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METODOLOGIA DA GINÁSTICA DE ACADEMIA - SDE3928 METODOLOGIA DA GINÁSTICA DE ACADEMIA (13/02/2020) Contextualização A ginástica remonta à Grécia antiga, período em que foi desenvolvida de forma mais sistematizada e efetiva. O termo origina-se do grego gymnádzein, que tem por tradução aproximada "exercitar-se fisicamente". Em sua evolução histórica, a ginástica influenciou no próprio conceito e desenvolvimento da educação física, tornando-se um campo de conhecimento tradicional desta e, no conjunto das manifestações corporais, uma importante e tradicional prática pedagógica, que se faz presente em diferentes espaços, como escolas, academias, clubes, condomínios, empresas, centros comunitários, áreas de lazer, etc. No contexto do curso, Metodologia da Ginástica de Academia é conteúdo das Dimensões das Manifestações da Cultura do Movimento Humano, todavia, articula-se com os conteúdos das outras dimensões, utilizando-se dos conhecimentos pedagógicos, biodinâmicos, sócio-antropológicos, comportamentais, científico-tecnológicos e técnico- funcionais produzidos e construídos ao longo do curso. A presente disciplina, portanto, visa apresentar e discutir as bases científicas, o contexto da prática e o cenário das atividades coletivas (de Ginástica) comumente praticadas nas Academias de Ginástica (centros de condicionamento físico e saúde e similares). Nessa direção, a inter-relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida é abordada por intermédio da discussão sobre as modalidades de exercício (treinamento) em grupo, oferecendo ao estudante a possibilidade de conhecer, se relacionar, analisar criticamente e aprofundar as competências necessárias a este segmento de intervenção profissional. Assim, conhecimentos, habilidades e atitudes específicos são produzidos e construídos, tanto sob a perspectiva de articulação com outras disciplinas e conteúdos do curso quanto, especialmente, na perspectiva de fornecer ao discente, futuro egresso, competências iniciais importantes, visando à ampliação de suas possibilidades futuras de inserção e atuação profissional neste segmento. Ementa Ginástica de Academia: bases biomecânicas, fisiológicas e metodológicas aplicadas. Metodologia das atividades coletivas relacionadas à saúde, qualidade de vida e bem estar. Estrutura de aula e estratégias relacionadas às atividades cardiorrespiratórias, neuromusculares, de mobilidade articular e funcionais. Objetivos Gerais Conhecer as bases científicas que fundamentam a estrutura e metodologia das atividades coletivas (ginástica). Vivenciar a prática de suas modalidades de exercício. Objetivos Específicos Identificar a evolução histórica e tendências relacionadas às atividades coletivas (ginástica). Identificar os componentes da aptidão física relacionada à saúde e qualidade de vida e justificar a sua inter-relação com os tipos e modalidades de ginástica. Identificar, selecionar, justificar e criticar as variáveis de prescrição, exercícios e métodos de treinamento aplicados às atividades cardiorrespiratórias, de força, de mobilidade articular e exercícios funcionais. Criticar os conhecimentos fisiológicos, biomecânicos e pedagógicos aplicados às diversas modalidades de atividades coletivas desenvolvidas no segmento de fitness. Identificar, selecionar e justificar os critérios gerais de prescrição de exercícios no planejamento, execução, controle e periodização nas atividades de ginástica. Conteúdos CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade 1 - Evolução e Tendências 1.1. Evolução Histórica da Ginástica de Academia. 1.2. Conceito atual 1.3. Mercado de Trabalho 1.3.1. O segmento Fitness 1.3.2. Novas tendências ? o modelo Wellness Unidade 2 - Ginástica de Academia 2.1. Parâmetros Fundamentais para a prática de exercícios relacionados à saúde, qualidade de vida e bem estar 2.1.1. Segurança 2.1.2. Eficácia 2.1.3. Motivação 2.2. Critérios Gerais para a Prescrição de Exercícios 2.2.1. Tipo de Atividade 2.2.2. Intensidade 2.2.3. Volume 2.2.4. Freqüência 2.2.5. Métodos 2.2.6. Periodização 2.3. Estrutura de Aula 2.3.1. Aquecimento ou Fase de Preparação 2.3.2. Parte Específica ou Treinamento propriamente dito 2.3.3. Relaxamento ou Fase de Recuperação Unidade 3 - Atividades Neuromusculares 3.1. Conceito e modalidades 3.2. Treinamento de Força (exercícios contra resistência; treinamento contra resistido; exercícios localizados) 3.2.1. Tipos: Força Hipertrófica (Hipertrofia), Força Dinâmica (Geral), Potência e Resistência da Força (Muscular Localizada) 3.2.2. Interrelação das variáveis de prescrição 3.2.2. Recomendações gerais para o treinamento de força relacionado à saúde, qualidade de vida e bem estar 3.3. Metodologia dos Exercícios Localizados 3.3.1. Métodos de Treinamento aplicados à Ginástica Localizada 3.3.2. Planejamento e Periodização aplicados à Ginástica Localizada Unidade 4 - Atividades Cardiorrespiratórias 4.1. Conceito e modalidades 4.2. Treinamento Cardiorrespiratório (exercícios aeróbicos) 4.2.1. Características e variáveis de prescrição 4.2.2. Potência, Resistência e Capacidade Aeróbia 4.2.3. Recomendações gerais para o treinamento cardiorrespiratório relacionado à saúde, qualidade de vida e bem estar 4.2.4. Tipos de Exercícios Aeróbicos: Tradicionais (atividades cíclicas) e Coreografados (atividades acíclicas) 4.2.5. Indicadores e Controle da Intensidade de Exercício 4.3. Metodologia dos Exercícios Aeróbicos Tradicionais (EAT) 4.3.1. Métodos de Treinamento aplicados ao Running (Corrida Indoor) e ao ?Spinning? (Ciclismo Indoor) 4.3.2. Planejamento e Periodização aplicados ao Running e ao ?Spinning? 4.4. Metodologia dos Exercícios Aeróbicos Coreografados (EAC) 4.4.1. Princípios Pedagógicos: Progressão Pedagógica, Perna Líder e Musicalidade 4.4.2. Princípios de Equilíbrio: Fisiológico, Biomecânico e Desenvolvimento Motor Unidade 5 - Atividades de Mobilidade Articular 5.1. Conceito e modalidades 5.2. Treinamento de Flexibilidade (exercícios de alongamento) 5.2.1. Fatores Determinantes 5.2.2. Fatores Intervenientes 5.2.3. Formas de expressão 5.2.4. Fisiologia aplicada à Flexibilidade: Extensibilidade Muscular e Mecanismos Proprioceptores 5.2.5. Recomendações gerais para o treinamento de flexibilidade relacionado à saúde, qualidade de vida e bem estar 5.3. Metodologia dos Exercícios de Alongamento 5.3.1. Métodos de Treinamento aplicados às aulas de Alongamento 5.3.2. Fisiologia articular e cadeias musculares Unidade 6 ? Atividades Funcionais 6.1. Conceito e modalidades 6.2. Treinamento Funcional (exercícios funcionais) 6.2.1. Fundamentos: eficácia e harmonia corporal 6.2.2. Princípios de Especificidade: Similaridade, Instabilidade e Complexidade 6.2.3. Mecanismos de Controle Motor 6.3. Metodologia dos Exercícios Funcionais 6.3.1. Componentes de treinamento: Força Funcional, Equilíbrio e Coordenação Motora 6.3.2. Categorias de exercícios: Estabilidade (CORE), Equilíbrio, Força, Específicos e Complementares 6.3.3. Recomendações gerais para o treinamento funcional relacionado à saúde, qualidade de vida e bem estar Procedimentos de Avaliação A avaliação da aprendizagem tem como princípio a verificação do aprendizado e aquisição das competências pretendidas, da capacidade de construir e consolidar conhecimentos científicos, técnicos, tecnológicos e gerenciais e, habilidades e atitudes, a partir das necessidades observadas na prática social e profissional. Utilizando-se de critérios claramente explicitados, são avaliados os conhecimentos e o modo como os alunos fazem uso deles. Isso permite, quando necessário, uma reorientação nas estratégias de ensino-aprendizagem e no próprio processo de formação dos alunos. Outro aspecto relevante é o princípio da auto-avaliação como instrumento que favorece o exercício de análise crítica, de percepção do crescimento do aluno, permitindo a aquisição de uma autonomia intelectual e uma visão real de sua própria formação. Para que se possa identificar a importânciadas atividades oferecidas durante o percurso formativo do aluno, são utilizadas três modalidades de avaliação: § A diagnóstica, momento em que podemos conhecer o que os alunos já vivenciaram, o que já trazem na sua bagagem cultural, os conhecimentos que já possuem e suas expectativas em relação ao curso. A avaliação diagnóstica é feita em sala de aula, pelos professores, através de observações e registros. § A avaliação formativa é realizada ao longo do processo, observado o desempenho revelado pelos alunos nas diferentes disciplinas. Cada professor registra as atividades realizadas pelos alunos individualmente ou em grupo, a fim de melhor planejar suas aulas e promover estratégias de intervenções pedagógicas diferentes. § A avaliação somativa é considerada no momento da entrega da produção acadêmica, nas diferentes disciplinas que integram o currículo. Cabe ressaltar que essa modalidade de avaliação não tem como objetivo primordial selecionar, classificar, ordenar tipos diferenciados de aprendizagem, mas, sobretudo, fornecer informações e questões que são analisadas para a tomada de decisão a cerca do melhor caminho a ser construído para a formação do perfil profissional desejado. Compreende-se a avaliação como uma atividade que fornece informações e questões para que se possa refletir sobre o melhor caminho a ser construído durante a formação profissional, tentando resgatar o potencial de cada um dos alunos. A avaliação é vista como um processo indispensável para o (re)planejamento das ações educativas. Ela não ocupa um espaço único e específico, com o propósito de avaliar o que o aluno produziu, mas faz parte de um processo contínuo e permanente, permitindo avanços sem ferir as normas pré-estabelecidas institucionalmente, quanto ao momento e formas de registrar os resultados obtidos pelos alunos. O processo de avaliação oficial será composto de três etapas, Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3). As avaliações poderão ser realizadas através de provas teóricas, provas práticas, e realização de projetos ou outros trabalhos, representando atividades acadêmicas de ensino, de acordo com as especificidades de cada disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final de cada avaliação não poderá ultrapassar o grau máximo de 10, sendo permitido atribuir valor decimal às avaliações. Caso a disciplina, atendendo ao projeto pedagógico de cada curso, além de provas teóricas e/ou práticas contemple outras atividades acadêmicas de ensino, estas não poderão ultrapassar 20% da composição do grau final. A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização, incluindo o das atividades estruturadas. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, incluindo o das atividades estruturadas. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas, apenas, as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Freqüentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Para a avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ou trabalhos de mesma natureza, será atribuído grau único para a disciplina que, para aprovação do aluno, deverá ser igual ou maior do que 6,0. Bibliografia Básica FLECK, Steven J.; KRAEMER, William J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 2. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2006. GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson Saranz. Bases Teórico-Práticas do Condicionamento Físico. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. JUCÁ, Marcos. Step: teoria & prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. Bibliografia Complementar AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforço e sua Prescrição. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. CAMPOS, Maurício de Arruda. Biomecânica da Musculação. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. COSTA, Marcelo Gomes da. Ginástica Localizada. 4 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. FERNANDES, André. Prática da Ginástica Localizada. Rio de Janeiro, Sprint, 2001. UCHIDA, M. C. et al. Manual de Musculação: uma abordagem teórico-prática do treinamento de força. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005. Outras Informações Atividade Estruturada Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de avaliar os conteúdos propostos em uma aula coletiva em academia, baseado em princípios pedagógicos e de treinamento esportivo. Ao final de cada aula aluno deverá ser capaz de discutir a importância das diferentes qualidades físicas aplicadas aos conteúdos cardiorrespiratório, neuromuscular e da flexibilidade, apresentados naquela aula. Ao final da unidade o aluno devera ser capaz de planejar os conteúdos a serem trabalhados na parte prática de uma aula coletiva em academia, com base na metodologia apresentada na unidade. O aluno deve observar aulas de três diferentes modalidades em uma academia de ginástica e avaliar a contribuição específica dos conteúdos trabalhados no condicionamento físico e bem estar bio-psico-social do aluno. Elaborar uma aula, baseado em uma qualidade física de sua livre escolha, e aplicar em uma aula prática à turma, para posterior discussão Os conteúdos serão abordados de forma hierarquizada, e com base na estruturação de uma aula prática, onde deverão constar o aquecimento, a parte principal e a volta à calma, com a identificação clara os conteúdos/parte. Discussão ampla com alunos dos temas tratados em aula, e identificar possíveis falhas no aprendizado.
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