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Aula01_Direito Consumidor_Renato Porto_Carreiras

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0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 1 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 2 
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O CDC ....................................................................................... 2 
2.1 Vigência do CDC ............................................................................................................................. 2 
2.2 Aspectos constitucionais da norma .............................................................................................. 2 
2.3 Antinomia de leis ............................................................................................................................ 2 
2.3.1 Aplicação do CDC (1990) x Convenção de Varsóvia (1929) ...................................................... 3 
3 PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................. 3 
3.1 Princípio da Vulnerabilidade ......................................................................................................... 3 
3.2 Princípio da Hipossuficiência ........................................................................................................ 4 
3.3 Principio da Confiança ................................................................................................................... 4 
3.4 Princípio da Harmonização dos Interesses .................................................................................. 5 
3.5 Principio da Boa Fé ........................................................................................................................ 5 
4 RELAÇÃO DE CONSUMO ........................................................................................................................ 5 
4.1 Elementos da relação jurídica de consumo .................................................................................. 5 
4.1.1 Consumidor ................................................................................................................................. 5 
4.1.2 Sujeito passivo ............................................................................................................................ 7 
4.1.3 Objeto da relação de consumo ................................................................................................... 8 
5 DIREITOS BÁSICOS DOS CONSUMIDORES ....................................................................................... 9 
6 QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................. 14 
7 LEGISLAÇÃO CITADA ........................................................................................................................... 22 
8 SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIA .......................................................................................................... 24 
9 LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS .................................................................................... 25 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
O início de estudo do Direito do Consumidor se dará através de comentários prévios sobre a Lei 
8.078/1990. Na sequência, serão abordados os princípios gerais do Direito do Consumidor e os elementos 
integrantes da relação de consumo e, por fim, os direitos básicos do consumidor. 
 
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O CDC 
 
2.1 Vigência do CDC 
 
Lei 8.078/1990, de 11 de setembro de 1990 - dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras 
providências. Entrou em vigor em março de 1991, em função da vacatio legis de 180 dias (art. 118, CDC): 
Este código entrará em vigor dentro de cento e oitenta dias a contar de sua publicação. 
Exceção: há um contrato que, mesmo que tenha sido firmado antes da edição da referida lei, merece a 
aplicação do CDC. Chama-se Contrato de Trato Sucessivo (é aquele em que as tratativas são reiteradas de 
forma periódica; exemplo: plano de saúde). 
 
2.2 Aspectos constitucionais da norma 
 
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, 
nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. 
 
Art. 5º. XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. 
 
Art. 170, V. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim 
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
V - defesa do consumidor; 
 
Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de 
defesa do consumidor. 
 
Através do consumo remunera-se as empresas e, estas, por sua vez, recolhem impostos ao Estado. Para 
que essa dinâmica funcione de maneira adequada, o Estado lança mão, por exemplo, das agências reguladoras: 
ANEEL, ANATEL, ANS, que fiscalizam essa relação. 
O CDC é uma norma de caráter cogente, de interesse social, de ordem pública, assim, seus institutos 
poderão ser concedidos de ofício, mesmo sem requisição da parte, dentre eles: inversão do ônus da prova, 
desconsideração da personalidade jurídica. 
Exceção: Súmula 381 do STJ: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da 
abusividade das cláusulas.”. 
 
2.3 Antinomia de leis 
 
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I. Tempo: uma lei mais nova deve prevalecer sobre uma lei mais antiga; 
II. Princípio da Especialidade: prevalece a aplicação do CDC, em detrimento de outras legislações. 
III. Norma de Eficácia Supralegal, ou seja, localiza-se um pouco acima das normas ordinárias, em 
relação à pirâmide de Kelsen. Dessa forma, as demais legislações devem ser aplicadas de forma subsidiária ao 
CDC. 
IV. Teoria do Diálogo das Fontes (Erick Jaime): o ordenamento jurídico é um elemento vivo, pois está 
em constante mutação harmônica. Dessa forma, nada impede que as normas dialoguem em nome do bem 
comum, objetivando o equilíbrio das relações. 
Exemplo: art. 735 do CC/02: 
 
Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de 
terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
 
A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de 
terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
Se for analisado pelo CDC, a culpa exclusiva de terceiro afasta a responsabilidade, não havendo 
indenização. Assim, para resolver o caso concreto, aplica-se o CDC e socorre-se da regra do art. 735 do CC/02 
(Teoria da Diálogo das Fontes). 
 
2.3.1 Aplicação do CDC (1990) x Convenção de Varsóvia (1929) 
 
O STF entendeu que na hipótese de extravio de bagagens, sob o argumento de que no art. 7º do CDC 
está previsto o respeito pelos tratados internacionais. Tal entendimento ultrapassou o princípio da Reparação 
Integral dos Danos. 
 
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de 
que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades 
administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e 
equidade. 
 
3 PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
3.1 Princípio da Vulnerabilidade (art. 4º do CDC) 
 
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da 
sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes 
princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
 I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidorno mercado de consumo; 
 II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
 a) por iniciativa direta; 
 b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; 
 c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
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 d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e 
desempenho. 
 III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do 
consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos 
quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas 
relações entre consumidores e fornecedores; 
 IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à 
melhoria do mercado de consumo; 
 V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos 
e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; 
 VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a 
concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos 
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; 
 VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; 
 VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. 
 
Estabelece que o consumidor merece ser considerado a parte mais fraca em uma relação jurídica 
de consumo. Há vários dispositivos legais que promoverão o equilíbrio da relação consumerista, tais como: 
inversão do ônus da prova, desconsideração da personalidade jurídica, dentre outros. 
 
3.2 Princípio da Hipossuficiência 
 
O consumidor hipossuficiente é aquele que não consegue comprovar adequadamente seu direito. A 
hipossuficiência é de ordem processual (guarda relação com a produção de provas – vide art. 6º, VIII, CDC), 
enquanto que a vulnerabilidade é de ordem fática. 
 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão 
do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for 
ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
 
A hipossuficiência pode ser: técnica (resulta de uma debilidade em relação à expertise do consumidor), 
fática (é a dificuldade de provar os fatos ocorridos em determinada situação), econômica/processual (trata-se 
da ausência de recursos do consumidor, no momento da comprovação da lesão sofrida), informacional (é 
aquela debilidade que tem como base a ausência de informação adequada ao consumidor em relação aos 
produtos e serviços. 
 
3.3 Principio da Confiança 
 
Garante direitos a consumidores que, de qualquer forma, acreditaram na credibilidade do fornecedor 
dos produtos ou serviços. 
Recurso especial 63.981 - SP do STJ: 
DIREITO DO CONSUMIDOR. FILMADORA ADQUIRIDA NO EXTERIOR. DEFEITO DA MERCADORIA. 
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA NACIONAL DA MESMA MARCA (“PANASONIC”). ECONOMIA 
GLOBALIZADA. PROPAGANDA. PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR. PECULIARIDADES DA ESPÉCIE. 
SITUAÇÕES A PONDERAR NOS CASOS CONCRETOS. NULIDADE DO ACÓRDÃO ESTADUAL 
REJEITADA, PORQUE SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO NO 
MÉRITO, POR MAIORIA. 
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I - Se a economia globalizada não mais tem fronteiras rígidas e estimula e favorece a livre concorrência, imprescindível 
que as leis de proteção ao consumidor ganhem maior expressão em sua exegese, na busca do equilíbrio que deve reger 
as relações jurídicas, dimensionando-se, inclusive, o fator risco, inerente à competitividade do comércio e dos 
negócios mercantis, sobretudo quando em escala internacional, em que presentes empresas poderosas, multinacionais, 
com filiais em vários países, sem falar nas vendas hoje efetuadas pelo processo tecnológico da informática e no forte 
mercado consumidor que representa o nosso País. 
II - O mercado consumidor, não há como negar, vê-se hoje "bombardeado" diuturnamente por intensa e hábil 
propaganda, a induzir a aquisição de produtos, notadamente os sofisticados de procedência estrangeira, levando em 
linha de conta diversos fatores, dentre os quais, e com relevo, a respeitabilidade da marca. 
III - Se empresas nacionais se beneficiam de marcas mundialmente conhecidas, incumbe-lhes responder também pelas 
deficiências dos produtos que anunciam e comercializam, não sendo razoável destinar-se ao consumidor as 
consequências negativas dos negócios envolvendo objetos defeituosos. 
IV - Impõe-se, no entanto, nos casos concretos, ponderar as situações existentes. 
V - Rejeita-se a nulidade arguida quando sem lastro na lei ou nos autos. 
 
3.4 Princípio da Harmonização dos Interesses 
 
 Garante os interesses de ambas as partes. Preza pelo tratamento equilibrado entre consumidores e 
fornecedores. 
 
3.5 Principio da Boa-Fé 
 
É a conduta esperada pelo homem médio e se divide em: 
I. Boa-fé subjetiva: é a ausência de conhecimento do ilícito; 
II. Boa-fé objetiva: é a ética esperada no momento das contratações; o agente responde independente 
de culpa – art. 68 do CDC. Deve estar presente em todos os momentos contratuais. 
 
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar 
de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: (...). 
 
4 RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
4.1 Elementos da relação jurídica de consumo 
 
I. Sujeito ativo: consumidor; 
II. Sujeito passivo: fornecedor; 
III. Objeto da relação: produto ou serviço. 
 
4.1.1 Consumidor 
 
É o sujeito ativo da relação de consumo e possui duas espécies: 
a. consumidor standard (art. 2º, caput, CDC): é o destinatário final: 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Consumidor final é o último da cadeia de fornecimento/consumo. Para tal definição, apresentaram-
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se as seguintes correntes: 
I. Teoria Maximalista: considera que o consumidor é o destinatário fático do bem. 
II. Teoria Finalista: considera que o consumidor é o destinatário fático e econômico do bem. (Teoria 
adotada). 
Observação: 
O STJ mitiga os efeitos da Teoria Finalista, para admitir em algumas hipóteses, embora destinatários 
somente fáticos, a aplicação do CDC. Dentre essas hipóteses destacam-se: taxista, costureira, pequeno 
empresário. Assim, todas as vezes que se vislumbrar vulnerabilidade, sobretudo no ponto de vista econômico, 
excepcionalmente, pode-se aplicar o CDC. 
III. Corrente Finalista Mitigada: admite, em hipóteses pontuais, que destinatários tão somente 
fáticos possam se valer das regras protetivas do CDC. Para sua aplicação deve ser verificada a vulnerabilidade 
econômica, conforme entendimento do STJ. 
b. consumidor por equiparação (art. 17, 29, 2º, § único, todos do CDC): 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. 
São as vítimas do evento, ou seja, são pessoas que sofrem danos, em razão de uma relação de consumo. 
Exemplo: o vizinho que sofreu um dano, por conta da tua TV, que explodiu na hora em que estavam assistindo 
à um jogo de futebol. Verifica-se a responsabilidade extracontratual do fornecedor com o terceiro que sofreu 
o dano. 
Art. 29.Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou 
não, expostas às práticas nele previstas. 
 
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo 
nas relações de consumo. 
 
 Esquematizando: veja esquema na página seguinte. 
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4.1.2 Sujeito passivo 
 
Fornecedor (art. 3º do CDC): é todo aquele que possua animus de ofertar bens de consumo e, em 
contrapartida, obter lucro com essa oferta. Observação: na hipótese de pessoa física, deve-se constatar a 
habitualidade. 
 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 
Pessoa física: pode ser considerada fornecedor, se verificar a habitualidade de ofertar produtos de 
consumo. 
 
Fornecedor por equiparação: São empresas que se coligam à empresa principal e que podem produzir 
danos aos consumidores. Exemplo: Empresa principal e SERASA/SPC. 
CONSUMIDOR
CONSUMIDOR FINAL
TEORIAS
Maximalista
Destinatário fático
do bem
Finalista
Destinatário fático e 
econômico do bem
Teoria adotada 
Finalista Mitigada
Destinatários com 
vulnerabilidade 
econômica
comprovada - STJ 
CONSUMIDOR POR 
EQUIPARAÇÃO
Todas as vítimas do 
evento (art 17, CDC)
Todas as pessoas 
determináveis ou 
não, expostas às 
práticas nele 
previstas (art 29, 
CDC)
A coletividade, ainda 
que indetermináveis, 
que haja intervindo 
nas relações de 
consumo (art 2, § 2º, 
CDC)
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4.1.3 Objeto da relação de consumo 
 
Art. 3º, §§, CDC: 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza 
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
 
Toda vez que estiver diante de uma obrigação de dar estará diante de um produto. 
Toda vez que estiver diante de uma obrigação de fazer será uma prestação de serviços. 
Serviço: é qualquer atividade desenvolvida no mercado de consumo mediante remuneração1, inclusive 
as de natureza bancária2, de crédito e securitária3, excetuando-se as de caráter trabalhista4. 
 
Comentários: 
Responsabilidade Civil dos estacionamentos: Vide Súmula 130, STJ: A empresa responde, perante o 
cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento. 
Atenção: Depende do tipo de estacionamento: aqueles que não possuem a transposição de cancela, não 
dão a sensação de guarda e segurança, nesse caso, equipara-se a comércio de rua e não gera o dever de 
indenizar. 
Embargos de Divergência. Recurso Especial 1.431.606: 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. LANCHONETE. ROUBO EM ESTACIONAMENTO 
GRATUITO, EXTERNO E DE LIVRE ACESSO. EMPREGO DE ARMA DE FOGO. CASO FORTUITO 
EXTERNO. SÚMULA Nº 130/STJ. INAPLICABILIDADE. RISCO ESTRANHO À NATUREZA DO SERVIÇO 
PRESTADO. AUSÊNCIA DE LEGÍTIMA EXPECTATIVA DE SEGURANÇA. 1. O Superior Tribunal de Justiça, 
conferindo interpretação extensiva à Súmula n° 130/STJ, entende que estabelecimentos comerciais, tais como grandes 
shoppings centers e hipermercados, ao oferecerem estacionamento, ainda que gratuito, respondem pelos assaltos à 
mão armada praticados contra os clientes quando, apesar de o estacionamento não ser inerente à natureza do serviço 
prestado, gera legítima expectativa de segurança ao cliente em troca dos benefícios financeiros indiretos decorrentes 
desse acréscimo de conforto aos consumidores. 2. Nos casos em que o estacionamento representa mera comodidade, 
sendo área aberta, gratuita e de livre acesso por todos, o estabelecimento comercial não pode ser responsabilizado por 
roubo à mão armada, fato de terceiro que exclui a responsabilidade, por se tratar de fortuito externo. 3. Embargos de 
divergência não providos. 
 
 
1 A palavra remuneração deve ser interpretada de maneira relativa, ante a existência de serviços aparentemente gratuitos. Ex: 
Instagram, Facebook, Google. 
2 Súmula 297 do STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. 
3 Súmula 608 do STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por 
entidades de autogestão. 
4 Se existir vínculo empregatício, inexistirá a relação de consumo. 
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Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 DIREITOS BÁSICOS DOS CONSUMIDORES 
 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos 
e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
 
Produtos ou serviços não poderão proporcionar riscos5 à integridade dos consumidores, salvo, aqueles 
normais e previsíveis. No entanto, quando normais e previsíveis, o fornecedor deverá informar dos perigos. 
Princípio da Prevenção: deve-se criar meios para que o mal não aconteça. 
Se houver a possiblidade de se causar um dano, o fornecedor deverá informar o referido perigo e 
promover o imediato reparo ou substituição (recall). Caso o problema venha a persistir, o bem poderá ser 
retirado do mercado de consumo. 
Há serviços e produtos previsivelmente perigosos. Assim, quando o produto for perigoso, o fornecedor 
deve avisar, orientar. 
Ar. 6º, II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de 
escolha e a igualdade nas contratações; 
 
Os consumidores deverão ser adequadamente educados6 e informados sobre as características dos bens 
 
5 Risco é a mera possibilidade de se causar um dano. 
6 Educação: é do consumidor para o momento do consumo. Garante a liberdade de escolha e com isso promove a igualdade das 
contratações. 
RELAÇÃO DE 
CONSUMO
SUJEITO ATIVO
CONSUMIDOR 
FINAL
CONSUMIDOR 
POR 
EQUIPARAÇÃO
SUJEITO PASSIVO
FORNECEDOR
FORNECEDOR 
POR 
EQUIPARAÇÃO
OBJETO DA 
RELAÇÃO DE 
CONSUMO
PRODUTO
OBRIGAÇÃO DE 
DAR
SERVIÇO
OBRIGAÇÃO DE 
FAZER
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de consumo, bem como da condição geral da prestação de serviços. 
 
 Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
[...] 
 III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, 
características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
(Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como 
contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
 
Publicidade (art. 36 do CDC): é diferente da propaganda, a qual visa propagar uma mensagem, a 
difusão de uma ideia, a disseminação de um ideal. A publicidade visa obter lucro. Vide art. 37 do CDC. 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como 
tal. 
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação 
dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. 
 
 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
 § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou 
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a 
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados 
sobre produtos e serviços. 
 § 2° É abusiva, dentreoutras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore 
o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores 
ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde 
ou segurança. 
 § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado 
essencial do produto ou serviço. 
§ 4° (Vetado). 
a. Lícita: visa a garantir a informação, com fundamento constitucional. 
b. Ilícita: com o objetivo de se obter maior lucro, ocorre o abuso de direto. 
Há três espécies: 
I. Enganosa: contém em seu teor mensagem falsa. Pode ocorrer de forma total ou parcial. 
II. Abusiva: ocorre quando o fornecedor explora os medos e os aspectos fisiológicos do consumidor. 
III. Enganosa por omissão: deixa de informar sobre dado essencial sobre as características dos bens 
de consumo. 
Informativo do STJ de 2016: promoção do plano de telefonia móvel, com valor muito atrativo, em 
relação à concorrência. Quando os consumidores migravam para essa Companhia, o cliente era informado da 
necessidade de comprar um aparelho de celular compatível. O STJ entendeu que isso foi uma publicidade 
enganosa por omissão. 
 
 
 
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Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seguem os demais incisos dos art. 6º do CDC: 
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em 
razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo 
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências; 
IX - (Vetado); 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com 
deficiência, observado o disposto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015). 
 
 Comentários: Inciso VIII. Inversão do ônus da Prova: é o repasse para o fornecedor do encargo 
probatório. Observação 1: A inversão do ônus da prova poderá ser dada de ofício, haja vista que o CDC é de 
ordem pública. Requisitos para sua concessão: 
a. A critério do juiz a alegação for: 
I. Verossímil (é uma alegação que parece ser verdadeira) ou 
II. Consumidor for hipossuficiente: 
Em regra, o juiz poderá inverter o ônus da prova, a seu critério, quando for a hipótese de 
inversão ope judicis (por força do Direito). No entanto, quando for hipótese de inversão ope 
legis (por força de Lei; exemplos: art. 38; art. 12, §3º; art. 14, § 3º, todos, CDC), o juiz não 
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LÍCITA ILÍCITA
ENGANOSA
Contém 
mensagem 
enganosa
ABUSIVA
Explora aspectos 
psicológicos do 
consumidor
ENGANOSA POR 
OMISSÃO
Deixa de informar 
dado essencial do 
bem
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atua, pois já está invertido por força de lei. 
Inciso X: 
Serviços públicos: podem ser: 
i. Uti singuli: o consumidor é identificado, pois realiza pagamento. Exemplo: tarifa de transporte 
público. Aplica-se o CDC. 
ii. Uti universe: é de remuneração indireta. Exemplo: pagamento de um imposto. Responsabilidade civil 
do Estado (art. 37, § 6º, CRFB): 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa. 
 
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Retomando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS
BÁSICOS DO 
CONSUMIDOR 
Art. 6º, CDC
I. Vida, saúde e 
segurança
II. Educação para 
o consumo
III. Informação
IV. Publicidade
V. Contratos
VI. Danos 
(materiais e 
morais)
VII. Acesso ao 
Judiciário/Órgão 
Adm.
VIII. Inversão do 
ônus da prova
X. Serviços 
Públicos
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6 QUESTÕES COMENTADAS 
 
01 Assistente Securitário – Banestes Seguros – FGV – 2018. Quanto aos sujeitos da relação de consumo, de acordo com o 
Código de Defesa do Consumidor, analise as afirmativas a seguir. 
I. Equipara-se a consumidor apenas a coletividade determinável de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo. 
II. Empregador e empregado são sujeitos da relação de consumo, porque qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as decorrentes das relações de caráter trabalhista, é considerada como serviço. 
III. Os entes despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação 
de serviços são reputados fornecedores. 
Está correto o que se afirma em: 
 a) somente I; 
 b) somente III; 
 c) somente I e II; 
 d) somente II e III; 
 e) I, II e III. 
 
Comentários: 
 
Art. 2.º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que INDETERMINÁVEIS, que haja intervindo nas 
relações de consumo. 
Art. 3.º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
Gabarito: B 
 
02 Procurador do Município – Prefeitura de Paranavaí – FAUEL - 2018. Assinale a alternativa correta de acordo com o Código 
de Defesa do Consumidor e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: 
a) Para os fins de proteção consumerista define-se produto como qualquer bem, móvel ou imóvel, desde que material. 
b) Considera-se consumidor toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, não 
podendo um condomínio de adquirentes de edifício em construção equiparar-se a consumidor. 
c) A hipossuficiência para o direito consumerista é um conceito jurídico, fundado em uma disparidade ou discrepância notada no 
caso concreto. Assim sendo, todo consumidor é vulnerável e hipossuficiente. 
d) Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de 
empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. 
e) Nas relações jurídicas internas, de natureza dominial, estabelecidas entre condomínio e condôminos, incide o Código de 
Defesa do Consumidor. 
 
Comentários: 
A) Errada! Conforme art. 3, p. 1, CDC: produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
B) Errada! A primeira parte da assertiva está correta, sendo o conceito expresso de consumidor do art. 2, do CDC. O erro está na 
segunda parte da assertiva. Segundo o STJ, aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de edifício em construção, nas hipótesesem que atua na defesa dos interesses dos seus condôminos frente à construtora/incorporadora. Ex.: está construindo diferente do 
projeto, está usando material de qualidade C e os adquirentes pagaram pela qualidade A. Nesses casos, o condomínio equipara-se 
ao consumidor, enquanto coletividade que haja intervindo na relação de consumo. 
C) Errada! Como preceitua Flávio Tartuce, todo consumidor é vulnerável, mas nem todo é hipossuficiente. 
D) Correta! 
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E) Errada! Segundo STJ, não se aplicam as normas do CDC às relações jurídicas estabelecidas entre condomínio e condôminos. 
Até no contrato de construção sob o regime de administração ou preço de custo, não há relação de consumo a ser tutelada pelo 
CDC, devendo a relação jurídica ser regida pela Lei de Condomínio e Incorporações Imobiliárias – Lei 4591/64. 
 
OBSERVAÇÕES RELEVANTES SOBRE AS ASSERTIVAS: 
 1) Todo consumidor, assim reconhecido, é vulnerável, mas nem todo consumidor é hipossuficiente. Diante dessa afirmação, é 
correto afirmar que tal assertiva demonstra que a vulnerabilidade é pressuposto da condição de ser consumidor, sendo que a 
hipossuficiência é característica que deve ser analisada casuisticamente (Assertiva correta da VUNESP em 2017 – Procurador 
Jurídico Municipal). 
2) Segundo Leandro Lages, a vulnerabilidade independe da condição social, cultural ou econômica do consumidor, caracterizando-
se pelo fato de o consumidor desconhecer as técnicas de produção. Já o consumidor hipossuficiente, além de desconhecer as 
técnicas de produção, tem a sua situação agravada em virtude de fatores econômicos, sociais e culturais, justificando a concessão 
de direitos e garantias extras, como a inversão do ônus da prova. 
3) STJ: é inaplicável o Código de Defesa do Consumidor às relações entre os condôminos e o condomínio quanto às despesas de 
manutenção desse - taxas (tema caiu na prova de Defensor Público do PE em 2018, banca CESPE e na prova de Defensor Público 
de AL em 2017). 
Gabarito: D 
 
03 Delegado de Polícia Civil – PC/MA – CESPE – 2018. Acerca dos crimes previstos no CDC, assinale a opção correta. 
 a) Em razão do princípio da especialidade, as infrações penais descritas no CDC excluem outras que digam respeito a qualquer 
relação de consumo. 
 b) A pena de interdição temporária de direitos somente poderá ser aplicada isoladamente, sendo vedada sua cumulação com pena 
privativa de liberdade ou multa. 
 c) No processamento dos crimes de propaganda enganosa ou abusiva, é cabível a transação penal. 
 d) Nos crimes que envolvam as relações de consumo, a ofensa a indivíduo analfabeto constitui circunstância agravante das penas. 
 e) Os crimes contra a relação de consumo são, em sua maioria, de perigo concreto, sendo exigida a efetiva ocorrência do dano. 
 
Comentários: 
O crime de propaganda enganosa/abusiva é previsto no art. 66 do CDC. 
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, 
segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: 
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. 
A transação penal, instituto trazido pela Lei dos Juizados Especial (Lei 9.099/95), é aplicável, segundo o art. 61 da Lei do Juizado, 
a todos os crimes com penas máximas de até 2 anos. 
Letra A: errada. A Lei de crimes contra a ordem tributária também prevê crimes contra as relações de consumo. 
Letra B: errada. O § único do artigo 56 da Lei do Juizado permite a aplicação cumulativa da pena de interdição temporária. 
Letra D: errada. Inexiste essa previsão na Lei do Juizado. A alínea "b" do inciso IV do art. 76 prevê que é uma circunstância agravante 
se o crime for cometido "em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas 
portadoras de deficiência mental interditadas ou não". 
Letra E: errada. São crimes de perigo abstrato em sua maioria. 
Gabarito: C. 
 
04 Promotor de Justiça Substituto MPE/GO – Banca própria – 2016. Considerando os princípios e direitos básicos que regem o 
Código de Defesa do Consumidor, assinale a alternativa correta: 
 
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 a) O conceito de hipossuficiência consumerista restringe-se a análise da situação socioeconômica do consumidor perante o 
fornecedor, permitindo, inclusive, a inversão do ônus probatório. 
 b) O boa-fé objetiva é uma causa limitadora do exercício, antes lícito, hoje abusivo, dos direitos subjetivos, e, ainda caracteriza-se 
por ser fonte de deveres anexos contratuais. 
 c) Por ser os princípios da hipossuficiência e da vulnerabilidade conceitos jurídicos pode-se afirmar que todo consumidor vulnerável 
é, logicamente, hipossuficiente. 
 d) A regra do pacta sunt servanda se aplica as relações de consumo e encontra-se prevista expressamente no CDC. 
Comentários: 
VULNERABILIDADE - TIPOS: 
Técnica: Desconhecimento técnico sobre o objeto da relação de consumo; 
Jurídica (STJ): Falta de conhecimento jurídico sobre as consequências jurídicas. Obriga ao fornecedor informar o conteúdo e o 
alcance dos contratos. 
Fática (Socioeconômica): Relação de superioridade do fornecedor. O consumidor necessita do produto, ficando a mercê do 
fornecedor. 
Informacional: Ausência ou insuficiência de informações. 
LOGO: A vulnerabilidade é fática. 
HIPOSSUFICIÊNCIA 
Conceito: Consumidor hipossuficiente é aquele que possui uma debilidade PROCESSUAL, ou seja, aquela que encontra dificuldade 
em comprovar seu direito. 
LOGO: A hipossuficiência é processual, enquanto a vulnerabilidade é fática. Assim, todo consumidor é vulnerável de algum modo 
(por algum tipo de vulnerabilidade assim descrito - podendo se enquadrar em mais de um tipo de vulnerabilidade), mas nem todo 
consumidor é hipossuficiente (conceito processual). 
 
Gabarito: B 
 
05 Advogado – Prefeitura de Registro – SP – VUNESP – 2016. O recall, também conhecido como chamamento, serve para alertar 
os consumidores sobre eventuais falhas que surjam nos produtos após a sua inserção no mercado de consumo. Acerca deste 
instituto, é correto afirmar que está intimamente ligado ao princípio da 
 a) proteção à saúde e segurança dos consumidores. 
 b) boa-fé objetiva. 
 c) educação para o consumo. 
 d) modificação de cláusulas contratuais. 
 e) racionalização e melhoria dos serviços públicos. 
Comentários: 
"Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o 
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem 
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (...)" 
 
Gabarito: A 
 
06 Defensor Público – DPE-AL – CESPE – 2017. A necessidade de proteção dos destinatários finais dos produtos e serviços 
ofertados no mercado de consumo abarca as pessoas humana e jurídica, com o objetivo de tutelar a vulnerabilidade e a 
hipossuficiência dos consumidores. A partir dessa informação, assinale a opção correta, a respeito dos integrantes e do objeto da 
relação de consumo. 
 a) Aplica-se o CDC para a relação entre condômino e condomínio no que diz respeito à cobrança de taxas, em decorrência da 
vulnerabilidade do condômino em relação ao condomínio. 
 b) Em circunstâncias específicas, pessoas que não firmaram qualquer contrato de consumo podem ser equiparadas a 
consumidores, para fins de proteção. 
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 c) O conceito de fornecedor não abarca as pessoas jurídicas que atuam sem fins lucrativos, com caráter beneficente ou filantrópico, 
ainda que elas desenvolvam, mediante remuneração, atividades no mercado de consumo. 
 d) Com base na teoria finalista, a condição de destinatário final do produto não é requisito essencial para a classificação da pessoafísica ou jurídica como consumidora. 
 e) A teoria maximalista amplia sobremaneira o alcance da relação de consumo, mas não abarca as pessoas jurídicas, devido ao 
fato de considerar que estas jamais se encontrarão em situação de vulnerabilidade frente ao fornecedor. 
 
Comentários: 
SÃO TEORIAS QUE BUSCAM AFERIR A EXTENSÃO DO CONCEITO DE DESTINATÁRIO FINAL PARA DEFINIR O 
CONSUMIDOR: 
A) TEORIA MAXIMALISTA (OBJETIVA): Destinatário final é o destinatário fático do produto ou serviço, isso é, basta a retirada do 
produto do mercado de consumo, pouco importando sua ulterior destinação ou utilização econômica; 
B) TEORIA FINALISTA (SUBJETIVA): Destinatário final é o destinatário fático e econômico do produto ou serviço. Ou seja, aquele 
que retira o objeto do mercado para uso próprio ou de sua família, não o reinserindo no mercado de consumo. 
C) TEORIA FINALISTA APROFUNDADA OU MITIGADA: Destinatário final é o destinatário fático e econômico do produto ou serviço, 
contudo, em caráter excepcional, permite-se que o destinatário final do objeto reinsira o produto ou serviço no mercado de consumo 
ou o utilize em atividade negocial, desde que demonstrada a vulnerabilidade (técnica, jurídica ou econômica) do consumidor no caso 
concreto. Esta corrente conta com adesão do STJ, que inclusive já permitiu a incidência do CDC sobre contrato de financiamento 
celebrado entre a instituição financeira e um taxista, para aquisição de seu veículo de trabalho (RESP 1.080.719/MG). 
Gabarito: B 
 
07 Assistente Securitário – Banestes Seguros – FGV – 2018. Quanto aos sujeitos da relação de consumo, de acordo com o 
Código de Defesa do Consumidor, analise as afirmativas a seguir. 
I. Equipara-se a consumidor apenas a coletividade determinável de pessoas que haja intervindo nas relações de consumo. 
II. Empregador e empregado são sujeitos da relação de consumo, porque qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as decorrentes das relações de caráter trabalhista, é considerada como serviço. 
III. Os entes despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação 
de serviços são reputados fornecedores. 
Está correto o que se afirma em: 
 a) somente I; 
 b) somente III; 
 c) somente I e II; 
 d) somente II e III; 
 e) I, II e III. 
 
Comentários: 
Art. 2.º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que INDETERMINÁVEIS, que haja intervindo nas 
relações de consumo. 
Art. 3.º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
Gabarito: B 
 
08 Defensor Público – DPE-AL – CESPE – 2017. A necessidade de proteção dos destinatários finais dos produtos e serviços 
ofertados no mercado de consumo abarca as pessoas humana e jurídica, com o objetivo de tutelar a vulnerabilidade e a 
hipossuficiência dos consumidores. A partir dessa informação, assinale a opção correta, a respeito dos integrantes e do objeto da 
relação de consumo. 
 
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 a) Aplica-se o CDC para a relação entre condômino e condomínio no que diz respeito à cobrança de taxas, em 
decorrência da vulnerabilidade do condômino em relação ao condomínio. 
 b) Em circunstâncias específicas, pessoas que não firmaram qualquer contrato de consumo podem ser equiparadas 
a consumidores, para fins de proteção. 
 c) O conceito de fornecedor não abarca as pessoas jurídicas que atuam sem fins lucrativos, com caráter beneficente 
ou filantrópico, ainda que elas desenvolvam, mediante remuneração, atividades no mercado de consumo. 
 d) Com base na teoria finalista, a condição de destinatário final do produto não é requisito essencial para a 
classificação da pessoa física ou jurídica como consumidora. 
 e) A teoria maximalista amplia sobremaneira o alcance da relação de consumo, mas não abarca as pessoas jurídicas, 
devido ao fato de considerar que estas jamais se encontrarão em situação de vulnerabilidade frente ao fornecedor. 
 
Comentários: 
 
SÃO TEORIAS QUE BUSCAM AFERIR A EXTENSÃO DO CONCEITO DE DESTINATÁRIO FINAL PARA DEFINIR O 
CONSUMIDOR: 
A) TEORIA MAXIMALISTA (OBJETIVA): Destinatário final é o destinatário fático do produto ou serviço, isso é, basta a retirada do 
produto do mercado de consumo, pouco importando sua ulterior destinação ou utilização econômica; 
B) TEORIA FINALISTA (SUBJETIVA): Destinatário final é o destinatário fático e econômico do produto ou serviço. Ou seja, aquele 
que retira o objeto do mercado para uso próprio ou de sua família, não o reinserindo no mercado de consumo. 
C) TEORIA FINALISTA APROFUNDADA OU MITIGADA: Destinatário final é o destinatário fático e econômico do produto ou serviço, 
contudo, em caráter excepcional, permite-se que o destinatário final do objeto reinsira o produto ou serviço no mercado de consumo 
ou o utilize em atividade negocial, desde que demonstrada a vulnerabilidade (técnica, jurídica ou econômica) do consumidor no 
caso concreto. Esta corrente conta com adesão do STJ, que inclusive já permitiu a incidência do CDC sobre contrato de 
financiamento celebrado entre a instituição financeira e um taxista, para aquisição de seu veículo de trabalho (RESP 1.080.719/MG). 
Gabarito: B 
 
09 Juiz do Trabalho Substituto – TRT - 21ª – Banca própria – 2015. Observando o disposto no Código de Defesa do Consumidor, 
é incorreto afirmar: 
 a) Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, 
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
 b) É direito básico do consumidor a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. 
 c) Em relação ao consumidor, os fornecedores respondem subsidiariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, 
respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior ao indicado no recipiente, na embalagem, 
rotulagem ou mensagem publicitária. 
 d) A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de 
responsabilidade. 
 e) Considera-se contrato de adesão aquele que contém cláusulas estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor, sem que o 
consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
Comentários: 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - o abatimento proporcional do preço; 
 II - complementação do peso ou medida; 
 III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; 
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
Gabarito: C 
 
10 Juiz Substituto – TJ-PE – FCC – 2015. Para os fins do Código de Defesa do Consumidor, 
 a) as atividades de natureza bancária, financeira ou de crédito não são consideradas serviços. 
 b) consideram-se serviços as atividades de natureza securitária. 
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 c) consideram-se produtos apenas os bens materiais 
 d) bens imóveis não são considerados produtos. 
 e) consideram-se serviços quaisquer atividadesfornecidas no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
Comentários: 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, 
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
Gabarito: B 
 
11 Defensor Público Federal – DPU – CESPE – 2015. Acerca dos direitos básicos do consumidor, do fato do produto e do serviço 
e da responsabilidade civil do fornecedor, julgue o item a seguir. 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Beatriz contratou Sílvio para prestar serviço de reparos elétricos em sua residência. Dias depois, um de seus equipamentos 
eletrônicos, que estava ligado a uma tomada reparada por Sílvio, queimou. Beatriz, então, acionou-o judicialmente, pleiteando sua 
responsabilização pelo ocorrido. Em contestação, Sílvio apresentou laudo técnico cuja conclusão apontava que Beatriz havia ligado 
o equipamento em tomada com voltagem superior à capacidade do aparelho. Nessa situação hipotética, o juiz deverá concluir pela 
responsabilização de Sílvio, independentemente de culpa. 
(...) Certo (...) Errado 
Comentários: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
fruição e riscos. 
 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
Gabarito: Errada. 
 
12 Investigador de Polícia – PC-BA – VUNESP – 2018. No Título II do Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90), estão 
previstas algumas condutas que, se praticadas pelo fornecedor, serão consideradas crime, entre elas: 
 a) fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva. 
 b) executar serviço de alto grau de periculosidade, mesmo em consonância com determinação de autoridade competente. 
 c) empregar, na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição ainda que novos, sem autorização do consumidor. 
 d) comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos ainda que o conhecimento 
seja posterior à sua colocação no mercado. 
 e) empregar na reparação de produtos, peças ou componentes usados, mesmo que com a autorização do consumidor. 
Comentários: 
Para chegarmos ao gabarito da questão a alternativa "A", é necessário o Título II "Das Infrações Penais", constantes no CDC, e, 
dentre elas poder destacar o seguinte: 
a) fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva. - Alternativa CORRETA à luz do disposto no 
caput do artigo 67 do CDC: "Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva". 
b) executar serviço de alto grau de periculosidade, mesmo em consonância com determinação de autoridade competente. – 
Alternativa ERRADA, porque o disposto no caput do artigo 65 do CDC, diz que constitui infração penal, quando o agente agir em 
desconformidade, e assertiva diz que agiu em consonância, logo, não há infração. 
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c) empregar, na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição ainda que novos, sem autorização do consumidor. – 
Alternativa ERRADA, porque o disposto no caput do artigo 70 do CDC, diz que constitui infração penal, quando o agente empregar 
no reparo produtos novos, é o agir em conformidade com a legislação, e assertiva diz que “ainda que novos e sem autorização do 
consumidor”, deve-se empregar peças novas, só quando usadas ou paralelas é que deve-se utilizar do consentimento do 
consumidor, e preferencialmente, por escrito. 
d) comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos ainda que o conhecimento 
seja posterior à sua colocação no mercado. – Alternativa ERRADA, porque o disposto no caput do artigo 64 do CDC, diz que constitui 
infração penal, quando o agente deixar de comunicar, e assertiva diz que houve a comunicação, logo, não há infração. 
e) empregar na reparação de produtos, peças ou componentes usados, mesmo que com a autorização do consumidor. – Alternativa 
ERRADA, porque o disposto no caput do artigo 70 do CDC, diz que constitui infração penal, quando o agente empregar no reparo 
produtos ou peças usadas sem autorização do consumidor. Se houve a autorização, não há infração. 
Gabarito: A. 
 
13 Defensor Público – DPE-AP – FCC – 2018. A respeito de produtos ou serviços que apresentem alto grau de nocividade ou 
periculosidade à saúde ou segurança do consumidor, 
 a) não há previsão expressa no Código de Defesa do Consumidor a respeito do tema, mas sim em normas administrativas editadas 
pelo Sistema Nacional de Defesa do Consumidor. 
 b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tomando conhecimento da periculosidade ou insegurança de produtos 
ou serviços deverão alertar os consumidores diretamente. 
 c) é obrigação do fornecedor, tendo colocado o produto ou serviço no mercado, avisar imediatamente as autoridades competentes 
para que estas deem publicidade ao acontecimento, evitando-se impactos econômicos. 
 d) se a periculosidade ou risco à segurança era conhecido pelo consumidor, haja vista que publicizada na fase pré contratual, não 
há medida exigida pelo Código de Defesa do Consumidor em relação ao fornecedor. 
 e) os anúncios que deverão ser veiculados na imprensa e outras fontes de comunicação serão gratuitos ao fornecedor, com o fim 
de atingir o maior número de consumidores e dar celeridade à notícia. 
Comentários: 
a) ERRADA - (Art. 9°) O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá 
informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras 
medidas cabíveis em cada caso concreto. 
b) CORRETA - (Art.10, § 3°) Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança 
dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. 
c) ERRADA - (Art. 10, § 1°) O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, 
tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos 
consumidores, mediante anúncios publicitários. 
d) ERRADA - (Art. 8°) Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos 
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os 
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
e) ERRADA - (Art. 10, § 2°) Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e 
televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 
Gabarito: B 
 
14 Defensor Público – DPE-AM – FCC – 2018. De acordo com a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça em 
matéria de Direito do Consumidor: 
I. O STJ admite a mitigação da teoria finalista para autorizar a incidência do Código de Defesa do Consumidor − CDC nas hipóteses 
em que a parte (pessoa física ou jurídica), apesar de não ser destinatáriafinal do produto ou serviço, apresenta-se em situação de 
vulnerabilidade. 
II. A devolução em dobro dos valores pagos pelo consumidor, prevista no art. 42, parágrafo único, do CDC, pressupõe tão-somente 
a existência de pagamento indevido, não se exigindo a má-fé do credor. 
III. A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6°, VIII, do CDC, não ocorre ope judicis, mas ope legis, vale dizer, é o juiz que, 
de forma prudente e fundamentada, aprecia os aspectos de verossimilhança das alegações do consumidor ou de sua 
hipossuficiência. 
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IV. O início da contagem do prazo de decadência para a reclamação de vícios do produto (art. 26 do CDC) se dá após o encerramento 
da garantia contratual. 
Está correto o que se afirma em 
 a) I, III e IV, apenas. 
 b) I e IV, apenas. 
 c) I e II, apenas. 
 d) II, III e IV, apenas. 
 e) I, II, III e IV. 
 
Comentários: 
I. O STJ admite a mitigação da teoria finalista para autorizar a incidência do Código de Defesa do Consumidor − CDC nas hipóteses 
em que a parte (pessoa física ou jurídica), apesar de não ser destinatária final do produto ou serviço, apresenta-se em situação de 
vulnerabilidade. - CORRETA. 
Ao aplicar o art. 29 do CDC, o STJ tem adotado a teoria do finalismo aprofundado, na qual se admite, conforme cada caso concreto, 
que a pessoa jurídica adquirente de um produto ou serviço possa ser equiparada a consumidor, quando demonstrada a sua 
vulnerabilidade frente ao fornecedor ou vendedor, ainda que não destinatária final do serviço. 
II. A devolução em dobro dos valores pagos pelo consumidor, prevista no art. 42, parágrafo único, do CDC, pressupõe tão-somente 
a existência de pagamento indevido, não se exigindo a má-fé do credor. ERRADA 
Redação do art. 42, CDC: Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a 
qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. 
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que 
pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. 
A norma do parágrafo único tem função pedagógica e inibidora de condutas lesivas ao consumidor. Com efeito, o STJ exige para 
que seja restituído o dobro do montante pago indevidamente que haja má-fé ou, ao menos, culpa da parte contrária. STJ AgRg no 
REsp 101.45.62. 
III. A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6° , VIII, do CDC, não ocorre ope judicis, mas ope legis, vale dizer, é o juiz que, 
de forma prudente e fundamentada, aprecia os aspectos de verossimilhança das alegações do consumidor ou de sua 
hipossuficiência. -ERRADA. 
A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC, não ocorre ope legis, mas ope iudicis, vale dizer, é o juiz que, de 
forma prudente e fundamentada, aprecia os aspectos de verossimilhança das alegações do consumidor ou de sua hipossuficiência. 
IV. O início da contagem do prazo de decadência para a reclamação de vícios do produto (art. 26 do CDC) se dá após o encerramento 
da garantia contratual. - CORRETA. 
A jurisprudência brasileira vem se consolidando no sentido de que o início da contagem do prazo de decadência, a respeito do vício 
do produto (CDC, art. 26), se dá após o encerramento da garantia contratual. STJ REsp 1.021.261. 
Ademais, vale lembrar, que segundo o Art. 50, CDC: A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo 
escrito. 
Gabarito: B 
 
 
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7 LEGISLAÇÃO CITADA 
 
» CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
Art. 1° O presente código estabelece normas de 
proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e 
interesse social, nos termos dos arts. 5° , inciso XXXII, 
170, inciso V , da Constituição Federal e art. 48 de suas 
Disposições Transitórias. 
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento 
e oitenta dias a contar de sua publicação. 
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem 
outros decorrentes de tratados ou convenções 
internacionais de que o Brasil seja signatário, da 
legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos 
pelas autoridades administrativas competentes, bem 
como dos que derivem dos princípios gerais do direito, 
analogia, costumes e equidade. 
 Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo 
tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e 
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, 
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a 
transparência e harmonia das relações de consumo, 
atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela 
Lei nº 9.008, de 21.3.1995) 
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no 
mercado de consumo; 
II - ação governamental no sentido de proteger 
efetivamente o consumidor: 
a) por iniciativa direta; 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de 
associações representativas; 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões 
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e 
desempenho. 
III - harmonização dos interesses dos participantes das 
relações de consumo e compatibilização da proteção do 
consumidor com a necessidade de desenvolvimento 
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os 
princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 
170, da Constituição Federal), sempre com base na 
boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e 
fornecedores; 
IV - educação e informação de fornecedores e 
consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com 
vistas à melhoria do mercado de consumo; 
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios 
eficientes de controle de qualidade e segurança de 
produtos e serviços, assim como de mecanismos 
alternativos de solução de conflitos de consumo; 
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos 
praticados no mercado de consumo, inclusive a 
concorrência desleal e utilização indevida de inventos e 
criações industriais das marcas e nomes comerciais e 
signos distintivos, que possam causar prejuízos aos 
consumidores; 
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; 
VIII - estudo constante das modificações do mercado de 
consumo. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII - a 
facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo 
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação 
ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências; 
 Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou 
deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se 
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde 
ou segurança: (...). 
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos 
consumidores todas as vítimas do evento. 
Art. 29.Para os fins deste Capítulo e do seguinte, 
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas 
determináveis ou não, expostas às práticas nele 
previstas. 
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que 
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário 
final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a 
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
que haja intervindo nas relações de consumo. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os 
riscos provocados por práticas no fornecimento de 
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
II - a educação e divulgação sobre o consumo 
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a 
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
. III - a informação adequada e clara sobre os diferentes 
produtos e serviços, com especificação correta de 
quantidade, características, composição, qualidade, 
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos 
que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 
2012) Vigência 
IV - a proteção contraa publicidade enganosa e 
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, 
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou 
impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
V - a modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos 
com vistas à prevenção ou reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, 
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e 
técnica aos necessitados; 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive 
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as 
regras ordinárias de experiências; 
IX - (Vetado); 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos 
em geral. 
 Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III 
do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com 
deficiência, observado o disposto em regulamento. 
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015). 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma 
que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique 
como tal. 
 Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de 
seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para 
informação dos legítimos interessados, os dados 
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fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à 
mensagem. 
 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou 
abusiva. 
 § 1° É enganosa qualquer modalidade de 
informação ou comunicação de caráter publicitário, 
inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro 
modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o 
consumidor a respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e 
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
 § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite 
da deficiência de julgamento e experiência da criança, 
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de 
induzir o consumidor a se comportar de forma 
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
 § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é 
enganosa por omissão quando deixar de informar sobre 
dado essencial do produto ou serviço. 
 § 4° (Vetado). 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou 
serviços, dentre outras práticas abusivas: 
 I - condicionar o fornecimento de produto ou de 
serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço 
(venda casada: compra uma coisa e obriga-se a levar 
mais um produto), bem como, sem justa causa, a limites 
quantitativos (compra um e obriga-se a comprar outro 
igual; ex: bandeja de iogurtes); 
 II - recusar atendimento às demandas dos 
consumidores, na exata medida de suas 
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade 
com os usos e costumes; 
Art. 66 do CDC: Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou 
omitir informação relevante sobre a natureza, 
característica, qualidade, quantidade, segurança, 
desempenho, durabilidade, preço ou garantia de 
produtos ou serviços: Pena - Detenção de três 
meses a um ano e multa. 
 III - enviar ou entregar ao consumidor, sem 
solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer 
qualquer serviço; 
 IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do 
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, 
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe 
seus produtos ou serviços; 
 V - exigir do consumidor vantagem 
manifestamente excessiva; 
 VI - executar serviços sem a prévia elaboração de 
orçamento e autorização expressa do consumidor, 
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre 
as partes; 
 VII - repassar informação depreciativa, referente a 
ato praticado pelo consumidor no exercício de seus 
direitos; 
 VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer 
produto ou serviço em desacordo com as normas 
expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se 
normas específicas não existirem, pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade 
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 
 IX - recusar a venda de bens ou a prestação de 
serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los 
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de 
intermediação regulados em leis especiais; 
 X - (Vetado). 
 X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou 
serviços. 
 
» CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização 
do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim 
assegurar a todos existência digna, conforme os 
ditames da justiça social, observados os seguintes 
princípios: 
V - defesa do consumidor; 
Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte 
dias da promulgação da Constituição, elaborará código 
de defesa do consumidor. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa. 
 XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, 
de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da 
conversão na 
 XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento 
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo 
inicial a seu exclusivo critério. 
 XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso 
do legal ou contratualmente estabelecido. 
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos 
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese 
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, 
inexistindo obrigação de pagamento. 
 
» CÓDIGO CIVIL DE 2002 
 
Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador 
por acidente com o passageiro não é elidida por culpa 
de terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
 
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8 SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIA 
 
» SÚMULA STJ 
 
SÚMULA 130. A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu 
estacionamento. 
 
SÚMULA 297. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeira. 
 
SÚMULA 381. Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas. 
SÚMULA 608. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados 
por entidades de autogestão 
 
» JURISPRUDÊNCIA STJ 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR. FILMADORA ADQUIRIDA NO EXTERIOR. DEFEITO DA MERCADORIA. 
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA NACIONAL DA MESMA MARCA (“PANASONIC”). ECONOMIA GLOBALIZADA. 
PROPAGANDA. PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR. PECULIARIDADES DA ESPÉCIE. SITUAÇÕES A PONDERAR 
NOS CASOS CONCRETOS. NULIDADE DO ACÓRDÃO ESTADUAL REJEITADA, PORQUE SUFICIENTEMENTE 
FUNDAMENTADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO NO MÉRITO, POR MAIORIA.I Se a economia globalizada 
não mais tem fronteiras rígidas e estimula e favorece a livre concorrência, imprescindível que as leis de proteção ao 
consumidor ganhem maior expressão em sua exegese, na busca do equilíbrio que deve reger as relações jurídicas, 
dimensionando se, inclusive, o fator risco, inerente à competitividade do comércio e dos negócios mercantis, sobretudo 
quando em escala internacional, em que presentes empresaspoderosas, multinacionais, com filiais em vários países, 
sem falar nas vendas hoje efetuadas pelo processo tecnológico da informática e no forte mercado consumidor que 
representa o nosso País. 
 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. LANCHONETE. ROUBO EM ESTACIONAMENTO 
GRATUITO, EXTERNO E DE LIVRE ACESSO. EMPREGO DE ARMA DE FOGO. CASO FORTUITO EXTERNO. 
SÚMULA Nº 130/STJ. INAPLICABILIDADE. RISCO ESTRANHO À NATUREZA DO SERVIÇO PRESTADO. AUSÊNCIA 
DE LEGÍTIMA EXPECTATIVA DE SEGURANÇA. 1. O Superior Tribunal de Justiça, conferindo interpretação extensiva 
à Súmula n° 130/STJ, entende que estabelecimentos comerciais, tais como grandes shoppings centers e 
hipermercados, ao oferecerem estacionamento, ainda que gratuito, respondem pelos assaltos à mão armada praticados 
contra os clientes quando, apesar de o estacionamento não ser inerente à natureza do serviço prestado, gera legítima 
expectativa de segurança ao cliente em troca dos benefícios financeiros indiretos decorrentes desse acréscimo de 
conforto aos consumidores. 2. Nos casos em que o estacionamento representa mera comodidade, sendo área aberta, 
gratuita e de livre acesso por todos, o estabelecimento comercial não pode ser responsabilizado por roubo à mão 
armada, fato de terceiro que exclui a responsabilidade, por se tratar de fortuito externo. 3. Embargos de divergência não 
providos. (Embargos de Divergência. Recurso Especial 1.431.606). 
 
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9 LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
01 Procurador Jurídico – Prefeitura de Marília – SP – VUNESP – 2017. A respeito das relações jurídicas 
previstas e reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que 
a) se equipara a consumidor a coletividade de pessoas, desde que determináveis, que haja intervindo nas 
relações de consumo. 
b) fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, excepcionando-se os 
entes despersonalizados. 
c) produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
d) serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, exceto as de natureza 
bancária, financeira, de crédito e securitária. 
e) se o serviço público for cedido para uma empresa permissionária, esta não é mais obrigada a fornecer os 
serviços essenciais de forma contínua a condenação do acusado. 
 
02 Juiz Substituto – TJ-CE – FCC – 2014. Em relação às cláusulas abusivas nas relações de consumo, 
examine os enunciados seguintes: 
I. O rol que as aponta é meramente exemplificativo, aberto; sempre que verificar a existência de desequilíbrio 
na posição contratual das partes no contrato de consumo, o juiz poderá reconhecer e declarar abusiva 
determinada cláusula, atendidos aos princípios da boa-fé e da compatibilidade com o sistema de proteção 
ao consumidor. 
II. São nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do 
consumidor, bem como anuláveis as que determinem a utilização compulsória da arbitragem. 
III. A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, 
apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes. 
IV. A cláusula contratual de eleição de foro, nos casos previstos na lei processual, pode ser considerada 
abusiva se traduzida em dificuldade de defesa para o consumidor. 
Estão corretos 
 a) I, II, III e IV. 
 b) I, III e IV, apenas. 
 c) I, II e IV, apenas. 
 d) I, II e III, apenas. 
 e) II, III e IV, apenas. 
 
03 Fiscal de Defesa do Consumidor – PROCON-MA – FCC – 2017. O consumidor por equiparação é aquele 
para o qual o Código de Defesa do Consumidor estende sua proteção em razão da 
a) potencial gravidade que pode assumir a difusão de um produto ou serviço no mercado. 
b) colaboração prestada por este na aquisição do produto por terceira pessoa, este conhecido como consumidor 
direto. 
c) aquisição direta do produto da mesma linha de produção, mesmo que o seu produto ainda não tenha revelado 
risco. 
d) relação de parentesco com o consumidor que sofreu o risco diretamente. 
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e) relação habitacional e que, mesmo não sendo o consumidor que adquiriu o produto ou serviço, dele usufruiu 
em decorrência da coabitação. 
 
04 Procurador Jurídico - Prefeitura de Porto Ferreira - SP - VUNESP - 2017. Todo consumidor, assim 
reconhecido, é vulnerável, mas nem todo consumidor é hipossuficiente. Diante dessa afirmação, é correto afirmar 
que 
a) tal assertiva demonstra que a vulnerabilidade é pressuposto da condição de ser consumidor, sendo que a 
hipossuficiência é característica que deve ser analisada casuisticamente. 
b) as expressões vulnerabilidade e hipossuficiência são sinônimas, sendo que caracterizada a relação 
consumerista, o consumidor será obrigatoriamente vulnerável e hipossuficiente. 
c) a hipossuficiência é característica de todo consumidor assim reconhecido, sendo que a vulnerabilidade deve 
ser provada. 
d) se o consumidor referido for pessoa jurídica, é hipossuficiente, mas nunca será vulnerável. 
e) a vulnerabilidade trazida pelo legislador é exclusivamente técnica, não havendo outras modalidades. 
 
05 Advogado - Prefeitura de Registro - SP- VUNESP - 2016. Uma grande rede de lojas, que tem foco na venda 
pela internet, anunciou a venda de um computador, sendo que por um erro de digitação constou como preço final 
do produto R$ 2,00 (dois reais), ao invés do valor real de R$ 2.000,00 (dois mil reais). 
Diante dos princípios que informam o Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que 
a. todo consumidor que adquirir o produto por R$ 2,00 (dois reais) terá o direito de receber o produto, pois a 
exposição do produto na internet é considerada oferta e vincula a compra que vier a ser celebrada. 
b) tendo em vista que o erro é grosseiro, e sabendo--se que no mercado de consumo um computador teria valor 
muito superior ao preço anunciado, pelo princípio da boa-fé objetiva que rege as relações de consumo, o 
fornecedor não é obrigado a vender o produto pelo preço anunciado. 
c) o consumidor só terá direito a comprar um produto neste valor, pois pelo princípio da boa-fé subjetiva, todos 
os que participam dessa relação têm o dever de agir honestamente. 
d) tendo em vista que o erro é grosseiro, e sabendo-se que no mercado de consumo um computador teria o 
preço muito superior ao anunciado, pelo princípio da boa-fé subjetiva que rege as relações de consumo, o 
fornecedor não é obrigado a vender o produto pelo preço anunciado. 
e) o consumidor só terá direito a comprar uma unidade do produto neste valor, pois, pelo princípio da 
transparência, todos os que participam dessa relação têm o dever de agir honestamente. 
 
06 Procurador do Município - Prefeitura de Salvador - BA - CESPE - 2015. Com relação ao direito do 
consumidor e ao CDC, assinale a opção correta. 
a. A tutela da informação ao consumidor decorre da boa-fé subjetiva e é resguardada pela necessidade da 
prestação de informação clara e adequada pelo fornecedor acerca dos produtos e serviços disponibilizados no 
mercado de consumo. 
b. Para revisão de cláusulas contratuais em favor do consumidor, é preciso comprovação de fato superveniente 
que as tornem excessivamente onerosas, além de demonstração, ao juiz, da inexperiência do consumidor ou da 
necessidade deste de contratar. 
c) O CDC relativiza a autonomia privada dos contratantes e autoriza o Poder Judiciário a conhecer de ofício a 
abusividade de cláusulas contratuais nos contratos bancários. 
d) A proteção do consumidor como direito fundamental aplica-se ao consumidor pessoa física, pois, em relação 
à pessoa jurídica consumidora, há o limitador da livre inciativa da atividade econômica. 
e) O princípio da vulnerabilidade, que orienta a aplicação do CDC e tem como fundamento a fragilidade dos 
consumidores no mercado de consumo, restringe-se

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