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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III - CCJ0037 Título Caso Concreto 8 Descrição Questão discursiva: 1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual? conforme dispõe o art. 485, §5º e art. 1040, §1° do CPC, é possível a desistência quando o processo esta suspensos, discorrendo que, antes dacitação do réu, a desistência é livre, após a citação somente c om anuência do réu e após o saneamento não poderá haver a desistência . b- Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder? A parte deverá realizar o INSTITUTO DO DISTINGUISH, ou seja, fazer a distinção entre o seu caso e os demais,buscando desafiná-lo e as sim dar prosseguimento ao seu processo. Art.103 7, parágrafo 9º. JURISPRUDENCIA : STJ - RESP 1638772 / SC 2016/0302765-0 EmentaTRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA - CPRB. LEI N. 12.546/11. INCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DESTA CORTE. JULGAMENTO SUBMETIDO À SISTEMÁTICA DO ART. 1.036 E SEGUINTES DO CPC/15. I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. Aplica-se, no caso, o Código de Processo Civil de 2015. II - Os valores de ICMS não integram a base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB, prevista na Lei n. 12.546/11. Precedentes. III - Recurso https://www.portaljustica.com.br/acordao/2233917 especial da contribuinte provido. Acórdão submetido ao rito do art. 1.036 e seguintes do CPC/15. --------------------------------------------------------X--------------------------------------------- ENTENDIMENTO A decisão sobre a admissão do recurso especial ou extraordinário deve buscar ao máximo facilitar o acesso à Justiça e prestigiar a “solução integral do mérito” (CPC, artigo 4º). Nesse passo, cite-se novamente a exposição de motivos do CPC/2015: Com objetivo semelhante, permite-se no novo CPC que os Tribunais Superiores apreciem o mérito de alguns recursos que veiculam questões relevantes, cuja solução é necessária para o aprimoramento do Direito, ainda que não estejam preenchidos requisitos de admissibilidade considerados menos importantes. Trata-se de regra afeiçoada à processualística contemporânea, que privilegia o conteúdo em detrimento da forma, em consonância com o princípio da instrumentalidade. E nas palavras do ministro presidente do STJ, também na entrevista supracitada: “A substância deve se sobrepor à forma” (...). “Questões menores não devem impedir o conhecimento de recurso especial quando a tese é relevante. Para a sociedade, é importante que o tribunal julgue determinadas causas, porque, ao julgá-las, ele traz pautas de comportamento”. No mesmo sentido, Didier Júnior: O art. 4º do CPC consagra o princípio da primazia da decisão de mérito: a decisão de mérito é sempre preferencial a uma decisão de inadmissibilidade. (...) Reafirmando ainda mais esse princípio, o §3º do art. 1.029 do CPC prevê uma regra específica para os recursos extraordinários: “§3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. (...) Mas o §3 º do art. 1.029 do CPC inova, em relação ao 932, parágrafo único, ao permitir que o tribunal [superior] desconsidere o defeito. (...) A regra atribui esses poderes apenas aos tribunais superiores. O Presidente ou Vice-Presidente do tribunal recorrido não pode aplicar o dispositivo, ao fazer o juízo de admissibilidade do recurso extraordinário ou especial[10]. Ainda que o artigo 1.029, parágrafo 3º não se aplique ao juízo de admissibilidade no tribunal de origem, a mesma regra impõe, como consequência lógica, que, ao proceder ao juízo de admissibilidade, o presidente ou o vice-presidente considere que o tribunal superior é autorizado a relevar vícios processuais em razão da importância da matéria e, por isso e em prol da primazia do mérito recursal, convém não ser mais realista que o rei, sendo preferível submeter os recursos repetitivos ao regime do artigo 1.036 do Código de Processo Civil. De todo o exposto, vê-se que o instituto previsto no artigo 543-C do código de 1973, nele introduzido pela Lei 11.672/2008, veio a ser alterado e “radicalizado” pelo disposto no artigo 1.036 da Lei 13.105/2015, uma peça na engrenagem de um novel sistema processual dotado de instrumentos que visam criar condições de fato para https://www.conjur.com.br/2019-jun-11/sadi-medeiros-aplicacao-art1036-cpc-aos-recursos-repetitivos#_ftn10 possibilitar a razoável duração dos processos e, ao mesmo tempo, mais qualidade à prestação jurisdicional. Faz-se mister conferir a maior efetividade possível a essa tão importante disposição do novo código. Questões objetivas: 2) Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão fracionário que: I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao jízo de admissibilidade. II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito. III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal. a) Apenas o item II está correto. b) Os itens I e II estão corretos. c) Apenas o item III está correto. d) Os itens II e III estão corretos. e) Apenas o item I está correto. 3) Está incorreta a seguinte assertiva: a) No recurso de Embargos de Divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior. b) Cabe o recurso de Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. c) Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. d) O prazo para interpor Embargos de Divergência é de 05 dias.
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