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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (5)

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Londrina 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELISÂNGELA SILVA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS: 
Estudo de caso das Empresas Gol e Tam. 
 
 
Londrina 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS: 
Estudo de caso das Empresas Gol e Tam 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Especialização em 
Controladoria e Finanças. 
Orientador: Prof. Ms. Isabel Cristina Gozer 
 
ELISÂNGELA SILVA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovada em: 
 
 
 
Nome do Membro da Banca 
Instituição de Origem 
Universidade Norte do Paraná 
 
 
 
Nome do Membro da Banca 
Instituição de Origem 
 
 
ELISÂNGELA SILVA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS: 
Estudo de caso das Empresas Gol e Tam 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Especialização em Controladoria e 
Finanças, banca examinadora do Centro 
Universitário Filadélfia – Unifil para 
obtenção do título de Especialista. 
SANTOS, Elisângela Silva dos. Análise de Demonstrativos Contábeis: estudo de 
caso das empresas Gol e Tam. 86 f. Monografia (Especialização em Controladoria e 
Finanças) – Centro Universitário Filadélfia, Unifil, Londrina, 2012. 
RESUMO 
Este trabalho apresenta os resultados de análises elaboradas a partir de dados 
públicos das empresas transporte aéreo, Gol e Tam, presentes na bolsa de valores – 
BOVESPA. Por meio das informações levantadas, foi possível elaborar índices de 
liquidez, rentabilidade, estrutura de capitais além de estruturas uma análise vertical e 
horizontal. Entre os índices analisados estão: liquidez, geral, liquidez seca, liquidez 
corrente, participação de capital de terceiros, composição do endividamento, 
imobilização do patrimônio líquido, imobilização de recursos não correntes, giro do 
ativo, margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido. O 
levantamento bibliográfico foi elaborado com base em livros de controladoria, análise 
contábil, análise financeira e contabilidade avançada. As dificuldades encontradas 
estão presentes no fato dos dados pesquisados fornecerem conclusões extras às 
propostas pelos objetivos específicos, entre eles estão, calcular os indicadores de 
liquides, endividamento, atividades e rentabilidade e comparar os indicadores 
obtidos nas empresas para realizar a avaliação do setor. Mediante as análises, 
conclui-se que a maior parte dos indicadores quando tiveram um aumento, os 
indicadores da outra empresa decaíam. 
Palavras-chave: Análise. Índices. Demonstrativos contábeis 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 – Demonstração do Resultado do Exercício ............................................. 26 
Quadro 2 – Aspectos Financeiros e Econômicos dos Índices Financeiros ............... 29 
Quadro 3 – Análise Horizontal dos Estoques ............................................................ 40 
Quadro 4 – Análise Horizontal e Vertical do Patrimônio Líquido ............................... 42 
Quadro 5 – Análise Horizontal do Lucro Líquido ....................................................... 45 
Quadro 6 – Análise Horizontal DVA Gol .................................................................... 54 
Quadro 7 – Análise Horizontal DVA Tam .................................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Liquidez Geral ......................................................................................... 38 
Gráfico 2 – Liquidez Corrente .................................................................................... 39 
Gráfico 3 – Liquidez Seca ......................................................................................... 40 
Gráfico 4 – Participação de Capital de Terceiros ...................................................... 41 
Gráfico 5 – Composição do Endividamento .............................................................. 42 
Gráfico 6 – Imobilização do Patrimônio Líquido ........................................................ 43 
Gráfico 7 – Imobilização de Recursos Não Correntes ............................................... 44 
Gráfico 8 – Giro do Ativo ........................................................................................... 45 
Gráfico 9 – Margem Líquida ...................................................................................... 46 
Gráfico 10 – Rentabilidade do Ativo .......................................................................... 47 
Gráfico 11 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido .................................................... 48 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial ............................................................ 18 
Tabela 2 – Demonstração do Resultado Abrangente Gol ......................................... 50 
Tabela 3 – Fluxo de Caixa Gol .................................................................................. 51 
Tabela 4 – Demonstração do Resultado Abrangente Tam ....................................... 55 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 11 
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13 
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 13 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 13 
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 14 
4.1 PERSPECTIVA DE ESTUDO ............................................................................. 14 
4.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .............................................................................. 14 
4.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ................................................................................ 15 
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 16 
5.1 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS....................................... 16 
5.2 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................. 18 
5.2.1 Ativo ................................................................................................................. 19 
5.2.1.1 Ativo circulante .............................................................................................. 20 
5.2.1.2 Ativo não circulante ....................................................................................... 21 
5.2.1.2.1 Realizável a longo prazo ............................................................................ 21 
5.2.1.2.2 Investimentos ............................................................................................. 22 
5.2.1.2.3 Imobilizado ................................................................................................. 23 
5.2.1.2.4 Intangível .................................................................................................... 23 
5.2.2 Passivo Circulante ............................................................................................ 23 
5.2.3 Passivo Não Circulante ....................................................................................24 
5.2.4 Patrimônio Líquido ........................................................................................... 25 
5.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ...................................... 25 
5.4 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE ....................................... 27 
5.5 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ................................................... 27 
5.6 PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................ 27 
5.7 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL ATRAVÉS DE ÍNDICES ...... 28 
5.7.1 Estrutura de Capitais ........................................................................................ 29 
5.7.1.1 Participação de capitais de terceiros (PCT) .................................................. 29 
5.7.1.2 Composição do endividamento (CE) ............................................................. 30 
5.7.1.3 Imobilização do patrimônio líquido (IPL)........................................................ 30 
5.7.1.4 Imobilização dos recursos não correntes ...................................................... 31 
5.7.2 Analisando a Liquidez ....................................................................................... 31 
5.7.2.1 Liquidez geral ................................................................................................ 31 
5.7.2.2 Liquidez corrente ........................................................................................... 32 
5.7.2.3 Liquidez seca ................................................................................................ 32 
5.7.3 Análise de Rentabilidade .................................................................................. 33 
5.7.3.1 Giro do ativo .................................................................................................. 33 
5.7.3.2 Margem líquida .............................................................................................. 34 
5.7.3.3 Rentabilidade do ativo ................................................................................... 34 
5.7.3.4 Rentabilidade do patrimônio líquido .............................................................. 35 
5.8 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ................................................................ 35 
6 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................... 37 
6.1 APLICAÇÃO DE RECURSOS E ANÁLISE HORIZONTAL ................................. 37 
6.2 LIQUIDEZ ............................................................................................................ 37 
6.2.1 Liquidez Geral .................................................................................................. 37 
6.2.2 Liquidez Corrente ............................................................................................. 39 
6.2.3 Liquidez Seca ................................................................................................... 39 
6.3 ESTRUTURA DE CAPITAIS E ENDIVIDAMENTO ............................................. 40 
6.3.1 Participação de Capital de Terceiros ................................................................ 41 
6.3.2 Composição do Endividamento ........................................................................ 42 
6.3.3 Imobilização do Patrimônio Líquido .................................................................. 43 
6.3.4 Imobilização de Recursos Não Correntes ........................................................ 44 
6.4 RENTABILIDADE ................................................................................................ 44 
6.4.1 Giro do Ativo ..................................................................................................... 44 
6.4.2 Margem Líquida ............................................................................................... 45 
6.4.3 Rentabilidade do Ativo...................................................................................... 46 
6.4.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ................................................................ 47 
6.5 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL GOL ....................................................... 48 
6.5.1 Avaliação do Fluxo de Caixa ............................................................................ 51 
6.5.2 Demonstração do Valor Adicionado ................................................................. 54 
6.6 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL TAM ....................................................... 54 
6.6.1 Avaliação do Fluxo de Caixa ............................................................................ 55 
6.6.2 Demonstração do Valor Adicionado ................................................................. 56 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 57 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58 
ANEXOS ................................................................................................................... 60 
ANEXO A – Balanço Patrimonial Empresa Gol – Ativo ............................................. 61 
ANEXO B – Balanço Patrimonial Empresa Gol – Passivo ........................................ 63 
ANEXO C – Demonstração do Resultado de Exercício Gol ...................................... 67 
ANEXO D – Demonstração de Fluxo de Caixa Gol ................................................... 69 
ANEXO E – Demonstração de Valor Adicionado Gol ................................................ 72 
ANEXO F – Balanço Patrimonial Tam - Ativo............................................................ 74 
ANEXO G – Balanço Patrimonial Tam - Passivo ...................................................... 76 
ANEXO H – Demonstração do Resultado de Exercício TAM .................................... 80 
ANEXO I – Demonstração do Fluxo de Caixa ........................................................... 82 
ANEXO J – Demonstração de Valor Adicionado ....................................................... 84 
 10 
1 INTRODUÇÃO 
Mais do que conciliações, livros diários e razão, a contabilidade 
hoje é vista e aprovada por muitos executivos, não somente como um setor 
burocrático e cheio de regras de uma empresa, em tempos que decisões cada 
vez mais assertivas são a parte fundamental de grandes negócios, a 
Contabilidade Gerencial se desenvolve e mostra por meio de análises avaliações 
antes não cogitadas. 
Os demonstrativos contábeis já são vistos através de índices, 
como importantes meios para otimização dos lucros e análises dinâmicas, e 
ganham espaço por evidenciarem o histórico financeiro da empresa, políticas de 
obtenção de recursos, maximização de resultados e meios para flexibilização da 
gestão. 
Os dados colhidos, geram informações que embasam as análises, 
sendo assim, ter meios confiáveis são fundamentais para uma demonstração 
financeira coerente com o que realmente ocorre em dado momento. 
Neste trabalho, será enfatizado e levantado dados das empresas 
de transporte aéreo, Gol e Tam, presentes no mercado aberto, que proporcionará 
conclusões passíveis de comparações entre as próprias empresas deste mesmo 
ramo. 
A importância deste estudo, está no fato de melhorar o 
conhecimento sobre análise financeira/contábil, visto que a medida que se possui 
conhecimento sobre os indicadores financeiros, eles se tornam ainda mais 
importantes para tomada de decisões da empresa, definição do foco da 
organização, melhoria dos processos e também, verificar onde estão os pontos 
francos e melhora-los 
Essa análise servirá de base para futuros trabalhos em que será 
possível levantar dados de outras empresas presentes em seguimentos 
diferenciados.11 
2 JUSTIFICATIVA 
Vivencia-se nos últimos tempos, enormes transformações na 
economia mundial; a evolução tecnológica, os meios de transmissão de dados e 
comunicação, possibilitam a rápida circulação de bens e recursos financeiros 
entre os países. 
Os comentários e especulações sobre o ambiente econômico em 
que vivemos, são trazidos a tona a todo momento, por isso ao publicarem suas 
demonstrações financeiras, as empresas valorizam seus desempenhos, pois 
passam a transmitir segurança sobre a capacidade de pagamento, além de 
fortalecerem sua reputação perante a comunidade, permite aumentar o nível de 
atração para novos investidores (SILVA, 2001). 
Temos hoje no Brasil algumas empresas definidas como capital 
aberto ou sociedade anônima, elas disponibilizam suas ações para 
comercialização na Bolsa de Valores, e por estarem com o capital aberto, devem 
seguir algumas regras, entre elas a disponibilização de dados contábeis, 
financeiros, comerciais, atas de reuniões, etc. 
Este estudo tem por principal objetivo, analisar as demonstrações 
contábeis do seguimento de transporte aéreo, presente no site da Bovespa. Este 
levantamento é de grande importância para lapidar o entendimento sobre índices 
contábeis, e mediante esse levantamento, poderá ser estendido a outras micro e 
pequenas empresas que venham a se interessar em analisar sua empresa a partir 
de um enfoque contábil-financeiro, possibilitando uma possível de mudança da 
estratégia empresarial. 
Pretendendo atingir esse objetivo, foi utilizado durante o trabalho, 
definições de alguns termos contábeis e também a forma de utilização de 
indicadores financeiros. 
Índices de liquidez, como liquidez geral, corrente e seca; e a 
análise da estrutura e endividamento, utilizando a imobilização do patrimônio 
líquido, participação de capital de terceiros, composição de endividamento; trarão 
conclusões pertinentes quanto a saúde financeira do segmento estudado. 
Por se tratar de um estudo em curto prazo, torna-se viável devido 
 12 
a facilidade em levantar os dados pertinentes as empresas estudadas, pois estão 
disponíveis ao público, e também, através deste, muitos outros estudos utilizando 
a mesma sistemática poderão ser elaborados. 
Partindo de uma análise bibliográfica, o presente trabalho também 
tem um papel didático, uma vez que reúne definições e explicações que podem 
ser consultadas para outros fins. 
 13 
3 OBJETIVOS 
3.1 OBJETIVO GERAL 
Realizar a análise econômico-financeira das empresas Gol e Tam, 
do segmento de transporte aéreo. 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
a) levantar dados contábeis de acesso público das empresas do 
seguimento de transporte aéreo; 
b) calcular os indicadores de liquidez, endividamento, atividades, 
e de rentabilidade; 
c) comparar os indicadores obtidos nas empresas para realizar 
uma avaliação do setor. 
 
 14 
4 METODOLOGIA 
4.1 PERSPECTIVA DE ESTUDO 
O tema abordado conduziu este trabalho a assumir as 
características de um estudo de caso, ampliando o conhecimento por meio de 
uma pesquisa documental indireta. 
O estudo de caso foi uma alternativa visivelmente escolhida por 
“Examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto, utilizado através 
de uma investigação explicativa que busca, esclarecer de alguma forma a 
ocorrência de um determinado fenômeno” (VERGARA, 2000, p. 58). 
Já a pesquisa documental indireta, no sentido de ser um 
levantamento de dados primários contemporâneos, devido o levantamento de 
documentos públicos e retrospectivos, por eles serem analisar pelo autor. 
“investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou 
que dispõe de elementos para explicá-lo” Como o trabalho apresentado possui 
essas características, foi o melhor estilo de estudo dentre os pesquisados para a 
definição deste, uma vez que busca explicar um fenômeno em determinada 
instituição (ROESCH, 2005, p.143; LAKATOS E MARCONI, 2003 p. 49). 
O tratamento dos dados foi conduzido através de uma análise de 
conteúdo, buscando interpretar os dados levantados através de índices 
(ROESCH, 2005). 
4.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 
Este trabalho procurou abordar duas empresas do seguimento de 
transporte aéreo, que participam como o capital social aberto no Brasil. 
A empresa Gol Transportes Aéreos SA, está no mercado 
brasileiro há dez anos, atuando com quase novecentos voos diários para 71 
destinos em 13 países, procurando através de tarifas reduzidas conquistar 
clientes que antes não podiam fazer viagens aéreas (VOEGOL, 2012). 
A empresa Latam Airles Group, surgiu em 1961 como Taxi Aéreo 
 15 
Marília, procurando oferecer alta tecnologia nos voos, atendendo em média 19,6 
milhões de passageiros ao ano (TAM, 2012). 
O período para a coleta e tratamentos dos dados se estabeleceu 
entre os meses de março e abril de 2012, podendo este tema ser abordado 
futuramente por outros pesquisadores e com novos dados, pois dos dados 
analisados compreendem os anos de 2009, 2010 e 2011. 
A fonte principal de pesquisa e levantado dos dados para análise, 
foi o site da BOVESPA – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, que pública 
em certos períodos de tempo, os documentos financeiros de empresas 
registradas com capital aberto. 
4.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO 
Os dados analisados, possuíam uma infinidade de variáveis que 
extrapolavam o objetivo do estudo, por isso, procurou-se restringir aos objetivos 
específicos, pois o assunto sobre análise de demonstrativos contábeis e 
financeiras, possui abrangência vasta e complexa. 
 
 16 
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
5.1 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Para Morante (2009, p. XV) “analisar as demonstrações 
financeiras é uma arte, porque partindo-se de alguns cálculos o analista deve 
encaminha-se para um diagnóstico que, para vários usuários, pode ter 
interpretações diferentes.” 
As demonstrações financeiras proporcionam um planejamento 
estratégico e operacional dentro da empresa, pois estudam o desempenho 
econômico-financeiro de períodos passados, objetivando prever tendências 
futuras. 
A análise das operações de uma empresa, pode nos revelar 
gastos excessivos, falta de controle e ou uma má gestão; logo, as demonstrações 
financeiro/contábeis nos permite efetivar uma tomada de decisões em diversas 
áreas da empresa. 
As demonstrações contábeis também são chamadas de relatórios 
contábeis ou informes contábeis, e de acordo com a Lei das Sociedades por 
Ações, devem ser publicados ao final de cada período social, compreendido em 
12 meses, afim de prestar contas aos acionistas, juntamente com relatórios da 
administração e notas explicativas, para acompanhamento da situação financeira 
e econômica da empresa (MARION, 2009). 
Elas são preparadas de forma a atender as necessidades de 
diversos usuários como: investidores, empregados, credores por empréstimos, 
clientes, governo e público em geral. 
Iudicibus et al. (2010, p. 33) lembra que as demonstrações são 
utilizadas para tomada de decisões, entre elas como: 
a) decidir quando comprar, manter ou vender um investimento em 
ações; 
b) avaliar a Administração quanto à responsabilidade que lhe tenha 
sido conferida, qualidade de seu desempenho e prestação de 
contas; 
c) avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e 
proporcionar-lhes outros benefícios; 
 17 
d) avaliar a segurança quanto a recuperação dos recursos financeiros 
e,pregados à entidade; 
e) determinar políticas tributárias; 
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos; 
g) preparar e usar estatística da renda nacional; ou 
h) regulamentar as atividades das entidades. 
Iudicibus et al. (2010, p. 2) ainda lembraque: 
Não faz parte das demonstrações contábeis propriamente ditas, mas a 
lei exige a apresentação desse relatório, que deve evidenciar os 
negócios sociais e principais fatos administrativos ocorridos no exercício, 
os investimentos em outras empresas, a política de distribuição de 
dividendos e reinvestimento de lucros, etc. No caso das companhias 
abertas, a CVM da orientação específica sobre esses e outros tantos 
tópicos de relevo para terceiros. 
Morante (2009), alega que, procurando otimizar uma análise, 
nenhum dado pode ser examinado isoladamente e nem constituir como princípio 
definitivo para uma conclusão final, por esse motivo devemos entender o que 
representa cada conta ou grupo de contas dentro de um relatório contábil. 
De acordo com a lei 6.385/76 a disposição dessas contas, permite 
que uma análise seja feita com clareza, já a CVM - Comissão de Valores 
Mobiliários, tem a função de registrar as companhias de capital aberto, organizar 
o funcionamento da bolsa de valores, entre outras, exige que seja publicado 
anualmente para acessos de todo o publico, relatórios contábeis que tenham as 
seguintes demonstrações ou contas contábeis (BRASIL, 1976): 
a) balanço patrimonial (BP); 
b) demonstração do resultado do exercício (DRE); 
c) demonstração do resultado abrangente (DRA); 
d) demonstração do fluxo de caixa (DFC); 
e) demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL); 
f) demonstração do valor adicionado (DVA). 
Essas demonstrações contábeis são de extrema importância, 
para um melhor entendimento, serão descritas e explicadas separadamente. 
 
 18 
5.2 BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil, tem 
por finalidade contemplar a posição financeira da empresa em um determinado 
momento, portando é uma posição estática (IUDICIBUS et al., 2010). 
Ele é composto por duas colunas, sendo que a coluna do lado 
esquerdo representa o que a empresa possui, e é de denominada de Ativo; e a do 
lado direito que discrimina a origem dos recursos, conhecida como Passivo. A 
diferença entre o Ativo e o Passivo é igual ao Patrimônio Líquido, sendo este os 
recursos próprios da empresa que pertencem aos seus sócios (MARION, 2009). 
De acordo com Iudicibus et al. (2010, p. 2), as contas que 
constituem o Balanço, devem ser classificadas de forma ordenada para permitir 
um melhor entendimento da situação da empresa, sendo assim: 
No ativo, são representadas em primeiro lugar as contas mais 
rapidamente conversíveis em disponibilidades, iniciando com o 
disponível (caixa e banco), constas a receber, estoques, e assim 
sucessivamente. No Passivo, classificam-se em primeiro lugar as contas 
cuja exigibilidade ocorre antes. 
Em outras palavras, no Ativo a contas são ordenas em ordem 
decrescente de liquidez, e o Passivo, em ordem de exigibilidade, ou seja, primeiro 
as contas de menor prazo de vencimento e depois a maior prazo (MORANTE, 
2009). 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO: 
INVESTIMENTO CAPITAL SOCIAL 
IMOBIIZADO RESERVAS DE CAPITAL 
INTANGIVEL AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 
 RESERVAS DE LUCROS 
 AÇÕES EM TESOURARIA 
 PREJUÍZOS ACUMULADOS 
Tabela 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial 
Fonte: Iudicibus et al.(2010, p. 3). 
 
 
 19 
O estudo do balanço patrimonial evidencia as fontes e 
investimentos de recursos e onde foram aplicados, analisar um balanço por sua 
vez, permite avaliar a adequação e possibilidades entre diversas fontes e os 
investimento efetuados. Portanto, os dados devem ser resumidos de forma clara e 
adequados, para que todas as pessoas facilmente conhecer a situação 
patrimonial de uma empresa; pois analisar mais que um período revela a 
movimentação que se modificou no período (MATARAZZO, 2010). 
5.2.1 Ativo 
O Ativo mostra aonde a empresa aplicou os recursos de que 
dispõe, ou seja, “todos os bens e direitos de propriedade da empresa, 
mensuráveis monetariamente, que representam benefícios presentes ou 
benefícios futuros para a empresa” (MARION, 2009 p. 45). 
Iudicibus et al.(2010, p. 40) ainda exemplifica que o ativo “é um 
recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual 
se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.” 
Para exemplo de bens temos máquinas, terrenos, estoques, 
dinheiro, ferramentas, veículos, instalações etc. Como direitos temos contas a 
receber, duplicatas e títulos a receber, ações, títulos de crédito, depósito em 
contas bancárias para saque. 
A empresa deve destacar no Ativo, tudo o que for de sua 
propriedade, empregados, por exemplo, não são propriedade da empresa; porém, 
“[...] os bens decorrentes de operações que transfiram à empresa os benefícios, 
riscos e controle, independente de ser propriedade, deverão ser contabilizados 
como Ativo” (MARION, 2009, p. 45). 
Pode-se exemplificar essa situação, como a contratação de um 
leasing, que é um financiamento disfarçado de aluguel, assim ele também será 
um Ativo (MARION, 2009). 
O principal benefício que o Ativo pode proporcionar, é contribuir 
para o fluxo de caixa e equivalentes, afim de manter a operacionalidade da 
empresa, produzindo mercadorias ou serviços, também pode ser trocado por 
outros ativos, usado para liquidar um passivo ou distribuído aos proprietários da 
entidade (IUDICIBUS et al., 2010). 
 20 
 
Alguns ativos nem sempre são físicos, um exemplo são as 
marcas e patentes, em algumas empresas a marca, embora intangível, é um bem 
maior do que o próprio produto ofertado, e por oferecer benefícios futuros também 
é considerada um Ativo. 
Há várias especificações para o Ativo, sendo ele dividido em Ativo 
Circulante e Ativo Não Circulante. 
5.2.1.1 Ativo circulante 
O ativo circulante é como o próprio nome já diz, de fácil 
circulação, são os valores de maior liquidez. Ele é composto pelas contas 
disponibilidades, direitos realizáveis a curto prazo e aplicação de recursos em 
despesas do exercício seguinte (MARION, 2009). 
Para Silva (2001), as disponibilidades são os recursos financeiros 
possuídos pela empresa que podem ser utilizados imediatamente, cujo saldo são 
considerados na data do balanço, entre esses recursos estão: Caixa, Bancos; 
Aplicações de liquidez imediata 
Existe também a conta Clientes que pode ser chamada de 
duplicatas a receber, corresponde as duplicatas emitidas decorrentes de vendas e 
ainda não recebidas, o valor dela fica em função do volume de vendas a prazo e 
do prazo concedido aos clientes 
No Ativo circulante, existe os Estoques, que são todos os 
produtos e materiais de propriedade da empresa, como produtos acabados, 
matéria prima, mercadorias para revenda, matérias de escritório, mercadorias em 
transito, etc (MATARAZZO, 2010). 
Contamos Também com as Aplicações de liquidez não imediata 
que “São as aplicações feitas pelas empresas, cujo resgate ocorrerá durante o 
exercício social subsequente” (SILVA, 2001 p. 6). 
Um exemplo são os adiantamentos a fornecedores, geralmente 
por conta de alguma entrega futura; e também as aplicações financeiras, quando 
os recursos monetários estão em excesso (MARATARAZZO, 2010). 
Há também a conta Despesas do exercício seguinte são 
pagamentos antecipados cujos benefícios à empresa ocorrerão em momento 
 21 
posterior, por não serem despesas incorridas, não são consideradas no Ativo Não 
Circulante. Exemplos dessas despesas pagas antecipadamente são: prêmios de 
seguros, aluguéis já pagos antecipadamente por utilização de imóveis, entre 
outros (IUDICIBUS et al., 2010). 
5.2.1.2Ativo não circulante 
O ativo não circulante possui basicamente as mesmas contas que 
o ativo circulante, o que distingue uma conta da outra é o prazo, cujo “sua 
realização, certa ou provável, após o término do exercício seguinte, o que 
normalmente, significa num prazo superior a um ano a partir do próprio Balanço”. 
(IUDICIBUS et al., 2010 p. 100). 
Esta conta é composta das subcontas; realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
Como cita Matarazzo (2010), uma organização geralmente possui 
dois tipos de investimentos, consequência de suas operações; um representado 
pelo imobilizado, sendo este necessário para produção, vendas e administração; 
e outro para as atividades comerciais, representado pelo ativo circulante. 
5.2.1.2.1 Realizável a longo prazo 
Como afirma Silva (2001), são as contas cuja sua realização se 
dera após o exercício subseqüente, pode acontecer que o ciclo operacional da 
empresa seja menor que um ano, porém, alguns itens do estoque, por exemplo, 
tenham o recebimento após um ano. 
Os principais componentes do realizável a longo prazo são: 
a) duplicatas a receber; 
b) provisão para crédito de liquidação duvidosa; 
c) estoques; 
d) aplicações financeiras; 
e) títulos de dívida pública; 
f) depósitos compulsórios; 
g) importação em andamento; 
h) obras em andamento, etc. 
 22 
Iudicibus et al. (2010), lembra que, são considerados realizáveis a 
longo prazo, contas correntes ligadas aos acionistas e diretores, bem como 
créditos concedidos a coligadas ou controladas, desde que não estejam ligados a 
transações comerciais, mesmo que venham a ser quitadas antecipadamente ao 
período exigido, nada garante que a empresa credora, despenda de esforços para 
receber esses valores. 
5.2.1.2.2 Investimentos 
Como descrito no Art. 179 inciso III são classificados 
investimentos: “as participações permanentes em outras sociedades e os direitos 
de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.” 
Adicionalmente, Iudicibus et al.(2010, p. 153) ainda descreve que 
os investimentos, “podem ser constituídos por ativos que não têm ainda uma 
efetiva utilização na manutenção da atividade da empresa, mas que são mantidos 
para vir tê-la no futuro.” 
Neste subgrupo, faz-se necessário classificar dois tipos de ativos: 
as participações permanentes em outras sociedades e outros investimentos 
permanentes: 
a) participações permanentes em outras sociedades: são as 
participações de capital em outras empresas na forma de 
ações ou quotas, em sua maioria são investimentos 
voluntários visando diversificar sua atividade ou produzir sua 
matéria prima; 
Acima de 10% de participação (sem deter o controle do capital), a outra 
empresa já será uma coligada da investidora. Se houver o controle – 
definido como preponderância nas deliberações sociais e poder de 
eleger a maioria dos administradores -, a outra empresa será controlada 
(MATARAZZO, 2012 p. 40). 
b) outros investimentos permanentes: são os diversos tipos de 
investimentos desvinculados da atividade da empresa, como 
obras de arte, bens locados a terceiros, imóveis não 
destinados ao uso, etc. 
 23 
5.2.1.2.3 Imobilizado 
Marion (2009), afirma que o Ativo imobilizado é todo Ativo Não 
Circulante necessário à manutenção das atividades da empresa, são bens 
tangíveis e abrange as benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados. 
Possui algumas características para ser classificado nessa conta: 
a) natureza relativamente permanente; 
b) ser utilizado na operação dos negócios; 
c) são se destinar à venda. 
Entre os principais ativos imobilizados temos, imóveis, terrenos, 
máquinas, equipamentos de informática, veículos, móveis, instalações, etc 
(SILVA, 2009). 
5.2.1.2.4 Intangível 
O art. 179 da Lei nº 6.404/76, em seu inciso VI, salienta que no 
intangível são classificados “os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido (BRASIL, 1976). 
 O principal exemplo de intangível são as marcas, patentes, 
direitos autorais. Porém, uma expressão bastante freqüente nessa conta é o 
Goodwill, é identificado pela diferença entre o valor contábil e o valor de mercado 
de uma empresa, uma espécie de ágio, de um valor agregado que tem uma 
empresa em devido a imagem, reputação, lealdade dos clientes, etc (MARION, 
2009). 
5.2.2 Passivo Circulante 
O Passivo circulante está presente em uma conta maior chamada 
Passivo, que são todas as obrigações da empresa com seus terceiros ou sócios, 
exemplo, fornecedores, duplicadas a pagar, obrigações fiscais e trabalhistas, etc 
(UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA, 2012). 
Essa conta está presente no lado esquerdo do balanço 
patrimonial, e evidencia a fonte de recursos da instituição, ela é subdividida em 
 24 
Passivo Circulante e Passivo Não Circulante, o art. 180 da Lei nº 6.404/76, 
alterado pela Lei nº 11.941/09, descreve: 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, 
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, 
se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no 
parágrafo único do art. 179 desta Lei (BRASIL, 1976). 
No dizer de Marion (2009), o Passivo Circulante são todas as 
obrigações a curto prazo, vencíveis dentro do prazo do exercício social, ou de 
acordo com o ciclo operacional da empresa, se este for superior a um ano. 
Silva (2001), descreve as contas que compõe o Passivo 
Circulante, geralmente estão associadas ao processo produtivo: 
a) fornecedores; 
b) salários e encargos sociais; 
c) impostos e taxas; 
d) instituições financeiras – empréstimos e financiamentos; 
e) debêntures a curto prazo; 
5.2.3 Passivo Não Circulante 
Iudicibus et al. (2010, p. 279) conceitua que no Passivo não 
circulante “são registradas as obrigações da companhia cuja liquidação deverá 
ocorrer em prazo superior a seu ciclo operacional, ou após o exercício social 
seguinte, e que não se enquadrem nas definições de passivo não circulante.” 
Fazem parte do passivo circulante as seguintes contas: 
a) empréstimos e financiamento; 
b) debêntures e outros títulos de divida; 
c) retenções contratuais; 
d) imposto de renda diferido para exercícios futuros; 
e) provisão para riscos fiscais e outros passivos contingentes e; 
f) provisão para previdência complementar e outras obrigações 
a longo prazo. 
 25 
5.2.4 Patrimônio Líquido 
O Patrimônio líquido pode ser visto como uma obrigação da 
empresa para com seus proprietários, pois representa os recursos que os 
acionistas entregaram a empresa ou por lucros gerados pela empresa e retidos 
em contas de reserva (MARION, 2009; MATARAZZO, 2010). 
A Universidade Católica de Brasília (2012) caracteriza que o 
patrimônio líquido é a diferença em ter os valores do ativo e do passivo, cuja as 
principais fontes são os investimentos e lucros. 
Em Iudicibus et al. (2010 p. 344), vamos encontrar que o 
patrimônio líquido é dividido em: 
a) capital social: recursos iniciais disponibilizados pelos acionistas; 
b) reservas de capital: acréscimos patrimoniais que não transitam 
pela demonstração de resultado de exercício, exemplo, ágio na 
emissão de ações; 
c) ajustes de avaliação patrimonial: representam as variações de 
preço de mercado dos instrumentos financeiros; 
d) reservas de lucros: lucros obtidos pela empresa para uma 
finalidade específica (mínimo de 5% do lucro líquido); 
e) ações em tesouraria: representam as açõesda empresa que são 
adquiridas pela própria companhia; 
f) prejuízos acumulados: resultado negativo gerado pela companhia. 
5.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
O principal objetivo da demonstração do resultado do exercício, é 
justamente como o nome sugere, demonstrar o resultado obtido pela empresa em 
um determinado período em que observamos o indicador de eficiência, ou seja, o 
lucro ou prejuízo (SILVA, 2001). 
Ainda de acordo com Silva (2001, p. 80) “a demonstração do 
resultado acumula as receitas, os custos e as despesas relativas a um período de 
tempo, mostrando o resultado e possibilitando conhecermos seus componentes 
principais.” 
A DRE, sigla utilizar para simplificar a demonstração do resultado 
do exercício, é apresentada de forma dedutiva, isto é, certas entradas e saídas 
de, entre duas datas, e é apresentada na vertical, de maneira a melhorar o 
entendimento (MARION, 2009). 
 26 
Segundo Matarazzo (2010), o lucro ou prejuízo é apurado por 
meio das receitas, custo e despesas da empresa, e são apropriadas conforme o 
regime de competência, ou seja, independente de que esses valores tenham sido 
pagos ou recebidos, sendo assim, a DRE retrata apenas o fluxo econômico e não 
monetário - fluxo de dinheiro. 
Sinteticamente, a demonstração do resultado do exercício, 
apresenta os resultados operacionais e não operacionais da empresa, e de 
acordo com a Lei nº 6.404/76 Art. 187, a DRE deve-ser apresentar da seguinte 
maneira: 
RECEITA BRUTA DAS VENDAS E SERVIÇOS 
- Devoluções 
- Abatimento 
- Impostos 
= Receita Líquida das Vendas e Serviços 
- Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos 
= Lucro Bruto 
- Despesas com Vendas 
- Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras) 
- Despesas Gerais e Administrativas 
- Outras Despesas Operacionais 
+ Outras Despesas Operacionais 
= Lucro ou Prejuízo Operacional 
+ Receitas Não Operacionais 
- Despesas não Operacionais 
+ saldo da Correção Monetária 
= Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda 
- Imposto de Renda e Contribuição Social 
- Participações de Debêntures 
- Participação dos Empregados 
- Participação de Administradores e Partes Beneficiárias 
- Contribuições para instituições ou Fundo de Assistência ou Previdência de 
Empregados 
= Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício 
= Lucro ou Prejuízo por Ação 
Quadro 1 – Demonstração do Resultado do Exercício 
Fonte: Matarazzo (2010, p. 31). 
Morante (2009) complementa que, a DRE é básica para a análise 
da rentabilidade de uma empresa, e para a análise das demonstrações 
financeiras oferece informações de tendências, dispêndio de custos e despesas, e 
obtenção de recursos pela atividade dos negócios. 
 27 
5.4 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE 
Lunelli (2012) explica que a demonstração de resultados 
abrangentes é uma ferramenta de análise gerencial, pois, atualiza o capital 
próprio dos sócios, através do registro no patrimônio líquido - e não no resultado - 
das receitas e despesas incorridas, porém de realização financeira incerta, uma 
vez que decorrem de investimentos de longo prazo, sem data prevista de resgate 
ou outra forma de alienação. 
Ainda comenta que: 
Na prática o resultado abrangente visa apresentar os ajustes efetuados 
no Patrimônio Líquido como se fosse um lucro da empresa, por exemplo, 
a conta ajuste da avaliação patrimonial, registra as modificações de 
ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio da competência não 
entram na DRE, no entanto, no lucro abrangente estas variações serão 
computadas, a fim de apresentar o lucro o mais próximo da realidade 
econômica da empresa (LUNELLI, 2012, p. 11). 
5.5 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
Iudicibus et al. (2010) afirma que a DVA tem por objetivo principal 
informar o valor da riqueza econômica gerada pelas atividades da empresa. Essa 
riqueza gerada é mostrada através da distribuição do capital (juros a 
financiamentos externos e lucro dos sócios), o trabalho (mão de obra) e o governo 
(tributos). 
A Demonstração do valor adicionado permite analisar a 
capacidade de geração de valor e distribuição da riqueza, o desempenho 
econômico, auxilia no cálculo do PIB e fornece informações sobre benefícios 
obtidos por cada um dos fatores de produção já citados. 
5.6 PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
Silva (2001) lembra que, existem alguns órgãos responsáveis pela 
padronização de normas contábeis, entre eles estão a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), o Conselho Federal de Contabilidade, o Instituto Brasileiro de 
Contadores (Ibracon) entre outros internacionais. Essa padronização tem por 
objetivo ordenar a distribuição das contas contábeis de formar a simplificar sua 
 28 
visualização, facilitando o entendimento através da correlação entre elas. 
A padronização facilita a comparação com outros demonstrativos 
anteriores ou de outras empresas, revisar a classificação das contas e identificar 
se não existe nenhuma falha (MATARAZZO, 2010). 
5.7 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL ATRAVÉS DE ÍNDICES 
As empresas, além de conhecerem sobre o mercado, seus 
concorrentes, seus consumidores e seu público interno, devem estar cientes 
sobre a sua capacidade de produzir e analisar os indicadores financeiros da 
empresa, pois são essas análises que poderão encontrar respostas para diversos 
questionamentos (MATARAZZO, 2010). 
As análises através de índices irão propiciar condições de 
identificar a necessidade para pedir um empréstimo, se a empresa tem condições 
de pagar suas dívidas ou se a empresa é lucrativa ou não. 
Gitman (2001) afirma que todos esses aspectos podem influenciar 
na sobrevivência do negócio, fazer com que se consiga atingir os objetivos 
propostos num curto prazo bem como apontar os pontos fortes e fracos e então 
elaborar novas estratégias. 
Existem alguns tipos de análises mais utilizados pelas empresas 
que Gitman (2001, p. 129) descreve: 
a) análise comparativa setorial: comparação de índices 
financeiros de empresas diferentes no mesmo ponto no 
tempo; envolve a comparação dos índices das empresas com 
aquelas de outras empresas no seu setor, ou com as médias 
setoriais; 
b) análise setorial temporal: avalia o desempenho da empresa 
ao longo do tempo; 
c) análise combinada: combina as análises acima permitindo 
identificar as tendências do comportamento do índice em 
relação ao segmento da empresa. 
Matarazzo (2010), descreve que o índice é a relação entre contas 
ou grupo de contas das demonstrações financeiras, eles evidenciam a situação 
financeira e econômica da empresa, por isso sua estrutura segue o seguinte 
 29 
esquema: 
 
Quadro 2 – Aspectos Financeiros e Econômicos dos Índices Financeiros 
Fonte: Matarazzo (2010, p. 84) 
5.7.1 Estrutura de Capitais 
Demonstram as grandes decisões financeiras em relação a 
obtenção e aplicação de recursos. 
5.7.1.1 Participação de capitais de terceiros (PCT) 
De acordo com Matarazzo (2010), a fórmula para cálculo do 
índice de capital de terceiros é: 
Capital de Terceiros X 100 
 Patrimônio Líquido 
O capital de terceiros é composto por passivo circulante mais 
Passivo Não circulante, é um índice que relaciona as duas maiores fontes de 
recursos da empresa; capital próprio e capital de terceiros, sendo assim, quanto 
menor o resultado desse índice, menor a dependência da empresa em relação a 
terceiros. 
Porém, do ponto de vista da obtenção de lucro, trabalhar com 
capital de terceiros “pode ser vantajoso, se a remuneração paga ao terceiro, for 
menor que o lucro conseguido com a aplicação do negócio” (MATARAZZO, 
2010). 
Sempre que se aborda o PCT, é feita uma análise somente do 
ponto de vistafinanceiro, ou seja, do risco de insolvência e não em relação ao 
lucro ou prejuízo (SILVA, 2001). 
 30 
5.7.1.2 Composição do endividamento (CE) 
Silva (2001) descreve que o índice de composição do 
endividamento, indica quando da dívida total da empresa deverá ser paga a curto 
prazo comparadas com as obrigações totais. A fórmula para cálculo é: 
Passivo Circulante X 100 
 Capital de Terceiros 
 
Admite-se que quanto mais curto o vencimento das parcelas, 
maior será o risco oferecido pela empresa. De outra forma, empresas com 
endividamento concentrado no longo prazo, principalmente decorrente de 
investimentos efetuados, oferecem uma situação mais tranqüila no curto prazo. 
Porém, é preciso conhecer a estrutura geral da empresa para 
julgar este índice, pois nem sempre o fato dos recursos estarem concentrados 
num curto prazo dignifica um fator negativo, irá depender da sua capacidade de 
geração de recursos e sua condição de renovar a dívida de curto prazo junto aos 
credores (SILVA, 2001). 
5.7.1.3 Imobilização do patrimônio líquido (IPL) 
Mostra quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no 
Ativo Não Circulante, quando menor ele for, melhor; sua fórmula é: 
Ativo Não Circulante X 100 
 Patrimônio Líquido 
A principal análise que esse índice traz é que quanto mais a 
empresa investir no Ativo Não Circulante, menos recursos próprios sobrarão para 
o ativo circulante, e maior será a dependência de capital de terceiros para o 
financiamento do ativo circulante (SILVA, 2001). 
Matarazzo (2010, p. 93), diz que: 
O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido 
suficiente para cobrir o Ativo Não Circulante e ainda sobrar uma parcela 
– Capital Circulante Próprio – suficiente para financiar o Ativo Circulante. 
(Por suficiente entende-se que a empresa deve dispor da necessária 
liberdade de comprar e vender sem precisar sair o tempo todo correndo 
atrás de bancos.). 
 31 
Silva (2001) lembra que este índice é importante para decisões 
estratégicas da empresa, quando á expansão, compra, aluguel ou leasing e 
equipamento. 
5.7.1.4 Imobilização dos recursos não correntes 
A Imobilização de Recursos não Correntes, especificamente, 
mostra qual o percentual de recursos não correntes (Patrimônio Líquido e Passivo 
Não circulante) foi aplicado no Ativo Não Circulante (MATARZZO, 2010). 
Fórmula: 
 Ativo Não Circulante X 100 
 Patrimônio Líquido + Passivo Não circulante 
 
Matarazzo (2010), ainda lembra que este índice, em regra, não 
deve ser superior a 100%, já que sempre irá existir uma parte dos recursos não 
correntes destinados ao ativo circulante. 
5.7.2 Analisando a Liquidez 
Matarazzo (2010) lembra que os índices de liquidez ajudam a 
medir a solidez de uma empresa, mostra as condições que ela tem para 
pagamento de suas obrigações, mas isso não significa necessariamente que 
esteja honrado com sua dívidas, uma vez que os dados são extraídos do balanço 
patrimonial e não do fluxo de caixa. 
Gitman (2001, p. 133) explica que: 
A liquidez de uma empresa de negócios é mensurada por sua 
capacidade de atender a suas obrigações a curto prazo, antes de seu 
vencimento. A liquidez diz respeito à solvência da situação financeira 
global da empresa – a facilidade com que ela pode pagar suas contas. 
5.7.2.1 Liquidez geral 
Silva (2001) apresenta a fórmula para cálculo da liquidez geral: 
 Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo x 0 
 Passivo Circulante + Passivo Não circulante 
 32 
A principal interpretação para esse índice é quanto maior, melhor; 
ela é o posto da imobilização do patrimônio líquido, quando um deles cresce o 
outro decresce. Ele ainda evidencia se a empresa parasse suas atividades em 
dado momento, deveria pagar suas dívidas com seu dinheiro (disponibilidades) 
mais seus realizáveis, sem precisar desembolsar o Ativo Não Circulante (SILVA, 
2001). 
5.7.2.2 Liquidez corrente 
Gitman (2001), aponta que a liquidez corrente, mensura a 
capacidade de pagamento da empresa em um curto prazo, indicando quanto a ela 
possui de dinheiro mais bens e direitos neste curto prazo, comparado com suas 
dívidas a serem pagas no mesmo período. É calculada de acordo com o modelo a 
seguir: 
 Ativo Circulante 0 
 Passivo Circulante 
É um dos índices mais famosos e mais usados para medir a 
saúde financeira das empresas, ele tem uma grande aplicabilidade em 
comparativos entre empresas do mesmo porte, mesma atividade, etc; porém, 
alguns autores consideram que este índice deve ser maior que 1, outros que deve 
ser maior que 1,5; porém isso irá depender do segmento da empresa e seu ciclo 
financeiro (SILVA, 2001). 
5.7.2.3 Liquidez seca 
Matarazzo (2010) explica que o índice de liquidez seca é parecido 
com o índice de liquidez corrente, a diferença, é que não é considerar o estoque 
para o calculo, e seu resultado indica quanto a empresa possui de ativo líquido 
para cada $1,00 de passivo circulante, sendo assim, quando maior, melhor. Sua 
fórmula é: 
 Disponível + Aplic. Finan. + 
 Clientes (líquidos de devedores duvidosos) 5 
 Passivo Circulante 
 
 33 
Silva (2001, p. 274) enfatiza algumas considerações sobre o 
índice de liquidez seca: 
O índice de liquidez seca busca certo aprimoramento em relação ao 
índice de liquidez corrente, supondo, de certa forma, que os estoques 
são necessários à própria atividade da empresa, constituindo-se numa 
espécie de investimento permanente no ativo circulante. Ao mesmo 
tempo, exclui os valores considerados mais difíceis de serem realizados 
5.7.3 Análise de Rentabilidade 
Existem várias maneiras de medir a rentabilidade, que relacionam 
o retorno da empresa com suas vendas, ativos, ou patrimônio líquido, num todo, 
avaliam o lucro da empresa com relação ao nível de vendas, aos ativos e aos 
investimentos dos proprietários. O volume de atividade da empresa e seu 
resultado, irão interferir em outros indicadores (MARATAZZO, 2010; SILVA, 
2001). 
Os índices de rentabilidade, também chamados e índices de 
retorno ou de lucratividade, permitir analisar os lucros da empresa, preocupação 
dos proprietários e credores para o futuro da empresa (MORANTE, 2009). 
As principais análises giram em torno da margem de lucro, giro do 
ativo, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido (MATARAZZO, 
2010). 
5.7.3.1 Giro do ativo 
Morante (2009) caracteriza o giro do ativo como indicador do 
potencial de venda em relação aos investimentos que foram destinados ao ativo 
total, indica quanto a empresa vende para cada $ 1,00 de investimento total, 
sendo assim, quando maior melhor, sua fórmula é: 
 GO: Vendas Líquidas 0 
 Ativo 
 “O volume de vendas tem relação direta com o montante de 
investimento. Não se pode dizer se uma empresa está vendendo pouco ou muito 
olhando-se apenas o valor absoluto de suas vendas” (MATARAZZO, 2010, p. 
 34 
111). 
Matarazzo (2010) ainda exemplifica outras conclusões que obtém-
se através desse índice: avaliar a retração do mercado como um todo, observar a 
perda da participação de mercado e propor melhorias na estratégia de vendas a 
empresa. 
5.7.3.2 Margem líquida 
Gitman (2001) explica que a margem líquida mensura o 
percentual de cada unidade monetária, proveniente das vendas restante após 
dedução de juros, despesas, custos e imposto de renda, ou seja, o lucro líquido 
em relação a venda líquida de certo período. 
É expressa na fórmula: 
 ML: Lucro Líquido x 1000 
 Vendas Líquidas 
 
A margemlíquida ideal é variável de acordo o setor, porém, sua 
interpretação sempre será no sentido de quanto maio, melhor; porém, é 
importante observar alguns pontos em relação ao lucro líquido como, levantar a 
atualização monetária dos valores, devido a inflação; observar se há valores 
relativos a receitas ou despesas não operacionais; entre outros (SILVA, 2001). 
5.7.3.3 Rentabilidade do ativo 
Matarazzo (2010) e Silva (2001) explicam que a rentabilidade 
sobre o ativo indica quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao ativo 
total, também é chamado de retorno sobre o ativo total (ROA) ou retorno sobre o 
investimento (ROI), medindo a capacidade da empresa em capitaliza-se apenas 
com seu lucro, sua fórmula é: 
 RA: Lucro Líquido x 1000 
 Ativo 
 35 
5.7.3.4 Rentabilidade do patrimônio líquido 
Gitman (2001, p. 143) explica que a rentabilidade do patrimônio 
líquido, pode ser chamada também de taxa de retorno sobre o patrimônio líquido, 
mais conhecido como ROE, “ela mensura o retorno sobre o investimento do 
proprietário na empresa da empresa. Geralmente quando maior for esse retorno, 
melhor para os proprietários”. 
O ROE é calculado como a seguir: 
 ROE: Lucro Líquido x 1000 
 Patrimônio Líquido 
 
A principal característica deste índice é mostrar a taxa de 
rendimento do Capital Próprio, que poder comparada com outros rendimentos 
alternativos no mercado, como caderneta de poupança, CDBs, ações, letras de 
câmbio, fundos de investimento, etc; podendo avaliar se a empresa rentabilidade 
a essas opções (MATARAZZO, 2010). 
5.8 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
Existem vários tipos de avaliações de índices resultantes das 
demonstrações contábeis, alguns possuem significado intrínseco, outros propõem 
a comparação dos dados ao longo de vários exercícios e ainda confrontar dados 
de outras empresas. 
Uma vez calculados os índices e comparados, pode-se fazer 
primeiro uma avaliação individual de cada índice, depois uma avaliação conjunta, 
e assim, avaliar a empresa e sua administração. 
Do ponto de vista de Matarazzo (2010, p. 170), “Os índices 
podem informar, por exemplo, que uma empresa seta com alto endividamento. A 
Análise Vertical Horizontal aponta qual o principal credor e como se alterou a 
participação de cada credor nos últimos exercícios.” 
A Análise vertical, também chamada de análise de estrutura, medi 
o percentual de cada componente em relação ao todo do qual faz parte, e fazer 
as comparações caso existam dois ou mais períodos (NEVES; VICECONTI, 
2002). 
 36 
A Universidade Católica de Brasília (2012) descreve que a Análise 
Horizontal tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações 
financeiras ao longo dos anos, permitindo acompanhar o desempenho de todas 
as contas de compõem a demonstração analisada. 
Porém, apesar de oferecer dados para análise financeira de uma 
empresa, Silva (2001, p. 203) lembra que: 
É fundamental nesta faze de início do estudo da análise das 
demonstrações financeiras, que o analista esteja consciente de que um 
de seus principais objetivos será a análise e o dimensionamento do risco 
da empresa e, para isso, será necessário conjugar o uso dos vários 
ferramentais disponíveis. 
Baseado no levantamento teórico, será exposto a partir de agora 
os dados e que serão utilizados para o estudo proposto bem como sua análise, 
resultados e conclusões. 
 
 37 
6 ANÁLISE DOS DADOS 
 Foram levantados os dados das empresas Gol Linhas Aéreas 
Inteligentes SA e da empresa Latam Airlines Group SA no período de 2009 e 
2011, as informações extraídas foram analisar através do embasamento teórico 
do autor Matarazzo. 
6.1 APLICAÇÃO DE RECURSOS E ANÁLISE HORIZONTAL 
Os dados utilizados para essa análise, são provenientes do 
balanço patrimonial e demonstração de resultado de exercício. 
O aumento do patrimônio da empresa Gol, foi de 12,23% em 2010 
em relação ao ano de 2009, já no ano de 2011, houve uma diminuição de 24,69% 
em relação ao ano de 2010; diferentemente da empresa Tam que demonstrou um 
aumento de 103,04% no seu patrimônio no ano de 2010 em relação ao ano de 
2009 e também diminui 19,15% no ano de 2011, esse aumento se caracterizou 
principalmente pelo aumento de participação de acionistas não controladores e 
também capital integralizado. 
6.2 LIQUIDEZ 
Segundo Matarazzo (2010, p. 99), “são índices que procuração 
medir quão sólida é a base financeira da empresa. Uma empresa com bons 
índices de liquidez, tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas”. 
6.2.1 Liquidez Geral 
Sobre a liquidez geral, a empresa Tam, apresenta uma estrutura 
consideravelmente sólida nos últimos três anos, porém a Gol, teve um declive no 
ano de 2011, a razão desse baixo índice está associado ao empréstimo de curto 
prazo efetuado neste ano, bem como sua aplicação em imobilizado, intangível 
além do aumento de tributos, desta forma o ativo circulante tende a ficar menor. 
Já a Tam também teve uma diminuição deste índice em 2010, 
adquiriu empréstimos, porém, um pouco menos expressivo. Segue os dados 
referentes a liquidez geral, que ajudam a entender este panorama: 
 38 
 
 
Gráfico 1 – Liquidez Geral 
Fonte: Dados de pesquisa 
Nos últimos três anos a TAM, conseguiria pagar suas dívidas 
totais com os recursos que possui hoje no Ativo Circulante, e ainda contaria com 
uma sobra de 15% em 2011, 22% em 2010 e 11% em 2009; isso significa que ela 
além de ter esses recursos suficientes, possui uma margem de segurança. 
Já a Gol deverá gerar recursos para pagar as suas dívidas, pois 
os atuais recursos circulantes são insuficientes, lembrando que dívidas de longo 
prazo não precisam ser pagas no presente, e que até o seu pagamento, a 
empresa pode estar mudando de cenário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
6.2.2 Liquidez Corrente 
De acordo com o gráfico 2, pode-se analisar os índices de liquidez 
das empresas analisadas. 
 
Gráfico 2 – Liquidez Corrente 
Fonte: Dados de pesquisa 
No ano de 2010 a empresa Gol, teve o melhor desempenho 
nesse índice em comparação com os outros anos e com a TAM, demonstrando 
que os investimento no ativo circulante foram suficientes para cobrir as dividas de 
curto prado e ainda permitir uma folga de 60%. Já em 2011, esse índice veio a 
cair quase pela metade, devido ao empréstimo de curto prazo adquirido neste 
ano. 
A Tam já conseguiu melhorar este índice nos últimos anos, pois 
deixou de adquirir empréstimos de curto prazo e aumento em valores os 
empréstimos de longo prazo, conseguindo assim administrar melhor seu ativo 
circulante e equilibrar as entradas e saídas do caixa. 
6.2.3 Liquidez Seca 
Desconsiderando os estoques temos a liquidez seca que vem 
complementar o índice de liquidez corrente, graficamente, esses dois índices 
estão parecidos, o motivo principal é que as empresas de transporte aéreo não 
são comerciantes de mercadorias e sim prestadoras de serviços, o estoque não é 
 40 
a principal conta presente no ativo circulante. O gráfico 3 demonstra os índices de 
liquidez seca, comparando com o gráfico 2 pode-se observar grande 
semelhanças: 
 
Gráfico 3 – Liquidez Seca 
Fonte: Dados de pesquisa 
Analisando a evolução dos estoques dos três anos, observa-se 
poucas mudanças de um ano para o outro: 
Estoques 2011 2010 2009 
Análise 
Horizontal 
11X10 
Análise 
Horizontal 
10X09 
TAM 212.609,00 198.760,00 195.092,00 6,97 1,88 
Gol 151.023,00 170.990,00 137.959,00 -11,68 23,94 
Quadro 3 – Análise Horizontal dos Estoques 
Fonte: Dados de pesquisa 
6.3 ESTRUTURA DE CAPITAIS E ENDIVIDAMENTOSilva (2001) argumenta que analisar a estrutura e o 
endividamento das empresas, permitem visualizar as decisões estratégicas, 
financeiras de investimento e distribuição de dividendos, juntamente com as 
políticas operacionais e de capacidade e geração de lucro, permitindo mensurar 
os níveis de imobilização de recursos próprios e composição de capitais. 
 
 41 
6.3.1 Participação de Capital de Terceiros 
Verifica-se nos resultados do índice de participação de capital de 
terceiros, que a empresa Tam, possuía um resultado com uma grande 
disparidade em relação a empresa Gol. 
No ano de 2009 a Tam teve o maior índice, porém, em 2010 teve 
uma queda devido ao aumento de quase todas as contas no patrimônio líquido, 
entre elas um aumento de quase 60 vezes a participação dos acionistas não 
controladores entre 2009 e 2010. 
Já a Gol, teve uma evolução no índice de participação de capital 
de terceiros, entre os anos de 2010 e 2011, como descrito no gráfico 3, em 
consequência do aumento de empréstimos e financiamentos e uma diminuição de 
capital social. 
 
Gráfico 4 – Participação de Capital de Terceiros 
Fonte: Dados de pesquisa 
Nota-se que quando o patrimônio líquido da Gol cresce o da Tam 
também cresce e vise e versa, porém a Tam teve um aumento no ano de 2010, 
quase equiparando em valores com a Gol, porém, sua proporção em relação ao 
passivo total sempre foi baixa em comparação a Gol, como demonstrado no 
quadro 4: 
 
 
 
 42 
Patrimônio 
Líquido 
2011 2010 2009 
Análise 
Horizontal 
11X10 
Análise 
Horizontal 
10X09 
Vertical 
2011 
Vertical 
2010 
Vertical 
2009 
Gol 
 
2.205.911,00 
 
2.929.169,00 
 
2.609.986,00 
- 24,69 12,23 20,70% 32,32% 29,93% 
TAM 
 
2.124.120,00 
 
2.627.391,00 
 
1.294.036,00 
- 19,15 103,04 13,29% 
18,17% 10,00% 
Quadro 4 – Análise Horizontal e Vertical do Patrimônio Líquido 
Fonte: Dados de pesquisa 
6.3.2 Composição do Endividamento 
Apesar da empresa Gol possuir uma participação de capital de 
terceiros menor que a empresa TAM, percebe-se que o nível de obrigações a 
curto prazo é maior. 
No ano de 2010 a Tam teve um pequeno aumento em relação ao 
ano de 2009, tendo 42,20% de dívidas a curto prazo comparadas as obrigações 
totais; já a Gol, neste ano, teve o menor índice, trabalhando com 27,53% de 
obrigações de curto prazo, como pode ser observado no gráfico 4. 
 
 
Gráfico 5 – Composição do Endividamento 
Fonte: Dados de pesquisa 
O fato da empresa Gol ter os menores índices, estão ligados a 
diminuição dos empréstimos e financiamentos principalmente em 2010, mas 
também ao aumento de participação dos fornecedores como financiadores de sua 
atividade. 
 43 
6.3.3 Imobilização do Patrimônio Líquido 
O ramo de empresas estudado, demanda alto investimento para 
manter o giro do seu negócio, por esse motivo, percebe-se uma evidente 
participação na conta de imobilizado. 
A empresa Gol, vem mantendo o índice estável, no ano de 2010 o 
seu patrimônio líquido estava maior que o ano de 2009, onde teve um aumento de 
12,23% e o seu Ativo Não Circulante um aumento de somente 0,67% como pode 
ser visto no Quadro 4; já no ano de 2011, o patrimônio líquido teve uma 
diminuição de 24,69% e o Ativo Não Circulante um aumento de 18,21%, por esse 
motivo houve uma queda no índice em 2010 e um aumento em 2011 de acordo 
com o gráfico 5. 
 
 
Gráfico 6 – Imobilização do Patrimônio Líquido 
Fonte: Dados de pesquisa 
 
Já a empresa Tam, conseguiu no ano de 2010 uma diminuição de 
aproximadamente 53%, isso devido ao aumento do seu patrimônio líquido, teve 
um aumento de 103,04% do ano de 2009 para o ano de 2010. 
 
 
 44 
6.3.4 Imobilização de Recursos Não Correntes 
Este índice mostra que, em quase todos os períodos das duas 
empresas estudas, foi aplicado no Ativo Não Circulante todos os recursos não 
correntes, ou seja, quando maior este índice maior a dependência de recursos de 
terceiros para financiar o capital circulante líquido. 
No gráfico 6, observa-se que a empresa Gol, teve o menor índice 
em 2010 de 86,23%; ou seja, 13,77% foram destinados ao ativo circulante. 
 
Gráfico 7 – Imobilização de Recursos Não Correntes 
Fonte: Dados de pesquisa 
6.4 RENTABILIDADE 
Matarazzo (2010, p. 110) afirma que “Os índices deste grupo 
mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quando renderam os 
investimentos e, portanto o grau de êxito econômico da empresa”. 
 
6.4.1 Giro do Ativo 
A empresa Gol teve um aumento neste índice entre os anos de 
2009 e 2010, mostrando que para cada $ 1,00 de investimento total ela vendeu 
em 2009 $0,75 e em 2010 $0,79; porém em 2010, este índice veio a declinar, 
provavelmente, pela estratégia de vendas da Tam em se assimilar a Gol. 
 45 
Já a Tam, teve nos últimos três anos, um aumento constante 
nesse índice, evidenciando que está se posicionando perante o mercado. No ano 
de 2010, segundo os relatórios gerenciais da Bovespa, começou a associação 
com a Lan Airlines AS (BOVESPA, 2012). 
 
Gráfico 8 – Giro do Ativo 
Fonte: Dados de pesquisa 
6.4.2 Margem Líquida 
Este índice vai mostrar quanto a empresa teve de lucro para cada 
$ 100 vendidos, porém, é importante avaliar o lucro líquido isoladamente, que irá 
mostrar se houve aumento ou diminuição de vendas em relação a margem de 
lucro ou queda do volume de vendas, o quadro 5 vai mostrar que houve queda no 
lucro líquido, sendo assim, fica descartada a hipótese de diminuição das vendas 
em função do aumento da margem de lucro: 
Quadro 5 – Análise Horizontal do Lucro Líquido 
Lucro 
Líquido 
2011 2010 2009 
Análise 
Horizontal 11X10 
Análise 
Horizontal 10X09 
 Gol -751.538,00 214.197,00 890.832,00 - 450,86 - 75,96 
TAM -261.513,00 668.930,00 1.248.459,00 - 139,09 - 46,42 
Quadro 5 – Análise Horizontal do Lucro Líquido 
Fonte: Dados de Pesquisa 
 
 
 46 
No item anterior, vimos que o giro do ativo da empresa Tam no 
ano de 2009, foi maior que a empresa Gol, porém, percebe-se de acordo com o 
gráfico 8 que a margem líquida da Gol, esteve maior neste ano do que a empresa 
Tam, porém, nos próximos aos a situação se inverte, isso significa que as vendas 
líquidas da empresa Gol tiveram queda, evidenciando mais uma vez o 
posicionamento da Tam no mercado. 
 
Gráfico 9 – Margem Líquida 
Fonte: Dados de pesquisa 
6.4.3 Rentabilidade do Ativo 
Este índice também que relaciona lucro líquido e ativo, vem 
mostrar que as duas empresas, estão diminuindo a capacidade de gerar lucro e 
assim capitaliza-se. 
A empresa Gol que possuía um bom índice no ano de 2009 
conforme descrito no gráfico 9, de $10,22; ou seja, a cada $100,00 de 
investimento total, teve $10,22 de lucro, teve uma diminuição expressiva nos 
últimos 2 anos. Já a Tam, está no mesmo patamar de diminuição de rentabilidade 
do ativo, isto se deve principalmente a queda da margem líquida 
 47 
 
Gráfico 10 – Rentabilidade do Ativo 
Fonte: Dados de pesquisa 
6.4.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
Observando o volume de lucro para cada $100 de capital 
investido, verifica-se que as duas empresas tiveram uma queda acentuada no 
retorno sobre o patrimônio líquido de acordo com gráfico 10. 
É importante lembrar que os índices de inflação estão diretamente 
ligados ao volume de vendas e consequentemente do seu lucro, assim, temos o 
índice de inflação mais alto em 2011, chegando a 6,5%; em 2010 de 5,91% e em 
2009 de 4,31% (DANTAS, 2010; KUNTS, 2011; HERÉDIA, 2012). 
 
 
 48 
 
Gráfico 11– Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
Fonte: Dados de pesquisa 
Quando se compara os anos e as empresas, é o índice da 
rentabilidade do patrimônio líquido da empresa Tam em 2009, que teve um 
excedente de $92, ou seja, além de ter todo o valor investido como retorno neste 
ano, ainda teve um ganho de $92. 
6.5 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL GOL 
A empresa Gol teve um aumento do patrimônio de 12,23% em 
2010 em relação ao ano de 2009, porém, o índice de inflação neste foi de 5,91%, 
tendo um crescimento líquido de 6,32%. Porém, no ano de 2011, a empresa teve 
um déficit no patrimônio líquido de 24,69% em relação ao ano de 2010, devido 
principalmente as contas reserva de lucros, reserva legal e ajustes de avaliação 
patrimonial. 
O ativo circulante teve um crescimento de 16,02% em 2011, já o 
ativo não circulante teve um crescimento de 18,21%; não havendo tanto 
disparidade entre essas duas contas, a conclusão é que o montante destinado a 
imobilização foi semelhante aos destinados ao ciclo do negócio. 
As aplicações financeiras em relação ao ativo total, teve um 
aumento considerável entre os anos de 2010 e 2011; em 2010; 0,25% do ativo 
total estava presente nas aplicações financeiras, e em 2011; 9,47% eram 
aplicações financeiras, importante observar, que esta conta teve uma diminuição 
 49 
no ano de 2010 em relação ao ano de 2009 em -44,11% e um aumento em 2011 
em relação a 2010 de 4.363,72%. 
Mesmo havendo um crescimento do ativo circulante em 2011 de 
16,02%; o vamos em caixa teve uma diminuição de -37,10%, isto devido ao 
aumento das aplicações financeiras. 
O ativo não circulante que corresponde a 70,55% em 2011, é 
composto predominante pelo imobilizado, sendo a conta de maior influência, 
seguidas de ativo realizável a longo prazo e intangível. 
Já no passivo circulante, a conta de maior participação foi 
empréstimos e financiamentos, tendo um aumento de 348,67% em 2011 
comparado ao ano de 2010, e atuando com 14,57% em relação ao passivo total. 
Números diferentes aos anos anteriores, em 2010 houve uma 
diminuição dos empréstimos a curto prazo de 41,52% em relação a 2009, 
participando em 3,82% com relação ao ativo total. 
No passivo não circulante a conta de maior contribuição também 
foi empréstimos e financiamentos, que teve um aumento de 33,55% em relação 
ao ano de 2010 porém se manteve quase constante em 2011 com um aumento 
de 1,29%. 
Em 2011 o patrimônio líquido diminuiu em 24,69%, devido a não 
participação da conta reserva de lucros e a diminuição de reserva de capital em 
182,40%. Já o capital social, teve um aumento de 5,51% em 2010 e 0,04$ em 
2011. 
Visualizando a receita de vendas, houve aumento em 2010 de 
15,73% e em 2011 de 8,02% devido principalmente ao aumento de transporte de 
passageiros, mesmo assim, o transporte de cargas teve aumento de participação 
em 2011 de 17,74%. 
As despesas operacionais também aumentaram em 2011 com um 
percentual de 30,61% em relação a 2010, neste ano teve uma queda de 4,74% 
em relação a 2009. 
Houve um aumento das despesas financeiras de 127,67% em 
2011; fechando o ano de 2010 com um lucro de 214.197,00 milhões e o ano de 
2011 com prejuízo de 751.538,00 milhões. 
Analisando o lucro/prejuízo através da demonstração do resultado 
abrangente, não existe a participação de sócios não controladores, ou seja, lucros 
 50 
e prejuízos estão sob responsabilidade da empresa controlada, como descrito na 
tabela 2: 
Conta Descrição 
01/01/2011 a 
31/12/2011 
01/01/2010 
a 
31/12/2010 
01/01/2009 
a 
31/12/2009 
 4.01 Lucro Líquido Consolidado do Período - 751.538,00 214.197,00 890.832,00 
 4.02 Outros Resultados Abrangentes - 90.341,00 10.255,00 17.191,00 
 4.02.01 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 362,00 - 2.497,00 4.137,00 
 4.02.02 Hedges de Fluxo de Caixa - 136.992,00 18.035,00 19.779,00 
 4.02.03 Efeito Fiscal 46.289,00 - 5.283,00 - 6.725,00 
 4.03 Resultado Abrangente Consolidado do Período - 841.879,00 224.452,00 908.023,00 
 4.03.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora - 841.879,00 224.452,00 908.023,00 
 4.03.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 
Tabela 2 – Demonstração do Resultado Abrangente Gol 
Fonte: Bovespa (2012).
 51 
6.5.1 Avaliação do Fluxo de Caixa 
A empresa Gol, teve um aumento do seu caixa líquido em 2010 em relação ao ano de 2009 de 58,31% e uma 
queda em 2011 de 183,23%; devido principalmente ao aumento das variações cambiais e monetárias e também aos juros sobre 
empréstimos. 
Porém, fechou o período contábil com saldo de caixa positivo nos 3 anos, tendo um aumento em 2010 de 41,48% 
e uma diminuição de 37,10% em 2011. 
Conta Descrição 
01/01/2011 a 
31/12/2011 
01/01/2010 a 
31/12/2010 
01/01/2009 a 
31/12/2009 
Análise 
Horizontal 
2011 
Análise 
Horizontal 
2010 
 6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais - 602.520,00 723.897,00 457.259,00 - 183,23 58,31 
 6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 1.136.126,00 831.891,00 - 347.679,00 36,57 - 339,27 
 6.01.01.01 Depreciações e Amortizações 395.807,00 281.604,00 142.853,00 40,55 97,13 
 6.01.01.02 Provisão para Devedores Duvidosos 23.483,00 7.728,00 7.701,00 203,87 0,35 
 6.01.01.03 Provisão para Processos Judiciais 6.218,00 18.842,00 13.000,00 - 67,00 44,94 
 6.01.01.04 Provisão (Reversão) para Contratos Onerosos 15.393,00 - 445,00 2.080,00 - 3.559,10 - 121,39 
 6.01.01.05 Provisão para Obsolescência de Estoque 1.196,00 8.402,00 4.327,00 - 85,77 94,18 
 6.01.01.06 Impostos Diferidos - 254.671,00 118.444,00 - 135.305,00 - 315,01 - 187,54 
 6.01.01.07 Remuneração Baseada em Ações 24.875,00 24.743,00 4.540,00 0,53 445,00 
 6.01.01.08 Variações Cambiais e Monetárias, líq 400.095,00 - 46.549,00 - 708.240,00 759,51 - 93,43 
 6.01.01.09 Juros sobe Empréstimos e Outros, líq 414.430,00 297.256,00 275.466,00 39,42 7,91 
 6.01.01.10 Resultados não-realizados de hedge liquido de impostos 19.469,00 117.022,00 80.332,00 - 83,36 45,67 
 6.01.01.11 Outras Provisões - 30.460,00 - - - - 
 6.01.01.12 Programa de Milhagem 79.057,00 - 106.299,00 - 38.714,00 - 174,37 174,58 
 6.01.01.13 Baixa do imobilizado intangivel 10.173,00 3.037,00 - 8.832,00 234,97 - 134,39 
 6.01.01.14 Provisão para devolução antecipada de aeronaves 96.136,00 108.106,00 13.113,00 - 11,07 724,42 
 6.01.01.15 Aplicações financeiras utilizadas na operação - - 
 52 
 6.01.01.16 Redução ao valor recuperável 23.353,00 - - - - 
 6.01.01.17 Ajuste a valor presente sobre ativos e passivos - - 
 6.01.01.18 Deságio sobre a compra da Webjet - 88.428,00 - - - - 
 6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos - 987.108,00 - 322.191,00 - 85.894,00 206,37 275,10 
 6.01.02.01 Contas a Receber 84.840,00 208.526,00 - 182.082,00 - 59,31 - 214,52 
 6.01.02.02 Estoques

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