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A HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL E O CONTEXTO HISTÓRICO
Cap 9. SANTO AGOSTINHO E A PATRÍSTICA COMO FORMA DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO 
Cap 11. SÃO TOMÁS DE AQUINO E A ESCOLÁSTICA COMO FORMA DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO
Prof: Jordana Calil e Manoel Neto
Situação problema 
A NOVA IDEIA DE TEMPO
O homem medieval guiava-se pelo ritmo da natureza. Acordava com o canto do galo, levantava com a luz do sol e parava de trabalhar quando anoitecia. Ele não se preocupava em medir o tempo. Acreditava que nada podia fazer para mudar seu destino. Este já tinha sido traçado por Deus. Além disso, trabalhando muito ou pouco, o camponês continuava sendo camponês, e o senhor, senhor. Com o crescimento do comércio das cidades, a situação mudou. O sapateiro tinha uma data certa para entregar os sapatos encomendados pelos comerciantes. O comerciante estabelecia o preço conforme o pagamento, à vista ou a prazo. O banqueiro cobrava juros de acordo com a duração do empréstimo. Assim, dividir e controlar o tempo passou a ser uma necessidade. Para atender a essa necessidade surgiu, na Europa do século XV, um instrumento novo, o relógio. E, com o relógio, nasceram expressões como "ganhar tempo"; "perder tempo" e "tempo é dinheiro", essa última muito usada ainda hoje. http://jesaonaweb.blogspot.com.br/2011/08/nova-ideia-de-tempo.html
Situação problema
A expressão: tempo é dinheiro, surgiu na época do Renascimento, por quais motivos essa expressão ainda é válida nos dias de hoje?
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
Foi da síntese e da conciliação dos postulados religiosos com os postulados filosóficos gregos que se iniciaram diversas correntes de pensamento no Medievo. 
Disso são exemplo Aurélio Agostinho (séculos IV e V), na patrística, que perpetrou a fusão do platonismo com o cristianismo, e
Santo Tomás de Aquino (século XIII), na escolástica, que, por sua vez, perpetrou a fusão do aristotelismo com o cristianismo.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
O advento da doutrina cristã cristalizou novos ideais que se constituíram dogmaticamente em modelos de devoção e fé, modelos estes que conduziram a filosofia a servir de recurso teológico de ascensão espiritual. 
A filosofia, nesse contexto, deixou de ocupar o importante papel que desempenhou anteriormente, perdendo parte da autonomia racional que possuía, para tornar-se ancilla theologiae. 
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
A própria interpretação mística dada às palavras de Jesus, “E ele lhes disse: Vinde vós aqui, à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco” (Marcos, 6: 31), passou a constituir paradigma de vida interior, o que constituiu um primeiro passo para a construção da estrutura de vida monástica que se expandiu e se perpetuou no curso dos séculos medievais.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
Em oposição à Antiguidade, o pensamento medieval cuidou de proscrever do quadro de atividades humanas louváveis a ação política (vita activa), invertendo-se, portanto, o modelo de educação (paideia) cidadã construído pelos gregos e pelos romanos, concentrando especificamente todos os rumos do saber para a vida contemplativa (vita contemplativa).
Se para os gregos era fundamental o papel da participação político-social do cidadão, para os cristãos a especulação integraliza o contato místico com a divindade.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
Se a vita activa, em sua modalidade de ação política, ainda que desvalorizada enquanto labor ou trabalho, encontrava relevante consideração entre os gregos, esta desaparece com o advento do medievo.
A eternidade da alma, a crença do poder da fé regeneradora e conversiva, a verdade revelada, o medo dos castigos e penas eternas são todos dogmas que presidem o comportamento das almas. 
O paradigma da vita contemplativa, sobretudo entre os intelectuais, passa a governar o modelo de vida monástico.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
Sua teoria, que se espraia por diversos temas, estará marcada por esta ambivalência, ou seja, por um conhecimento minucioso das Sagradas Escrituras, de um lado, prova disso são as citações que recheiam seus escritos, e por um conhecimento amplo dos textos gregos clássicos e pós-clássicos, de outro lado.
A concepção agostiniana acerca do justo e do injusto floresce exatamente nesta dimensão, ou seja, concebendo uma transcendência que se materializa na dicotomia existente entre o que é da Cidade de Deus (lex aeterna) e o que é da Cidade dos Homens (lex temporalem).
O tema em Agostinho remete o estudo do problema da justiça fundamentalmente à discussão da relação existente entre lei humana (lex temporalem) e lei divina (lex aeterna),15 onde está compreendido o estudo das diferenças, influências, relações etc. existentes entre as mesmas. 
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
A justiça humana é aquela que se realiza inter homines, ou seja, que se realiza como decisão humana em sociedade. A justiça humana tem como fonte basilar a lei humana, aquela responsável por comandar o comportamento humano. Nesse sentido, o homem relaciona-se com outros homens e com o que o cerca; é no controle dessas relações que se lança a lei humana. 
A justiça divina é aquela que a tudo governa, que a tudo preside dos altiplanos celestes; de sua existência brota a própria ordenação das coisas em todas as partes, ou seja, em todo o universo. A justiça divina baseia-se na lei divina, que é aquela exercida sem condições temporais para sua execução, não sujeita, portanto, ao relativismo sociocultural que marca as diferenças legislativas entre povos, civilizações e culturas diversas. Mais que isso, a lei divina, além de absoluta, imutável perfeita e infalível, é infinitamente boa e justa.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
Paixões que a lei humana exclui de sua regulamentação, de sua disciplina, de sua tutela, desde que não se concretizem em atos ilegais, a lei divina condena (inveja, ódio, concupiscência, desejar a mulher do outro…). O que é justo, ou ao menos não é considerado injusto de acordo com a lei humana (ilegal), não pode necessariamente ser considerado justo de acordo com a lei divina; lei humana e lei divina, por vezes, possuem conteúdos semelhantes, até idênticos, mas nem sempre isso aparece como uma necessidade.
Identifica-se de pronto que a filosofia agostiniana, ao debruçar-se sobre a questão da justiça, vem sobretudo marcada pela noção romano-ciceroniana de que o governo de direito é o governo justo, em que a justiça é o dar a cada um o que é seu (suum cuirque tribuere). Essa virtude que sabe atribuir a cada um o que é seu é uma virtude que coordena interesses e vontades, estabelecendo a ordem. Não há república sem ordem, não há ordem sem direito, não há direito sem justiça.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
Trata-se da justiça divina, que governa sua atuação, que pauta seus julgamentos, tendo por base duas nuances: (1) de um lado, a lei divina (lex aeterna), que prescreve determinado comportamento (“não matarás”; “não desejarás a mulher do outro”; “não cometerás adultério”; “não roubarás”; “amarás a teu próximo como a ti mesmo” etc.); (2) de outro lado, o livre-arbítrio (liberum arbitrium) do homem no sentido da autocondução de sua vida, podendo escolher entre fazer e não fazer.
A justiça divina exerce-se, então, para Agostinho, em função do livre-arbítrio, que pode atuar contra (matar, cometer adultério etc.) ou a favor (não matar, não cometer adultério etc.) do que prescreve a lei eterna (“Não matarás”; “Não cometerás adultério” etc.). O livre-arbítrio é o que permite ao homem atuar segundo sua vontade, que pode estar a favor ou contra a lei divina.
SANTO AGOSTINHO: A JUSTIÇA E O DAR A CADA UM O SEU 
O implemento dos ideais cristãos favorece o crescimento da ordem divina, o que significa um galgar paulatino em direção à realização da união definitiva da ordemhumana com a ordem divina, e, portanto, da identificação da lei humana com a lei divina. Tem-se, pois, que a política humana deve refletir o anseio de perseguir a junção eterna das almas com Deus, daí o compromisso teocrático do Estado na teoria agostiniana.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
Em Santo Tomás, o homem é composto de corpo (corpus) e alma (anima), sendo o primeiro a matéria perecível que colabora para o aperfeiçoamento da alma, esta criada por Deus. 
Do mesmo modo como a potência está para o ato, a alma está para o corpo; a alma é incorruptível, imaterial e imortal, enquanto o corpo é corruptível, material e mortal. 
A alma, porém, preenche de vida não somente o homem; animais e vegetais também possuem alma, e é esta que, com graus diferenciados, com potências e faculdades diferenciadas, permite se diferenciem os seres entre si na escala natural.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A alma vegetativa é a alma dos vegetais, que simplesmente executam as atividades das quais desconhecem a forma e o fim, e sua existência transcorre simplesmente na execução de tarefas fisiológicas; a alma sensitiva é a alma dos animais, que, dotados de sensibilidade, executam e apreendem a forma do agir, diferenciando-se, portanto, dos vegetais; a alma intelectual, por sua vez, é inerente ao animal racional (homem), que é capaz, além de sobreviver, de executar atividades, e ainda de apreender a forma e o fim de suas ações. 
Enfim, é o conhecimento das causas, dos meios e dos fins que distingue a categoria da alma racional na escala natural.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A lei eterna não é a mesma que a lei divina: “O elemento mais alto da filosofia jurídico-moral tomista é a lex aeterna, expressão mesma da razão divina, inseparável dela, que governa todo o universo, como um fim ao qual o universo tende. 
A ideia de lex aeterna não deve ser confundida com a de lex divina, ou revelada, a qual é uma expressão da primeira, a mais alta forma de sua participação aos homens, porque dada por Deus, como no exemplo das Sagradas Escrituras”
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A razão, sendo a distinção entre os seres, a capacidade de discernir, de escolher e de optar, far-se-á conduzir de acordo com o que esta mesma razão, por meio de seus processos seletivos de conhecimento, apreende como melhor. 
Esse algo melhor deverá, para o homem, certamente, distar do que seria o melhor para o animal, para o que o concurso da racionalidade, imperando por sobre a instintividade, a impulsividade e a paixão intestina, se faz de grande importância. 
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A liberdade consiste exatamente na possibilidade humana de escolha entre inúmeros valores que se apresentam como aptos à realização de um bem; valores diametralmente opostos candidatam-se a oferecer maior felicidade, se perseguidos. 
Assim, a possibilidade de escolha deita-se sobre a verdade real (aquilo que realmente é um bem) ou a verdade aparente (aquilo que parece ser um bem), o que comprova a existência do livre arbítrio (liberum arbitrium), ou seja, da capacidade de julgar aquilo que é certo e aquilo que é errado, aquilo que é justo e aquilo que é injusto, diferenciação esta secularmente explorada, inclusive com valiosas contribuições da doutrina agostiniana.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A liberdade consiste exatamente na possibilidade humana de escolha entre inúmeros valores que se apresentam como aptos à realização de um bem; valores diametralmente opostos candidatam-se a oferecer maior felicidade, se perseguidos. 
Assim, a possibilidade de escolha deita-se sobre a verdade real (aquilo que realmente é um bem) ou a verdade aparente (aquilo que parece ser um bem), o que comprova a existência do livre arbítrio (liberum arbitrium), ou seja, da capacidade de julgar aquilo que é certo e aquilo que é errado, aquilo que é justo e aquilo que é injusto, diferenciação esta secularmente explorada, inclusive com valiosas contribuições da doutrina agostiniana.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A atividade ética consiste exatamente em, por meio da razão prática, discernir o mal do bem e executar o escolhido mediante a vontade, destinando-se atos e comportamentos para determinado fim, que é o bem (o télos da filosofia aristotélica). 
O ato moral de escolha do bem, e de repúdio do mal (bonum faciendum et male vitandum), consiste numa atividade racional à medida que os melhores meios se escolhem pela experiência haurida, direcionando-se para a realização do bem vislumbrado também pela razão.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
A sociedade surge como agregado humano natural composto de várias unidades familiares, esta sim a primeira e mais natural forma de convívio humano. 
A continuidade da sociedade, seu destino, sua fortuna, sua bem-aventurança… dependem nada mais, nada menos, que da prudente governança instituída para o direcionamento do que é comum a todos; a sociedade deve ser dirigida por uma autoridade que deverá ser prudente na escolha dos meios que conduzirão ao Bem Comum.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
O pensador cristão não despreza as lições gregas, sobretudo aristotélicas, mas, pelo contrário, delas comunga, fazendo com que a elas se una a noção de justiça tal qual concebida pelos juristas romanos (justiça é uma vontade perene de dar a cada um o que é seu, segundo uma razão geométrica).
A discussão sobre o justo e o injusto se situa no âmbito dos conceitos éticos, é possível dizer que a justiça é uma virtude, ou seja, um meio (medium) entre extremos opostos, ao qual os gregos chamavam de mesotés, ou seja, a justa medida entre algo por excesso e outro algo por carência. 
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
Pode-se dizer, então, que razão (ratio) e experiência (habitus) caminham de braços dados, tudo no sentido de se dizer que a justiça, em particular, consiste em dar a cada um o que é seu, nem a mais do que é devido ao outro, e nem a menos.
Estamos verdadeiramente diante de um ciclo: a lei escrita deve instituir a lei natural (concretizá-la), para que tenhamos uma sentença baseada na lei escrita proferida segundo a reta razão. 
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
Se a lei escrita for injusta, por motivo de ter sido promulgada segundo o mero arbítrio do legislador ou por não estar adequada a novos tipos de problemas surgidos em meio à constante escalada evolutiva humana, a sentença baseada nessa lei não será vinculativa ou obrigatória, pois uma lei só encontra força na natureza, e aquilo que contraria o Bem Comum, não tendo fundamento natural, não vincula os indivíduos. 
A noção do que participa do natural é, portanto, o termômetro do justo e do injusto.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
O ato por meio do qual o juiz decide aplicando justiça chama-se julgamento; é lícito ao juiz exercê-lo na medida e nos limites de seu poder. 
O ato de julgar é ilícito àqueles que não estão revestidos de poder para tanto. Aí há uma atividade recriminável. O juízo ou julgamento é o ato por meio do qual se estabelece o que é justo ou direito.
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
Mais que isso, o julgamento de um juiz consiste no estabelecimento concreto da igualdade, de alguma forma rompida anteriormente, fato que reclama sua intervenção para o reequilíbrio das partes. 
Nesse sentido, restabelecer o equilíbrio é retomar a igualdade rompida; no julgamento, no entanto, não deve haver acepção de pessoa, mas um julgamento que satisfaça às necessidades de justiça reclamadas pelo caso. O juiz deve dar a cada um o seu (suum cuique tribuere).
SANTO TOMÁS DE AQUINO: JUSTIÇA E SINDERESE 
Simplesmente praticar um ato de injustiça não torna a pessoa injusta; o ato de injustiça, se reiterado e consciente, torna o homem injusto.
O apego e fundamentos teológicos para a explicação do justo, claramente delineado nopensamento tomista, com o advento do Renascimento e do Iluminismo, tende a reduzir-se vez a vez mais.
Atividade verificadora da aprendizagem:
O que foi o Renascimento? 
A palavra renascimento traz a ideia de nascer de novo, de retorno. Estudamos que na história ocidental representou uma fase de transição do mundo medieval para a fase moderna que retornou aos ensinamentos antigos. 
Nesse sentido, leia o artigo ?O que foi o Renascimento?, disponível no link: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento.htm 
 Em seguida, responda: a) por que os estudiosos relacionam essa fase com o advento da burguesia e do individualismo? b) Qual o impacto desta fase para a Filosofia? Cite exemplos.

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