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Embargos à Execução

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA DO TRABALHO DE ...
Processo nº...
BANCO GRANA S.A., já qualificado nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, onde litiga com MARIANA, por sua advogada e procuradora, vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art .884, caput, da CLT, propor: 
EMBARGOS À EXECUÇÃO
E o faz pelos seguintes motivos:
I – GARANTIA DO JUÍZO
A embargante foi citada para pagar ou garantir esse juízo, tendo efetuado o depósito da importância homologada, no importe de R$... conforme revela o documento juntado aos autos a fls....
Portanto, a presente medida é perfeitamente adequada ao momento processual (art. 884, caput, da CLT).
II – TEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS
O deposito judicial da importância fixada na sentença de liquidação foi integralmente depositada, conforme faz prova o doc...., o que foi feito no dia .... Dessa data é que tem início a contagem do prazo para oferecimento dos presentes embargos, que se encerra no dia ....
Portanto, os presentes embargos são absolutamente tempestivos, vez que formulados no prazo legal.
III – CUSTAS PROCESSUAIS
Esclarece a embargante que as custas processuais fixadas em consonância com o art. 789 -A, V, da CLT no importe de R$.... serão recolhidas ao final, conforme autorizado pelo art. 789 -A, caput, da CLT.
IV – CORREÇÃO MONETÁRIA
Ao apresentar sua conta de liquidação, o embargado aplicou os índices de correção utilizados a variável do período do próprio mês da prestação dos serviços, enquanto o correto seria utilizar o índice do mês seguinte ao labor. 
De fato, o art. 459 da CLT assegura o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado. Então, eventual correção monetária só é aplicável a partir do vencimento da obrigação. Aplicando índice do mês da prestação dos serviços, evidente que os cálculos superam o que realmente deve a embargante. Na verdade, a questão está pacificada no âmbito da Justiça do Trabalho, tal como asseverado pela Sumula nº 381 do TST. 
Dessa maneira, os cálculos ofertados e homologados por esse respeitável juízo devem ser refeitos, levando em conta índices a partir do mês seguinte à prestação dos serviços.
V – DESCONTOS DO INSS
A sentença determinou que sobre o crédito do embargado deveriam ser descontadas as parcelas referentes à contribuição ao INSS. Ocorre, todavia, que o embargado deixou de efetuar os cálculos e, por conseguinte, os descontos, por entender que seriam de responsabilidade exclusiva da embargante. 
Sobre eventuais créditos oriundo de sentença judicial trabalhista, são devidas as contribuições sociais, tanto da parte do credor como do devedor. Assim, sobre os valores apurados em favor do embargado, deveriam ser efetuados os descontos, segundo a tabela mensal de contribuições, apuração que deixou de ser feita pelo embargado.
A embargante não pode impugnar as contas do embargado, porque não houve abertura de “vista para tanto. O art.879, 1º- B, da CLT determina que as contas de liquidação incluam as importâncias devidas à previdência social, fato ignorado pelo embargado em sua planilha. No mesmo sentido é a posição adotada pelo TST, através da Súmula n.º 368, III, razão pela qual os cálculos devem ser refeitos, observando-se a lei e a jurisprudência.
VI – CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer a embargante se digne Vossa Excelência julgar procedentes os presentes embargos, desconstituindo a respeitável sentença homologatória dos cálculos, e determinando uma nova apresentação de novos cálculos. 
Que apresentados os novos cálculos, Vossa Excelência defira a abertura de “vista” à embargante para manifestação. Que, uma vez julgados procedentes os embargos ora postos, seja desconstituída a penhora, liberando o numerário para a embargante.
VII - DAS PROVAS
Provará o alegado por todos os meios de prova documental e admitidos no direito.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
(local, data).
Advogada 
OAB/UF Nº ...
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