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TCC_JOA-A_Glasiele_Salete_2018 final

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35
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CEAD
CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
A ABORDAGEM DE VALORES ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
GLASIELE DE OLIVEIRA PRESTES 
 SALETE VALMORBIDA MARCON
JOAÇABA
2018
GLASIELE DE OLIVEIRA PRESTES
SALETE VALOMORBIDA MARCON
A ABORDAGEM DE VALORES ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia a Distância, do Centro de Educação a Distância, da Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.
Orientador(a): WILLIAN JUCELIO GOETTEN
JOAÇABA
2018
GLASIELE DE OLIVEIRA PRESTES
SALETE VALMORBIDA MARCON
A ABORDAGEM DE VALORES ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Licenciado em Pedagogia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Pedagogia, do Centro de Educação a Distância, da Universidade do Estado de Santa Catarina.
Orientado: WILLIAN JUCELIO GOETTEN
Titulação: Engenheiro Ambiental. Mestre em Engenharia Ambiental
Universidade do Estado de Santa Catarina
Joaçaba, 30 de junho de 2018
Dedicamos, em especial, aos nossos pais, por terem nos oferecido uma base sólida. Criaram-nos com muito esforço e nos ensinaram a ser uma pessoa humilde e dedicada em tudo na vida. 
 Aos esposos, por estarem sempre ao nosso lado nesta batalha, e aos nossos filhos, razão da nossa vida, que nos dão forças para batalhar pelo pão de cada dia.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos, primeiramente a Deus pelo dom da vida, por nos dar saúde e disposição para enfrentar os desafios da vida e da graduação. Sem sua presença nela, não poderíamos alcançar jamais nossos objetivos. 
 A confecção deste Trabalho de Conclusão de Curso não seria possível sem nossas vivências em sala de aula. Não poderíamos deixar de agradecer, principalmente à professora Gisele Adriana Maciel Pereira, pela orientação fornecida durante a disciplina de Estágio Supervisionado, oferecendo total disponibilidade para o esclarecimento das nossas dúvidas, além da contribuição teórica que sempre proporcionou, nos fazendo refletir sobre a estreita relação entre a teoria e a prática. 
 Agradecemos a tutora presencial professora Izabel Amazonas, que não mediu esforços para me auxiliar em todos os momentos, não tenho palavras para descrever nossa gratidão pela paciência e pela compreensão para conosco.
Um agradecimento todo especial ao professor orientador, Willian Jucelio Goetten, que aceitou o desafio de nos orientar, onde esteve conosco durante todo o período, acompanhando a realização deste Trabalho de Conclusão de Curso. 
Agradecemos imensamente a Ana Claudia Guaragni Knollseisen, coordenadora do Polo, todos os amigos e colegas que, de forma direta ou indiretamente, contribuíram para que este trabalho se realizasse, por confiarem e acreditarem que eu seria capaz e por não permitirem que desistisse nos momentos de fraqueza e de dificuldade.
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. (Paulo Freire)
 
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo principal analisar e trazer considerações acerca do Estágio Curricular Supervisionado obrigatório realizado no 4º ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Escola Estadual São José na cidade de Herval D’ Oeste - (SC) no 4º Ano do ensino fundamental, o Projeto de Gestão proposto para o espaço não Formal na Associação de Xadrez de Joaçaba (SC) e o Estágio Curricular Supervisionado obrigatório na Educação Infantil realizado com crianças do Pré III no Grupo Escolar Municipal Prof. Adolfo Becker na cidade de Herval D’ Oeste - (SC). Buscou-se fazer uma articulação entre as disciplinas estudadas no curso de Pedagogia Centro de Educação a Distância da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)- e a vivência em sala de aula. O Estágio foi realizado em três momentos, caracterizados pelos estudos teóricos do referido tema; nas observações da prática pedagógica e na intervenção em sala de aula. Para fundamentar e articular as discussões deste trabalho, utilizou-se os seguintes interlocutores: Weffort (1995), Faria (1999), Freire (2001), Pimenta e Lima (2004), Barreiro(2006), Gohn (2006), Vygotski (2006), Seiffert (2005/2009), Monte (2011), Prandini (2016), entre outros. O estágio é uma atividade que proporcionou experiências profissionais e aprendizagens indispensáveis para a construção de um educador, contribuindo para a prática pedagógica e formação inicial do discente-estagiário.
Palavras-chave: Estágio Curricular Supervisionado. Prática pedagógica. Experiências profissionais.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................09
1. CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA A FORMAÇÃO DOCENTE............................................................................................................10
1.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOCENTE................10
2. O PERCURSO DO ESTÁGIO CURRICULAR.....................................................21
2.1 ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL..............................................21
2.1.1 Análise da práxis pedagógica nos Anos Iniciais.................................24
2.2 OUTROS ESPAÇOS EDUCATIVOS..............................................................27
2.2.1 Análise da práxis pedagógica em Outros Espaços Educativos ........29
2.3 EDUCAÇÃO INFANTIL .................................................................................31
2.3.1 Análise da práxis pedagógica na Educação Infantil ...........................36
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................38
REFERÊNCIAS .........................................................................................................40
INTRODUÇÃO
	
Propostas interdisciplinares se constituem num grande desafio para a educação em seus diversos níveis de ensino. Se tratando da formação inicial de professores sabe-se dos seus benefícios e de sua pertinência para que, após a conclusão da graduação, os professores possam atuar dessa maneira com seus futuros alunos. Frente ao desafio de implementar propostas interdisciplinares, particularmente, na modalidade de ensino a distância, este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem por objetivo expor a experiência de articulação entre disciplinas ofertadas no curso de Pedagogia a distância da Universidade de Santa Catarina (UDESC), e os Estágios Curriculares Supervisionados. Todavia, vale informar que a experiência baseou-se no Estágio Curricular Supervisionado no 4º ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Escola Estadual São José na cidade de Herval D’ Oeste - (SC) com o tema solidariedade, o Projeto de Gestão proposto para o espaço não Formal na Associação de Xadrez de Joaçaba - (SC) e o Estágio Curricular Supervisionado obrigatório na Educação Infantil realizado com crianças do Pré III no Grupo Escolar Municipal Prof. Adolfo Becker Herval D’ Oeste - (SC) com o tema Contação de histórias.
Buscou-se fazer uma articulação entre as disciplinas estudadas no curso e a vivência em sala de aula. O Estágio foi realizado em três momentos, caracterizados pelos estudos teóricos do referido tema; nas observações da prática pedagógica e na intervenção em sala de aula.
Este trabalho constitui-se, dos pressupostos teóricos e metodológicos do estágio curricular supervisionado na formação docente. Na realização do estágio vivenciou-se na prática as teorias até o momento estudadas, assim o estágio deixou-nos maispróximo para exercer a docência, uma vez que o ensino é resultado das ações coletivas dos professores e das práticas institucionais, situadas em contextos sociais, históricos e culturais.
O percurso do estágio curricular nos Anos Iniciais e Educação infantil, Análise da práxis pedagógica nos Anos Iniciais e Educação Infantil, o percurso do Estágio em outros espaços educativos. Tal proposta, permitiu aos graduandos um olhar mais criterioso e mais atento para o cotidiano escolar, bem como suas vivências pessoais e profissionais.
1 CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
	Nos itens a seguir serão apresentados os principais aspectos de desenvolvimento durante a realização dos estágios. Em um primeiro momento será descrito e apontado os pressupostos teóricos e metodologias de ensino, as quais fundamentam a importância da realização do estágio curricular supervisionado na formação dos docentes.
Para Gadotti 2007:	Comment by Willian J. Goetten: Falta o número da página.
 
“ser docente nos dias atuais é viver intensamente, precisando ter consciência e sensibilidade. Numa visão emancipadora, os educadores não transformam a informação em conhecimento apenas, mas desenvolvem a consciência crítica, formando pessoas cidadãs, que atuam diretamente em sua sociedade de forma autônoma.”
Durante todo o percurso do curso de Pedagogia, teve-se contato com teorias e disciplinas pedagógicas que auxiliaram na construção do processo pedagógico. Mas foi durante a realização do estágio supervisionado que vivenciou-se, as práticas pedagógicas, unindo a teoria estudada a prática aplicada, através de ações desenvolvidas e interações vividas nesse meio social. 
1.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DOCENTE
Analisou-se o Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas, com a participação das professoras regentes, constatou-se que as escolas adotam o conceito sócio interacionista, uma vez que o mesmo é embasado principalmente nas teorias de Vygotsky. A professora auxilia o aluno para que ele se aproprie de materiais e símbolos existentes na própria cultura, na realização de atividades. Essa mediação pedagógica contribui para que o aluno vá além do que ele já sabe na realização de uma atividade. De acordo com Vygotsky (2006, p.112): 
O que uma criança é capaz de fazer com o auxílio dos adultos chama-se zona de seu desenvolvimento potencial. Isto significa que, com o auxílio deste método, podemos medir não só o processo de desenvolvimento até o presente momento e os processos de maturação que já produziram, mas também os processos que estão ainda ocorrendo, que só agora estão amadurecendo e envolvendo-se. (VYGOTSKY, 2006, p.112).
Na realização do estágio vivenciou-se na prática as teorias até o momento estudadas, assim o estágio aproximou os acadêmicos do exercício da docência, uma vez que o ensino é resultado das ações coletivas dos professores e das práticas institucionais, situadas em contextos sociais, históricos e culturais.
 Segundo Ana Maria Freire (2001), o estágio permite uma aproximação ao futuro campo de atuação profissional e “promove a aquisição de um saber, de um saber fazer e de um saber julgar as consequências das ações didáticas e pedagógicas desenvolvidas no quotidiano profissional” (FREIRE, 2001, p. 25).
Para entender a prática enquanto práxis é necessário assumir a indissolubilidade entre a teoria e a prática. Pimenta e Gonçalves (1990) consideram que a finalidade do estágio é a de propiciar ao aluno uma aproximação à realidade na qual atuará. 
O Estágio Curricular Supervisionado, é indispensável na formação de acadêmicos que desejam realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira, fazendo com que os estudantes entrem em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição, a fim de se prepararem para a prática da sala de aula, fazendo uma relação entre teoria e prática.
Para Lima (2001, p. 67), “a prática pela prática e o emprego de técnicas sem a devida reflexão pode reforçar a ilusão de que há uma prática sem teoria”. Contudo, a prática deve ser entendida como práxis, ou seja, deve ser uma atitude teórico-prática, humana, transformadora da realidade. Dessa forma é necessário que:
Entender a prática enquanto práxis é assumir a indissolubilidade entre a teoria e a prática. Ou seja, é compreender que, na mesma atividade, coexistem as dimensões teórica e prática da realidade na qual o professor edifica a sua identidade a partir de um movimento de alternância, que se constrói, entre o saber e o saber fazer, entre situação de formação e situação de trabalho (SANTOS,2004).
Sendo assim, o aprendizado é muito mais significativo quando obtido através da experiência; Assim, entendeu-se que o estágio trás o entendimento entre a teoria e a prática, através de uma ação vivenciada. Portanto, é necessário lançar um olhar mais atento para a formação de educadores, afim de que o estágio assuma a sua importância na formação da identidade profissional do acadêmico.
A Escola de Educação Básica São José, tem como marco referencial a formação integral do aluno, aliando à construção do conhecimento a vivência de valores resgatando valores morais como autorrespeito, respeito com os colegas, funcionários e professores e tem como meta desenvolver projetos com toda a comunidade escolar relacionada a conceito de respeito, disciplina, ética e amor ao próximo, entre outros, formando alunos com dignidade e cidadania no mundo social em que vivem. Desta forma buscou-se através do projeto solidariedade ampliar e somar aos objetivos e metas da escola, ações participativas, criando oportunidades do cotidiano, onde o aluno se perceba agente da própria história e assuma a responsabilidade por suas escolhas e ações, criando a consciência de que aprendemos em conjunto no diálogo e na partilha, promovendo relações fraternas e desenvolvendo potencialidades. 
O processo de formação da docência inicia-se com o estágio Curricular Supervisionado, baseado nisso o estágio curricular dos anos iniciais realizou-se na Escola de Educação Básica São José. A relação entre a teoria e a prática do ensino no campo de trabalho, dá instrumentos necessários para atingir objetivos, previamente estabelecidos, e fundamentamos na teoria dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e no PPP da escola.
Pimenta (2004) ressalta: “Entendemos que o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental.” Neste sentido este trabalho tem o objetivo de momentos importante do estágio, trazendo aquisições importantes na aprendizagem acadêmica. 
A regência do Estágio Curricular Supervisionado dos Anos iniciais realizados na turma do quarto ano, foi baseada principalmente na concepção Sócio interacionista de Vygotsky, onde a professora se preocupa em aproximar os conteúdos à realidade dos alunos, buscando ser mediadora no processo de ensino aprendizagem. Sendo que o processo de ensino aprendizagem faz parte da vida inteira do ser humano, e está em constante construção. Como retrata Paulo Freire: 
Alfabetização é a aquisição da língua escrita, por um processo de construção do conhecimento, que se dá num contexto discursivo de interlocução e interação, através do desvelamento crítico da realidade, como uma das condições necessárias ao exercício da plena cidadania: exercer seus direitos e deveres frente à sociedade global. (FREIRE, p. 59, 1996).
Portanto, ao executar o Projeto de Intervenção sobre solidariedade, trabalhou-se o tema interdisciplinarmente, uma vez que faz parte dos temas transversais, trabalhando através de gêneros literários, objetivou-se desenvolver a leitura, a escrita e a interpretação de texto, uma vez que alfabetização e letramento é um processo que dura a vida toda. A criança desde cedo desenvolve suas habilidades de letramento, mas na prática social é que o indivíduo, utiliza essas práticas para transformarsua realidade, inter-relacionando essas habilidades com suas necessidades de mudanças, sejam elas mudanças que correspondem a valores, progresso profissional, práticas sociais e cidadania. 
Sobre a finalidade do estágio, Pimenta e Lima (2004, p. 09), dizem que:
O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia” e ainda complementam que “os estagiários ao entrarem em contato com profissionais, são estimulados a estarem sempre inovando, buscando informações para a realização de uma boa prática. 
Nesse sentido, o Estágio realizado é a oportunidade de aprendizado proporcionado por essa experiência estabelecendo uma relação entre o Formal e o não Formal para a nossa profissionalização como pedagogas.
Para Gohn (2006, p 27-/38):
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A Educação Não-Formal apresenta como intencionalidade criar determinadas qualidades  e/ou  objetivos  em  espaços  não   escolares  articulando   seus trabalhos em variadas dimensões, objetivando a formação do indivíduo nos aspectos políticos, contribuindo  para   a conscientização  dos sujeitos sobre seus direitos enquanto cidadãos, como também a capacitação destes para o mundo  do  trabalho,  seja  por  meio  da  aprendizagem de  habilidades  e/ou desenvolvimento de potencialidades, capacitando os indivíduos a se organizarem  com objetivos  comunitários,  atentando  ainda  para  o  ensino- aprendizagem diferenciado daquele que perpassa os conteúdos da escolarização formal. (GOHN, 2006 p.27-/38).
Para tanto, foi desenvolvido um projeto de gestão que envolva a gestão com os alunos participantes, a fim de que eles mesmo, através de ações, como a confecção de tabuleiros e peças com material reutilizáveis possam promover a divulgação de uma Associação de Xadrez, arrecadar recursos e principalmente colaborar com os objetivos do desenvolvimento sustentável.
De acordo com Prandini 2016 p 73, o material didático [...] concebido, como elemento chave no processo de ensino aprendizagem, incide de forma direta na qualidade do processo educativo[...]. Por isso o material didático escolhido por nós deverá envolver a direção, alunos e população, a fim de que traga benefícios a Associação de xadrez, a gestão da mesma e se enquadre nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para ajudar a alcança-los futuramente.
Para Seiffert (2009, p.23), “o desenvolvimento sustentável constitui-se na adoção de um padrão de desenvolvimento requerido para obter a satisfação duradoura das necessidades humanas, com qualidade de vida.”
Portanto, compreende-se a necessidade das instituições pensarem em modelos de gestão que se preocupem com o futuro do nosso planeta, uma vez que assim como em nossa vida pessoal, ter uma atitude sustentável no trabalho é algo cada vez mais exigido. Muitas empresas já não fazem mais uso de copos descartáveis e é possível encontrar vários comunicados relacionados ao meio ambiente. Para o dono ou presidente de uma organização, o desafio de ser ecologicamente correto é maior ainda. O termo usado para definir a ação de uma companhia que se preocupa com a natureza é “Gestão Sustentável”. Essa ação consiste em conciliar uma gestão que dê lucro ao seu negócio e que também tenha controle dos efeitos de sua produção, para que o meio ambiente não seja prejudicado por conta do lixo gerado ou dos gases expelidos no ar.
Sendo que “desenvolvimento sustentável significa atender às necessidades da geração atual sem comprometer o direito de as futuras gerações atenderem a suas próprias necessidades”. (VALLE, 2002, p.28).
A gestão ambiental surgiu com a necessidade de adaptação das empresas para se tornarem ambientalmente responsáveis e com a mudança dos hábitos do consumidor, que surgiu com a preocupação ambiental. “A gestão ambiental consiste em um conjunto de medidas e procedimentos bem-definidos que, se adequadamente aplicados, permitem reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente.” (VALLE, 2002, p.69)
Ela é entendida como um processo adaptativo e contínuo, através do qual as organizações definem, e redefinem, seus objetivos e metas relacionados à proteção ambiental, à saúde, de seus empregados, bem como clientes e comunidade, além de selecionar estratégias e meios para atingir estes objetivos num tempo determinado através de constante avaliação de sua interação com o meio ambiente externo. (SEIFFERT, 2005, p.21).
Empreender iniciativas sustentáveis, de forma voluntária, faz com que a organização se destaque das demais e construa uma imagem positiva perante o mercado e a sociedade. Para isso, elaborou-se um projeto de reutilização de materiais recicláveis, como também utilizando as tecnologias em seu favor, a fim de promover a divulgação, e desenvolver parcerias de apoio à ações que contribuam para a solução de grandes problemas mundiais. Por fim, o conceito de Desenvolvimento Sustentável ainda está em processo de construção e evolução e nesse sentido, se faz necessário cada vez mais que as gerações presentes e futuras, sejam indivíduos críticos e conscientes do seu papel na sociedade, assim como o papel do professor é fundamental nesse processo.
Dessa forma pode-se incluir as crianças, em idade escolar em um aprendizado por meio de um jogo como o Xadrez, contribuindo para que elas comecem a vivenciar e aprender desde cedo a lidar com todas estas variáveis que vão enfrentar cada vez mais conforme forem crescendo e se tornando adultos independentes. Elas têm a chance de começar a enfrentar estas situações de uma forma até mesmo prazerosa e divertida, visto que não estão dependendo daquele jogo para seguir suas vidas, mas, estão aprendendo desde cedo que estas possibilidades existem em uma brincadeira e vão existir nas suas vidas no dia a dia.
A aprendizagem da escrita está relacionada ao desenvolvimento individual interiorizado na história de cada um, iniciado pela criança “muito antes da primeira vez em que o professor coloca um lápis em sua mão e lhe mostra como formar letras” (VYGOTSKY, 2006). 
 Nesse sentido, a educação é um processo de atuação de um educador sobre o desenvolvimento do aluno a fim de que ele possa atuar na sociedade e estar inserido no meio em que vive. O papel da pedagogia é de estabelecer um diálogo com as ciências humanas sendo um desafio permanente para os pedagogos. A sociedade por si só cobra direito de formação plena, valores, condutas, sentimento e solidariedade por parte dos educadores. Destaca-se o papel da escola como:
“O papel da escola, do processo educativo é passar o conteúdo acadêmico e levar o aluno a refletir acerca da organização social, política e econômica. O aluno ao se apropriar do conhecimento acerca do processo histórico que constitui a sociedade, mudará sua consciência e objetivará esse conhecimento tendo como resultado a mudança do contexto histórico e social em que ele vive.” (MONTE 2011, p.103).
A criança aprende a ler e a escrever interagindo com textos, que se propõem atender finalidades variadas. Brincando, o processo de letramento pode ser vivenciado em muitas situações significativas, sejam por meio de contação de historias, releituras, dramatizações, ou quando vivencia a imitação e recreação da realidade. Portanto, o brincar possibilita, às crianças, desenvolverem a capacidade de exercitar a sua transformação por meio da criação de situações imaginárias. É através do lúdico, das brincadeiras, que as crianças desenvolvem capacidades de socialização por meio de interação e experimentação de regras e papéis sociais, repetem situações que já conhecem de suas experiências cotidianas anteriores e atualizam os conhecimentos que possuem, sendo que a brincadeira ocorre de forma inclusiva de acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola.
Na Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, a criança passa a ser vista como parte integrante do processo de ensino aprendizagem, é considerada um ser histórico, social ede direitos. Conforme enfatiza as Diretrizes Curriculares para Educação Infantil, a criança é vista como:
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2010, p. 12).
O documento considera a criança, sujeito ativo e participativo de sua própria aprendizagem, capaz de construir e adquirir novos conhecimentos na medida em que é estimulado, seja de forma individual ou coletiva.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Infantil, em seu Artigo 9º:, 
Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. (BNCC, p.34).	Comment by Willian J. Goetten: Falta o ano.
O brincar e as brincadeiras, são a essência do trabalho pedagógico nesta etapa de ensino é por meio da brincadeira a criança faz descobertas, aprende, imita, interage e se desenvolve de maneira integral formando suas próprias opiniões, sobre si, sobre o outro e sobre o meio, opiniões estas que formaram a sua personalidade e sua identidade.
É através do brinquedo, das brincadeiras, das atividades musicais, rítmicas e dos movimentos que a criança conhece o mundo e se conhece. Essas atividades abrem precedentes para que a criança efetive seus saberes e desenvolva ações geradoras de novos conceitos.
Os direitos de aprendizagens conforme citados na Base Nacional Comum Curricular: Direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se,
“Asseguram, na Educação Infantil, as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. (BNCC, p. 35).
.
Os campos de experiências essenciais em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às suas experiências. Considerando esses saberes e conhecimentos para o desenvolvimento integral da criança, conforme a BNCC são: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
O aspecto Cultural envolve os meios socialmente estruturados pelos quais a sociedade organiza os tipos de tarefas que a criança em crescimento enfrenta, e os tipos de instrumentos, tanto mentais como físicos, de que a criança pequena dispõe para dominar aquelas tarefa. (VYGOTSKY, 2006, p.26).
Procurou-se desta forma trabalhar as atitudes que permeiam os processos educativos, bem como os sentimentos da turma envolvida nesse processo, buscando promover atividades que auxiliem as relações pessoais através de vivências que levem à compreensão da realidade. Realizou-se o planejamento das atividades levando em conta o diálogo, respeito à individualidade de cada um, procurando levar conhecimento, como meio de melhorar a socialização e interação dos alunos.
É importante trazer as crianças para esse mundo da imaginação nos dias atuais em que praticamente todos estão conectados em um mundo virtual com práticas pedagógicas que envolvam a leitura de histórias, ao mesmo tempo que permite abordar valores, regras tradições, costumes, e também o lado emocional de cada um. A contação de história é importante pois:
A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).
 O ato de contar história é possível em todas as fases de desenvolvimento do ser humano, dessa forma, “o impulso de contar histórias deve ter nascido no homem no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros, certa experiência sua, que poderia ter significação para todos” (COELHO, 2000, p.13).
As escolas de Educação infantil são um local onde as crianças interagem socialmente, recebendo influências sócio culturais, para o desenvolvimento da aprendizagem. Nesse processo de formação, a Proposta Curricular de Santa Catarina enfatiza que:
Os processos de aprendizagem necessitam oferecer aos sujeitos um amplo leque de vivências e atividades ao longo de todo o percurso formativo, haja vista que a realização de uma dada atividade não promove o desenvolvimento de todas as capacidades humanas, assim, importa que a escola promova atividades relacionadas a diferentes áreas do conhecimento, bem como a valores éticos, estéticos e políticos. (Santa Catarina, 2014 p.38).
A Proposta Curricular de Santa Catarina, orienta ações educativas nos espaços formais de educação, tendo em vista a formação integral do indivíduo, o fazer pedagógico é articulado a diferentes áreas do conhecimento e aspectos do desenvolvimento infantil.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2014) a criança é um sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
Para que as crianças tenham vontade de participar de uma atividade de contação de história, cabe ao professor ou a quem estiver narrando-a, criar um ambiente atraente e convidativo, coerente com o tema da história. Desta forma, a contação de história contribui para a construção de saberes, onde as crianças estarão desenvolvendo aspectos, físicos, emocionais, social, entre outros. Aliando assim, o lúdico, as brincadeiras e a contação da história na rotina das crianças da educação infantil.
O Estágio Supervisionado Curricular obrigatório do curso de pedagogia, tem como objetivo, proporcionar a ação-reflexão na formação docente auxiliando a compreensão entre teoria e prática, pois tendo reflexão na prática haverá a busca de conhecimentos teóricos, os quais contribuirão para a prática.
Barreiro e Gebran abordam ainda:
,
A articulação da relação teoria e prática é um processo definidor da qualidade da formação inicial e continuada do professor, como sujeito autônomo na construção de sua profissionalização docente, porque lhe permite uma permanente investigação e a busca de respostas aos fenômenos e às contradições vivenciadas (BARREIRO; GEBRAN, 2006, p. 22).
Ao analisar o que significa o momento do estágio para nós futuros docentes, uma vez que, precisa-se passar por essas experiências, para que se possa vivenciar na prática o que se aprende com a teoria, percebe-se que a contação de histórias está ligada diretamente ao imaginário infantil. O uso dessa ferramenta incentiva não somente a imaginação, mas também o gosto e o hábito da leitura; a ampliação do vocabulário, da narrativa e de sua cultura A história tem um papel significativo na contribuição com a tolerância e o senso de justiça social, podendo criar novos rumos à imaginação, podendo ser eles bons ou ruins.
Uma vez percebido que a literatura não está recebendo um estímulo adequado, como alternativa a este contexto a contação de histórias se apresenta como uma alternativa para que as crianças tenham uma experiência positiva com a leitura, não somente como uma tarefa rotineira escolar que transforma a leitura e a literatura em simples instrumentos de avaliação, afastandoo aluno do prazer de ler. Porque, para formar grandes leitores, leitores críticos, não basta ensinar a ler. É preciso ensinar a gostar de ler. [...] com prazer, isto é possível, e mais fácil do que parece. (VILLARDI, 1997, p. 2).
A contação de história em sala de aula pode ser utilizada de diversas formas, seja com o uso de mídias tecnológicas, livros, fantoches, personagens criados através de lixo reciclável, narrada, teatros, entre outros. Além de divertir as crianças, a contação de histórias desenvolve a inteligência, instiga a imaginação, traz um resgate cultural, auxilia no desenvolvimento pelo gosto da leitura, formando futuros leitores
As palavras de Maciel (2010) são bem oportunas para a reflexão proposta neste trabalho, já que o autor defende a ideia de que o espaço da literatura em sala de aula, além de desvelar a obra e aprimorar percepções, também é uma maneira de enriquecer o repertório discursivo das crianças, sem ter medo da análise literária. Pois, “[...]longe da crença ingênua de que a leitura literária dispensa aprendizagem, é preciso que se invista na análise da elaboração do texto, mesmo com leitores iniciantes ou que ainda não dominem o código escrito.” (MACIEL, 2010, p. 59)
Sendo assim, a contação de história faz com que a criança fantasie e desenvolva o imaginário no decorrer da contação, antecedendo a própria leitura, desenvolvendo uma aprendizagem significativa, melhorando o desempenho escolar e as necessidades afetivas e sociais das leituras trabalhadas. No entanto, para que uma história prenda a atenção da criança deve despertar sua curiosidade, auxiliando a reconhecer, mesmo que inconscientemente, alguns de seus conflitos, apresentando perspectivas de soluções, mesmo que temporárias.
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2. O PERCURSO DO ESTÁGIO CURRICULAR
. O estágio é de extrema importância para a formação acadêmica, pois é o momento que o estudante tem o primeiro contato com o seu mercado de trabalho, permitindo ao estagiário vivenciar o que foi estudado nos livros e observar que a realidade teórica dos livros é bem diferente da vivida no ambiente de trabalho. “O Estagio supervisionado contribui para uma experiência importante nas atividades que os alunos deverão usar durante o curso de formação junto ao futuro campo de trabalho” (PIMENTA, 1997 pág. 21). O Trabalho de conclusão de Curso (TCC) tem como objetivo relatar a vivência e a prática de ensino-aprendizagem docente, uma vez que o estágio é um momento de fundamental importância no processo de formação profissional. É um treinamento que possibilita ao estudante vivenciar o seu local de trabalho.
Sobre a finalidade do estágio, Pimenta e Lima (2004, p.09), dizem que:
O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia” e ainda complementam que “os estagiários ao entrarem em contato com profissionais, são estimulados a estarem sempre inovando, buscando informações para a realização de uma boa prática.. (p.09).
Partindo desse pressuposto, tem-se como finalidade a intenção de documentar nossas experiências do estágio no Ensino Fundamental, Espaços Não formais e na Educação Infantil. 
O estágio de docência teve como objetivos, aprimorar a prática em sala de aula, propiciar a aproximação concreta da realidade profissional, através de situações reais de trabalho, envolvendo supervisores, estudantes e campo de estágio. No estágio, é onde tem-se a oportunidade de vivenciar, tudo o que aprendeu-se no curso de pedagogia, como planejar conforme a realidade dos alunos, refletindo-se sobre as práticas utilizadas, e também aprender as formas de agir, em todo contexto escolar.
2.1 O PERCURSO DO ESTÁGIO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
A Escola de Educação Básica São José está localizada no centro do município de Herval d’ Oeste – (SC). O estágio curricular supervisionado II no 4º Ano do ensino fundamental vespertino, ocorreu durante duas semanas em uma classe de 28 alunos.
A necessidade de desenvolver o projeto sobre a Solidariedade surgiu na observação que realizamos no Centro Educacional Roberto Trompowsky na cidade de Joaçaba. No entanto devido a problemas internos da direção dessa escola não foi possível aplicar o projeto de intervenção naquele momento nessa Instituição. Dessa forma por se tratar de um tema interdisciplinar e transversal, foi possível adequá-lo para outra turma da Escola de Educação Básica São José, porém modificou-se a sequência didática e suas atividades, conforme os conteúdos que a professora regente da turma havia programado para essas semanas e chegando mais próximo da realidade em que eles estavam inseridos.
A Escola de Educação Básica São José, Atende em três turnos (matutino, vespertino e noturno) alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio com habilitação em Magistério – Educação Infantil e Séries Iniciais, abrangendo as diversas comunidades deste município e de municípios vizinhos. A maior parte dessas comunidades é de etnia Italiana, Alemã e descendente de origem Portuguesa, bem como resquícios de caboclos da Guerra do Contestado. As famílias que integram essa comunidade escolar são de nível médio-baixo, onde sua renda provém do trabalho na agroindústria, funcionários públicos, profissionais liberais e empregados do comércio e indústria, agricultura e pequenas indústrias de fundo de quintal. As mesmas têm como valores básicos: solidariedade, respeito, união, responsabilidade e formação religiosa.
A Escola de Educação Básica São José pertence à Rede Estadual de Ensino, com imóvel próprio, tendo como ato de criação o decreto 1919. Possui um Total de 5.433,36m² área construída, sendo área do prédio escolar igual a 4.626,36m² e área do ginásio coberto de 807,00m². É composta por sala de direção, secretaria, biblioteca, depósito de merenda, administração escolar, sala de Sistema de Apoio Educacional e Didático (SAEDE), Almoxarifado, sala do Lego Educacional, depósito, sala dos professores, banheiro de professores feminino, banheiro de professores masculino, sala de assessora de direção, três salas de assistente técnico pedagógico, cozinha, refeitório, sala servente, lavanderia, sala de educação física, banheiro masculino (alunos), banheiro feminino (alunos), sala de material didático, sala da fanfarra, sala de informática, 28 salas de aula, ginásio de esportes coberto, casa do lixo, sala de artes, sala dança, salão de teatro, sala de ciências e sala de libras.
Para a Escola de Educação Básica São José, a concepção de homem, de sociedade e de mundo, implica num processo dinâmico de rupturas e de constantes mudanças de paradigmas, cabendo a escola planejar ações adequadas a cada realidade sem perder o sentido de totalidade. Nessa perspectiva, o conhecimento precisa ser analisado a partir de múltiplos determinantes para que se possa chegar a uma compreensão cada vez mais objetiva da realidade.
Trata-se de um processo, no qual há de se considerar o conhecimento prévio do aluno respeitando seus valores e limitações. Esta é uma das razões que nos fez pensar em elaborar um projeto educativo integrado, voltado às ações do professor e da unidade escolar. Estas ações pedagógicas serão caracterizadas num movimento social tendo em vista o crescimento das pessoas envolvidas e da comunidade. No ambiente escolar as contribuições trazidas pelos alunos são partilhadas e acrescidas mediante as contribuições do professor, que aprende e ensina na construção desse cotidiano cada vez mais complexo.
Na observação realizada, constatou-se que os alunos possuem direitos e também deveres, entre eles: que assumam seus compromissos escolares. Tenham iniciativa. Que estejam aptos a participar ativamente da vida em comunidade. Que sejam apaixonados pelo conhecimento, motivados, solidários, participativos e comunicativos. Que façam do estudo sua meta pessoal.
É neste sentido que surgiu a necessidade de trabalhar a solidariedade como tema do Projeto Intervenção na escola, sendo a escolaum espaço importante de construção da cidadania e democracia, onde se devem orientar alunos a exercerem seus direitos e deveres, vivenciando os princípios democráticos. A qualidade na educação não contemplam apenas os conteúdos, mas também uma boa formação moral.
Uma vez que o ato Solidário é a verdadeira demonstração de amor e faz parte também como tema transversal abordado neste ano na escola, decidimos iniciar um desafio, que nos empolgou e estimulou, pelas dificuldades e oportunidades inerentes à crise que vivemos, sendo que falar de boa ação é muito simples, quando quem exerce o ato solidário ganha muito mais.
 Sendo assim, a realização do Projeto de Intervenção, teve como tema “Solidariedade” e subtema “O mundo que vivemos e o mundo que queremos”, nosso objetivo foi fortalecer nos alunos o amor ao próximo e a generosidade, proporcionando ao educando reflexões e atitudes que visem o desenvolvimento da solidariedade, a fim de formar seres mais fraternos a fim de exercer os seus direitos e deveres sociais.
Para elaboração do Projeto utilizou-se como metodologia as seguintes estratégias: conversas, relatos de experiências, ajuda ao próximo, literaturas sobre o tema, histórias e filmes, notícia de jornal e TV, textos informativos, uso de canções sobre o tema, registros através de desenhos, brincadeiras, bem como ações que visem à participação do aluno no dia a dia sobre o tema. O planejamento das atividades foi organizado por meio de sequências didáticas para os Anos Iniciais, e a execução do projeto foi na Escola de Educação Básica São José, sendo que as sequências foram readaptas para esta nova realidade. Dessa experiência, destaca-se que as atividades mais significativas foram as que tiveram ações efetivas de solidariedade, como por exemplo doações de donativos para crianças mais carentes ou a plantação de mudas frutíferas, ato solidário com a natureza.
Ao final, o aluno foi avaliado de forma integral, considerando o que muda no seu dia a dia e das pessoas com quem convive e suas relações com o grupo, como também na construção dos conceitos de amizade e solidariedade a partir do aprendizado adequerido.
2.1.1 Análise da práxis pedagógica nos Anos Iniciais
O Estágio Supervisionado curricular obrigatório no curso de Pedagogia, tem como objetivo proporcionar conhecimentos teóricos e práticos na área de atuação, através de observação, regência e conhecimento na parte pedagógica, conduzindo à descoberta de meios importantes para o preparo do trabalho a ser executado.
Para tanto, a ação-reflexão na formação docente auxilia a compreensão entre teoria e prática, pois tendo reflexão na prática haverá a busca de conhecimentos teóricos, os quais contribuirão para a prática.
Barreiro e Gebran abordam ainda:
A articulação da relação teoria e prática é um processo definidor da qualidade da formação inicial e continuada do professor, como sujeito autônomo na construção de sua profissionalização docente, porque lhe permite uma permanente investigação e a busca de respostas aos fenômenos e às contradições vivenciadas (BARREIRO; GEBRAN, 2006, p. 22).
 Segundo Freire (2001), o estágio permite uma aproximação ao futuro campo de atuação profissional e “promove a aquisição de um saber, de um saber fazer e de um saber julgar as consequências das ações didáticas e pedagógicas desenvolvidas no quotidiano profissional” (FREIRE, 2001, p. 25).
Para entender a prática enquanto práxis é necessário assumir a indissolubilidade entre a teoria e a prática. Segundo Pimenta e Gonçalves (1990) consideram que a finalidade do estágio é a de propiciar ao aluno uma aproximação à realidade na qual atuará. 
Essa reflexão se faz necessária, pois contribui para que o educador ao refletir sobre a realidade que observa, possa depois retornar para essa mesma realidade afim de inová-la ou transformá-la.
Destacou-se também que para a execução de um bom Projeto de Estágio Supervisionado: a atuação do “professor supervisor” do Estágio e o papel da escola que recebe o estagiário são fatores importantes.
Sendo assim, ficou claro o papel de destaque e a grande responsabilidade que o professor possui na formação dos alunos desde a infância, pois cabe a ele a tarefa de não somente ensinar o conteúdo obrigatório nas disciplinas, mas principalmente tornar o saber algo produtivo e significativo, instigante, capaz de envolver o aluno e fazer com que busque cada vez mais conhecimento. O sucesso do processo de ensino aprendizagem está diretamente ligado à forma como professor e aluno se relacionam.
O desejo de realizar um Projeto de Intervenção sobre o Tema Solidariedade surgiu depois de realizou-se a observação. Uma vez que percebeu-se que os alunos estão se isolando, por conta das tecnologias, como também perdendo valores essenciais para o convívio na sociedade e na formação do ser humano.
A diversidade encontrada na escola contribui para criar uma relação de troca, como vimos, complexidade, antagonismos e contradições, são fatores que provocam conflitos, mas podem gerar mudanças, que determinam o crescimento e o aprendizado. Portanto o aluno precisa enxergar nesse ambiente a oportunidade de crescer e aprender e é o professor reflexivo que vai despertar nele a curiosidade para esse fato, fazendo-o encontrar ali um convívio prazeroso e gratificante.
Nesse sentido o professor e a escola precisam transmitir aos alunos que o trabalho em equipe é importante , porque um não sobrevive sem o outro e ambos não sobrevivem sem o aluno. O professor e a escola precisam ser parceiros, porque fazem parte de um mesmo objetivo no qual o aluno é o principal personagem. A escola e o professor precisam ser reflexivos, ter ambiente propício para a de construção do conhecimento. O professor tem que ter sempre em mente que a escola se faz de pessoas e que a sua imagem ficará na memória dos educandos.
Uma vez que percebe-se que os alunos estão se isolando, por conta das tecnologias, como também perdendo valores essenciais para o convívio na sociedade e na formação do ser humano, surgiu o desejo de realizar um Projeto de Intervenção sobre o Tema Solidariedade, atendendo dessa forma os objetivos da Escola em formar cidadãos, com consciência voltada para as questões sociais, que desenvolvam censo crítico, desempenhando seu papel na sociedade em que estão inseridas, preservando a cultura de cada um, e acima de tudo respeitando as diferenças. 
Desta forma através do Projeto de Intervenção sobre solidariedade, que colocou-se em prática no Estágio Curricular Supervisionado, concluiu-se que a escola se preocupa em formar cidadãos, com consciência voltada para as questões sociais, que desenvolvam censo crítico, desempenhando seu papel na sociedade em que está inserida, preservando a cultura de cada um, e acima de tudo respeitando as diferenças. 
Assim entendeu-se que a sociedade é individualista e consumista, sendo que os brasileiros costumam ser muito solidários, o que ameniza a carência da população que mais necessita. Outra característica notável nos brasileiros é a capacidade de compartilhar dos sofrimentos das outras pessoas, colocando-se muitas vezes no lugar do outro para ajudá-lo. Existem diversas formas de ser útil e de colaborar solidariamente, seja com uma pessoa, comunidade carente ou organizações que propõe essa atividade. Ser solidário pode ser apenas uma atitude ou uma boa vontade de alguém.
Pensando na formação integral do aluno, aliando à construção do conhecimento a vivência de valores como incentivo ao resgate de valores morais como auto respeito, respeito com os colegas, funcionários e professores, a meta foi desenvolver o projeto relacionado ao conceito de respeito, disciplina, ética e amor ao próximo, entre outros formando alunos competentes no mundo social em que vivem. Desta forma através deste tema ampliou-se e somou-se aos objetivos e metas da escola com ações participativas, criando oportunidades do cotidiano, onde o aluno se perceba agente da própria história e assume a responsabilidade por suas escolhas e ações, criandoa consciência de que aprendemos em conjunto no diálogo e na partilha, promovendo relações fraternas e desenvolvendo potencialidades.
2.2 O PERCURSO DO ESTÁGIO EM OUTROS ESPAÇOS EDUCATIVOS
O percurso do estágio em outros espaços educativos se deu através de um projeto de Gestão que trouxe como proposta o desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar aplicado em um espaço não formal. O Espaço escolhido foi a Associação de Xadrez de Joaçaba- (SC), que trabalha baseada em parcerias com empresas privadas, onde através de um patrocínio, é ajudada financeiramente para a manutenção das despesas e também através do auxílio de órgãos públicos, interessados em ajudar nesse propósito de formar cidadãos com maior capacidade de entendimento, raciocínio, percepção e capacidade de tomada de decisão frente a análise lógica e estruturada dos problemas encontrados.
Portanto, decidiu-se realizar um projeto de gestão que contemplasse ao mesmo tempo: a divulgação da Associação, através das redes sociais, uma vez que essas estão alcance de uma grande parte da população como também colaborar com a sustentabilidade, auxiliando as crianças que participam da associação a confeccionarem tabuleiros de xadrez com materiais recicláveis, a fim de que fossem vendidos para arrecadar fundos para a associação, já que a mesma é mantida por patrocinadores. 
O projeto teve como objetivo geral estabelecer meios para que a Associação efetivamente conseguisse ter um desenvolvimento sustentável, a fim de que pudesse transferir para as crianças em idade escolar os fundamentos do xadrez de forma agradável e atrativa.  Estimulando a mudança prática de atitudes e a formação de novos hábitos com relação a utilização dos recursos naturais, auxiliando para que a sociedade possua um ambiente sustentável, garantindo a vida no planeta, trazendo mais crianças para participar, assim como, proporcionar interação entre a associação e as famílias dos alunos, criando um sentimento de orgulho e vontade de perpetuar a associação dentro da sociedade. 
O jogo de Xadrez é ao mesmo tempo, um passatempo e um jogo bastante sério e complexo que envolve analisar, planejar, executar, revisar e persistir além de em alguns momentos trabalhar algumas emoções como ansiedade, frustração, alegria e a possibilidade de lidar com vitórias e derrotas ao longo dos jogos. Logo aliou-se o desenvolvimento intelectual, que um jogo poderá trazer para as crianças com a conscientização para uma prática sustentável, incentivando a reutilizar os materiais, colaborando com pequenos gestos à um desenvolvimento sustentável, que podem contribuir de forma significativa na formação de cidadãos mais capazes de contribuir para a sociedade.
Após a observação do espaço não formal e conversa com o vice-presidente da associação, apresentou-se uma proposta, onde o mesmo aceitou a elaboração do trabalho e entendeu ser um projeto interessante até mesmo para a associação ser divulgada em face ao fato de que a associação está sendo reconstituída após vários anos sem nenhuma atividade no município.
A produção excessiva de lixo no planeta é consequência de ações provocadas por consumismos exagerados e pela falta de conscientização por parte da população mundial. A reciclagem é uma forma de devolver à natureza de forma menos impactante o que dela foi tirado. A reutilização de materiais descartáveis pode ser uma alternativa concreta e prática para desenvolver o processo de conscientização ambiental em crianças. 
O tabuleiro confeccionado com recicláveis, além de ajudar a preservar o meio ambiente, contribui para o desenvolvimento da criatividade da criança do seu pensamento crítico e do aprendizado em relação ao desperdício (consequência do consumo exagerado). É uma maneira simples barata e divertida de educar e contribuir para a formação de cidadãos críticos, facilitando a internalização das regras e valores. O aluno poderá perceber que é parte integrante e agente transformador do meio humano, contribuindo para melhorá-lo, além de sentir a importância individual e coletiva na preservação do meio ambiente (WEINGRILL, 2003; AGUIAR, 2010).
Alguns exemplos de sucatas que poderão ser reutilizados na confecção dos tabuleiros: Papelão, tampas de garrafas, pilhas. E após a confecção os mesmo serão vendidos para ajudar a associação financeiramente. 
Foi proposto, que a venda se dará através da divulgação pelo Facebook. A associação já tem uma conta nessa rede social, qual será usado a seu favor para compartilhar os vídeos referentes ao jogo de xadrez, sobre a associação e suas atividades, e chegar assim a mais pessoas, uma vez que essa é uma rede social que está ao alcance de da maioria da população, como também dos seus alunos. Sendo assim a criação desse material didático tem como objetivos de aprendizagem conhecer o Jogo de Xadrez.
Um dos conteúdos a ser sugerido para a publicação foi um vídeo explicando todos os componentes de um jogo de xadrez para que as crianças percebem os objetos envolvidos no jogo. Este material deve trazer os detalhes de cada peça e tabuleiro. Citar alguns momentos da história em que o jogo de xadrez esteve presente e algumas das pessoas notórias dentro da história praticam este jogo. Deve-se utilizar uma linguagem simples e com figuras de linguagem atrativas a crianças em idade escolar.
Um segundo vídeo explicando a posição inicial de cada peça sobre o tabuleiro e como funciona a movimentação de cada uma. Os movimentos devem ser explicados com calma e em sequência para demonstrar de onde elas partem e onde elas param. Explicação das formas de captura de peças adversárias por cada peça. Identificação das formas que o jogo termina.
A proposta inclui a gravação um vídeo, das crianças confeccionando os tabuleiros, bem como eles prontos, e postados a fim de divulgar para venda dos mesmos, onde o dinheiro arrecadado ajudará a instituição uma vez que a mesma é mantida por outras entidades e patrocinadores.
Após esses vídeos serem gravados, postar no Facebook da Associação, para que os alunos, possam compartilhar e mais pessoas conheçam o jogo e suas regras bem como seja assim, divulgada a associação e o seu trabalho.
O projeto foi apenas proposto e não executado, mas entendeu-se que apresentado a associação e se eles efetivamente gostaram da proposta e executaram, poderia contribuir muito para a mesma, uma vez que é mantida por patrocinadores.  A divulgação e a venda dos tabuleiros através do Ffacebook faria com que mais pessoas se interessem em ajudar, como também o número de alunos tenderia a aumentar.
2.2.1 Análise da proposição do projeto de gestão em outros espaços educativos
O Estágio realizado é a oportunidade de aprendizado proporcionado por essa experiência estabelecendo uma relação entre o Formal e o não Formal para a formação profissional em pedagogia.
Para Gohn (2006):
A Educação Não-Formal apresenta como intencionalidade criar determinadas qualidades  e/ou  objetivos  em  espaços  não   escolares  articulando   seus trabalhos em variadas dimensões, objetivando a formação do indivíduo nos aspectos políticos, contribuindo  para   a conscientização  dos sujeitos sobre seus direitos enquanto cidadãos, como também a capacitação destes para o mundo  do  trabalho,  seja  por  meio  da  aprendizagem de  habilidades  e/ou desenvolvimento de potencialidades, capacitando os indivíduos a se organizarem  com objetivos  comunitários,  atentando  ainda  para  o  ensino- aprendizagem diferenciado daquele que perpassa os conteúdos da escolarização formal (GOHN, 2006,p.27-37).
Assim, desenvolveu-se um projeto de a gestão com os alunos participantes, a fim de que eles mesmo, através de ações, como a confecção de tabuleiros e peças com material reutilizáveis possam promover a divulgação da Associação, arrecadar recursos e principalmente colaborar com os objetivos do desenvolvimento sustentável.
De acordo com Pandini 2016, o material didático [...] concebido, como elemento chave no processo de ensino aprendizagem, incide de forma direta na qualidade do processo educativo[...]. Por issoo material didático escolhido deverá envolver a direção, alunos e população, a fim de que traga benefícios a Associação de xadrez, a gestão da mesma e se enquadre nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para ajudar a alcançá-los futuramente.
Para Seiffert (2009, p.23), “o desenvolvimento sustentável constitui-se na adoção de um padrão de desenvolvimento requerido para obter a satisfação duradoura das necessidades humanas, com qualidade de vida.”
Portanto, compreendeu-se a necessidade das instituições pensarem em modelos de gestão que se preocupem com o futuro do nosso planeta, uma vez que assim como em nossa vida pessoal, ter uma atitude sustentável no trabalho é algo cada vez mais exigido. 
Empreender iniciativas sustentáveis, de forma voluntária, faz com que a organização se destaque das demais e construa uma imagem positiva perante o mercado e a sociedade. Para isso, pensamos nesse projeto de reutilização de materiais recicláveis, como também utilizando as tecnologias em seu favor, a fim de promover a divulgação, e desenvolver parcerias de apoio à ações que contribuam para a solução de grandes problemas mundiais. Por fim, podemos dizer que o assunto não se esgota aqui, pois como vimos nos nossos estudos do Caderno Pedagógico, o conceito de Desenvolvimento Sustentável ainda está em processo de construção e evolução e nesse sentido, se faz necessário cada vez mais que as gerações presentes e futuras, sejam indivíduos críticos e conscientes do seu papel na sociedade, assim como o papel do professor é fundamental nesse processo.
2.3 O PERCURSO DO ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
  
O processo de formação da docência ocorre ao longo do curso, pela articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão e sobretudo pela indissociabilidade entre a teoria e prática pedagógica. Pimenta (2004) ressalta: “Entendemos que o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental”. Sendo assim, observou-se a Instituição de Ensino Grupo Escolar Municipal (GEM) Prof. Adolfo Becker, com o objetivo de investigar as práticas pedagógicas, a organização escolar, o funcionamento da instituição no seu cotidiano no âmbito da educação infantil, trazendo aquisições importantes na aprendizagem acadêmica, elaborou-se um projeto, o qual colocou-se em prática as teorias estudadas no decorrer do curso. 
Para Lima (2001, p. 67), “a prática pela prática e o emprego de técnicas sem a devida reflexão pode reforçar a ilusão de que há uma prática sem teoria”. Contudo, continua a autora, a prática deve ser entendida como práxis, ou seja, deve ser uma atitude teórico-prática, humana, transformadora da realidade. 
A Leitura de contexto de Estágio na Educação Infantil, foi realizada na Instituição Grupo Escolar Municipal Prof. Adolfo Becker, observou-se o funcionamento da escola, sua rotina, a estrutura física, atividades extra sala e a dinâmica da professora em ministrar suas aulas, nas turmas observadas, percebeu-se que os professores adaptam os conteúdos à realidade dos alunos, buscando associar ao cotidiano. Para tanto a professora trabalha com conceito sócio interacionista de acordo com o que apurou-se no PPP, e o mesmo é embasado principalmente nas teorias de Vygotski. A professora auxilia o aluno para que ele se aproprie de materiais e símbolos existentes na própria cultura, na realização de atividades, atuando como mediadores no processo de ensino aprendizagem, não apenas como mero transmissor de informação, mas participando do aprendizado, os alunos têm participação ativa, questionando, trazendo o conteúdo para sua própria realidade, essa mediação pedagógica contribui para que o aluno vá além do que ele já sabe na realização de uma atividade, rompendo com a forma padronizada de ensino por entender professores e alunos como agentes de construção e transformação social. Segundo afirma Vygotsky:
 
O que uma criança é capaz de fazer com o auxílio dos adultos chama-se zona de seu desenvolvimento potencial. Isto significa que, com o auxílio deste método, podemos medir não só o processo de desenvolvimento até o presente momento e os processos de maturação que já produziram, mas também os processos que estão ainda ocorrendo, que só agora estão amadurecendo e envolvendo-se. (VYGOTSKY, 2006, p.112). 
 
 O GEM Professor Adolfo Becker, localizado está localizado no bairro São Vicente na cidade de Herval d’Oeste, trabalha com a Metodologia de Projetos (sequência didáticas, atividades permanentes e de rotina), baseia-se na Proposta Sócio Interacionista, envolvendo atividades interdisciplinares, com as quais possam ser abordados todos os componentes curriculares para a formação integral das crianças. Visa-se a ampliação dos conceitos já adquiridos pelos educandos para a sua transformação em conhecimentos científicos, onde o professor age como desafiador, mediador e possibilita trocas entre sujeito e o objeto. 
Atende atualmente aproximadamente 200 crianças na faixa etária de 4 a 13 anos, matriculadas do Pré-escolar ao 5º ano do Ensino Fundamental, nos períodos matutino e vespertino. Seu quadro funcional é composto por 22 funcionários tendo na direção, a professora Viviane Aparecida Campanhol Sbrusi. 
A população atendida na Unidade Escolar reside no Bairro Nossa Senhora Aparecida, sendo crianças carentes, cujas condições econômicas e sociais são extremamente precárias. Também atende alunos advindos dos bairros Vila Rica e São Vicente, bem como do interior do município, como Linha Barra Verde. A Escola está localizada em uma comunidade em que sua maioria não faz parte da clientela por ela atendida. O grau de escolaridade dos pais das crianças é em sua maioria ensino fundamental incompleto, outros semi-analfabetos e analfabetos, sem profissão e desempregados. Por outro lado atende também alunos oriundo de famílias cujos pais possuem emprego fixo, bem como seu nível de escolaridade é um pouco melhor. Baseando-se na convivência diária dos alunos e contatos feitos com os pais observou--se que, no aspecto religioso os familiares frequentam diversas crenças, sem predominância de uma. 
A Instituição se organiza para executar a proposta de trabalho através de planejamento coletivo que é constituído por professores e equipe de coordenação pedagógica. O calendário escolar é elaborado de acordo com a legislação vigente, no início do ano letivo, pela Secretaria de Educação e pelo corpo técnico pedagógico, o processo de avaliar sugerido por essa unidade educacional será constante. 
O objetivo geral é desenvolver ações conjuntas envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar, levantando e discutindo propostas que norteiam os trabalhos desenvolvidos na Instituição Escolar, estabelecendo uma relação pedagógica, democrática e emancipadora e, ao mesmo tempo ampliando o entendimento nas várias dimensões: administrativa, financeira e pedagógica. 
A Unidade Escolar atende crianças no período matutino no horário das 7:30 às 11:30, atende crianças da educação infantil: Pré II e Pré III e Ensino Fundamental: 2º, 3º e 4º ano. No período vespertino a aula começa 13:15 às 17:15, atendendo crianças da Educação Infantil: Pré II e Pré III e Ensino Fundamental: 1º, 3º e 5º ano. Oferece também atendimento com jornada ampliada de sete horas diárias, sendo o Programa Novo Mais Educação, com atendimento a 62 (sessenta e dois alunos) do Ensino Fundamental nos seguintes horários: Matutino das 8:15 às 11:30 horas e vespertino das 13:15 às 16:30 horas. 
Na Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, a criança passa a ser vista como parte integrante do processo de ensino aprendizagem, é considerada um ser histórico, social e de direitos. Conforme enfatiza as Diretrizes Curriculares para Educação Infantil, a criança é vista como:
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2010, p. 12).
O documento considera a criança, sujeito ativo e participativo de sua própria aprendizagem, capaz de construir e adquirir novos conhecimentos na medida em que é estimulado, seja de forma individual ou coletiva.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Infantil, em seu Artigo 9º:, 
Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. (BNCC, p.34).	Comment by Willian J. Goetten: Falta o ano.
O brincar e as brincadeiras, são a essência do trabalho pedagógico nesta etapa de ensino é por meio da brincadeira a criança faz descobertas, aprende, imita, interage e se desenvolve de maneira integral formando suas próprias opiniões, sobre si, sobre o outro e sobre o meio, opiniões estas que formaram a sua personalidade e sua identidade.
É através do brinquedo, das brincadeiras, das atividades musicais, rítmicas e dos movimentos que a criança conhece o mundo e se conhece. Essas atividades abrem precedentes para que a criança efetive seus saberes e desenvolva ações geradoras de novos conceitos.
Os direitos de aprendizagens conforme citados na Base Nacional Comum Curricular: Direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se:,
“Asseguram, na Educação Infantil, as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. ( BNCC, p 35).	Comment by Willian J. Goetten: Falta o ano
Os campos de experiências essenciais em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às suas experiências. Considerando esses saberes e conhecimentos para o desenvolvimento integral da criança, conforme a BNCC são: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Na observação em que realizou-se na Instituição, sentiu-se a falta de contação de histórias para turmas do Pré II e Pré III, o que instigou-se a realizar a proposta do projeto de intervenção trabalhando esse tema. Onde buscou-se com a contação de história desenvolver a imaginação, a criatividade, a oralidade, incentivar o gosto pela leitura, contribuindo na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. 
O conhecimento da linguagem é formado a partir das vivências e reflexões orientadas pelo professor criando e aproveitando momentos lúdicos. Sendo que através do imaginário a criança repete situações que já conhecem, há um resgate cultural, auxilia na construção do conhecimento e contribui para o exercício da cidadania. A contação de histórias é importante pois:
 
A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).  
 
Portanto, é de extrema importância a maneira que a contação de história é trabalhada na educação infantil principalmente porque nessa etapa da vida do sujeito é que se constrói sua identidade. É através do lúdico, das brincadeiras, que as crianças desenvolvem capacidades de socialização por meio de interação e experimentação de regras e papéis sociais. Desde os tempos remotos e ainda hoje, a necessidade de exprimir os sentidos da vida, buscar explicações para nossas inquietações, transmitir valores de avós para netos têm sido a força que impulsiona o ato de contar, ouvir e recontar histórias.  
A contação de histórias é uma atividade fundamental que transmite conhecimentos e valores, sua atuação é decisiva na formação e no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.  
Para a elaboração do projeto de intervenção docente, executado na educação infantil, utilizou-se da pesquisa ação como recurso metodológico, bem como dentro de uma perspectiva interdisciplinar com as disciplinas da 8ª fase do curso de Pedagogia: Educação Lúdica, Literatura Infanto Juvenil, Metodologia da Educação a Distância II e Ciência Tecnologia e Sociedade, para o desenvolvimento de todas as atividades planejadas de acordo com a análise de contexto e estudo de campo, realizado anteriormente no GEM Adolfo Becker. As atividades voltadas ao tema contação de história, e subtema moradias, com duração de 40 horas foi desenvolvida na turma do Pré III, com alunos de faixa etária de 5 anos de idade. As atividades organizadas foram abordadas de diferentes maneiras, de forma lúdica, para despertar o interesse das crianças pelas atividades, histórias e brincadeiras, procurou-se instigar as crianças o gosto pela literatura, associando o tema moradia com as atividades, bem como a interdisciplinaridade, onde todos puderam interagir e participar das atividades propostas com autonomia, assegurando os direito de aprendizagens conforme citados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se (BRASIL,2009). 
Cientes da organização dos espaços de tempos da instituição, procurou-se desenvolver atividades significativas visando respeitar os horários destinados aos cuidados com a higiene e alimentação, parque e brinquedos. Através de músicas, brincadeiras, histórias, atividades e passeios, desenvolvendo habilidades e capacidades motoras e linguísticas.
O desenvolvimento dos conteúdos trabalhados foi de forma criativa, flexível e adaptável, com intuito de desenvolver competências, integrando as mais diversas áreas do conhecimento. 
Para alcançar os objetivos propostos, executou-se as atividades planejadas seguindo os campos de experiências conforme a BNCC essenciais para o desenvolvimento integral da criança: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos, traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempo, quantidades, relações e transformações. Algumas das atividades mais significativas, desenvolvidas no processo de intervenção docente no campo de estágio, serão relatadas abaixo.  
A chamadinha e a Rotina foi de extrema importância, pois nesses momentos relacionou-se o tema moradias com o cotidiano e o meio em que as crianças estão inseridas. Após assistir ao filme, a construção das casinhas dos três porquinhos por eles mesmo foi muito interessante, pois permitiu que as crianças pudessem perceber os diferentes tipos de materiais e suas procedências. Outro momento significativo, foi a realização da salada de frutas, após a contação da história “Cada um mora onde pode”, as crianças tocaram e experimentaram as mais diversas frutas. O momento do passeio realizado no bairro foi possível observar as mais variadas moradias, trouxe a realidade das crianças para dentro da sala, na volta confeccionou-se uma maquete. Outras histórias contadas de forma lúdica e músicas relacionadas ao tema, despertaram grande interesse por parte das crianças.
Das atividades executadas, sobretudo as que implicavam em que fizessem suas próprias criações foram muito bem recebidas pelas crianças. Os momentos de brincadeira aconteceram dentro e fora da prática das atividades propostas. Procurou-se em cada momento valorizar a prática do aluno, não apenas a prática do fazer, mas a do ser, tudo foi planejado de modo a não apenas atender necessidades, mas conduzi-los a um aprendizado significativo, social,humano, de valorização do outro.
2.3.1 Análise da práxis pedagógica na Educação Infantil
O projeto de intervenção docente executado, na educação infantil, utilizou-se da pesquisa ação como recurso metodológico, para que todas as atividades planejadas fossem desenvolvidas de acordo com a análise de contexto e estudo de campo, realizado anteriormente no GEM Adolfo Becker. Diante do conteúdo moradias, aplicou-se o projeto durante as 40 horas de estágio nainstituição, procurando instigar as crianças o gosto pela literatura, associando o tema moradia com as atividades, bem como a interdisciplinaridade. Buscou-se encaixar todas as atividades planejadas sem sair da rotina diária das crianças para que assim as ações propostas respeitassem momentos de café da manhã, lanche, parque, brinquedos, higiene, de forma a integrar e a cuidar das crianças.  
Os conteúdos trabalhados foram desenvolvidos de forma criativa, flexível e adaptável, com intuito de desenvolver competências, integrando as mais diversas áreas do conhecimento. 
 Cientes da organização dos espaços de tempos da instituição, procurou-se desenvolver atividades significativas visando respeitar os horários destinados aos cuidados com a higiene e alimentação. Através de músicas, brincadeiras, histórias, atividades e passeios, desenvolvemos habilidades e capacidades motoras e linguísticas.  
 Desenvolveu-se atividades voltadas ao tema contação de história, com o tema moradias, com duração de 40 horas desenvolvida na turma do Pré III, com alunos de faixa etária de 5 anos de idade. As atividades organizadas foram abordadas de diferentes maneiras, de forma lúdica, para despertar o interesse das crianças pelas atividades, histórias e brincadeiras, onde todos puderam interagir e participar das atividades propostas com autonomia, assegurando os direito de aprendizagens conforme citados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se (Brasil, 2009). 
Para alcançar os objetivos propostos, executamos as atividades planejadas seguindo os campos de experiências conforme a BNCC essenciais para o desenvolvimento integral da criança: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos, traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempo, quantidades, relações e transformações. Algumas das atividades, desenvolvidas no processo de intervenção docente no campo de estágio.
A aplicação do Projeto de intervenção foi aprovado previamente pela orientadora de Estágio Curricular Supervisionado e pela professora regente, fazendo uma ligação entre o que se pretendia propor e o que já vinha sendo desenvolvido pela professora, no caso o tema foi “moradias”.
As sequências didáticas foram avaliados anteriormente, mas sofreram algumas modificações e alterações durante o processo, o que apenas serviu para confirmar o que muito se tem falado sobre a flexibilidade dos mesmos.
Cada momento vivenciado na prática mostrou de forma mais potente a necessidade de o professor de Educação Infantil adentrar a sala de aula bem preparado e o olhar precisa ser diferenciado, precisa ser, sobretudo muito humano e sempre amoroso. As atividades propostas, sobretudo as que implicavam em que fizessem suas próprias criações foram muito bem recebidas pelas crianças. Os momentos de brincadeira aconteceram dentro e fora da prática das atividades propostas. Procurou-se em cada momento valorizar a prática do aluno, não apenas a prática do fazer, mas a do ser, tudo foi planejado de modo a não apenas atender necessidades, mas conduzi-los a um aprendizado significativo, social, humano, de valorização do outro.
Diante disso, pode-se considerar que em tudo que foi desenvolvido foi enxergado algo positivo. Seja na birra de um aluno ou no comportamento inadequado do outro, estes momentos colaboraram para que as vivências fossem ainda mais significativas e enriquecedoras.
Apesar de constatarmos que as escolas públicas carecem de recursos materiais para a realização das práticas pedagógicas, a experiência foi, de fato enriquecedora e foi possível perceber que a prática e a teoria podem caminhar juntas para a melhoria do ensino neste país, usando boa vontade e criatividade.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estágio proporcionou um novo olhar sobre a realidade da vida escolar e assim foi possível fazer uma análise mais profunda e crítica sobre a prática vivenciada e a teoria estudada, contatou-se que a experiência foi significativa, pois permitiu compreender a realidade da escola e o seu papel na sociedade. 
Após as observações realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado nos Anos Iniciais, Espaço não Formal e Educação Infantil percebeu-se que as Instituições tem em comum a preocupação com a formação integral de suas crianças, e estão engajadas com as mudanças propostas pelos documentos oficiais, no entanto, percebeu-se que as crianças, estão se isolando, por conta das tecnologias, como também perdendo valores essenciais para o convívio na sociedade e na formação do ser humano, sendo assim a razão do Projeto de Intervenção sobre o Tema Solidariedade, que por ser um tema interdisciplinar e transversal, permitiu-nos desenvolver leitura e escrita, interpretação de texto, uma vez que alfabetização e letramento é um processo que dura a vida toda, a criança desde cedo desenvolve suas habilidades de letramento, mas na prática social é que o indivíduo, utiliza essas práticas para transformar sua realidade, inter-relacionando essas habilidades com suas necessidades de mudanças, sejam elas mudanças que correspondem a valores, progresso profissional, práticas sociais e cidadania. 
 Observou-se também a falta do lúdico e brincadeiras, diante disso, o desejo de trabalhar “Contação de Histórias” como tema do Projeto de Intervenção na Educação Infantil, com o objetivo de despertar nos alunos e familiares o gosto pela leitura, uma vez que o brincar possibilita, às crianças, desenvolverem a capacidade de exercitar a sua transformação por meio da criação de situações imaginárias. É através do lúdico, das brincadeiras, que as crianças desenvolvem capacidades de socialização por meio de interação e experimentação de regras e papéis sociais.
 Considera-se papel da educação infantil promover o desenvolvimento global da criança (social, motor e cognitivo). Para tanto é preciso considerar os conhecimentos que ela já possui, proporcionar que ela vivencie seu mundo, explorando, respeitando e reconstruindo. Nessa perspectiva o educador dessa área deve trabalhar a criança, tomando como ponto de partida que está é um ser com características individuais e que precisa de estímulos, para crescer criativa, inventiva e acima de tudo critica. O lúdico aplicado à prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. O educador precisa ser capaz de respeitar e nutrir o interesse da criança, dando-lhe possibilidades para que envolva em seu processo, ou do contrário perde-se a riqueza que o lúdico representa. O lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser encarado de forma séria e usado de maneira correta, com objetivos e não aleatoriamente para preencher tempo.
A criança aprende através da atividade lúdica ao encontrar na própria vida, nas pessoas reais, a complementação para as suas necessidades.
 Sendo assim, o período de realização do estágio curricular Supervisionado no curso de Pedagogia da CEAD/UDESC/UAB, trouxe conhecimentos, expectativas, forças, e motivação para continuar na área. A experiência adquirida proporcionou uma reflexão sobre como é a realidade do docente em sala de aula. Constatou-se que o bom profissional não pode ficar estagnado no tempo, ele tem que estar sempre renovando. O professor deve sempre estar se aperfeiçoando de forma contínua, deve ser consciente de que é um agente transformador. Precisa sair em busca de novos conhecimentos, criar e recriar novas técnicas para que os discentes não sejam meros

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