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CBF ACADEMY - TRABALHO 4 - LEGISLAÇÃO II - THIAGO MOREIRA DANTAS

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CBF ACADEMY 
LICENÇA B 
PORTO ALEGRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO II 
 
PROF: OSVALDO TORRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
THIAGO MOREIRA DANTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2020 
1- O QUE É UM CONTRATO? EXISTEM ELEMENTOS QUE FORMAM O 
CONTRATO QUE SÃO ESSENCIAIS? QUAIS SÃO? 
Um contrato é uma convenção, um acordo que se faz entre partes interessadas sob 
determinadas condições. 
Os elementos que formam o contrato são: 
Capacidade das partes: Este é o primeiro elemento (art. 104, I), pois o contrato 
celebrado pelo incapaz é nulo (166, I) e pelo relativamente incapaz é anulável (171, I). 
A nulidade é assim mais grave, do que a anulabilidade, depois revisem este assunto de Civil 1. 
Mas o menor e o louco, embora incapazes, podem adquirir direitos e celebrar contratos, desde 
que devidamente representados. Então os pais representam os filhos, os tutores representam os 
órfãos e os curadores representam os loucos (assunto de Direito de Família, Civil 6). Desta forma, 
a capacidade de direito é inerente a todo ser humano (art. 1º), a capacidade de fato é que falta a 
algumas pessoas (ex: menores, loucos) e que por isso precisam ser representadas para celebrar 
contratos (116). 
Objeto do contrato: é a operação, é a manobra que as partes visam realizar. O objeto 
corresponde a uma prestação lícita, possível, determinada e de valoração econômica. Falaremos 
mais de prestação abaixo. Então A não pode contratar B para matar C, nem A pode contratar B 
para comprar contrabando ou drogas, pois o objeto seria ilícito. Igualmente o filho não pode 
comprar um carro com o dinheiro que vai herdar quando o pai morrer, pois a lei proíbe no art. 
426 (chama-se de pacta corvina, ou pacto de corvo este dispositivo já que é muito mórbido desejar 
a morte do pai, e ninguém garante que o filho é que vai morrer depois). 
Quanto à possibilidade do objeto, seria impossível contratar um mudo para cantar, ou 
vender passagens aéreas para o sol. O objeto também precisa ser determinado ou determinável, 
conforme visto no semestre passado quanto às obrigações de dar coisa certa ou incerta (243). 
Finalmente, o contrato precisa ter valor econômico para se resolver em perdas e danos se 
não for cumprido por ambas as partes, conforme explicado na aula passada (389). O valor 
econômico do contrato viabiliza a responsabilidade patrimonial do inadimplente, já que não se 
vai prender um artista que se recusa a fazer um show. O artista será sim executado 
patrimonialmente para cobrir os prejuízos, tomando o Juiz seus bens para satisfazer a parte 
inocente. Vide art 104, II do CC. 
Forma: A forma do contrato é livre, esta é a regra, lembrem-se sempre disso. Existem 
exceções, mas esta é a regra geral: os contratos podem ser celebrados por qualquer forma, 
inclusive verbalmente face à autonomia da vontade que prevalece no Direito Civil (107). O 
formalismo está em desuso nos países modernos para estimular as transações civis e comerciais, 
trazendo crescimento econômico com a circulação de bens e de riqueza. A vontade inclusive 
prevalece sobre a forma, nos termos do art 112 que será explicado nas próximas aulas. Quando 
vocês forem redigir um contrato não há formalidades a obedecer, basta colocar no papel aquilo 
que seja imprescindível ao acordo entre as partes, até porque, como dito na aula passada, os 
contratos podem ser verbais, como na compra e venda, locação e empréstimo. Vide art 104, III: 
assim salvo expressa previsão em lei, a forma do contrato é livre. Que contratos têm forma 
especial e precisam ser escritos? Veremos ao longo do curso, mas já se podem adiantar dois: a 
doação de coisas valiosas (541 e pú) e a compra e venda de imóvel (108). Percebam que os 
contratos escritos se dividem em “instrumento particular” (feito por qualquer pessoa, qualquer 
advogado) e “escritura pública” (feita por tabelião de Cartório de Notas, com as solenidades do 
art. 215). 
 
Legitimidade: está próxima da capacidade, são irmãs, mas não se confundem. A 
legitimidade é um limitador da capacidade em certos negócios jurídicos. A legitimidade é o 
interesse ou autorização para agir em certos contratos previstos em lei. A pessoa pode ser capaz, 
mas pode não ter legitimidade para agir naquele caso específico. Exs: o tutor não pode comprar 
bens do órfão (497, I), o cônjuge não pode vender uma casa sem autorização do outro (1647, I), 
a amante do testador casado não pode ser sua herdeira (1801, III), o pai não pode vender um 
terreno a um filho sem a autorização dos outros filhos (496). Em todos estes exemplos falta 
legitimidade e não capacidade às partes. Realmente, o marido não pode vender um imóvel sem a 
outorga uxória não porque o marido seja incapaz (louco ou menor), mas porque lhe falta 
autorização para agir, prevista em lei, para proteger a família ( = legitimidade). Para não 
esquecerem da legitimidade, que é tão importante, acrescentem a lápis um inciso IV ao art. 104 
do CC. 
Causa: qual o motivo do contrato? Qual a finalidade do contrato? Por que João quer 
comprar? Por que Maria quer alugar? Isto não interessa, não há relevância jurídica para a 
causa/motivo do contrato. Em termos econômicos, as pessoas contratam para ganhar dinheiro, 
para ter conforto, afinal ninguém contrata para ter prejuízo. Mas o motivo juridicamente é 
irrelevante. 
Prestação: é uma conduta humana, é um ato ou omissão das partes, é um dar, é um fazer 
ou é um não-fazer. O contrato é uma fonte de obrigação, e toda obrigação tem por objeto uma 
prestação que corresponde a um dar, fazer ou não-fazer. Então se eu contrato um advogado para 
me defender, o objeto deste contrato será o serviço jurídico que será feito pelo bacharel (obrigação 
de fazer). Outro exemplo: vejam o conceito legal de compra e venda no art. 481. Observem a 
expressão “se obriga”. Então o objeto da compra e venda não é a coisa em si, mas a prestação de 
dar o dinheiro pelo comprador e de dar a coisa pelo vendedor. O vendedor se obriga a dar a coisa, 
e se ele não der, o comprador não pode tomar a coisa, mas sim exigir o dinheiro de volta mais 
eventuais perdas e danos (389). O art 475 é uma exceção a este 389, veremos em breve. Em suma, 
o objeto do contrato é uma prestação, essa prestação pode ser de dar, fazer ou não-fazer. O objeto 
da prestação de dar será uma coisa, o objeto da prestação de fazer será um serviço e o objeto da 
prestação de não-fazer será uma omissão, conforme visto em Civil 2. 
Elementos acidentais: Estes não são obrigatórios, mas facultativos, ou seja, as partes 
inserem se quiserem (ex: cláusula penal, 408; encargo na doação, 562, etc). 
 
2- O QUÉ UMA RELAÇÃO DE EMPREGO? COMO SE CARACTERIZA? 
Primeiro, há de destacar que nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego, porém 
toda relação de emprego é sim uma relação de trabalho. Podemos então dizer que a relação de 
emprego é uma relação de trabalho mais os requisitos caracterizadores da relação de emprego. 
Antes de entrarmos nos requisitos da relação de emprego, é importante destacar os conceitos 
de empregador e empregado, que estão presentes nos Art. 2º e 3º da CLT (Consolidação das Leis 
do Trabalho). 
Art. 2º – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os 
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
Art. 3º – Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Dentro destes dois artigos, retiramos os 05 requisitos necessários e cumulativos, para se 
caracterizar uma relação de emprego: 
Os requisitos essenciais, em que pese alguns entendimentos diversos da doutrina, estão 
constantes nos artigos 2º e 3º da CLT, sendo eles: não eventualidade, subordinação, 
onerosidade, pessoalidade e alteridade. 
Não eventualidade: O contrato gera uma continuidade na prestação de serviço, o que 
mantém uma regularidade no desenvolvimentoda atividade em benefício do empregador. 
Ressalta-se que a CLT não determina uma especificidade quanto à periodicidade dos serviços 
prestados, podendo ser prestados todos os dias da semana, como também de forma semanal, 
quinzenal, mensal, desde que haja uma habitualidade. 
Subordinação: A subordinação consubstancia-se na submissão às diretrizes do 
empregador, o qual determina o lugar, a forma, o modo e o tempo - dia e hora - da execução da 
atividade. O empregado está sujeito às ordens do empregador. 
Onerosidade: Esta consiste no percebimento de remuneração em troca dos serviços 
prestados pelo empregado. Assim, existe uma reciprocidade de obrigações, quais sejam: 
prestação de serviços pelo empregado e contraprestação pecuniária por parte do patrão. 
Pessoalidade: Enquanto para os empregadores vigora a não pessoalidade, para os 
empregados deve existir pessoalidade: este requisito está vinculado ao caráter pessoal da 
obrigação trabalhista, proibindo o empregado de fazer-se substituir na prestação de 
serviços quando não puder comparecer ou prestá-los, sob pena de descaracterização do vínculo 
empregatício. Frise-se ainda que o empregado deve ser pessoa física. 
Alteridade: Este requisito, o qual nem todos os doutrinadores consideram essencial, 
significa que o empregador assume os riscos decorrentes do seu negócio, mas não os repassa 
ao empregado. Isto é, se o negócio vai bem ou mal, o salário do empregado será garantido. 
 
Uma vez presentes os requisitos elencados acima, resta configurado o vínculo empregatício, 
mesmo que o empregado tenha sido contratado a título de outro regime, com fulcro no 
art. 9º da CLT e no princípio da Primazia da Realidade. 
 
3- O ATLETA TEM CONTRATO ESPECÍFICO? QUAIS SÃO AS 
PARTICULARIDADES DESTE CONTRATO? 
Sim, o Atleta tem contrato especifico. ART 28 da LEI 9615/98 modificada pela lei 12.395 DE 
2011. A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração pactuada em contrato 
especial de trabalho desportivo, firmado com a entidade de pratica desportiva, no qual deverá 
constar obrigatoriamente: 
I. Clausula indenizatória desportiva, devida exclusivamente à entidade de pratica 
desportiva à qual está vinculado o atleta, nas seguintes hipóteses: 
a) transferência do atleta para outra entidade, nacional ou estrangeira, durante a vigência do 
contrato especial de trabalho desportivo; ou 
b) por ocasião do retorno do atleta às atividades profissionais em outra entidade de prática 
desportiva no prazo de 30 (trinta) meses; e ...” 
Cláusula indenizatória é devida exclusivamente ao clube, no caso de transferência 
nacional ou internacional do atleta, para outro clube, bem como para o retorno do atleta as 
atividades profissionais em outro clube, no prazo de 30 meses. O valor máximo da cláusula 
indenizatória para transferências nacionais é de até 2000 vezes o valor médio contratual. Para 
transferências internacionais não há limite. Há solidariedade no pagamento do atleta com a nova 
entidade desportiva que o contratou 
“art. 28 II – cláusula compensatória desportiva, devida pela entidade de prática desportiva ao 
atleta nas hipóteses dos incisos III a V do parágrafo 5 : 
III- com a rescisão decorrente de inadimplemento salarial, de responsabilidade da entidade de 
prática desportiva empregadora nos termos da lei; 
IV – Com a rescisão indireta nas demais hipóteses previstas na lei 
V – Com a dispensa imotivada do atleta.” 
O atleta que for demitido imotivadamente terá direito ao recebimento da cláusula 
compensatória desportiva, sendo que o seu valor mínimo é o valor total dos salários que o atleta 
teria direito de receber até o final do contrato e o valor máximo é o de 400 vezes o valor do salário 
no momento da rescisão do contrato do atleta. 
Não se aplica mais ao Atleta o art. 479 da CLT que previa o pagamento de 50 % do que 
o jogador teria para receber até o final do contrato. 
 
Neste caso importante destacar que não foi respeitada a isonomia entre as partes porque 
para a rescisão de contrato por parte do atleta a multa é de até 2000 vezes o valor do salário médio 
do atleta e por culpa do clube no máximo de 400 vezes o salário médio do atleta. Outras mudanças 
na lei referentes ao contrato de trabalho do atleta: 
CONCENTRAÇÃO 
Não poderá ser superior a três dias consecutivos por semana, desde que esteja prevista 
partida oficial naquela semana. Caso o atleta seja convocado para a seleção Brasileira, o período 
de concentração pode ser majorado, sem o pagamento de qualquer adicional. Previsão em contrato 
de acréscimos em razão de períodos de concentração, viagem, pré-temporada 
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 
 
“ITEM IV – DO PARÁGRAFO 4 DO ART. 28 Repouso semanal remunerado de 24 
horas ininterruptas, preferencialmente em dia subsequente à participação do atleta na partida, 
prova ou equivalente, quando realizada no final de semana.” 
A prática trará problemas porque no Brasil se joga duas vezes por semana além de no dia 
seguinte a partida existir treino regenerativo. 
 
FÉRIAS ANUAIS 
 
Assegurado ao atleta férias de 30 dias anuais remuneradas e acrescidas de 1/3 de acordo 
com a Lei item V do parágrafo 4 do artigo 28 da Lei. 
 
 
 
JORNADA DE TRABALHO 
Fixada uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Item VI do parágrafo 4 do Artigo 
28 da Lei. Caso o atleta fique impossibilitado de atuar em razão de ato ou evento de sua exclusiva 
responsabilidade desvinculado de sua atividade profissional, pelo período ininterrupto a 90 dias, 
o clube poderá suspender seu contrato de trabalho desde que exista previsão contratual ficando 
dispensado do pagamento do pagamento do salário neste período. 
 
 
PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA 
Caso aconteça suspensão do contrato de trabalho e desde que exista previsão contratual fica 
permitida a prorrogação do contrato de trabalho do atleta. Item II do parágrafo 4 do Artigo 28 da 
Lei. 
O vínculo trabalhista do atleta deverá ser registrado na entidade desportiva de administração 
daquele desporto. 
 
4- QUALQUER ATLETA PODE FIRMAR UM CONTRATO? POR QUE? 
 
Segundo a legislação esportiva brasileira (lei Pelé, art. 29), a partir dos 16 anos de idade o 
atleta pode assinar um contrato de trabalho com seu clube, passando, dessa maneira, a ser um 
atleta profissional, com direitos e deveres regulados em lei e no respectivo contrato de 
trabalho. No que concerne à questão dos menores de 16, a lei possibilita que dos 14 aos 20 
anos o atleta possa receber auxílio financeiro da entidade de prática desportiva formadora, sob 
a forma de bolsa aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal, sem que seja 
gerado vínculo empregatício entre as partes. Tal instituto é definido como “contrato de 
aprendizagem esportiva” 
 
5- O QUE É SER UM MENOR APRENDIZ? 
 
O programa jovem aprendiz é um projeto do governo federal criado a partir da Lei da 
Aprendizagem (Lei 10.097/00) com o objetivo de que as empresas desenvolvam programas de 
aprendizagem que visam a capacitação profissional de adolescentes e jovens em todo o país. 
O programa é composto por curso de aprendizagem gratuito com duração de até dois anos. 
Durante este período o aprendiz receberá ensinamentos teórico (sala de aula) e prático (dentro da 
empresa contratante). O jovem aprendiz recebe capacitação para aprimorar habilidades na área 
que atuará na empresa. Dessa forma, ele tem a chance de vivencia o dia-dia dentro da empresa e, 
ao mesmo tempo, aprender uma profissão. 
6- O QUE É UMA ENTIDADE FORMADORA? 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI187673,51045-Contrato+de+formacao+de+atletas+e+transparencia
https://www.vagasjovemaprendiz.com.br/trabalho/lei-da-aprendizagem
https://www.vagasjovemaprendiz.com.br/trabalho/lei-da-aprendizagem
É considerada formadora de atleta a entidade de prática desportiva que: Forneça aos atletas 
programas de treinamento nas categorias de base e complementação educacional e satisfaça 
cumulativamenteos seguintes requisitos: 
 
1- Estar o atleta em formação inscrito por ela na respectiva entidade regional de administração 
do desporto há pelo menos 1 ano. 
2- Comprovar que efetivamente o atleta em formação está inscrito em competições oficiais. 
3- Garantir assistência educacional, psicológica, médica e odontológica, assim como 
alimentação, transporte e convivência familiar. 
4- Manter alojamento e instalações desportivas adequados, sobretudo em matéria 
alimentação higiene segurança e salubridade. 
5- Manter corpo de profissionais especializados em formação técnico desportiva. 
6- Ajustar o tempo a efetiva atividade de formação do atleta, não superior a 4 horas por dia, 
aos horários do currículo escolar ou de curso profissionalizante, além de propiciar-lhe 
matricula escolar com exigência de frequência e satisfatório aproveitamento. 
7- Ser a formação do atleta gratuita. 
8- Comprovar que participa anualmente de competições organizadas por entidade de 
administração do desporto, em pelo menos duas categorias da modalidade esportiva. 
9- Garantir que o período de seleção não coincida com os horários escolares. Cumpridas 
todas estas formalidades a entidade formadora receberá um certificado da CBF que declara 
esta ser uma entidade de pratica desportiva formadora. Paragrafo3 do Artigo 29 da Lei. 
 
7- OS DIRIGENTES ESPORTIVOS TÊM ALGUM TÍPO DE 
RESPONSABILIDADE PELOS ATOS PRATICADOS NA GESTAÕ DE UMA 
ASSOCIAÇÃO? 
 
 Apenas aos clubes que não adotarem da forma de sociedade empresarial, impondo-lhes o 
regime próprio de sociedade comuns, no qual os bens particulares dos seus associados (hoje 
impropriamente nominados como sócios) respondem pelas obrigações, responsabilidade 
essa ilimitada e solidária, nos termos do art. 990 cc. 
 O art. 27 da lei 9.615/98, dispõe: 
 Art. 27. As entidades de prática desportiva participantes de competições profissionais e 
as entidades de administração de desporto ou ligas em que se organizarem, 
independentemente da forma jurídica adotada, sujeitam os bens particulares de seus 
dirigentes ao disposto no art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, além das sanções 
e responsabilidades previstas no caput do art. 1.017 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 
2002, na hipótese de aplicarem créditos ou bens sociais da entidade desportiva em proveito 
próprio ou de terceiros. 
 § 11. Os administradores de entidades desportivas profissionais respondem solidária e 
ilimitadamente pelos atos ilícitos praticados, de gestão temerária ou contrários ao previsto 
no contrato social ou estatuto, nos termos da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código 
Civil. 
Também estão sujeitos ao arts. 50 e 1.017 do código civil: 
 Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigaçõessejam estendidos aos bens particulares dos 
administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 Art. 1.070. Nas vendas a crédito com reserva de domínio, quando as prestações estiverem 
representadas por título executivo, o credor poderá cobrá-las, observando-se o disposto no 
Livro II, Título II, Capítulo IV. 
 
8- O QUE É CLAUSULA COMPENSATORIA E CLAUSULA INDENIZATORIA 
EM CONTRATO DE ATLETAS? 
 
CLÁUSULA INDENIZATÓRIA 
 De acordo com a Lei Pelé (LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇO DE 1998), a cláusula 
indenizatória é devida à entidade de prática desportiva à qual está vinculado o atleta, nas 
seguintes hipóteses: transferência do atleta para outra entidade, nacional ou estrangeira, 
durante a vigência do contrato especial de trabalho desportivo; ou por ocasião do retorno 
do atleta às atividades profissionais em outra entidade de prática desportiva, no prazo de 
até 30 (trinta) meses; 
 A segunda hipótese trata de um caso de quarentena. Exemplo: o jogador de futebol pede 
demissão de um clube durante a vigência do contrato de trabalho, porém 10 meses depois 
assina contrato com outro clube. Neste caso, deverá pagar cláusula indenizatória ao 
primeiro clube, uma vez que o atleta não cumpriu todo o tempo de contrato. O valor da 
cláusula indenizatória deverá ser especificado no instrumento contratual. Para 
transferências nacionais, terá o limite de máximo de 2.000 vezes o valor médio do salário 
contratual. Para transferências internacionais não há limite de valor. Na prática, é possível 
que o clube inviabilize a transferência do atleta devido à possibilidade de instituir altos 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1036324/lei-pele-lei-9615-98
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.615-1998?OpenDocument
valores para a cláusula indenizatória. Tanto o atleta quanto à nova entidade de prática 
desportiva empregadora será solidariamente responsável pela cláusula indenizatória. 
CLÁUSULA COMPENSATÓRIA 
 A cláusula compensatória será devida nos seguintes casos: rescisão contratual 
decorrente do inadimplemento salarial, de responsabilidade da entidade de prática 
desportiva empregadora; rescisão indireta, nas hipóteses previstas na legislação 
trabalhista; dispensa imotivada do atleta. Em relação ao inadimplemento salarial, o atraso 
deverá ser superior a 3 (três) meses. Além disso, a mora contumaz será considerada 
também pelo não recolhimento do FGTS e das contribuições previdenciárias. 
 De acordo com o art. 483 da CLT, o empregado poderá considerar rescindido o contrato 
e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas 
forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado 
pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo 
manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo 
da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo 
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, 
sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 
 Por fim, conforme art. 28, § 3º da Lei Pelé, o valor da cláusula compensatória 
desportiva será livremente pactuado entre as partes e formalizado no contrato especial de 
trabalho desportivo, observando-se, como limite máximo, 400 (quatrocentas) vezes o valor 
do salário mensal no momento da rescisão e, como limite mínimo, o valor total de salários 
mensais a que teria direito o atleta até o término do referido contrato. 
 
9- QUAL A DIFERENÇA ENTRE DIREITO DE ARENA E DIREITO DE 
IMAGEM? 
 
DIREITO DE ARENA: 
 Pertence às entidades desportivas o direito de arena, consistente na prerrogativa 
exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, transmissão, 
retransmissão, ou reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo 
desportivo de que participem. 
 Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% da receita proveniente de 
exploração de direitos esportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708868/artigo-483-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11316618/artigo-28-da-lei-n-9615-de-24-de-marco-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11316535/par%C3%A1grafo-3-artigo-28-da-lei-n-9615-de-24-de-marco-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1036324/lei-pele-lei-9615-98
profissionais, e estes distribuirão em partes iguais aos atletas profissionais participantes 
do espetáculo, como parcela de natureza civil.O disposto neste item não se aplica a exibição de flagrantes de espetáculo ou evento 
desportivo para fins exclusivamente jornalísticos desportivos ou educativos, respeitadas 
as seguintes condições: 
 
A) A captação das imagens para a exibição de flagrante de espetáculo ou evento desportivo 
dar-se-á em locais reservados, nos estádios e ginásios, para não detentores de direitos ou, 
caso não disponíveis, mediante o fornecimento das imagens pelo detentor de direitos locais 
para respectiva mídia. 
 
B) A duração de todas as imagens do flagrante do espetáculo ou evento desportivo exibidas 
não poderá exceder 3% do total do tempo de espetáculo ou evento. 
 
C) É proibida associação das imagens exibidas com base neste item qualquer forma de 
patrocínio, propaganda ou promoção comercial. 
 
DIREITO DE IMAGEM: 
 O decreto nº 7.984/2013, ao regulamentar a Lei nº 9.615/1998, determinou que o direito 
ao uso da imagem do atleta pode ser por ele cedido ou explorado por ajuste contratual de 
natureza civil e com fixação de direitos, deveres e condições inconfundíveis com o 
contrato especial de trabalho desportivo. 
 O ajuste de natureza civil referente ao uso da imagem do atleta não substitui o vínculo 
trabalhista entre ele e a entidade de pratica desportiva e não depende de registro em a 
entidade de administração do desporto. Serão nulos de pleno direito os atos praticados 
através de contrato civil de cessão da imagem com o objetivo de desvirtuar, impedir ou 
fraudar as garantias e direitos trabalhistas do atleta. 
 
10- O QUE É DENOMINADO MECANISMO DE SOLIDARIEDADE? 
 
 Compensação ao clube formador pelas despesas na formação do atleta, conforme 
disposto no Art. 29-A da Lei 9.615, de 14 de março de 1998: 
 Art. 29-A Sempre que ocorrer transferência nacional, definitiva ou temporária de atleta 
profissional, até 5% do valor pago pela nova entidade de pratica desportiva serão 
obrigatoriamente distribuídos entre as entidades de práticas desportivas que contribuíram 
para a formação do atleta, na proporção de: 
 
 I- 1% para cada ano de formação do atleta, dos 14 aos 17 anos de idade. 
 II- 0,5% para cada ano de formação dos 18 aos 19 anos de idade, inclusive. 
 § 1º Caberá à entidade de pratica desportiva cessionária do atleta reter do valor a ser 
pago à entidade desportiva cedente 5% do valor acordado para a transferência, 
distribuindo-os às entidades de pratica desportiva que contribuíram para a formação do 
atleta. 
 § 2º Como exceção à regra estabelecida no §1º deste artigo, caso o atleta se desvincule 
da entidade de pratica desportiva de forma unilateral, mediante pagamento de clausula 
indenizatória desportiva prevista no inciso I do art. 28 desta Lei, caberá à entidade de 
pratica desportiva que recebeu a clausula indenizatória desportiva distribuir 5% de tal 
montante às entidades de prática desportiva responsáveis pela formação do atleta. 
 §3º O percentual devido às entidades de pratica desportivas formadoras do atleta deverá 
ser calculado sempre e acordo com certidão a ser fornecida pela entidade nacional de 
administração do desporto, e os valores distribuídos proporcionalmente em até 30 dias da 
efetiva transferência, cabendo-lhe exigir o cumprimento do que dispõe este parágrafo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
1- https://www.passeidireto.com/arquivo/3152943/apostila-de-contratos 
2- https://sergioluizbarroso.jusbrasil.com.br/artigos/363586235/quais-sao-os-requisitos-para-
formacao-do-vinculo-empregaticio 
3- https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11316618/artigo-28-da-lei-n-9615-de-24-de-marco-
de-1998#:~:text=28.,n%C2%BA%2012.395%2C%20de%202011). 
4- https://www.migalhas.com.br/depeso/187673/contrato-de-formacao-de-atletas-e-
transparencia 
5- https://jovemaprendiz2020.org/jovem-aprendiz/ 
6- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.672.htm#:~:text=de%20trabalho%20de
sportivo.%22-,%22Art.,dirigentes%20ao%20disposto%20no%20art. 
7- https://jeanrox.jusbrasil.com.br/artigos/198220831/diferenca-entre-clausula-compensatoria-
e-clausula-indenizatoria-desportiva 
8- https://jeanrox.jusbrasil.com.br/artigos/199625379/o-que-e-o-direito-de-
arena#:~:text=%22Art.,espet%C3%A1culo%20desportivo%20de%20que%20participem.

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