Os testes de lógica, ou de raciocínio lógico, são muito comuns e servem como filtros em processos seletivos concorridos. São testes que avaliam a habilidade do indivíduo de raciocinar de maneira lógica, analítica, analisan- do problemas e propondo soluções por meio do uso de argumentos, pre- missas, declarações e afirmações que definem se algo é certo ou errado naquele contexto. O uso desse tipo de teste passou a ser mais frequente a partir dos anos 2000, e eles são indicados nos seguintes contextos: 171Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. • Nas fases iniciais dos processos seletivos que possuem um grande contingente de candidatos, como concursos públicos, programas de estágio e de trainee; • Para avaliar candidatos para a área financeira de uma organi- zação cujos desafios diários do mundo dos investimentos de- mandam alta capacidade analítica; • Em qualquer outra área ou cargo cujo perfil demanda capacidade analítica do candidato (por exemplo, de gestão). Um exemplo de teste lógico é apresentado na figura a seguir: Figura 2 – Teste de lógica Fonte: adaptado de Dasmaceno (2010, p. 279). IMPORTANTE Seguindo esse padrão, imagine um grupo composto de 25 triângulos. Nesse caso, qual será o total de palitos de fósforo que deverão ser utili- zados para formar a construção? A resposta para essa pergunta é simples: serão necessários51 pa- litos. Chegamos a esse resultado pois consideramos que, para formar o grupo com 4 triângulos, foram necessários 9 palitos; ou seja, a quan- tidade de palitos é igual ao dobro de triângulos que se deseja formar, mais 1. Assim, se pretendemos formar 25 triângulos, devemos utilizar o dobro de 25, mais 1. Ou seja, 51 palitos. 172 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 3.7 Testes situacionais O candidato é submetido a uma situação relacionada ao papel que vai desempenhar na organização caso seja admitido. A situação, ou case, geralmente está relacionada a um problema real do cargo. Os tes- tes, ou provas situacionais, são normalmente desenvolvidos pelo sele- cionador, com a contribuição do gestor da área. São informados o contexto e as variáveis da situação, sendo então solicitado ao candidato que indique o que faria, isto é, que atitude tomaria caso estivesse vivenciando a situação. A resposta deve ser justificada. Não há respostas certas ou erradas. O objetivo desse teste é analisar o tipo de postura que o candidato tem frente a situações do cotidiano do cargo. Vamos acompanhar um exemplo. NA PRÁTICA Imagine que você faz parte de uma empresa que está reestruturando o seu departamento. Em razão desse processo, as pessoas estão sobre- carregadas de trabalho. Inclusive o seu instrutor, que pouco tem orienta- do, acompanhado ou direcionado suas atividades. Por várias vezes você tentou conversar com ele sobre o assunto, mas não obteve sucesso. Em um determinado momento, três pessoas diferentes de outros setores solicitam, ao mesmo tempo, atividades diferentes a você, e pedem ur- gência. O que você faz diante de tal situação? No exemplo anterior, não há respostas certas ou erradas, apenas uma forma de se posicionar diante de uma situação problemática. Cabe ao selecionador analisar as respostas do candidato e verificar se estão de acordo com as políticas da empresa. 173Testes para seleção M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Considerações finais Neste capítulo, foi discutida a importância da utilização de testes no processo seletivo. Afinal, eles representam uma forma de obtenção de informações a respeito dos candidatos. Em seguida, foi apresentado o significado do vocábulo “teste”. Foram apresentados alguns tipos de teste comumente utilizados em processos seletivos, como os testes de conhecimentos gerais, de conhecimentos específicos, de capacidade ou habilidade (provas práti- cas), psicológicos, de lógica e os testes ou provas situacionais. Vimos que alguns testes são de uso restrito a psicólogos; outros, no entanto, não têm essa restrição. O capítulo também apresentou vários exemplos de questões que são abordadas nos diversos testes. Finalmente, o capítulo apresentou a necessidade de se avaliar o perfil do cargo a ser preenchido para, en- tão, decidir-se sobre os melhores testes a serem utilizados. Muitos dos testes que podem ser utilizados em um processo seletivo estão dispo- níveis no mercado. Outros, no entanto, podem ser criados pelo profissio- nal da área de Seleção a partir da descrição do perfil do cargo; podendo, inclusive, contar com a colaboração do gestor da vaga a ser preenchida. Referências ALMEIDA, Nemésio Dario Vieira de; ALMEIDA, Luciana Ferreira de. O uso de técnicas e instrumentos psicológicos: reflexões pertinentes. Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 21, n. 2, p. 25-31, jan./dez. 2003. BANOV, Márcia R. Recrutamento, seleção e competências. São Paulo: Atlas, 2012. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Avaliação de desempenho humano na empresa. São Paulo: Atlas, 2010. 174 Recrutamento e seleção: decisões de contratação Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução no 025/2001. Resolução no 2, de 11 de agosto de 2003. Disponível em: <http://site.cfp.org.br/ resolucoes/resolucao-n-2-2003/>. Acesso em: 14 dez. 2017. DAMASCENO, Robson. Manual do Psicotécnico: Guia completo para compreen- são dos mais variados testes aplicados em exames psicotécnicos – e aprovação. Concurseiro Robson, setembro, 2010. Disponível em: <https://aderivaldo23. files.wordpress.com/2008/06/37527582-manual-do-psicotecnico-1.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017. DOYLE, Iracy. Estudo da normalidade psicológica. Arquivos de Neuro- Psiquiatria, v. 8 n. 2. São Paulo: Academia Brasileira de Neurologia, junho, 1950. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 282X1950000200004>. Acesso em: 14 dez. 2017. HIRSH, Sandra K.; KUMMEROW, Jean M. Myers-Briggs Type Indicator: Interpretive Report for Organisations. EUROSTEPONE INTP, feb. 2014. [tradução da autora]. Disponível em: <https://www.opp.com/download/item/d0d323dad 2704533958cdeee9103dda7>. Acesso em: 14 dez. 2017. MELLO FILHO, Júlio de et al. Psicossomática hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. SILVA, Luciene C. S.; ARAÚJO, Geraldino C. Análise do processo de recrutamento e seleção em varejos: um estudo em duas empresas de Três Lagoas – MS. In: XIV SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA. Resende, RJ, 2008. Disponível em: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/8_2008. pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017. TESTE. In: DICIONÁRIO eletrônico Houaiss da língua portuguesa. [s.d.]. VETOR Editora. Teste Quati. Informações. [s.d.]. Disponível em: <http://www. mktvetoreditora.com.br/teste-quati.php>. Acesso em: 14 dez. 2017. ZACHARIAS, José J. de Morais. Quati: questionário de avaliação tipológica. (versão II) manual. 5. ed. São Paulo: Vetor, 2003.
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