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SISTEMA URINARIO

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TEXTO AVALIATIVO – SISTEMA URINÁRIO 
NOME: Letícia Costa Teixeira – NÚMERO DE MATRÍCULA: 140240 
 
Os rins são órgãos pares que pertencem ao sistema urinário, localizados na parede posterior abdominal. Na 
parte mais externa do rim encontramos a capsula renal, uma membrana que o envolve, com função de 
proteger e delimitar o rim. O córtex e a medula são, respectivamente, regiões mais externas e internas do 
rim, que seriam facilmente observadas caso o rim fosse dividido ao meio. A medula divide-se em massas 
cônicas denominadas pirâmides renais, que são separadas pelas colunas renais, com origem na borda 
cortiço-medular e o seu ápice se encontra em uma papita, próximo a um cálice menor, para onde migram 
todos os ductos coletores por onde sai a urina protegida. Os cálices menores se reúnem e formam cálices 
maiores, que reunidos formam a pelve renal, que é a região expandida do ureter, que leva a urina da pelve 
para a bexiga urinaria. 
A unidade funcional do rim é o Néfron. Suas principais estruturas são: corpúsculo renal (formado pelo 
glomérulo, que é um emaranhado de capilares, e pela Cápsula de Bowman), túbulo proximal, alça de Henle, 
túbulo distal e um sistema de ductos coletores. 
A formação do filtrado no corpúsculo renal somente é possível graças as diversas pressões exercidas sob a 
barreira de filtração entre o capilar e a Capsula de Bowman. Nessa barreira, encontramos a célula endotelial 
que possui diversos poros, também encontramos os pedicelos, que são projeções dos podócitos (que 
envolvem o capilar para dar resistência), e as fendas de filtração entre eles, ademais, temos a lamina basal, 
espaço que separa o endotélio vascular presente no capilar glomerular dos pedicelos e a capsula. Nessa 
barreira estão as seguintes pressões endoteliais: 
1. Pressão hidrostática no glomérulo, entre o fluido do capilar e a parede do endotélio vascular 
(18mmHg). 
2. Pressão hidrostática na Capsula de Bowman, exercida pelo fluido presente na capsula em direção ao 
capilar (18mmHg). 
3. Pressão coloidosmótica no glomérulo, formada pelo fluido dissolvido (coloide) quando há diferença 
de concentração (pressão osmótica) entre os dois compartimentos, capilar e capsula (32mmHg). 
4. Pressão coloidosmótica na Capsula de Bowman, formada pela pressão osmótica do coloide dentro da 
capsula, (quase que desprezível em condições normais). 
A reabsorção de íons e água no túbulo contorcido proximal só é possível graças a diminuição da pressão do 
capilar que o irriga (ocorre por conta do percurso do sangue e o calibre do vaso) e também a presença da 
bomba sódio-potássio ATPase, presente na membrana basolateral da célula do túbulo, que aumenta a 
concentração de sódio no interstício e no capilar, facilitando a reabsorção de água no interstício e também 
favorece a passagem de fluido do lúmen do túbulo para o interstício. Ademais, com a criação do gradiente 
de concentração da bomba sódio-potássio ATPase no interior da célula, alguns transportadores passivos que 
levam o Na+ do lúmen do túbulo para a célula acabam transportando glicose, aminoácidos e outros 
compostos. Contudo também é importante ressaltar que a alta concentração de Na+ cria um gradiente 
elétrico no interstício, podendo atrair íons de cargas negativas. 
 
Os segmentos ‘fino’ e ‘espesso’ da Alça de Henle possuem diferenças celulares e funcionais, sendo células 
mais finas graças a ausência de mitocôndrias e bomba sódio-potássio, quase sem presença de 
microvilosidades mas com presença de aquoporinas que aumentam a reabsorção de água (não de íons) no 
ramo fino, e no ramo espesso, suas células são mais grossas graças a presença de mitocôndrias no seu 
 
citoplasma, e com junções mais firmes e a ausência das aquaporinas, não contamos com reabsorção de água 
nesse ramo, mas sim de íons. 
No túbulo contorcido distal a reabsorção de eletrolíticos acontece da mesma forma que na parte espessa da 
alça de henle, com a ação da bomba sódio-potássio, a formação dos gradientes de concentração e também 
com a presença de transportadores. Entretanto a reabsorção de água só acontece graças a presença das 
aquaporinas e ação hormonal sobre elas, a aldosterona, que além da reabsorção de água também tem função 
de estimular a bomba sódio-potássio, controlando a entrada e saída dessas proteínas nas células. 
As aquaporinas do ducto coletor se localizam em vesículas no interior das células na membrana luminal. 
Sendo assim, sem a presença do ADH elas são impermeáveis a água, e na presença desse mesmo hormônio a 
membrana passa a ser permeável, as aquoporinas saem do seu local habitual, e com isso ocorre a reabsorção 
de água. 
A região medular é mantida mais concentrada que o córtex graças aos mecanismos citados anteriormente: a 
reabsorção de água no ramo fino da alça de Henle, que deixa o filtrado mais concentrado, a reabsorção de 
íons na parte espessa da alça, que dilui o filtrado e a ação do ADH no ducto coletor, que é variável 
(lembrando que o ducto coletor e o ramo fino da alça se localizam na região medular, enquanto o ramo o 
espesso na região do córtex). Esse mecanismo é importante pois o tamanho da alça de henle varia conforme 
a necessidade, por exemplo, um animal que tem fácil acesso a agua como o castor possui a alça de henle 
mais curta do que um animal que vive no deserto, como o rato canguru, que possui a alça mais longa, já que 
para ele é mais interessante a reabsorção de água que para o castor.

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