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AV II DIREITO PENAL III Professora: MARCELA Aluna: Letícia Alves De Carvalho. 1) Pedro, em reunião de condomínio da qual participavam uinze pessoas, no dia 20 de novembro de 2020, profere a seguinte frase: "Jorge é bandido!!! Estuprou uma criança!". Jorge, ausente na reunião, soube do ocorrido no dia seguinte. Acerca dos fatos é correto afirmar: a) Pedro não cometeu crime algum. b) Pedro cometeu crime de injúria racial. c) Pedro agiu em exercício da liberdade de expressão. d) Pedro cometeu crime de calúnia. e) Nenhuma das respostas acima. LETRA D 2) Em 13 de novembro de 2020, Sérgio, empunhando uma faca de lâmina afiada, obrigou que sua ex-companheira Madalena telefonasse para familiares e amigos dizendo que haviam reatado o casamento, e não mais se separariam. Em seguida, o mesmo manteve Madalena trancada num quarto, contra a sua vontade, das 20 horas de 13/11/2020 às 17 horas do dia 14/11/2020. Dito isto, depreende-se que Sérgio: a) Sérgio agiu amparado pela excludente de ilicitude do exercício regular de direito. b) Sérgio cometeu crimes de ameaça e extorsão mediante sequestro contra Madalena. c) Sérgio cometeu, em concurso formal, os crimes de constrangimento ilegal e extorsão mediante sequestro contra Madalena. d) Sérgio cometeu crime de homicídio tentado contra Madalena. e) Sérgio cometeu, em concurso material, os crimes de constrangimento ilegal e cárcere privado contra Madalena. LETRA E 3) Em relação ao crime de furto é possível afirmar que: a. É delito cometido com o emprego de violência ou grave ameaça. b. É punível o furto de uso. c. É inadmissível a tentativa. d. Admite modalidade qualificada quando o agente se utiliza de ardil para a prática do delito. e. Nenhuma das respostas acima. LETRA D 4) Jaime entrou sorrateiramente na casa de Joana, subtraindo de lá um laptop. Ao se preparar para sair da residência, é surpreendido por Perla, mãe de Joana, e, com intuito de fugir em posse da coisa, desfere um soco contra a idosa, vindo a atingi-la no rosto, fraturando seu nariz. Na fuga, Jaime deixa o laptop para trás. Ante o exposto, é possível afirmar que: a) Jaime cometeu o crime de roubo impróprio sem qualquer causa especial de aumento de pena. b) Jaime cometeu crime de roubo, com a incidência da causa de aumento de pena prevista no Artigo 157, § 3°, inciso I, do Código Penal. c) Jaime cometeu crime de furto em concurso material com lesão corporal. d) Jaime praticou o delito de roubo tentado. e) Jaime praticou o delito de furto tentado em concurso material com o delito de lesão corporal consumada. LETRA E 5) Pietro comparece á residência de Borges a seu convite. Durante o jantar, ambos se desentenderam e Borges exigiu que Pietro se retirasse de sua casa. Pietro, contudo, não atendeu à vontade de Borges e permaneceu no interior da residência. Ante o exposto, é correto afirmar que: a. Pietro cometeu o crime previsto no § 1° do Art. 150 do Código Penal. b. Pietro cometeu o delito previsto no Art. 150, caput, do Código Penal. c. Pietro não meteu crime algum. d. Pietro cometeu crime de injúria real. e. Nenhuma das respostas acima LETRA A 6) A respeito do crime de rixa é correto afirmar que: a. É um crime monossubjetivo. b. É um crime de concurso necessário. c. É crime de dano. d. Tem o patrimônio como bem juridicamente tutelado. e. Resta configurada somente quando a contenda envolver ao menos seis pessoas. LETRA B 7) Discorra em até 15 linhas acerca da possibilidade de exceção da verdade nos delitos contra a honra. R: Nos crimes contra honra objetiva é possível o exercício da exceção da verdade, esta é um meio de defesa que permite que o acusado por crime de calúnia ou injúria possa provar que o fato atribuído por ele à pessoa que se julga ofendida é verídico. No caso da calunia sendo comprovada a veracidade dos fatos desaparecem o elemento da calúnia. Já nos crimes de difamação será admitida, somente nas hipóteses de a vítima ser funcionário público e o fato tenha a ver com o exercício de sua função, de modo que o agente provando a veracidade do alegado, afasta o crime de difamação. 8) Disserte acerca da principal diferença técnica entre roubo e extorsão, no que diz respeito ao modo de agir. Máximo: 10 linhas. R: Os crimes são muito semelhantes, pois em ambos há o emprego de violência ou grave ameaça, também envolvem algum tipo de vantagem econômica. No roubo essa vantagem está na coisa móvel alheia subtraída, enquanto na extorsão é uma indevida vantagem econômica. Apesar de serem crimes muito semelhantes, a diferença deles é a participação da vítima, ou seja, no roubo o agente atua sem a participação da vítima, na extorsão a vítima colabora ativamente com o autor da infração penal. SEGUE O CASO CONCRETO NA PROXIMA PÁGINA Disserte acerca do Princípio da Insignificância ou da Bagatela e sua incidência quanto a tipicidade do delito de furto. (Máximo 50 linhas): “Nada favorece tanto a criminalidade como a penalização de qualquer bagatela”. Claus Roxin O direito penal atua como ultimo ratio do direito, sendo este responsável por atuar quando nenhum outro ramo é cabível, muitas pessoas leigas se revoltam quando encontram condenações mais brandas porem se esquecem que o Direito Penal Brasileiro tem o intuito final de reintroduzir o individuo a sociedade, por isso não possuímos penas perpetuas. Visando manter e resguardar o direito penal encontramos alguns princípios que o norteiam. Um destes vem ganhando certa força na doutrina e até mesmo na jurisprudência, este é o princípio da insignificância ou também chamado princípio da bagatela. Surgindo após a segunda guerra pelos pequenos furtos ocorridos na Europa, seu surgimento aconteceu puramente como cunho de proteção a bens materiais valorados economicamente, este visa que o direito penal não deve se preocupar com condutas incapazes de lesar o bem jurídico. Considerar algo insignificante é apreciar o seu valor de maneira menos intensa, para uma conduta ser considerada criminosa são necessárias análises minuciosas acerca da adequação do fato ao tipo descrito em lei, e uma análise à lesão significativa a bens jurídicos relevantes da sociedade. Nos delitos de furto a análise da extensão do dano causado ao ofendido tem sido utilizada para observar o cabimento do princípio da insignificância, além do valor sentimental do bem que em regra exclui a aplicação do princípio, ainda que o objeto do crime não apresente relevante valor econômico. O tema ainda é polêmico na jurisprudência do STF e do STJ, sua incidência considera as condições pessoais do réu, muitos Magistrados afastam esse princípio pelo fato do réu ser reincidente ou possuir diversos antecedentes de práticas delituosas, o que, segundo alguns Ministros, dá claras demonstrações de se tratar um infrator com personalidade voltada à prática delitiva. Nesses casos, aplicar o princípio da insignificância seria uma forma de incentivar o descumprimento da norma legal. Recomenda-se moderação no momento de escolher as condutas dignas de proteção penal, abstendo-se de incriminar qualquer comportamento, devendo ser castigados aqueles que não puderem ser contidos por outros ramos do Direito.
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