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08 - Adm - Constitucional

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Preparatórios Aprendendo Direito 1 
 
 
 
 @APRENDENDODIREITOOAB 
 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
 
1. (FGV - 2019) A União celebrou 
protocolo de intenções com o Estado 
A e os Municípios X, Y e z do Estado 
B, todos em regiões de fronteira, 
para a constituição de um consórcio 
público na área de segurança 
pública. Considerando a disciplina 
legislativa acerca dos consórcios 
públicos, assinale a afirmativa 
correta. 
 
a) O consórcio público pode adquirir 
personalidade jurídica de direito 
público, constituindo-se em uma 
associação pública. 
b) O consórcio público representa 
uma comunhão de esforços, não 
adquirindo personalidade jurídica 
própria. 
c) A União não pode constituir 
consórcio do qual façam parte 
Municípios não integrantes de 
Estado 
não conveniado. 
d) O consórcio público adquire 
personalidade jurídica com a 
celebração do protocolo de 
intenções. 
 
Alternativa correta: letra "a" (responde a 
alternativa "b"). O consórcio não é um simples 
ajuste entre seus membros, mas, na verdade, 
há a criação de outra 
pessoa jurídica. Essa nova pessoa possui 
personalidade jurídica própria e, assim, pode 
responder por seus atos, assumir direito e 
obrigações, possui patrimônio e demais 
características próprias de uma pessoa 
jurídica. Conforme o art. 1°, §1°, da Lei, o 
consórcio público poderá ser uma associação 
pública - quando instituído com personalidade 
de direito público -, ou uma pessoa jurídica de 
direito privado. 
 
 
2. (Cespe - 2019) Assinale a opção 
correta com referência à 
administração direta e indireta. 
 
a) O STF entende que a Imunidade 
tributária recíproca dos entes 
políticos, prevista na CF, não é 
extensiva às autarquias. 
b) As sociedades de economia mista 
somente têm foro na justiça federal 
quando a União intervém como 
assistente ou opoente, competindo à 
justiça federal, e não à justiça 
comum, decidir acerca da existência 
de interesse que justifique a 
presença da União no processo. 
c) Os empregados das empresas 
públicas e das sociedades de 
economia mista estão sujeitos ao 
teto remuneratório estabelecido para 
a administração pública, mesmo 
quando tais entidades não recebem 
recursos da fazenda pública para 
custeio em geral ou gasto com 
pessoal. 
d) De acordo com o entendimento do 
STJ, o servidor da administração 
pública federal direta que tenha 
prestado serviços a empresa pública 
ou a sociedade de economia mista 
tem direito ao cômputo do tempo de 
serviço prestado nas referidas 
entidades para todos os fins, 
inclusive para a percepção de 
adicional de tempo de serviço. 
e) Os atos de gestão comercial 
praticados pelos administradores de 
empresas públicas e de sociedade 
de economia mista podem ser 
contestados por meio de mandado 
de segurança. 
 
 
 
Preparatórios Aprendendo Direito 2 
 
 
 
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Alternativa correta: letra "b". Em regra, as 
sociedades de economia mista federal não 
possuem o foro processual da Justiça Federal, 
sendo que as causas envolvendo devem ser 
processadas e julgadas junto a Justiça 
Estadual (Súmula nº 556 do STF), como na 
Justiça Federal. Já as causas envolvendo as 
empresas públicas federais serão 
processadas e julgadas pela Justiça Federal, 
nos termos em que prevê o art. 109, inc. I, da 
CF. Quando a União intervém como assistente 
ou opoente, a competência será da Justiça 
Federal, por regra do próprio art. 109, I, da CF: 
”as causas em que a União entidade 
autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, 
assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho”. 
 
 
3. (FCC - 2015) Considere que a 
União pretenda instituir uma 
entidade autônoma, com 
personalidade jurídica própria, para 
executar obras de Infraestrutura 
necessárias à realização dos Jogos 
Olímpicos. Tendo em vista as 
características e o regime jurídico 
aplicável, referida entidade poderá 
ser 
 
(A) autarquia, criada por lei, com 
autonomia administrativa e sujeita a 
regime de direito privado 
parcialmente derrogado pelos 
princípios aplicáveis à 
Administração pública. 
(B) empresa pública, cuja criação é 
autorizada por lei, sujeita ao mesmo 
regime jurídico do ente instituidor. 
(C) fundação, constituída mediante 
contrato de programa celebrado em 
conjunto com as entidades da 
federação beneficiadas pelas obras. 
(D) sociedade de economia mista, 
cuja criação é autorizada por lei, 
admitindo-se a participação 
minoritária de particulares no seu 
capital social. 
(E) agência reguladora, sob a forma 
de autarquia de regime especial, 
cuja criação é autorizada por lei, 
dotada de autonomia financeira. 
 
 
Alternativa correta: letra "d". A sociedade de 
economia mista é pessoa jurídica de direito 
privado, em que há conjugação de capital 
público e privado, participação do poder 
público na gestão e organização sob a forma 
de sociedade anônima. A criação dela é 
autorizada por lei e, necessariamente, presta 
determinado serviço público ou explora 
determinada atividade econômica. 
 
 
4. (FGV – 2018) O Chefe do Poder 
Executivo do Município Alfa decidiu 
construir um restaurante popular 
com o objetivo de facilitar o acesso, 
da população de baixa renda, ao 
direito social à alimentação. Sua 
assessoria, para viabilizar a 
realização do projeto, identificou a 
existência das seguintes áreas 
pertencentes ao Poder Público: (1) 
uma praça pública; (2) um edifício 
que abriga uma repartição pública 
estadual em funcionamento; (3) um 
edifício abandonado, que décadas 
atrás abrigava uma repartição 
pública estadual; (4) um cemitério 
público; e (5) uma grande loja 
alugada para uma revendedora de 
automóveis. Ao ser informado do 
levantamento realizado por sua 
assessoria, o chefe do Poder 
Executivo determinou que fosse 
anunciado à população que o 
restaurante popular funcionaria em 
um dos bens de uso especial 
indicados, sendo que o Município 
adotaria as medidas de adaptação e 
desafetação necessárias. 
 
Preparatórios Aprendendo Direito 3 
 
 
 
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Considerando a classificação dos 
bens públicos e a determinação do 
Chefe do Poder Executivo, o 
restaurante somente poderá, 
teoricamente, funcionar nas áreas 
A) 2 ou 3. 
B) 2, 3 ou 5. 
C) 1 ou 4. 
D) 3 ou 5. 
E) 2 ou 4. 
 
 
A respeito dos bens públicos: 
 
Os bens públicos se classificam em: 
 
- bens de uso comum: uso de toda a 
comunidade, não há restrição a grupos de 
pessoas. 
 
- bens de uso especial: edifícios ou terrenos 
destinados a serviços ou estabelecimentos 
dos entes da administração direta e suas 
autarquias. Portanto, são bens utilizados para 
as funções públicas. 
 
- bens de uso dominical: constituem o 
patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou 
real, de cada uma dessas entidades. São bens 
que não possuem destinação pública, usados 
de forma particular. 
 
A partir desta classificação, analisando os 
bens propostos pela questão: 
 
(1) praça pública - bem de uso comum do 
povo. 
 
(2) um edifício que abriga uma repartição 
pública estadual em funcionamento: bem de 
uso especial. 
 
(3) um edifício abandonado, que décadas atrás 
abrigava uma repartição pública estadual: bem 
de uso dominical (não possui finalidade pública 
específica). 
 
(4) um cemitério público: bem de uso especial 
(por mais estranho que pareça, veja que no 
enunciado diz que o Município adotará as 
medidas de adaptaçãoe desafetação 
necessárias). 
 
(5) uma grande loja alugada para uma 
revendedora de automóveis: bem de uso 
dominical (não é bem particular, pois foi dito no 
enunciado que é uma área pertencente ao 
Poder Público). 
 
Portanto: 
 
bens de uso comum: (1) 
bens de uso especial (2) e (4) - resposta da 
questão. 
bens de uso dominical (3) e (5). 
 
Gabarito do professor: letra E. 
 
 
5. (IADES – 2018) A respeito do 
controle, da fiscalização e da 
responsabilidade da Administração 
Pública, assinale a alternativa 
correta. 
 
A) A responsabilização da pessoa 
jurídica infratora exclui a 
responsabilidade individual dos 
respectivos dirigentes ou 
administradores, ou de qualquer 
pessoa natural, autora, coautora 
ou partícipe do ato ilícito contra o 
poder público. 
B) Não subsiste a responsabilidade 
da pessoa jurídica infratora na 
hipótese de alteração contratual, 
transformação, incorporação, 
fusão ou cisão societária. 
C) Nas esferas administrativa, 
controladora e judicial, é válida a 
decisão com base em valores 
jurídicos abstratos, sem que 
sejam consideradas as 
consequências práticas da 
decisão. 
D) Em decisão acerca da 
regularidade de conduta ou 
validade de ato, contrato, ajuste, 
processo ou norma 
administrativa, serão 
desconsideradas as 
 
Preparatórios Aprendendo Direito 4 
 
 
 
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circunstâncias práticas que 
houver imposto, limitado ou 
condicionado à ação do agente, 
na medida em que não se 
analisam questões subjetivas 
nessa seara. 
E) Na aplicação de sanções, serão 
consideradas a natureza e a 
gravidade da infração cometida, 
os danos que dela provierem para 
a Administração Pública, as 
circunstâncias agravantes ou 
atenuantes e os antecedentes do 
agente. 
 
 
Em consonância com o que dispõe o § 2º do 
art. 22 da LINDB. 
 
GABARITO: LETRA E 
 
 
 
 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
 
6. (IADES – 2019 - AL-GO - Policial 
Legislativo) A República Federativa 
do Brasil é formada pela união 
indissolúvel de 
 
A) Distrito Federal e Mercosul. 
B) estados, municípios e Distrito 
Federal. 
C) Legislativo, Executivo e 
Judiciário. 
D) Câmara dos Deputados, Senado 
e Assembleias Legislativas 
Estaduais. 
E) Supremo Tribunal Federal e 
Tribunais de Justiça dos Estados. 
 
 
A questão exige conhecimento da literalidade 
do dispositivo constitucional, em especial do 
artigo 1º, da CF/88, segundo o qual: 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; IV - os 
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
 
Gabarito: letra b. 
 
 
7. (IADES - 2019 - AL-GO - Policial 
Legislativo) Acerca dos direitos 
fundamentais estabelecidos na 
Constituição Federal, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) O preso será informado de seus 
direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família 
e de advogado. 
B) A pena imposta ao acusado não 
depende de devido processo legal. 
C) O habeas corpus não poderá ser 
utilizado por quem tenha sua 
liberdade de locomoção violada. 
D) É proibida a prisão em flagrante 
delito. 
E) O Estado não poderá prestar 
assistência jurídica gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de 
recursos. 
 
 
 
A questão exige conhecimento relacionado 
aos Direitos e Garantias Fundamentais 
protegidos constitucionalmente. Conforme a 
CF/88, temos que: 
 
Alternativa “a”: está correta. Conforme art. 5º, 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, 
entre os quais o de permanecer calado, sendo-
 
Preparatórios Aprendendo Direito 5 
 
 
 
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lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado. 
 
Alternativa “b”: está incorreta. Conforme art. 
5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo legal. 
 
Alternativa “c”: está incorreta. Conforme art. 5º, 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre 
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
 
Alternativa “d”: está incorreta. Conforme art. 
5º, LXI - ninguém será preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos 
em lei. 
 
Alternativa “e”: está incorreta. Conforme art. 
5º, LXXIV - o Estado prestará assistência 
jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos. 
 
Gabarito: letra A. 
 
 
 
8. (CESPE - 2018 - Polícia Federal 
- Delegado de Polícia Federal) A 
possibilidade de um direito positivo 
supraestatal limitar o Poder 
Legislativo foi uma invenção do 
constitucionalismo do século XVIII, 
inspirado pela tese de Montesquieu 
de que apenas poderes moderados 
eram compatíveis com a liberdade. 
Mas como seria possível restringir o 
poder soberano, tendo a sua 
autoridade sido entendida ao longo 
da modernidade justamente como 
um poder que não encontrava limites 
no direito positivo? Uma soberania 
limitada parecia uma contradição e, 
de fato, a exigência de poderes 
políticos limitados implicou redefinir 
o próprio conceito de soberania, que 
sofreu uma deflação. 
 
Alexandre Costa. O poder 
constituinte e o paradoxo da 
soberania limitada. In: Teoria & 
Sociedade. n.º 19, 2011, p. 201 (com 
adaptações). 
 
Considerando o texto precedente, 
julgue o item a seguir, a respeito de 
Constituição, classificações das 
Constituições e poder constituinte. 
 
 
A concepção de “soberania 
limitada”, citada no texto, implica a 
divisão da titularidade do poder 
constituinte entre o povo e a 
assembleia constituinte que o 
representa. 
 
 
Esta é uma questão bastante problemática, 
pois não se vislumbra uma correlação entre o 
trecho trazido no enunciado e a pergunta feita 
- ou seja, para respondê-la, seria necessário 
entender o que o autor define como sendo 
"soberania limitada" e, só então, averiguar se 
ela corresponde ou não à divisão da 
titularidade do poder constituinte entre o povo 
e a assembleia constituinte que o representa. 
O autor explica, no artigo, que "o 
constitucionalismo conduz à paradoxal 
admissão de uma soberania popular que 
precisa ser absoluta (para fundamentar a 
validade da constituição) e, ao mesmo tempo, 
limitada (para respeitar a validade da 
constituição). O presente artigo tem como 
objetivo realizar uma investigação 
arqueológica acerca de como foi possível que 
a teoria política desenvolvesse essa 
construção aporética e do modo como a 
elaboração da categoria de poder constituinte 
representa uma tentativa de anular o paradoxo 
do constitucionalismo democrático". 
Ao final do artigo, o autor explica que "a 
soberania do povo brasileiro é entendida como 
a fonte do poder constituinte, mas o único ato 
soberano praticado por esse povo teria sido a 
delegação do seu poder à Assembleia 
Nacional Constituinte de 1987. É certo que a 
dogmática constitucional tende a afirmar que a 
soberania não se esgota na eleição dos 
 
Preparatórios Aprendendo Direito 6 
 
 
 
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legisladores constituintes, mas este é um 
reconhecimento vazio." 
Ou seja, o autor não defende que haverá 
divisão da titularidade do poder constituinte 
entre o povo e a assembleia nacional 
constituinte, mas simque aquele fará a 
delegação de poderes a esta. Assim, a 
afirmativa está errada, mas é pouco provável 
que o candidato consiga chegar a esta 
conclusão sem ter feito a leitura prévia do 
artigo - o que não é possível na hora da prova. 
 
Gabarito: a afirmativa está errada. 
 
 
9. (FCC – 2018) Estado da 
Federação editou lei disciplinando 
as condições para o exercício da 
profissão de médico no âmbito 
daquele Estado, estabelecendo que 
o cumprimento das exigências será 
fiscalizado por autoridade da 
Secretaria da Saúde, que recebeu 
competência para impor as 
penalidades cabíveis aos infratores. 
O Sindicato dos Médicos naquele 
Estado pretende impetrar mandado 
de segurança coletivo para evitar a 
prática de ato de autoridade 
estadual que imponha penalidades 
aos seus filiados que não atenderem 
às exigências da nova lei, sob o 
argumento de que a lei estadual 
tratou de matéria que se insere no 
âmbito da competência legislativa 
privativa da União. Considerando 
que a referida lei estadual foi editada 
sem que tenha havido delegação por 
lei federal para que os Estados 
legislassem sobre a matéria, o 
Sindicato, à luz da Constituição 
Federal, 
 
 
A) tem legitimidade para impetrar o 
Mandado de Segurança, cuja 
ordem, no entanto, deverá ser 
denegada, uma vez que o Estado 
disciplinou matéria de sua 
competência legislativa. 
B) tem legitimidade para impetrar o 
Mandado de Segurança, cuja ordem 
deverá ser concedida, uma vez que, 
embora caiba ao Estado legislar 
sobre os requisitos para o exercício 
da profissão de médico, a atividade 
de fiscalização deve ser realizada 
pela União por meio dos órgãos 
federais. 
C) tem legitimidade para impetrar o 
Mandado de Segurança, cuja ordem 
deverá ser concedida, uma vez que 
o Estado legislou irregularmente em 
matéria de competência privativa da 
União. 
D) não tem legitimidade para 
impetrar o Mandado de Segurança, 
embora o Estado tenha legislado 
irregularmente em matéria de 
competência privativa da União. 
E) não tem legitimidade para 
impetrar o Mandado de Segurança 
e, ademais, o Estado disciplinou 
matéria de sua competência 
legislativa. 
 
 
Esta questão deve ser lida com bastante 
cuidado, pois contém duas situações distintas: 
em primeiro lugar, a inconstitucionalidade da 
lei estadual, que pretende regulamentar 
matéria alheia à sua competência e que 
poderia ser atacada por ADI (e que, se fosse o 
caso, não poderia ser proposta por um 
sindicato, apenas por uma Confederação, 
dentre outros legitimados). Em segundo lugar 
- e que é, de fato, o tema da questão - a 
possibilidade de aplicação das penalidades 
pela autoridade estadual, amparada em uma 
norma inconstitucional. Nesse caso, é possível 
impetrar mandado de segurança, que é o 
remédio destinado a "proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público" (art. 
 
Preparatórios Aprendendo Direito 7 
 
 
 
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5º, LXIX da CF/88), havendo também a 
legitimação do sindicado para a propositura de 
um mandado de segurança coletivo, uma vez 
que se trata da defesa do interesse de seus 
membros ou associados. Considerando as 
circunstâncias, a ordem deverá ser concedida. 
 
Gabarito: a resposta é a letra C. 
 
 
 
10. (FGV – 2018) Maria estava 
impossibilitada de exercer um direito 
constitucional inerente à sua 
cidadania, em razão da ausência de 
norma regulamentadora. 
 
O instrumento constitucional a ser 
utilizado por Maria, devidamente 
representada por profissional 
habilitado, visando à proteção dos 
seus interesses, é o 
 
A) mandado de segurança. 
B) mandado de injunção. 
C) direito de petição. 
D) habeas corpus. 
E) habeas data. 
 
 
O caso relatado no enunciado é uma situação 
típica a ser amparada por um dos remédios 
constitucionais previstos na CF/88. 
Considerando as características do 
enunciado, temos que a situação pode ser 
resolvida por um mandado de injunção, que 
deverá ser concedido, de acordo com o art. 5º, 
LXXI, "sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania". 
 
Gabarito: a resposta é a letra B.

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