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Análise de Caso Concreto Aluna: Maria Clara Araujo de Azevedo Fonseca Matrícula: 202002567015 O instituto discutido no caso concreto analisado é o da posse e os efeitos que o acompanham. Posse é instituto de Direito Privado que reflete a exteriorização do domínio da coisa, é o exercício dos poderes da propriedade previstos no artigo 1.228 do Código Civil, independente de autorização legal. O Código Civil não conceitua posse, mas sim possuidor no art. 1.196: Considera- se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. São duas teorias mais utilizadas sobre o termo posse, uma subjetiva, por Savigny e outra objetiva, por Ihering. A Savigny supõe que a posse resulta de dois elementos: o corpus, que consiste no elemento material representado pelo poder físico da pessoa sobre a coisa, possibilidade de fazer o que se queira com ela, impedindo qualquer interferência estranha e o animus, que consiste no elemento intencional do dono, a vontade de ter a coisa como sua. É a junção dos elementos corpus e animus. Caso o animus não esteja presente não ocorrerá a posse, mas sim mera detenção. Não se confunde posse com detenção, uma vez que a diferença está na intenção de ser dono no possuidor e a falta dela no detentor. Para Ihering, é irrelevante o animus dominis, pois a posse se dá pela junção do corpus e affectio tenendi. Para o autor, o animus constitui elemento natural, implícito do poder de fato exercido sobre a coisa, ou seja, o corpus. Segundo Ihering, o elemento objetivo é o caractere visível e passível de comprovação, sendo a manifestação externa do direito. Possuidor é aquele que tem a detenção física do bem ou pode ter. Portanto, não há efetiva diferença entre possuidor e detentor, exprimindo ambos uma aparência de propriedade. Sobre o caso concreto, assinto com a decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça que responsabilizou as despesas condominiais a quem estiver sobre posse da mesma. As despesas são obrigações propter rem que significa “por causa da coisa”, o direito de que se origina é transmitido e a obrigação o segue. Transmissão que ocorre de maneira automática, independente da intenção específica do transmitente, e o adquirente não podem recusar-se a assumi-la. .
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