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Atividade Damasio 2

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Questão – 1
A) RESPOSTA: 
A CLT prevê uma tolerância de 15 minutos para o atraso do juiz, especificamente no art. 815, parágrafo único.
A previsão celetista se refere exclusivamente ao atraso do juiz em comparecer ao local da realização da audiência, não se estendendo aos costumeiros “atrasos no andamento da pauta”. Significa dizer que se o juiz estiver realizando normalmente as audiências, o atraso quanto ao horário previsto não justifica a retirada das partes, podendo acarretar o indeferimento do adiamento. 
Por fim, vale ressaltar que o TST, na IN 39/2016, especificamente no seu art. 2º, VI, entende inaplicável o inciso III do art. 362 do
CPC/2015 ao processo trabalhista, por existir previsão específica sobre o tema, no parágrafo único do art. 815 da CLT.
B) RESPOSTA: 
Não há previsão legal para tolerância de atraso das partes à audiência. Nesse sentido a OJ n. 245:
OJ-SDI1-245 REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA (inserida em 20.06.2001). Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência. 
O atraso, então é considerado não comparecimento e faz a parte incidir nas consequências da falta. 
Sendo assim, a ausência das partes à audiência do processo trabalhista é disciplinada no art. 844, da CLT.
Portanto, vale ressaltar que a ausência do reclamante acarreta o arquivamento da reclamação trabalhista, que tem a natureza jurídica de extinção do processo sem resolução do mérito. O grande diferencial é que agora a reforma impõe ao reclamante ausente o pagamento das custas, a serem calculadas sobre o valor da causa. Essa condenação, vale destacar, ocorrerá ainda que seja beneficiário da justiça gratuita, o que é criticável pela doutrina. 
Já em relação ao Reclamado, o não comparecimento acarreta revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
RESPOSTA: 
Quais os limites que podem ser impostos e quais as vantagens do uso de videoconferência nas audiências trabalhistas? 
A tecnologia proveniente dos novos meios informáticos (processo judicial em meio eletrônico, audiência por teleconferência, etc.) desempenha papel fundamental não apenas na ampliação do acesso à justiça mas também na implementação de medidas que possibilitem o funcionamento do Poder Judiciário e a manutenção da prestação jurisdicional mesmo em tempo de pandemia da Covid-19, já que esta impõe a vedação de expediente presencial no Poder Judiciário como forma de evitar a disseminação do contágio.
Esse é o cenário em que nos encontramos na atualidade e é evidente que a continuidade dos serviços somente é possível porque o processo judicial tramita em meio eletrônico, o que permite que a demanda seja ajuizada perante a Justiça do Trabalho de qualquer lugar do Brasil.
A realização de audiências por videoconferência é a melhor solução existente no momento para possibilitar uma continuidade mais ampla da prestação jurisdicional e a manutenção do isolamento social exigido em razão do perigo de contaminação pelo coronavírus.
Sendo assim, é preciso, contudo, que a utilização dessa tecnologia fique limitada pelos princípios da cooperação e da boa-fé, assim como do contraditório e da igualdade, fazendo com que a audiência virtual traga benefícios para todos os envolvidos do processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
________. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Publicado no DOU de 09. ago. 1943, retificado pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 1944 e pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 1946. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm >. 
________. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Publicada no DOU de 17. mar. 2015. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm >.  
________. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nºs 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Publicada no DOU de 14. jul. 2017. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm >. 
______. Tribunal Superior do Trabalho. Resolução nº 203, de 15 de março de 2016. Instrução Normativa nº 39 de 2016. Disponível em: . Acesso em: 15 abril. 2016.

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