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A supervisão/orientação pedagógica e as políticas educacionais UNESA Disciplina: Supervisão e Orientação Pedagógica Profª: Tatiana Esteves 2020.2 • Quais são as ações do supervisor/orientador pedagógico perante as políticas educacionais da atualidade? • De fato, é importante a necessidade da constante atualização deste profissional para mediar e adequar as ações educativas a partir das políticas desenvolvidas pelo Ministério da Educação (MEC). • Há políticas que dizem respeito apenas às escolas públicas e outras que devem ser adequadas a realidade da rede privada de ensino. • Primeiro, analisaremos as políticas educacionais que têm impacto pedagógico para o desenvolvimento de uma educação de qualidade. Em seguida, iremos refletir sobre as ações que devem ser desenvolvidas pelo supervisor/ orientador pedagógico para viabilizar e garantir que essas políticas sejam adaptadas e colocadas em prática pelos sujeitos envolvidos – direção, equipe pedagógica e professores. As políticas públicas educacionais da atualidade • O que é uma política pública? Para que serve? • De acordo com Velasques (1999, p. 27), política pública é um “conjunto de sucessivas iniciativas, decisões e ações do regime político diante de situações socialmente problemáticas e que buscam a resolução delas, ou pelo menos trazê-las a níveis manejáveis”. • Podemos entender que as políticas são ações organizadas visando à melhoria ou aos ajustes de processos em busca de resultados desejados pela sociedade. Em se tratando da área educacional, entendemos que as políticas vêm sendo desenvolvidas em prol da melhoria da qualidade nos processos de ensino e de aprendizagem nas escolas do país. • Tendo em vista a grandiosidade de nosso território nacional e os diferentes costumes e culturas, as políticas educacionais precisam ser adaptadas para atender às diversas realidades. • As políticas educacionais que que iremos analisar e refletir são as seguintes: Avaliações Institucionais, Enem, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e BNCC. • Faremos a análise destas políticas, pois elas estão diretamente ligadas ao processo de melhoria da qualidade do ensino oferecido pelas escolas. Assim, podemos ressaltar a importância do supervisor/orientador pedagógico para compreender, analisar e mediar ações que viabilizem as adaptações necessárias para a sua implementação. Avaliações institucionais • A avaliação desenvolvida em larga escala pelo Ministério da Educação, nos diversos níveis de ensino, tem como objetivo oferecer subsídios para o monitoramento das políticas públicas e, consequentemente, das reformas educacionais. Podemos afirmar que essa modalidade de avaliação tem a intenção de diagnosticar as condições de ensino e de aprendizagem oferecidas nas escolas públicas de todo o país, com vistas à definição de ações voltadas para a melhoria da qualidade da educação, bem como a redução das desigualdades existentes. • O resultado de tal avaliação é revestido em recursos financeiros e técnicos direcionados às escolas participantes por meio do PDE – Programa de Desenvolvimento da Escola. • Atualmente, o sistema nacional de avaliação da Educação Básica (ensino fundamental) conta com três instrumentos: a Prova Brasil, a Provinha Brasil e a ANA. • As políticas educacionais podem ser modificadas ou substituídas de acordo com a necessidade da demanda educacional. Desta forma, os supervisores/orientadores escolares precisam estar sempre atualizados no sentido de conduzir o processo de mudança nas instituições educacionais. • A Prova Brasil consiste na aplicação de testes padronizados aplicados aos alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental. A avaliação consta de questões de língua portuguesa e matemática com foco na leitura, na escrita e na interpretação de textos. Para a elaboração das questões dessa avaliação, foram criadas matrizes de referência com orientações para a organização das questões que contemplassem o objeto de conhecimento relacionado às habilidades e competências desenvolvidas pelos alunos. • Com base nos resultados da avaliação, proficiência, associados ao fluxo escolar (índices de aprovação e reprovação de cada escola), atribui-se o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que tem servido de parâmetro para medir a qualidade da educação oferecida nas escolas públicas do país. Pela média calculada, o fluxo escolar tem mais peso do que a proficiência. Portanto, não basta a escola atingir cem por cento na área do conhecimento. • A Provinha Brasil é também um teste padronizado, elaborado pelo Inep e aplicado às crianças do segundo ano do ensino fundamental de todo o país. É uma avaliação diagnóstica, realizada mediante a adesão das redes municipais, e seus resultados não compõem os indicadores nacionais. Norteia-se a partir dos seguintes objetivos: Ensino fundamental; oferecer às redes de ensino um resultado da qualidade da alfabetização, prevenindo o diagnóstico tardio das dificuldades de aprendizagem; concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e para a redução das desigualdades, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional (BRASIL, 2014, p.6). • Esse instrumento de avaliação constitui-se em elemento de avaliação interna e individual das escolas dos processos de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental. Não compõe um indicador nacional como o da Prova Brasil. Seus resultados servem para reavaliar as práticas pedagógicas dos professores alfabetizadores de cada escola. Com base nos resultados obtidos, os gestores poderão reunir elementos para o planejamento curricular e para subsidiar a formação continuada dos professores alfabetizadores. • A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) está direcionada aos alunos matriculados no terceiro ano do ensino fundamental, fase final do ciclo de alfabetização, e insere-se no contexto de atenção voltada à alfabetização prevista no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Essas ações têm como propósito garantir que todos os estudantes dos sistemas públicos de ensino estejam alfabetizados, em língua portuguesa e em matemática, até o final do terceiro ano do ensino fundamental. • De acordo com o Documento Básico da Avaliação Nacional da Alfabetização (BRASIL, 2013, p. 5), a atenção voltada ao Ciclo de Alfabetização deve-se à concepção de que esse período é considerado necessário para que seja assegurado a cada criança o direito às aprendizagens básicas da apropriação da leitura e da escrita, e também à consolidação de saberes essenciais dessa apropriação, ao desenvolvimento das diversas expressões e ao aprendizado de outros saberes fundamentais das áreas e componentes curriculares obrigatórios. • Tendo em vista que a ANA pretende fazer um diagnóstico amplo do processo de alfabetização nas escolas públicas brasileiras, compreendemos que é necessário ir além de testar a aquisição de saberes pelas crianças nas áreas de língua portuguesa e matemática ao longo do ciclo de alfabetização. Espera-se avaliar aspectos de contexto que envolvam a gestão escolar, a infraestrutura, a formação docente e a organização do trabalho pedagógico, entendidos como aspectos intervenientes no processo de aprendizagem. • Para a elaboração do processo avaliativo, a ANA também prevê a construção de uma matriz de referência para a elaboração das questões. Essas matrizes elegem os conhecimentos ou informações que podem oferecer dados relevantes e que permitam uma leitura do processo avaliado. Desse modo, a matriz retrata uma opção por determinados saberes e informações que representem o objeto examinado. O processo de elaboração teve como referência diferentes documentos oficiais, mas tomou como base principal o documento “Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem” e os documentos de formação produzidos no âmbito do PNAIC. • Torna-se relevante ressaltar que as Matrizes de Referência elaboradas para os três instrumentos avaliativos – Prova Brasil, ProvinhaBrasil e ANA – elencam o que se pretende avaliar, os conhecimentos que se espera que os alunos tenham adquirido durante e após o processo de alfabetização e no final do primeiro e segundo segmentos do ensino fundamental. Essas matrizes que deveriam ser apenas uma referência, não constituindo a proposta curricular para esses segmentos, são, na prática, utilizadas como embasamento para a elaboração das propostas curriculares das redes de ensino. • O documento “Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem” e os textos utilizados na formação do PNAIC e nas matrizes de referência dos três instrumentos avaliativos podem tornar-se elementos norteadores para a garantia de melhores resultados nas avaliações externas. • No início de 2018, o Ministério da Educação publicou a Portaria nº 4/2018, que institui o Programa Mais Alfabetização, cujo objetivo é fortalecer e apoiar as escolas no processo de alfabetização dos estudantes de todas as turmas do primeiro e do segundo ano do ensino fundamental. As turmas dos anos iniciais contarão com um assistente para auxiliar o professor regente no processo alfabetizador. O Programa Mais Alfabetização faz parte de uma série de ações do governo federal para apoiar os alunos que apresentam baixo desempenho no processo de leitura, escrita e raciocínio matemático. Enem • O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC), com o propósito de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Apresenta como objetivo aferir o desenvolvimento das competências e habilidades necessárias ao exercício pleno da cidadania. Segundo o MEC, o exame exerce a função de um auxiliador da escola para que se construa o conhecimento do aluno “desenvolvendo capacidades de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização” (Brasil, 2000, p. 5). • Podemos observar que, além de avaliar estudantes ao final de seus estudos básicos e de criar novas políticas educacionais de ingresso na educação superior, o Enem deve promover mudanças na prática pedagógica dos docentes que atuam no ensino médio da educação básica. • Considerando a escola como o local onde acontece a educação formal e, portanto, onde se constitui o exercício de diferentes práticas pedagógicas, cabe ao professor promover junto aos seus alunos competências e habilidades para que sejam capazes de desenvolver o pensamento crítico e criativo. Nesse contexto, o Enem pode ser considerado um instrumento indutor de mudanças na prática do professor e nas ações pedagógicas promovidas pela escola. No que diz respeito à ação pedagógica, esta deve acompanhar as mudanças e transformações das políticas educacionais para atender aos interesses dos sujeitos envolvidos. Sendo assim, para que as mudanças na prática docente sejam realmente implementadas, devem estar institucionalizadas no projeto político-pedagógico das escolas. • Diante do exposto sobre o Enem, podemos levantar algumas questões: Quem deve articular junto aos professores as modificações propostas por essa política educacional? Como inserir essas ações no projeto político- pedagógico da escola? As respostas estão presentes nas ações desenvolvidas pelo supervisor/orientador pedagógico. Pacto Nacional pela a Alfabetização na Idade Certa • O que é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa? Qual é sua finalidade como política educacional? • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, criado pela Portaria MEC nº 867, de 4/7/2012, é um acordo formal assumido pelo governo federal, pelos estados, pelos municípios e por entidades para firmar o compromisso de alfabetizar crianças até, no máximo, 8 anos de idade, ao final do ciclo de alfabetização. Foi organizado para atender à Meta 5 do Plano Nacional de Educação – PNE. • As Ações do Pacto apoiam-se em quatro eixos de atuação: 1. Formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo – a formação, tanto dos professores quanto dos formadores, consta de estudos periódicos dos cadernos de ensino oferecidos pelo Ministério da Educação. O material de estudo está organizado com textos informativos para análise e discussão e atividades práticas. 2. Materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais – o acervo é distribuído para todas as escolas públicas. Consta de livros da literatura infantil, jogos didáticos e livros para o desenvolvimento de estudos na própria escola. 3. Avaliações sistemáticas – avaliações diagnósticas aplicadas para os alunos do 2º e do 3º ano do ciclo de alfabetização (Provinha Brasil e Avaliação Nacional da Alfabetização). 4. Gestão, controle social e mobilização – organização do planejamento junto às equipes pedagógicas e aos professores para viabilizar o desenvolvimento de ações que garantam o domínio da leitura, da escrita e dos princípios matemáticos. • Com base no exposto, podemos observar que a finalidade do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, além de garantir o letramento dos alunos até os oito anos de idade, também busca promover a formação dos professores no sentido de melhorar as práticas pedagógicas desenvolvidas. Entendemos que a formação continuada contribui para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas dos professores, o que pode garantir a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. • Diante dessa política educacional, podemos ressaltar a atuação do supervisor/ orientador pedagógico no que se refere ao acompanhamento dos planejamentos diários e na formação continuada interna para o aprimoramento das estratégias didáticas. Base Nacional Comum Curricular • A Base Nacional Comum Curricular é uma política educacional muito recente que tem como objetivo principal a organização curricular nas escolas de todo o território brasileiro. Segundo o documento oficial divulgado pelo Ministério da Educação, A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). (BRASIL, 2017, p. 7) • O fragmento destacado reforça a preocupação com o processo de ensino e de aprendizagem. Para que os direitos de aprendizagem sejam garantidos, fazem-se necessárias ações docentes que promovam estratégias didáticas que atendam às particularidades e aos diferentes tempos de aprendizagem dos alunos. • Além da preocupação com o processo de ensino, torna- -se necessário discutir com os professores o que sabem sobre o currículo. Embora aparentemente simples, o processo de discussão, elaboração e implementação de novas propostas curriculares não é tarefa fácil. O campo de estudos pode envolver muitas dúvidas e suscitar debates, a começar pela compreensão do conceito de currículo pelos diferentes segmentos da educação: administrativo, pedagógico e docente. • Ao perguntar “o que é currículo”, inúmeras respostas podem surgir. Podemos entender o currículo como uma lista de conteúdos, programas e ementas de um curso, planos de ensino das escolas, atividades propostas pelos professores a seus alunos, matriz curricular de um curso, diretrizes para se organizar um planejamento, ou como competências e habilidades a serem construídas pelos alunos. • Enfim, muitas interpretações podem ser oferecidas como objeto de estudo para conceituarcurrículo. Contudo, outras questões ainda se escondem por trás dos possíveis conceitos apresentados anteriormente, que podem se tornar objetos de disputas na teoria curricular da atualidade. Dentre elas, podemos destacar a influência dos diferentes discursos políticos, das políticas internacionais e nacionais e dos interessados na modificação do perfil sociocultural de determinada sociedade. • A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) apresenta seus fundamentos pedagógicos focados no desenvolvimento de competências. Para Perrenoud (1993), uma competência traduz-se na capacidade de agir eficazmente perante determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem se limitar a eles. Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho [...]. (BRASIL, 2017, p. 13) • Pensar no ensino focado em competências torna-se algo relevante e necessário para os dias atuais. A sociedade evidencia não somente os conhecimentos acadêmicos, mas a forma como esses conhecimentos são transpostos para as situações do dia a dia. As práticas docentes devem se adequar ao mundo contemporâneo e preparar o sujeito para viver em sociedade sabendo aplicar seus conhecimentos para transformar a realidade. Entendemos que neste movimento complexo, no qual o trabalho docente se desenvolve, inexplicáveis comportamentos e atitudes são observáveis em relação à prática diária do professor. Um deles relaciona-se com a organização do planejamento das aulas e o desafio de transformá-lo em um marco referencial para o desenvolvimento de competências e não apenas de transmissão de conhecimentos. O outro refere-se à reflexão sobre sua própria prática, a fim de aperfeiçoar as estratégias didáticas. • Após uma breve exposição sobre as políticas educacionais da atualidade, apresentaremos as ações do supervisor/orientador pedagógico para garantir sua adequação e aplicabilidade no âmbito escolar Ações do supervisor/orientador pedagógico • O exercício da profissão de supervisor/orientador escolar pressupõe a ponderação sobre as ações desenvolvidas. Com base nessa análise aprofundada, o profissional deve desempenhar um novo papel diante de possibilidades que possam trazer maiores benefícios para o processo de ensino e aprendizagem. • Diante do novo, o supervisor/orientador pedagógico necessita repensar sua ação e, talvez, desenvolver novas estratégias para a progressão plena do processo de ensino e aprendizagem. Contudo, as mudanças não acontecem apenas nos momentos coletivos ou individuais de reflexão, mas devem acontecer, cotidianamente, na organização do trabalho desenvolvido. • De acordo com Roldão, essas mudanças apelam para um domínio mais consistente e construtivo do conhecimento, exigindo da escola e dos professores não já os saberes enciclopédicos de outrora, mas saberes de referência e ensino de processos que permitam aos alunos continuar a progredir no conhecimento autonomamente (2010, p. 117). • Diante do exposto, entendemos que as mudanças não ocorrem apenas pela formação do supervisor/orientador pedagógico ou pelos conhecimentos adquiridos, mas com base na consciência crítica dos próprios profissionais em face da universalização e da diversidade da clientela inserida no processo educativo. Assim, podemos compreender que este profissional necessita atualizar-se para mediar e implementar as novas políticas educacionais. Este processo exige do supervisor/ orientador pedagógico a análise constante dos índices de desenvolvimento da escola, disponibilizados pelo Ministério da Educação em parceria com o Inep, no sentido de sistematizar ações visando à melhoria do processo pedagógico. • Apresentamos, a seguir, as ações que devem estar presentes no plano de trabalho do supervisor/orientador pedagógico para atender às políticas educacionais da atualidade e garantir sua eficácia: • Avaliações Institucionais No início foram apresentados as finalidade das avaliações institucionais no sentido de melhorar o processo de ensino e de aprendizagem. Após o período de realização dessas avaliações, os resultados são encaminhados para as escolas para análise e elaboração de um plano de melhorias. Com os resultados em mãos, qual deve ser a ação do supervisor/orientador pedagógico? A partir de que ponto deve organizar um plano de melhorias com o corpo docente? Para destacar as ações que podem ser desenvolvidas, tomaremos como referência o resultado da Prova Brasil de uma escola que atende a crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. • Ressaltamos que, com base nas matrizes de referência para a organização da Prova Brasil, os resultados obtidos pelos alunos são expressos por meio de um valor numérico posicionado em uma escala de proficiência. Essa escala nada mais é do que uma régua construída com base em informações previamente estabelecidas sobre o comportamento dos itens (questões) aplicados nos testes, com base no uso do modelo da Teoria da Resposta ao Item (TRI). Na Prova Brasil, a escala de proficiência é construída para cada uma das áreas de conhecimento avaliadas e vai de 0 a 500 pontos. Ela é dividida em intervalos de 25 pontos, que são chamados níveis de proficiência. Cada nível compreende um conjunto de habilidades que os alunos nele posicionados provavelmente dominam (BRASIL, 2015, p. 35). Com base nos resultados apresentados, quais ações podem ser desenvolvidas pelo supervisor/orientador pedagógico? • Analisar os dados do gráfico de desempenho dos alunos; • Identificar os alunos que se encontram em cada nível; • Verificar as competências e as habilidades inerentes a cada nível; • Organizar uma reunião pedagógica para a apresentação dos resultados; • Discutir com os professores as competências e as habilidades de cada nível; • Sistematizar, com os professores, atividades que levem os alunos que se encontram nos níveis 0, 1, 2, 3 e 4 a melhorar seu desempenho; • Sugerir a utilização de materiais didáticos diferenciados (jogos, brincadeiras, material concreto, livros de literatura); • Ajudar os professores no planejamento das aulas; • Sugerir aos professores leituras complementares para o aperfeiçoamento da prática didática; • Promover encontros de partilha, onde possa acontecer a troca de experiências. • Podemos observar que, diante das ações apresentadas, o supervisor/orientador pedagógico tem a possibilidade de disponibilizar saberes que vão além da formação acadêmica dos docentes. Nesse momento, ele precisa ser um pesquisador de novas práticas, parceiro de sua equipe e mediador de conhecimentos e experiências. As ações conjuntas organizadas pelo supervisor/orientador pedagógico e pelos professores garantem a melhoria dos processos pedagógicos desenvolvidos e o atendimento às políticas educacionais implementadas. Ressaltamos que essas ações podem ser organizadas diante dos resultados da Provinha Brasil e da Avaliação Nacional da Alfabetização. Referências Bibliográficas • BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. • __________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96. • __________. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Provinha Brasil: guia de correção e interpretação dos resultados: teste 1: primeiro semestre. Brasília, 2014. • __________. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Avaliação Nacional da Alfabetização. Brasília, 2013. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2018. • __________. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 2000. Disponível em: . Acesso em:20 jun. 2018. • PERRENOUD, Philippe. 10 Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. • ROLDÃO, Maria do Céu. Os professores e a gestão do currículo: perspectivas e práticas em análise. Portugal: Porto Editora, 2010. • VELÁSQUEZ, Alejo Vargas. Notas sobre el estado y las políticas públicas. Bogotá: Almudena Editores, 1999. Atividade para a Próxima Aula Leia os casos apresentados e organize um planejamento com ações do supervisor/ orientador pedagógico para atender às demandas relatadas. Caso 1: Após verificar o resultado da Prova Brasil, o supervisor/orientador pedagógico da Escola Golfinho Azul observou que 50% dos alunos de uma turma do 5º ano encontravam-se no nível 1 da Tabela de Habilidades Desenvolvidas – Os estudantes provavelmente são capazes de: localizar informações explícitas em textos narrativos curtos, informativos e anúncios; identificar o tema de um texto; localizar elementos como o personagem principal; estabelecer relação entre partes do texto: personagem e ação, ação e tempo, ação e lugar. Quais ações podem ser desenvolvidas pelo supervisor/orientador pedagógico para melhorar o desempenho dos alunos? Caso 2: A Escola Mundo Colorido recebeu, do Ministério da Educação, materiais didáticos e livros da literatura infantil para serem distribuídos para os professores do ciclo de alfabetização – do 1º ao 3º ano do ensino fundamental. Quais ações podem ser desenvolvidas pelo supervisor/orientador pedagógico antes e após a distribuição do material para os professores? Caso 3: Os professores do ensino médio do Colégio Colibri Dourado procuraram o supervisor/orientador pedagógico solicitando sua ajuda para organizar o planejamento das aulas com a finalidade de atender às competências solicitadas pelo Enem. Quais ações podem ser desenvolvidas pelo supervisor/orientador pedagógico para ajudar os professores? Organizar um Planejamento • Organizar um planejamento requer pensar e estruturar metas, objetivos, estratégias (ações), cronograma de execução, sujeitos envolvidos e resultados esperados. • Apresentar de forma oral. Faça uma projeção em Power Point do planejamento. • O planejamento precisa ser explicado e detalhado e NÃO LIDO! • Será sorteado o caso para cada dupla de alunos. • Apresentação na próxima aula dia 16/11, valendo pontos na AV2.
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