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TCC CAROLINE (1)

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25
 
caroline suellin de almeida
a importância daS brincadeiraS na educação infantil PARA CRIANÇAS DE 4 A 5 ANOS
Sorocaba
2018
CAROLINE SUELLIN DE ALMEIDA
A IMPORTÂNCIA DaS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 4 A 5 ANOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia.
Orientador: Profª Solange Aparecida da Silva Brito
Sorocaba
2018
CAROLINE SUELLIN DE ALMEIDA
A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 4 A 5 ANOS 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia. 
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Sorocaba, de dezembro de 2018. 
Dedico este trabalho à minha família que colaborou e me apoiou durante a trajetória deste curso.
AGRADECIMENTOS 
Agradeço aos meus colegas por esses anos de estudo, dedicação e trocas de experiencias das quais lembrarei com muito carinho; agradeço a Faculdade Anhanguera Educacional, pela oportunidade de adquirir conhecimentos acadêmicos, propondo um crescimento pessoal e profissional.
ALMEIDA, Suellim Caroline de. A importância das brincadeiras na educação infantil para crianças de 4 a 5 anos: 2018. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Pedagogia – Faculdade Anhanguera, Sorocaba, 2018.
RESUMO
A educação infantil é uma fase de grande importância para o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. Professores são desafiados diariamente a proporcionar aulas interessantes e atraentes, visto que as crianças da atual sociedade, já ingressam na educação infantil providos de muitas informações, vindo de casa, ou seja, o meio em que está inserido. Por esse motivo, procurou-se nesse trabalho, mostrar a importância da inserção de jogos e brincadeiras como estratégias pedagógicas ao professor. De acordo com o estudo desenvolvido o jogo e a brincadeira favorecem a lateralidade, psicomotricidade, coordenação motora, noções espaciais e auto estima, envolvendo todo esquema corporal. Sendo assim, a proposta da brincadeira é um grande favorecedor no desenvolvimento psicomotor da criança que em consequência facilitará o processo de ensino-aprendizagem. Concluindo, ao aplicar os jogos e brincadeiras, cria-se, um espaço de interação na qual a criança experimenta o mundo e internaliza a compreensão de diversos sentimentos e conhecimentos. 
Palavras-chave: Criança; Brincadeira; Ludicidade; Desenvolvimento; Educação.
ALMEIDA, Caroline Suellim.The importance of playing in children's education for 4 to 5 year olds. 2018. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Pedagogia – Faculdade Anhanguera, Sorocaba, 2018.
ABSTRACT
Children's education is a phase of great importance for the child's emotional and cognitive development. Teachers are challenged daily to provide interesting and attractive classes, since the children of the present society, already enter in children's education provided with many information, coming from home, that is, the environment in which it is inserted. For this reason, it was sought in this work, to show the importance of the insertion of games and jokes as pedagogical strategies to the teacher. According to the study developed the game and play favor the laterality, psychomotricity, motor coordination, spatial notions and self-esteem, involving the whole body scheme. Thus, the proposal of the joke is a great favorer in the development of the psychomotor of the child that will therefore facilitate the process of teaching-learning. In conclusion, when applying the games and play, it is created, a space of interaction in which the child experiences the world and internalize the understanding of various feelings and knowledge. 
Key-words: Child; Joke; Playfulness; Development; Education.
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
RCNEI – Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
4
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	13
2.	OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL	15
2.1 O CONCEITO DE BRINCAR...............................................................................15
2.2 OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS.....................................................................16
2.3 BRINCADEIRA E CULTURA...............................................................................17
3.	a brincadeira como proposta de desenvolvimento...................18
3.1 AS IMPLICAÇÕES NO ATO DE BRINCAR.........................................................18
3.2 SOBRE O REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL.......................................18
3.3 EDUCAR E BRINCAR..........................................................................................19
4.	O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO DAS BRINCADEIRAS	21
4.1 O PROFESSOR MEDIADOR...............................................................................21
4.2 A IMPORTÂNCIA DO CRIAR E BRINCAR..........................................................22
4.3 A BRINCADEIRA NA SALA DE AULA.................................................................23
5.	CONsiderações finais	23
REFERÊNCIAS	24
1. INTRODUÇÃO
	A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança até os cinco anos de idade, em seus aspectos psicomotor, cognitivo e social, complementando a ação da família e da comunidade. Também recebe o nome de educação de primeira infância, educação pré-escolar ou jardim da infância, estabelecendo limites entre o atendimento infantil em creche e a educação infantil.
	Justificamos este trabalho relevante pois ressalta a importância de que as atividades direcionadas paras as crianças de 4 a 5 anos da educação infantil não possui caráter compensatório; ao contrário, a partir da análise feita durante a pesquisa, ficou evidente a valorização dessas atividades, sendo preciso compreender o direcionamento das mesmas, sendo que é o professor que conduz o aluno e as atividades a serem realizadas. É preciso dizer que o lúdico permite novas maneiras de a criança se desenvolver, visto que dever haver formação contínua dos professores, infraestrutura adequada, para obter uma educação de qualidade, capaz de ir ao encontro dos interesses essenciais da criança, pois a ludicidade não é somatória, mas agrega no processo de aprendizagem.
	Para melhor discorrer sobre o tema enunciamos o seguinte problema: “Qual é a importância da brincadeira na educação infantil para crianças de 4 a 5 anos?”; podemos notar a falta de experiência e objetividade de alguns professores em relação do ato de brincar, que não é tão simples como se pensa, pois entende-se que a brincadeira faz parte do mundo infantil, onde a criança dialoga com o faz de conta, e com a ludicidade, podendo assim trabalhar diversas áreas do conhecimento, como matemática, história, geografia, ciências e os primeiros passos da alfabetização, no caso da criança de 5 anos, é importante prepará-la para o primeiro ano do ensino fundamental.
	O objetivo geral deste trabalho é discutir sobre a metodologia e didática utilizada pelo professor visando a importância de a criança aprender brincando. Para adentrar mais no tema, os iremos especificar os objetivos que é o de pesquisar as principais brincadeiras elaboradas pelo professor, para fins pedagógicos; citar e mostrar como é a prática de cada uma dessas brincadeiras, visando o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e social das crianças e compreender como o professor pensa e elabora as brincadeiras para seus alunos da Educação Infantil. O primeiro capítulo tratará dos jogos e as brincadeiras desenvolvidos na Educação Infantil; no segundo capítulo será discutido o desenvolvimentoda criança através da brincadeira e por fim o terceiro capítulo descreverá o papel do professor na mediação elaboração das brincadeiras na intenção de atingir seus objetivos pedagógicos.
	A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica, com caráter acadêmico, na intenção de estudar o tema tratado, onde será citado alguns pensadores teóricos que norteiam o assunto como Piaget (1994), Vygotsky (2018), Barbosa (2006), entre outros e as leis que dão suporte à Educação Infantil: RCNEI (1998), ECA (1993) e assim por diante.
 
 
2. OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 2.1 O CONCEITO DE BRINCAR
	O brincar é considerado uma das principais expressões do comportamento infantil, o ato de brincar por intermédio de jogos e brincadeiras, faz a criança interagir com seu ambiente material e emocional, compõe conhecimento, adota e gera cultura e também estabelece e certifica sua maneira própria de ser e estar no mundo. Para Barbosa (2006), “a importância do brincar é tido como base central do trabalho pedagógico na educação infantil, pronunciando várias linguagens e experiencias curriculares nessa primeira etapa da educação”.
	Para brincar é necessário adaptar elementos da realidade chegada de tal maneira a conferir-lhes novos significados, essa particularidade do brincar sobrevém por intermédio da articulação entre a imaginação e a imitação do que é real. “Toda maneira de brincar é uma intenção mudada, no traçado das emoções e das ideias, de uma realidade que foi vivida anteriormente” (BRASIL, 1998).
	Nesse sentido, uma criança que, por exemplo, tem como brincar o bater com bastante ritmo os pés no chão e que se imagina cavalgando um cavalo, está direcionando seu agir pela definição da situação e por uma atitude mental e não apenas pelo entendimento imediato dos objetos e situações.
	Destacado como uma das grandes incontáveis atividades pedagógicas desenvolvidas nos espaços de educação infantil, o brincar é de grande relevância e é incluído na didática da instituição, “visto que é uma atividade onde a criança mostra interesse de maneira natural e amplia percepções de mundo de conhecimento de acordo com sua inteligência.
	No momento de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços têm valor e significado de qualquer outra coisa daquilo que parecem ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam o que acontece e o que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. “O indicador mais importante do brincar entre as crianças é o papel que assumem enquanto brincam, ao assumir outros papeis no brincar, as crianças realizam um jeito não literal, o brincar, transmitindo e trocando suas ações do dia a dia pelas do papel assumido, usando alguns objetos substitutos” (BRASIL, 1998).
Não é a atividade de brincar em si que determina o caráter lúdico do jogo ou da brincadeira, mas o jeito como as crianças se identificam com essas manifestações de brincadeiras; na medida em que brincam, as crianças desenvolve conforme sua cultura de pares, diversos modos de jogar e brincar, que não são entendidas por quem as observa externamente, mas quem atribuem a elas junção e senso. “Conferir a centralidade às crianças na Educação Infantil requer imprescindivelmente, ponderar as suas produções culturais mediadas pelos jogos e brincadeiras” (BARBOSA, 2006).
2.2 OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS
	Existem diversos jogos e brincadeiras, dentre eles os jogos que revivem a realidade, jogo de regras, que dispõe conhecer sobre direitos e deveres, onde a criança começa perceber os limites estabelecidos socialmente; jogos motores, que melhoram o movimento, aprimora a percepção, bem como brincadeiras que são cantadas e que transmitem uma cultura popular do passado, que vem de geração para geração, e por fim as brincadeiras folclóricas que se destacam pelo conhecimento cultural.
	Os jogos e as brincadeiras infantis são analisados como parte da cultura popular de um povo ou de uma comunidade, oriundas de um certo tempo histórico-cultural, neste caso mencionamos as brincadeiras cantadas e folclóricas, a origem desses jogos não é conhecida. Apenas as pessoas advinhas de práticas deixadas por adultos, de vestígios de romances, poesias, mitos e rituais religiosos.
	A tradição e o universo dos jogos se consolidam no fato que diversos povos e antepassados como os da Grécia e do Oriente brincavam de amarelinha, de soltar pipas, jogar pedrinhas, e, assim, até nos dias de hoje as crianças brincam da mesma maneira. Tais jogos foram passados de geração para geração, por meio de conhecimentos já conquistados e permanecem assim na memória infantil. (ALENCAR; OLIVEIRA, 2017, p. 45) 
	
	As brincadeiras têm sido utilizadas nas escolas de educação infantil, preferencialmente nas turmas iniciantes, onde a escola tem buscado cada vez mais ampliar as atividades com a função de proporcionar reações diversificadas, referindo ao comportamento e aprendizagem das crianças, para que as mesmas tenham como expor seus sentimentos e emoções que são observados com naturalidade.
	Para Marques (2016) “os jogos e as brincadeiras são de essencial importância para a construção do saber, bem como para o desenvolvimento das interações sociais”. Há uma dúvida se os jogos e brincadeiras podem contribuir para o desenvolvimento cognitivo, motor e social da criança, onde definiu que os jogos e as brincadeiras têm dois lados, o lúdico e o educativo e que a criança se desenvolve fisicamente com a ajuda do jogo.
2.3 BRINCADEIRA E CULTURA
	A influência cultural é um fator determinante no desenvolvimento de jogos e brincadeiras, pois promove o desenvolvimento dos alunos, a partir dela, a criança se expressa, vive sua cultura e a reproduz. Segundo Alencar e Oliveira (2017, p. 58) em relação a influência social que existem “brincadeiras cantadas, que refletem uma cultura popular passada de geração para geração, além das brincadeiras folclóricas, que também refletem o conhecimento cultural”.
	De acordo com Morais e Moraes (2017, p. 115), “as crianças expressam pelas suas ações o que têm dificuldade de colocar em palavras, ou seja, brincar para a criança é uma linguagem própria, que merece respeito, mesmo quando não a compreendemos na integra”.
	Entende-se então que a aplicação da brincadeira na educação infantil, pode-se detectar alguma possível dificuldade de aprendizagem, pois no momento do brincar e jogar o professor por sua vez pode perceber alguma dificuldade, devendo este professor estar sempre atento no desenvolvimento das habilidades esperadas para a faixa etária com a qual ele está trabalhando, que através da memorização, das dificuldades motoras, criatividade, pode-se detectar essa dificuldade.
	Para Amaral (2016, p. 12), “as brincadeiras podem contribuir para o desenvolvimento de uma percepção eficaz dos recursos corporais, de suas possibilidades e limitações”. Entende - se que a brincadeira utilizada em aula pode auxiliar no desenvolvimento psicomotor e sendo as mais preferidas pelos alunos: pular corda, pique pega, jogos de pintura, músicas, vivo ou morto, encher bexiga, dentre tantas outras. 
	Na brincadeira de faz de conta há muitos benefícios para desenvolvimento das crianças de 4 a 5 anos, pois aumenta o aprendizado num contexto de diversão e fantasia, desenvolve o lado intelectual e principalmente cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações emocionais e conflitos sentidos no dia a dia.
 
3. A BRINCADEIRA COMO PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO
3.1 AS IMPLICAÇÕES NO ATO DE BRINCAR
	Pesquisou-se no dicionário Aurélio (2003), para primeiramente compreendermos o que seria a definição da palavra “brincar”, e entende-se que brincar nada mais é do que divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair, folgar, também pode ser entreter-se com jogos infantis, sendo assim o brincar é algo muito presente em nossas vidas.
	Segundo Oliveira (2000), o brincar não significa apenas recrear, é muito mais que isso, caracteriza-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimentoacontece através de trocas reciprocas que se estabelecem durante toda a vida. Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, levando a criança desenvolver áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
	Vygotsky (1998), um dos grandes pesquisadores mais importante da psicologia histórico-cultural, afirma que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades com características humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas e semióticas, partindo dessa premissa, a brincadeira infantil assume a posição privilegiada para a análise do processo de formação de ser humano enquanto pessoa, rompendo com a visão tradicional de que ela é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis.
	Vygotsky (1998), ainda afirma que a brincadeira deve ser vista de uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. A capacidade para imaginar, planejar, apropriar-se de novos conhecimentos, surge nas crianças através da brincadeira, sendo 	que por meia da brincadeira, das atividades lúdicas, o faz de conta, atua simbolicamente nas diferentes situações vividas pelo ser humano, fazendo-o reviver sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.
3.2 SOBRE O REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
	Documento elaborado a partir da LDB 9394/96 -Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tem como objetivo de nortear o fazer pedagógico na educação infantil, ou seja, como proceder, como fazer acontecer o processo de aprendizagem inicial para as crianças de 4 a 5 anos, dentro da perspectiva construtivista, onde o mesmo se mostra composto por uma série de princípios explicativos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem que se complementam, integrando um conjunto orientado a analisar, compreender e explicar os processos de ensino-aprendizagem. Veja o que diz o trecho do documento Referencial Curricular Nacional sobre a brincadeira enquanto objeto de desenvolvimento:
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. (RCNEI, p. 27, v.01)
	
	De acordo com Zanluchi (2005, p. 89), afirma que quando brinca, a criança prepara-se para a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas. Assim sendo, destacamos que quando a criança brinca, aparenta ter mais maturidade, pois, através dos símbolos ela entra no mundo adulto que cada vez se abre para que ela possa conhecer e resolver diversas situações e conflitos.
	Compreendemos assim que a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados; conforme a criança é estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, dando-lhe um novo significado, que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.
3.3 EDUCAR E BRINCAR
	Educar é sem dúvida a inter-relação de sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento, de acordo com esse processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acredita-se que a interação afetiva ajuda mais a compreender e transformar o raciocínio do aluno. Muitos educadores têm a concepção de que se aprende através de metodologias tradicionais, deixando de lado a criatividade, perde-se a vontade de tornar a aula mais atrativa e interessante, fazendo que os alunos criem uma distância, perdendo o interesse, a afetividade e o carinho que são fundamentais para que a educação de fato aconteça.
	A criança necessita de uma estabilidade emocional para se envolver com o processo de aprendizagem, tendo ciência de que a afetividade pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em parceria com professor-aluno e com essa relação fortalece e enriquece o processo de ensino-aprendizagem e quando o professor prioriza as metodologias ricas em ludicidade, nota-se um maior encantamento do aluno, onde o mesmo, aprende brincando.
	De acordo com Santos (2002), o autor refere-se ao significado da palavra ludicidade que vem do latim ludus e significa brincar e nessa perspectiva está incluído os jogos, brinquedos, divertimentos, tendo como função educativa do jogo e o aprimoramento de aprendizagem da criança.
	Vê-se que a ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil, sendo o brinquedo a essência da infância permitindo o trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança, estabelecendo com o próprio brinquedo uma relação natural, permitindo ir além de suas angustias e entusiasmos, sua tristezas e alegrias e suas agressividades e passividades.
	
4. O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO DAS BRINCADEIRAS
4.1 O PROFESSOR MEDIADOR
	De acordo com o RCNEI (BRASIL, 1988), afirma que o papel do professor de estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças, disponibilizando objetos, fantasias, brinquedos ou jogos que possibilite o espaço ei o tempo de brincar. O valor educativo da brincadeira é de domínio público, sendo indispensável para a aprendizagem da criança. 
	Diante disso, cabe aos professores inserir a brincadeira no universo escolar, reconhecendo-a como uma via para se aproximar da criança, com o objetivo de ensinar brincando. Não há como haver brincadeira sem ter criança, pois são sinônimos de ludicidade, de criatividade, o mundo de faz de conta, pois não há como imaginar uma criança que não goste de brincadeiras, que não se deixe levar pela imaginação.
	Neste caso, a brincadeira permite pensar num pensar num ensino e numa aprendizagem envolventes e mais próximos do real, pois para a criança existe uma ligação entre realidade e fantasia, sendo assim é de extrema importância reconhecer a brincadeira como uma estratégia a mais na sala de aula; partindo disso, é possível tornar a brincadeira como instrumento pedagógico a mais no processo, pois sabe-se que a brincadeira desenvolve aspectos físicos e sensoriais, junto com o desenvolvimento emocional e da personalidade infantil.
Brincar com as crianças não perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. (Andrade apud FORTUNA, 2000, p. 1)
	O brincar faz com que a criança expresse suas emoções e por sua vez o professor passa a ter maior conhecimento de sua personalidade, ajudando-o a superar seus limites e a respeitar normas e regras com disciplina; é necessário neste ponto fazer um comentário em termos de brincadeira, no caso do jogo e do brinquedo, pois há muita confusão em relação aos dois termos, podendo ser usado em algum contexto como sinônimos.	
Brincadeira se refere a ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada; jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras; brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar; já a atividade lúdica abrange de forma mais ampla, os conceitos anteriores. (DALLABONA, 2004, p. 3)
	O professor deve ter sempre em mente que esse conceito para que possa articular a ludicidade com as situações de aprendizagem; o primeiro passo é adequar o tipo de atividade ao conteúdo, tempo de aula e características, ou seja, sempre planejar suas aulas de forma contextualizada, para que o aluno possa ter o máximo aproveitamento em sala de aula, ou momento de brincadeira do pátio da escola ou no tanquinho de areia.
4.2 A IMPORTÂNCIA DO CRIAR E BRINCAR
	O professor do século XXI tem buscado apropriar-se de novos conhecimentos em relação às brincadeiras, levando para o espaço escolar, a imagem do adultopara a criança é extremamente afetiva e quando esse adulto acolhe suas vivencias lúdicas abre um espaço potencial de criação.
	O professor por sua vez, deve instigar a criança à descoberta, à curiosidade, ao desejo de saber e nesse caso o professor é o objeto que conduz a criança a fazer novas descobertas e aquisição de novos conhecimentos através da brincadeira.
	Kishimoto (1994, p. 18), deixa claro que o jogo educativo tema vantagem de aliar o contentamento e aprendizagem, o autor afirma que muitos outros autores, ao tratar desse assunto, buscam conciliar a tarefa de educar com a necessidade de brincar e assim surge o jogo educativo, como meio de instrução sendo um recurso de ensino para o professor e ao mesmo tempo um momento de divertimento para a criança.
O jogo transita livremente entre o mundo interno e o mundo real, o que garante à criança a fuga temporária da realidade. Tudo se transforma em lúdico para o aluno, mas o professor precisa trazer o lúdico e realidade, a verdade subentendida como conhecimento, especialmente o escolar. (FORTUNA, 2000, p. 2)
	Fortuna (2000), ainda afirma que é preciso defender o brincar não escola, por outro lado, não significa negligenciar a responsabilidade sobre o ensino, à aprendizagem e o desenvolvimento; entende-se nesse caso que o professor deve sempre buscar o equilíbrio entre ministrar aulas tradicionais, fazendo uso somente do básico, em que a folha e o lápis de cor façam parte do cotidiano como forma de preparo para o mundo adulto, fazendo uso da ludicidade.
	Enfatiza-se a necessidade do professor a elaborar aulas com muita criatividade e ludicidade como atributo do desenvolvimento e da aprendizagem, por meio de suas metodologias, podendo trabalhar diversas áreas do conhecimento, como alfabetização, matemática e ciências humanas e da natureza, propondo solução de problemas, assumindo a condição de parceiro na interação e sua corresponsabilidade no desenvolvimento cognitivo, psicomotor e psicossocial do aluno.
4.3 A BRINCADEIRA NA SALA DE AULA
	Almeida (2009) afirma, que a sala de aula pode-se transformar em lugar de brincadeiras, se o professor conseguir conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Nesse sentido, é necessário encontrar o equilíbrio entre o cumprimento de suas propostas pedagógicas, ensinando conteúdo e habilidades, ou seja, ensinar a aprender; propostas psicológicas, contribuindo para o desenvolvimento do aluno, construindo um ser humano autônomo e criativo e na moldura do ser social, preparando a criança desde cedo o exercício da cidadania, a importância da vida coletiva, incentivando a busca da justiça social e da igualdade social, respeitando as diferenças.
	É de grande importância a reflexão do professor em relação ao ato de brincar, pois é de conhecimento do mesmo, que é importante contextualizar sua prática pedagógica no espaço escolar. Se o professor deseja formar indivíduos dinâmicos, criativos, reflexivos e capazes de enfrentar desafios, deve proporcionar condições favoráveis à brincadeira, para que as crianças brinquem com espontaneidade, onde elas possam ter momentos de prazer, divertimento e alegria no espaço escolar, tornando-se autoras de suas próprias história. Winnnicott (1975), afirma que quando as crianças não são reprimidas, a espontaneidade e a criatividade agem no sentido de fazer as coisas, de brincar; e como resultado desse processo a criança alcança a aprendizagem.
	Para Fortuna (2000, p. 9), uma aula lúdica é uma aula que se assemelha ao brincar, ou seja, é uma aula livre, criativa e imprevisível, sendo aquela que o professor e o aluno, são colocados como sujeitos do processo pedagógico.
	A prática da brincadeira na escola vai muito além de ensinar, é poder ensinar os conteúdos propostos na perspectiva lúdica, dando aos alunos a oportunidade de aprender sem perceber que de fato estão aprendendo.
	O brincar estimula a inteligência porque faz com que a criança faça uso de sua imaginação e desenvolva a criatividade, possibilitando a prática da concentração, da atenção e da autonomia, podendo proporcionar desafios e motivação.
	
	
5. apresentação do assunto e seus resultados
	
	Durante toda a pesquisa vimos a importância da brincadeira na educação infantil voltado para as crianças de 4 e 5 anos
2. 
CoNsiderações finais
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. Ludicidade como instrumento pedagógico, 2009 – disponível em: www.cdof.com.br/recrea22.htm. acesso em: 20/10/2018.
ALENCAR, E.S; OLIVEIRA, M. S. História da educação infantil no Brasil: as brincadeiras e jogos. v.4, n. 7, p. 51-63. Naviraí, 2017. Disponível em: www.seer.ufms.br/index.php/persdia/article/view/2980. Acesso em 20 de setembro de 2018.
AMARAL, J. L. Jogos e brincadeiras na educação infantil. Artigo Científico (Curso de Pedagogia) – Universidade Federal de Rio Grande do Norte. Natal, 2016.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, 1998.
BARBOSA, Mª Carmem S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre, Artmed, 2006.
DALLABONA, S.R. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Disponível em: www.posuniuasselvi.com/artigos/rev04-06.pdf. Acesso em: 20/10/2018.
FORTUNA, T.R. Sala de aula é lugar de brincar? IN: XAVIER, M.L.M.; DALLAZEN, M.I.H. (org). Planejamento em estaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação: 2000.
KISHIMOTO, T.M. (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 8º ed. São Paulo: Cortez, 2005.
MARQUES, M. E. S. Jogos e Brincadeiras na educação infantil: o lúdico como ferramenta de estimulação da aprendizagem. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Pedagogia) – Centro de Educação – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Parnamirim, 2016.
MORAIS, M. G. G.; MORAES, J. C. P. Concepções de docentes de educação física sobre a contribuição dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança na educação infantil. Revista FACISA ON-LINE. V.6, n.1, p.109 – 122, Barra das Garças, 2017.
OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança, do nascimento aos 6 anos. Petrópolis. RJ. Vozes, 2000.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5º ed. Vozes. Petrópolis, RJ, 2002.
VYGOTSKY, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo. Ícone: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1998.
WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro. Imago.1975.
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