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FISIOLOGIA CARDÍACA PROVA II MÚSCULO CARDÍACO Características É um músculo estriado. Assim como o músculo esquelético, possui as miofibrilas típicas; possui estriações por possuírem as bandas diferentes. As células cardíacas são pequenas e mononucleadas, o que difere do músculo estriado esquelético que as células são longas e com vários núcleos. As células cardíacas se conectam entre si, formando fibras entrelaçadas, que é outra diferença do estriado esquelético, que as fibras são todas paralelas entre si. Algumas estruturas histológicas, como discos intercalares, desmossomos e junções abertas: - Desmossomos → espessamentos de membrana que fazem as membranas se aderirem, importante pelo movimento de contração que deve ser uniforme entre todas as células. Discos intercalares → projeções que ficam em formato de dedo de luva; elas se encaixam umas com as outras aumentando a adesão entre as células musculares, permitem melhor aderência entre as células. - Junções abertas (GAP) →permitem a passagem de íons de uma célula para outra para que o potencial de ação possa ser conduzido desde o local onde foi gerado e por todo o músculo cardíaco; Possui várias mitocôndrias (mais que no estriado esquelético) por conta da alta atividade metabólica; O músculo cardíaco possui também os túbulos T bem desenvolvidos (5x mais que no esquelético), que são projeções para o interior da célula que contém LEC (líquido extracelular ), é importante pois no esquelético há o retículo sarcoplasmático, que no cardíaco é pouco desenvolvido, e a sua função é armazenar cálcio. O cálcio para a contração do músculo cardíaco vem do líquido extracelular por dentro dos túbulos T. Tipos de músculo cardíaco ● Músculo atrial (os dois átrios se contraem como se fosse uma unidade|esquerdo e direito se contraem simultaneamente) ● Músculo ventricular ● Fibras musculares especializadas condução e excitação (fibras que perderam as miofibrilas e a capacidade de se contrair, mas se especializaram ou em condução de estímulo ou geração do estímulo). Essas fibras estão localizadas em um sistema especializado de condução e geração de estímulos. O nodo sinoatrial tem por função a geração de estímulos→ marcapasso do coração. O nodo atrioventricular tem por função conduzir estímulos → conduz de forma mais lenta porém em situações pode gerar estímulos. Feixe atrioventricular|de His têm por função conduzir o estímulo do nodo atrioventricular até as fibras de Purkinje. As fibras de Purkinje que se projetam até o interior dos ventrículos completam esse sistema de condução cardíaca. As fibras não se contraem mais, ou conduzem estímulo, excitação ou as duas. Propriedades Gerais → Automatismo Capacidade de geração de estímulos. O músculo cardíaco é capaz de produzir seus próprios potenciais elétricos, sem que haja estímulo externo. Fora do corpo, em um transplante, com temperatura ideal, o coração continua batendo/ gerando estímulos para a contração. Por isso temos que esfriar o órgão para transplante (poupar energia). Existem vários centros de formação que podem gerar estímulos. O nodo sinoatrial é o marcapasso (despolariza primeiro), pois suas células conseguem gerar estímulos por serem mais permeáveis ao sódio que o normal, entrando o sódio e gerando o potencial elétrico. SA- 70-80 x/min | AV- 40-60 x/min | Fibras Purkinje- 15-40 x/min; O nodo atrioventricular e as fibras de Purkinje também são capazes de automatismo, mas a permeabilidade ao sódio não é tão grande, eles só irão funcionar caso o nodo sinoatrial não possa funcionar. → Condutibilidade Capacidade de conduzir estímulos. Acontece no sistema de fibras especializadas, onde o estímulo é gerado no nodo sinoatrial, se propaga pelas vias internodais, para os dois átrios. Nos átrios há condução dos estímulos entre as células. O único que não conduz estímulos é o nodo sinoatrial, que é onde é gerado. E onde a condução é mais rápida são nas Fibras de Purkinje, importante pois os dois ventrículos devem se contrair ao mesmo tempo, como uma unidade. Quando o coração não se contrai junto, cada parte em um tempo, diz que o coração está fibrilando (fica tremendo). O motivo é por possuir muitas das junções abertas, sendo muito rápida a passagem de íons entre as células. Onde tem menor condutibilidade é no nodo atrioventricular pois é onde possui menos junções abertas no coração e demora a passar (atraso) e é importante pois é notado que os átrios se contraem primeiro. → Contratilidade Capacidade de se contrair. Tende à lei do tudo ou nada. O estímulo tem que ser forte o suficiente para gerar estímulo (tudo), caso não chegue no limiar de excitação, pode até haver uma mudança no referencial de repouso da membrana mas não será disparado um potencial de ação. Na parada cardíaca, nos casos de reanimação (200, caso não dê, 250, 300 e assim em diante). → Excitabilidade Capacidade do músculo cardíaco de responder ao estímulo recebido. Varia de acordo com a fase do potencial de ação (fase do ciclo cardíaco). Durante o repouso, há alta excitabilidade. Então em repouso recebe o estímulo e responde prontamente. Porém, no período refratário a excitabilidade do coração é baixa ou nula. Há o período refratário absoluto - quando o coração não responde a nenhum estímulo que for dado, ocorre durante a fase de despolarização - e o relativo - quando é dado um estímulo mais forte que o normal, ele pode responder de novo. período refratário - não responde despolarização - refratário absoluto repolarização - refratário relativo Funções básicas - Função Badmotrópica: (limiar) geração espontânea de potencial de ação; - Função Cronotrópica: (tempo) repetição do potencial elétrico, determinação da frequência cardíaca; - Função Dromotrópica: (corrida) transmissão do potencial elétrico para todas as estruturas; - Função Inotrópica: (contração) produzir contração; - Função Lusitrópica: (relaxamento) relaxamento do miocárdio. *não cai na prova :) Potenciais de Ação ● Em ponta: nodo SA→ é capaz de gerar estímulos por ser permeável ao sódio. (-60 é o potencial de repouso) o sódio começa a entrar, até atingir o limiar. No momento em que atingiu o limiar, se abrem canais de cálcio, que começa a entrar em grande intensidade na célula promovendo a despolarização. Para repolarizar, o potássio começa a sair da célula, levando suas cargas positivas e fica cada vez mais negativo, até atingir o repouso. Resumindo: entrada de sódio por canais de vazamento até atingir o limiar, abertura de canais rápidos de cálcio até a despolarização, para a repolarização, ocorre a saída rápida de potássio. ● Em platô: miocárdio (no restante do coração)→ essas células estão do lado das células que geraram o estímulo. Na geração do estímulo, houve a entrada de sódio e cálcio, que são positivos. Então esse cálcio e sódio passam pelas junções abertas para as células do miocárdio, e faz com que as células atinjam o limiar de excitação e quando ocorre, há a abertura de canais rápidos de sódio, e então faz a despolarização. Essa positividade gerada que faz atingir o limiar, também estimulam a abertura de canaislentos de cálcio. O platô é uma manutenção da despolarização pois nesse período (3-4) a célula se mantém despolarizada por mais tempo, pela entrada lenta do cálcio. É importante pois isso dá a força de contração (mais tempo e mais forte). Quando começa a fechar os canais de sódio, então começam a abrir os de potássio (5), que sai e repolariza a célula. Resumindo: para atingir o limiar, os íons sódio e cálcio das células marcapasso, passam pelas junções abertas e isso faz com que atinja o limiar, abrem canais rápidos de sódio e canais lentos de cálcio. O sódio entra despolarizando, o cálcio entra depois mantendo a despolarização e quando ocorre a abertura dos canais de potássio há a repolarização. Contração do Miocárdio Igual à do músculo estriado esquelético. O potencial de ação vai ser gerado no nodo sinoatrial e se propaga, quando se propaga ao longo das membranas dessas células, faz com que haja a abertura de canais de cálcio que entra na célula. O cálcio para a contração do músculo cardíaco vem principalmente do LEC nos túbulos T. Entra uma grande quantidade de cálcio na célula, faz com que os filamentos deslizem e depois para relaxar, o cálcio é jogado de volta pra fora, e o músculo relaxa. Propagação do P.A → entra cálcio na célula → deslizamento dos filamentos → relaxamento (bomba de Ca) Fontes de Energia O músculo possui bastante mitocôndrias que são importantes pois praticamente a fonte de energia do miocárdio vem do ATP, que é formado na hora pela fosforilação oxidativa (metabolismo oxibiótico). Ou seja, a principal fonte de energia é o ATP formado nas mitocôndrias constantemente. Os nutrientes que podem ser utilizados são a glicose e lipídeos. Mesmo sendo um tecido nobre, o coração consegue utilizar gordura como substrato energético - ácidos graxos ou corpos cetônicos. Uma pequena quantidade de ATP pode ser regenerada a partir da Fosfocreatina. Há uma perfusão (volume de sangue que chega no local) elevada no sarcômero. Ou seja, o músculo cardíaco é altamente irrigado. CICLO CARDÍACO O ciclo cardíaco corresponde a dois momentos: de relaxamento - quando se enche de sangue - e o momento de contração - quando ejeta o sangue. Porém existem algumas fases no ciclo cardíaco. - Diástole - relaxamento Existe o relaxamento isovolúmico; uma fase de enchimento rápido e uma de enchimento lento; e termina com a sístole dos átrios. - Sístole - contração Existe a fase de contração isovolúmica; e a fase de ejeção. *1 e 2 são parte da diástole e 3 é sístole* 1. RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO→ coração relaxado; os dois ventrículos possuem pouco sangue, os dois estão relaxados para começar a fase de enchimento ventricular. as válvulas dos átrios continuam fechadas. o átrio cheio de sangue faz pressão na válvula e ela se abre. 2. ENCHIMENTO → logo com a abertura da válvula, ocorre o enchimento rápido do ventrículo com sangue por conta da pressão, as válvulas ficam um tempo abertas e o sangue que chega da circulação entram ainda no ventrículo, de forma mais lenta. 2.1 SÍSTOLE ATRIAL→ Para que complete o volume total de sangue que cabe no ventrículo, os átrios vão se contrair, completando o volume de sangue. 3. CONTRAÇÃO ISOVOLÚMICA→ o ventrículo está cheio de sangue e começa a contrair, mas não está sendo ejetado, pois as válvulas entre o ventrículos e as artérias estão fechadas. 3.1 EJEÇÃO VENTRICULAR → Logo essa contração faz pressão na válvula e ela se abre e com isso o sangue começa a ser ejetado. Na saída as válvulas para os átrios estão fechadas, pois o sangue não pode voltar aos átrios. VÁLVULAS É uma vista superior do ventrículo (retirados os átrios). As válvulas da imagem da direita são as atrioventriculares, é onde o sangue passa para encher o ventrículo. Essas válvulas são as que devem estar abertas durante o relaxamento, que são quando os ventrículos estão enchendo, quando ocorre isso, o sangue não pode voltar, então as semilunares ficam fechadas. A imagem da direita é a sístole, o momento de contração. Quando o coração contrai, as semilunares devem abrir para o sangue do ventrículo ser ejetado às grandes artérias. E as atrioventriculares se fecham pois o sangue não pode voltar para o átrio. As bulhas cardíacas são os ruídos das válvulas quando elas se fecham. As válvulas semilunares e as atrioventriculares possuem tamanhos diferentes, então o barulho entre elas são diferentes. “TUM” que acontece durante a sístole/mais forte (fechamento atrioventriculares) “TAC” durante a diástole/mais fraco (fechamento das semilunares). ATRIOVENTRICULAR ABERTA → DIÁSTOLE SEMILUNAR ABERTA → SÍSTOLE ATRIOVENTRICULAR FECHADA → SÍSTOLE SEMILUNAR FECHADA → DIÁSTOLE As válvulas possuem cordas tendíneas ligadas ao músculo papilar para que não ocorra da pressão ser grande demais e fazer com que a válvula abra para o outro lado, fazendo com que o sangue volte (prolapso). Focos de Ausculta *não cai na prova* :) Quando vai ao médico, para fazer a ausculta, tem vários pontos onde pode fazer, com o uso do estetoscópio. SOPRO SISTÓLICO “TUM XX TAC” → Durante a sístole, as atrioventriculares devem estar fechadas para o sangue não voltar ao átrio. Mas caso houver problema nessas válvulas - insuficiência - elas podem se projetar para o interior do átrio e o chiado é quando há uma passagem de sangue. - Insuficiência da mitral ou tricúspide Durante esse mesmo período, as válvulas semilunares devem estar abertas. Caso haja um espessamento/estenose, o sangue pode passar e fazer ruído - Estenose pulmonar e aórtica SOPRO DIASTÓLICO → As válvulas atrioventriculares devem estar abertas. Quando não está suficientemente aberta, ocorre o barulho do sangue. - Estenose mitral e tricúspide As válvulas semilunares que devem estar fechadas, caso haja volta do sangue, ocorre o barulho. - Insuficiência pulmonar e aórtica PARTES FUNCIONAIS E REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA Partes funcionais - Átrios - Ventrículos Os átrios e ventrículos são músculos e como função eles se contraem. Os átrios se contraem na fase final da diástole. A função dos átrios é fazer o enchimento adicional dos ventrículos. Os ventrículos por sua vez também se contraem, com função de ejetar o sangue que enche o coração para a circulação, tanto para a pequena quanto para a grande circulação. Como o lado esquerdo do coração tem que ejetar para todo o organismo enquanto o direito ejeta para os pulmões, o músculo do lado esquerdo é mais forte, podendo chegar o dobro do direito. - Válvulas - atrioventriculares → tricúspide (D) e mitral (E) Abertas durante a diástole, durante o enchimento do ventrículo e se fecham durante a sístole; tem função quando se fecham, impedir com que o sangue volte do ventrículo para o átrio durante a sístole. - semilunares → pulmonar e aórtica Abertas durante a sístole, e se fecham durante a diástole. Tem por função impedir o fluxo de sangue, porém ocorre na diástole, das artérias para o interior do ventrículo. - Nodo SA (sinoatrial) gera os estímulos do coração, marcapasso; - Nodo AV (atrioventricular) menor condutibilidade, poucas junções abertas, promovendo atraso na condução do estímulo,permitindo os átrios se contraem primeiro e depois os ventrículos; na falta do nodo SA, é capaz de gerar estímulos. - Feixe AV Conduzir o estímulo do nodo AV para as fibras de Purkinje; único ponto de passagem de estímulos elétricos do átrios para os ventrículos. - Fibras de Purkinje velocidade de condução do estímulo mais rápida, importante para que os ventrículos se contraem como uma unidade; a contração se inicia na ponta de baixo, importante para dar força de ejeção no sangue.maior período refratário que é o momento em que a célula não consegue responder a um estímulo. Regulação da Função Cardíaca O coração possui automatismo, é a capacidade de gerar seu próprio potencial de ação de forma espontânea, sem precisar de estímulo externo. Porém, o sistema nervoso autônomo é capaz de regular essa função, fazer com que aumente a frequência de batimentos, aumente a força de contração ou diminua. Tanto o simpático como o parassimpático atuam no coração, regulando a função, atrasando ou adiantando os estímulos e propagação dos potenciais de ação do próprio coração. É possível observar os nervos simpáticos chegando ao coração, enervando todo o coração. O parassimpático, pelos vagos, chegam e inervam os nodos SA e AV, não inervado o miocárdio. - Simpático Quando ativado, ativa a secreção de noradrenalina agindo: ● Aumenta a permeabilidade dos íons sódio; (no nodo SA apenas acontece a despolarização com a entrada lenta de sódio até que fique positiva e atingir o limiar)→ potencial de ação mais rápido→ aumento da frequência cardíaca ● Aumenta a permeabilidade dos íons cálcio; importante na despolarização do nodo SA e pela força de contração do miocárdio (se o músculo do ventrículo se contrai mais forte, consegue ejetar mais sangue) - Parassimpático Atua apenas nos nodos, ou seja, não atua na força de contração, já que não atua no miocárdio. Nos nodos ele libera acetilcolina, que: ● Aumenta a permeabilidade ao potássio; há grande quantidade de potássio dentro da célula, então sai da célula levando cargas positivas e o interior fica mais negativo que o normal→ demora mais para atingir limiar de excitação → diminuição da frequência cardíaca. Quando há atuação muito intensa (soco na boca do estômago) pode ocorrer o “bloqueio” dos dois nodos, e quem assume os batimentos são as fibras de Purkinje. → escape ventricular Lei de Frank-Starling|Auto-regulação intrínseca A auto regulação intrínseca diz respeito ao volume de sangue ejetado por minuto, de acordo com a quantidade de sangue que chega até determinado momento. O normal é que chegue no coração 5L de sangue, quando chega 5L, o coração ejeta 5L para as artérias. Se chegar 6L de sangue, serão 6L de sangue ejetado às artérias, e assim em diante. Porque acontece? O músculo cardíaco tem função elástica, e quanto mais distendido está, maior é a distensão das câmaras cardíacas e se contrai com mais força. VOLUME DE SANGUE QUE CHEGA NO CORAÇÃO POR MINUTO → RETORNO VENOSO VOLUME DE SANGUE EJETADO PELO CORAÇÃO POR MINUTO → DÉBITO CARDÍACO Ou seja, quanto maior o retorno venoso, maior o débito cardíaco. CIRCULAÇÃO Conceitos Gerais - Circulação sistêmica|Grande circulação - Circulação pulmonar|Pequena circulação SISTÊMICA → O ventrículo esquerdo ejeta o sangue oxigenado, que sai pelas grandes artérias, vai para os tecidos, irrigando-os, é captado nas vênulas e então nas veias e retorna ao átrio direito e o ventrículo direito bombeia para a circulação pulmonar. Artéria → artérias menores → arteríolas→ capilares → vênulas → veias → veia cava Partes funcionais - Artérias → parede muscular muito forte; grande capacidade de contração; camada de elastina e colágeno e é maior nas artérias elásticas - Elásticas - Condutoras - Arteríolas - Capilares → vasos bem finos com fluxo de sangue bem lento ;endotélio e revestimento de membrana basal - Veias → menos músculo que as artérias; a contração não é tão forte; possuem válvulas; luz das veias maiores que das artérias - capaz de armazenar sangue - Vênulas FUNÇÕES DAS ARTÉRIAS → mantém o fluxo de sangue na diástole. Para os tecidos serem constantemente irrigados, e não apenas no momento em que ocorre a contração/ejeção do sangue quando o coração se contrai. Ocorre principalmente nas artérias elásticas. O sangue sai com bastante pressão, uma parte segue e outra bate na parede da artéria, que se distende(durante a sístole). → diminui a pressão do sangue, também devido à distensão das artérias, o sangue não é ejetado com tanta pressão, importante pois capilares são vasos finos e não suportariam a pressão muito alta. diminuindo/ uniformizando as pulsações dos vasos. → ARTERÍOLAS → São responsáveis pela maior parte da resistência periférica total. Quando um vaso se contrai, oferece maior resistência à passagem de sangue. FUNÇÃO DOS CAPILARES → por serem finos e permeáveis, permitem a troca de substâncias entre sangue e tecidos. FUNÇÕES DAS VEIAS → Possuem luz maior que as artérias, e atuam como reservatórios de sangue. Quando o sangue chega com muita pressão as veias relaxam e quando ocorre, ela acomoda mais sangue no seu interior para que diminua a pressão arterial. Já quando a pressão baixa, o músculo das veias se contrai e o sangue que estava armazenado retorna à circulação. (fígado possui muitas veias e atua como reservatório de sangue). Leis da circulação - Velocidade Temos muitos capilares, são vasos pequenos, mas se somar tem uma área grande. Somando todas as veias, têm uma área menor, e somando todas as artérias, possui uma área pequena. Quanto maior a área do leito vascular, mais lento será o fluxo sanguíneo. Isso ocorre pelo bifurcamento dos vasos. - Pressão O sangue vai sempre do local de maior pressão para o de menor pressão. O sangue é ejetado do coração com pressão média de 100 mmHg; as artérias vão diminuindo a pressão e quando chega nos capilares a pressão é de 35 mmHg. Após passarem pelos capilares e chegarem nas veias, é 15 mmHg. - Caudal| Fluxo Em qualquer ponto do sistema circulatório passa o mesmo volume de sangue em determinado momento. O coração ejeta por minuto mais ou menos 5L de sangue, então 5L passam pelos vasos, pelos pulmões, etc. Assim acontece se aumentar ou diminuir o volume de sangue também. Fluxo sanguíneo É o volume/quantidade de sangue que passa em determinado vaso/leito capilar em um determinado momento. Se em um minuto passa 5L de sangue em um vaso → fluxo sanguíneo. Normalmente é um fluxo laminar, que é o sangue que se encontra no meio vai mais rápido que o sangue que se encontra nas extremidades. Esse fato ocorre pela conta do atrito nos vasos. Alguns fatores que influenciam o fluxo são: - Diferença de pressão entre duas extremidades do vaso; Em dois vasos, o primeiro tem diferença de pressão de 20 mmHg e o segundo de 40 mmHg; o vaso que contém maior diferença de pressão, possui maior fluxo sanguíneo. - Diâmetro do vaso; Quanto maior o diâmetro, maior o fluxo sanguíneo. - Comprimento do vaso; Quanto menor o comprimento do vaso, maior o fluxo sanguíneo. - Viscosidade do sangue. Quanto maior a viscosidade, menor o fluxo sanguíneo (pela dificuldade de se movimentar). CIRCULAÇÃO CAPILAR Capilares → vasosfinos; maioria são contínuos. Constituído por endotélio e uma membrana basal; estão presentes na maior parte do nosso organismo. Em alguns locais os capilares são mais permeáveis, como nos rins, possuem fenestras. E no baço e medula óssea, onde tem que passar até hemácias, estão presentes os capilares sinusóides. FUNÇÃO→ Permitir a troca de substâncias entre sangue e tecidos. Essas trocas transcapilares ocorrem por difusão. Lipossolúveis → atravessam diretamente a membrana, pois são solúveis. (difusão simples) Hidrossolúveis→ atravessam pelas junções entre as células, e nos capilares fenestrados podem passar pelas fenestras. maior concentração → menor concentração maior diferença de concentração entre os dois lados → maior difusão maior temperatura → maior difusão moléculas menores → mais facilitada área total do vaso → maior área de difusão Passagem de líquidos→ O sangue que chega das arteríolas têm pressão elevada, então quando chega nos capilares, o líquido extravasa. A passagem de líquido do interior do vaso para o fluido intersticial/tecidos é chamado de filtração. Permanecem as células sanguíneas, algumas proteínas plasmáticas mas o líquido e tudo que está dissolvido passam para o tecido. Importante porque? Apesar de uma rede muito grande de capilares, algumas células estão muito próximas do capilar e algumas estão mais afastadas, e esse líquido que é filtrado é rico em nutrientes, e a filtração ocorre para que chegue nas células mais distantes. O líquido fica mais concentrado e o líquido tem que voltar para o vaso para que consiga circular. A passagem do líquido do fluído intersticial ao capilar é chamado de absorção. Pressões que interfere na passagem: - Pressão do próprio líquido (hidrostática); - Pressão osmótica/oncótica (soluto); Equação de Starling é a equação que define se está ocorrendo filtração ou absorção. *quando der positivo → filtração | negativo → absorção Controle local do fluxo sanguíneo → controle em cada tecido individualmente; se mexe de um, não necessariamente mexe do outro. Tecido em repouso - não precisa de tanto sangue | maior atividade recebe mais sangue. - Curto prazo Hipótese metabólica → com pressão arterial constante | consegue regular o metabolismo As arteríolas se transformam para dar origem aos capilares (aos poucos), as arteríolas possuem músculo liso e vai perdendo quando se transforma em capilares. Esse músculo liso formam anéis como esfíncteres, que se contraem/relaxam com a ação do simpático. Quando encontra em repouso, os esfíncteres capilares ficam fechados dando pouco aporte de sangue ao tecido. Como acontece? Quando ocorre aumento do metabolismo, como quando comemos alguma coisa, o funcionamento das células faz com que sejam liberados produtos no metabolismo. Um dos produtos é o gás carbônico (aumento), produção de ácidos H+, lactato, bomba de sódio potássio (K+) saída de potássio na célula aumentando no lec, adenosina (sobra do ATP); esses produtos são vasodilatadoras, que abre os esfíncteres, passando mais sangue e chegando mais sangue no local. hiperemia ativa → hiperemia é o maior aporte de sangue, deixando o local mais vermelho. Ativa pelo aumento da atividade do tecido. hiperemia reativa → não ocorre aumento do metabolismo do tecido, ocorre quando está em repouso | ex. sentar em cima da perna corta o fluxo de sangue e começa a acumular as substancias produto do aumento de metabolismo, mas sem aumento do metabolismo. Quando se mexe, ocorre aumento de sangue no local e ocorre a hiperemia. → reação ao tempo sem aporte de sangue. Hipótese miogênica → pressão não está constante | Perde capacidade de controlar o sangue Quando a pressão está muito alta, os esfíncteres pré capilares (músculo liso) quanto mais distante, mais força de contração, isso corta o fluxo sanguíneo para o tecido. O tecido ficar sem sangue não é bom. Porque ocorre? Pois a pressão muito alta do sangue pode romper os capilares, sendo um mecanismo de proteção. - Longo prazo Angiogênese → Formação de novos vasos. Quando o metabolismo está aumentado por muito tempo, os vasos dilatados por muito tempo estimula a formação de fatores de crescimento no local. Esses fatores promovem o crescimento de novos vasos. A pouca atividade por longos períodos também pode atrofiar e diminuir o número de vasos. Hormônios também atuam no fluxo sanguíneo local. ex: ADH - contrai os vasos e diminui fluxo sanguíneo; CIRCULAÇÃO ARTERIAL Relembrando funções das artérias: 1. mantém o fluxo de sangue na diástole; 2. diminui pressão do sangue que chega nos capilares 3. responsáveis pela maior parte da resistência periférica total. Pressão Arterial PA = DC x RPT onde DC = débito cardíaco | RPT= resistência periférica total Quanto mais contraindo → maior rpt → maior pa dilatado → diminui rpt → diminui pa Débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo coração por minuto. Depende de 2 fatores: 1. Frequência cardíaca → 75x/min (normal adulto) 2. Volume ejetado → 70 mL DC = FC x VE → 5.250 mL/min A pressão arterial deve ser muito bem regulada. A pressão arterial média deve ser de 120/80 mmHg; isso quer dizer que se acoplar uma coluna de mercúrio nas grandes artérias, a força com que o sangue faz na parede desse vaso faz com que consiga elevar a coluna de mercúrio em 120 mm. Durante a diástole também há pressão e consegue elevar a coluna em 80 mm. Mecanismos de controle da Pressão Arterial - Neurais → Primeiro que age, em questões de segundos; Barorreceptor; quimioreceptor e resposta isquêmica do SNC, reflexo compressão abdominal, reflexos atriais. ● Barorreceptores → detectam alterações no grau de estiramento das grandes artérias; Se adaptam facilmente, então se mantém alterada, não é detectada; constantemente enviando sinais ao centro cardiovascular. Mecanoreceptores que sofre estiramento quando a artéria distende. ● Quimiorreceptores → Detectam níveis de oxigênio, gás carbônico e/ou íons hidrogênio no sangue total; No sangue arterial, deve haver bastante oxigênio e pouco gás carbônico e hidrogênio. Quando ocorre alteração, os quimiorreceptores são ativados.→ envia ao centro cardiovascular e pressupõe que a pressão está baixa. ● Resposta isquêmica do SNC → aporte de sangue reduzido. (PAM abaixo de 60mmHg); tendo estímulo direto da área vasoconstritora e do simpático → resposta de última barricada. ● Reflexo de compressão abdominal→ Contração dos músculos abdominais pelo simpático, com isso pressiona as veias da cavidade abdominal e o sangue armazenado se desloca para o coração, aumentando o retorno venoso → aumentando débito cardíaco. ● Reflexos atriais → *PAalta* Estiramento dos átrios promove dilatação das arteríolas renais. Que passa mais sangue pelos rins e maior filtração → maior formação de urina → menos líquido circulando no organismo→ diminui o volume de sangue e retorno venoso débito cardíaco e pressão arterial. - Hormonais → ● Sistema renina-angiotensina-aldosterona → diminui pressão arterial → rins detectam → liberam renina → atua sobre o angiotensinogênio (proteína formada pelo fígado) → quebra, formando angiotensina I → passa por tecidos (enzima eca) → angiotensina II; Possui 3 ações: 1.estimula secreção de aldosterona pela glândulaadrenal 2. aumenta pressão nos vasos|vasoconstrição| aumenta RPT e pressão arterial;3. atua sobre hipotálamo estimulando centro da sede. Angiotensina II → faz vasoconstrição; estimula secreção de aldosterona e estimula centro da sede. ● ADH (Hormônio antidiurético) → faz vasoconstrição; aumenta a reabsorção renal de água e estimula o centro da sede (aumenta volemia→ aumenta retorno venoso→ aumenta DC→ aumenta pressão arterial). Contrai vaso aumentando RPT. Inibição do ADH diminui a pressão, então quando barorreceptores estão distendidos inibem a secreção de ADH. ● PNA (Peptídeo Natriurético Atrial) → formado nos átrios e faz natriurese (eliminação de sódio na urina); Atua nos rins: 1. natriurese e diurese (eliminação de sódio|líquidos); 2. diminui volemia; 3.diminui RV e DC; 4. diminui PA. - Intrínsecos → do próprio sistema circulatório; mecanismo age de forma rápida. ● Relaxamento por estresse→ ocorre nas veias. As veias não possuem músculo liso tão forte quanto as artérias, e não conseguem se manter contraídas quando a pressão do vaso aumenta muito. Se a pressão arterial estiver alta, o sangue pressiona o músculo das veias e não consegue combater a pressão alta, então ele relaxa e a veia se distende. Quando ocorre esse relaxamento, elas se distendem, e o sangue não volta para a circulação→ diminui volemia→ diminui RV e DC→ diminui PA. Quando pressão está baixa, as veias têm força para contrair, quando contrai → aumenta volemia → aumenta RV e DC → aumenta PA. ● Desvio de líquido capilar → ocorre nos capilares. Na extremidade arterial do capilar ocorre filtração; na extremidade venosa ocorre absorção; Quando a pressão estiver alta, aumenta a pressão hidrostática, aumentando a filtração. O líquido é menos absorvido → diminuição da volemia → diminui RV e DC → diminui PA. (fator puramente mecânico) Quando a pressão estiver baixa, pressão do capilar abaixa, promovendo a absorção. O líquido volta para o interior do vaso, ocorre aumento da volemia → aumenta RV e DC → aumenta PA. - Rins-líquidos corporais → a longo prazo, puramente mecânico. ● Quando diminui a pressão arterial: - Diminui o fluxo sanguíneo renal; - Diminui filtração e diurese; - Aumenta volemia. ● Quando aumenta a pressão arterial: - Aumenta o fluxo sanguíneo renal; - Aumenta filtração e diurese; - Diminui a volemia. Centro Cardiovascular | Vasomotor (CV) - Área sensorial Recebe a informação vinda dos barorreceptores, e quimiorreceptores, processa a informação ativando uma das outras duas áreas; Quando recebe muitos sinais dos barorreceptores→ pressão alta | pouco sinal do barorreceptor|recebe sinal dos quimiorreceptores periféricos → pressão baixa Pressão baixa → ativa área vasoconstritora | Pressão alta → ativa área vasodilatadora - Área vasoconstritora Atua através de nervos eferentes do simpático, atua no aumento da pressão arterial; - Coração: Aumenta FC e VE→ aumenta DC | ocorre a liberação de noradrenalina que aumenta a permeabilidade aos íons sódio e cálcio - Vasos Vasoconstrição → aumenta RPT - Área vasodilatadora Atua principalmente inibindo a área vasoconstritora. Mas também pode ativar a atividade do parassimpático; O parassimpático inerva apenas os nodos, conseguindo apenas diminuir a pressão cardíaca, libera acetilcolina nos nodos que aumenta permeabilidade de potássio ocorrendo hiperpolarização diminuindo frequência de batimentos. → não atua na força de contração. - Coração: Diminui FC e VE → diminui DC - Vasos Vasodilatação → diminui RPT CIRCULAÇÃO VENOSA As veias têm como principal função ser reservatórios de sangue. → Fígado, baço, veias abdominais, coração, pulmões, plexos venosos subcutâneos. Outra função observada é a participação da regulação da pressão arterial por meio do relaxamento por estresse → PA alta- relaxamento|PA baixo- contração. Retorno Venoso ● Bomba muscular → mecanismo mais potente. ○ Válvulas Na maior parte das veias do organismo, possui músculo ao redor, quando está em relaxado a veia está em repouso, já quando há contração, aperta a veia e o sangue se movimenta, tanto pra cima quanto pra baixo, porém as válvulas se fecham não deixando o sangue voltar. Em veias varicosas, a válvula não exerce sua função e o sangue se desloca nas duas funções. Quando ocorre? quando a veia se distende por muito tempo (ex.ficar muito tempo em pé, fatores genéticos também). ○ Coração venoso plantar Desloca o sangue dos plexos capilares que existem na planta dos pés. Durante a caminhada quando ocorre a compressão do pé no chão, comprime também esse plexo venoso. Isso ejeta o sangue em direção ao coração. → durante muito tempo sentado ou deitado pode baixar demais a pressão e ocorrer um desmaio. ● Bomba respiratória Existem grandes veias abdominais que são reservatórios de sangue e durante a inspiração o diafragma desce aumentando a pressão do abdômen. Como o sangue vai do local de maior pressão para o de menor pressão e se a pressão no abdômen aumentou, as veias são pressionadas aumenta a pressão nas veias e o sangue se desloca ao tórax em direção ao coração onde a pressão é menor. ● Coração ○ Sístole Durante a sístole, a lei do caudal diz que em determinado momento, em qualquer ponto do circuito cardíaco circula o mesmo volume de sangue. Cada vez que o coração bate, ele empurra uma quantidade de sangue e isso faz com que volte a quantidade de sangue. - vis a tergo. força que vem de trás. Nem sempre o retorno venoso é igual ao débito cardíaco. ● Diástole Durante a diástole, a lei da circulação diz que o sangue circula do local de maior pressão ao local de menor pressão. O sangue sai do coração com pressão média de 100 mmHg, vai diminuindo durante o circuito e quando chega no átrio, a pressão é zero ou até mesmo negativa. - vis a fronte. CIRCULAÇÃO LINFÁTICA O sistema linfático está bem entremeado com o sistema circulatório. O sistema linfático tem formato de um dedo de luva, tem rupturas que permitem a entrada de líquidos, mas quando tenta sair, ocorre fechamento da válvula → sistema de mão única. Essas intervalos permitem a troca de substâncias de alto peso molecular, como restos de bactérias e celulares. Elas não conseguem passar pelos capilares sanguíneos mas sim nas aberturas entre as células dos capilares. Todos os vasos linfáticos se unem, passam por linfonodos (filtração) e retornam à circulação na região do pescoço - nas grandes veias do pescoço./ ducto torácico. Funções do Sistema Linfático ● Retorno de líquido para a circulação → evita edemas ● Remoção de proteínas e substâncias de alto peso molecular do LEC → evita edema (atrair água) ● Transporte de gorduras → quilomícrons depositados na linfa ● Linfonodos: filtração, destruição de bactérias e defesa do organismo → linfócitos T na defesa Vários linfonodos espalhados pelo corpo. Inflamações em determinado local, linfonodos ficam maiores, agindo filtrando e destruindo agentes que possam causar danos. LINFA: Líquido claro parecido com plasma e líquido intersticial; com mais gorduras, e pode ter proteínas e substâncias com alto peso molecular.
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