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Teoria Geral dos Recursos no Processo do Trabalho

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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR SANTA BÁRBARA
CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO DE DIREITO
DJAVAN CESÁRIO VIEIRA
TEORIA GERAL DOS RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
TATUÍ - SP
2020
DJAVAN CESÁRIO VIEIRA
TEORIA GERAL DOS RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
Trabalho Extraordinário do Curso de Graduação Bacharelado em Direito da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara– FAESB, sob a orientação da Profº Domingos Polini Netto
TATUÍ - SP
2020
TEORIA GERAL DOS RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
CONCEITO
A palavra recurso demonstra francamente que o rumo andado será novamente seguido, isto é, que um próprio método que já foi adotado será novamente seguido. O termo reflete corretamente o que ocorre no processo junto a interposição de um recurso, haja vista que o Estado recentemente fará a análise da condição conflituosa, decidindo uma outra vez, de forma a verificar se a primeira audiência foi certa ou não. 
“Recursos constituem uma ferramenta assegurado aos interessados para que, sempre que vencidos, possam solicitar aos órgãos jurisdicionais em novo pronunciamento sobre a questão decidida”. Amauri Mascaro Nascimento
CLASSIFICAÇÃO
A – Quanto à domínio à qual se dirigem: 
• Próprios – julgados através do órgão hierarquicamente superior; 
•. Impróprios – julgados pela mesma soberania que proferiu a arbitramento impugnada. 
B – Quanto ao assunto: 
• ordinários – objetivam a análise do julgado, devolvendo ao Tribunal ad quem o exame de toda a matéria impugnada; 
•. Extraordinários – recurso que versa sobre assunto apenas de direito, sendo proibido ao órgão julgador o reexame de fatos e provas. 
C – Quanto à extensão da matéria: 
• totalidade – ataca toda a sentença impugnada; 
•. Parcial – ataca fração da decisão impugnada. 
D – Quanto à forma de recorrer: • central – interposto no limite por uma ou ambas as partes; • Adesivo – interposto no limite referente a contrarrazões.
NATUREZA JURÍDICA DOS RECURSOS TRABALHISTAS
Sobre a natureza jurídica do recurso, prevalece a percepção de que é um prolongamento do exercício do direito de ação, um meio de contradição da sentença na mesma ligação jurídico-processual em que foi escrita a decisão, porque, nunca é uma ação autônoma, mas um direito subjetivo processual que nasce no decurso do processo caso proferida uma sentença.
FUNDAMENTOS
Os recursos são classificados de pacto juntamente a fundamentação que pode ser utilizada pelo recorrente. Em algumas espécies recursais, como o recurso ordinário, o recorrente pode arguir qualquer mania existente da decisão recorrida, isto é, pode alegar qualquer erro in judiciando ou erro in procedendo.
 O recorrente possui liberdade em relação à fundamentação, causa pela qual a fundamentação é denominada livre (ou simples). 
Em outros recursos, tal conforme os embargos de declaração, a fundamentação do recorrente está vinculada, restrita a alguns vícios determinados, como omissão, obscuridade e contradição, nos dizeres do art. 897-A da CLT que trata da plausibilidade dos embargos de declaração. 
Expor que um recurso é de fundamentação vinculada significa assegurar que somente os vícios descritos em lei podem ser alegados em seu bojo. No recurso citado, nenhuma outra alegação a não ser aquelas descritas no art. 897-A da CLT (e art. 535 do CPC) pode ser levada a competência do Poder Judiciário, uma vez que a fundamentação está vinculada, presa àqueles fundamentos. 
A rediscussão da instância da decisão jamais pode se dar em sede de embargos declaratórios.
PRINCÍPIOS
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
A Constituição Federal de 1988 não assegura o duplo grau de jurisdição obrigatório, mas apenas garante aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5.º, LV).
Decisões prolatadas nos dissídios de alçada (que não ultrapassam dois salários mínimos) não caberá recurso, salvo se versarem sobre matéria constitucional (Lei 5.584/1970, art. 2.º, § 4.º).
PRINCÍPIOS DA UNIR RECORRIBILIDADE
Também conhecido como princípio da singularidade ou da unicidade recursal, o princípio em comento não permite a interposição d e mais de um recurso contra a mesma decisão.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE
O princípio da fungibilidade permite que o juiz conheça de um recurso que foi erroneamente interposto como se fosse o recurso cabível.
Para aplicação do princípio d a fungibilidade, torna-se necessária a conjugação de três fatores:
•. Inexistir erro grosseiro;
•. Tem que haver dúvida plausível quanto ao recurso cabível;
• O recurso erroneamente interposto deve obedecer ao prazo do recurso cabível.
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE
O órgão julgado não poderá conhecer de matéria não suscitada no recurso, salvo as de ordem pública, sobre as quais enquanto não houver o trânsito em julgado não se opera a preclusão (ex.: arts. 267, § 3.º, e 301, § 4.º ambos do CPC).
O reexame necessário, também chamado de remessa de ofício, constitui exceção dispositiva do recurso.
O art. 4 75 do CPC estabelece o duplo grau d e jurisdição obrigatório (chamado de reexame necessário) n os casos de sentença proferida em face de pessoas jurídicas de direito público (União, Estado Federal, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas), bem como a sentença que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública.
No entanto, não haverá o reexame necessário quando a condenação ou o direito controvertido for d e valor certo não excedente a 60 salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor (art. 47 5, § 2.º, do CPC).
Também não se aplica o disposto no art. 475 do CPC quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula do tribunal superior competente (art. 475, § 3.º do CPC). “Súm. 303 /TST. FAZENDA PÚBLICA – DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nos 9, 71, 72 e 73 da SDI-I) – Res. 129/2005 – DJ 20.04.2005.
I – E m dissídio individual, está sujeita a o duplo grau jurisdição, m esmo na vigência da CF/1988, decisão contrária a Fazenda Pública, salvo:
a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos;
b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária d o Supremo Tribunal Federal ou com Súmula o u Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS
Pelo princípio da non reformatio in pejus, é vedado a o tribunal, no julgamento de um recurso, proferir decisão mais desfavorável ao recorrente, do que aquela corrida.
Logo, a parte da sentença que não foi objeto de recurso transitou em julgado, sendo irreformável pelo Tribunal.
PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE
Esse princípio, embora não tenha sido recepcionado pelo Código de Processo Civil de 1973, é defendido por doutrinadores de renome, como Manoel Antônio Teixeira, Sérgio Pinto Martins e Wagner Giglio.
Esses doutos afirmam que a simples interposição de segundo recurso, no prazo legal, faz presumir a desistência tácita do primeiro apelo, sendo admitida a variabilidade, em função da simplicidade do processo do trabalho.
Outros doutrinadores não admitem a variabilidade em função da denominada Preclusão consumaria, uma vez que, interposto um recurso, estaria precluso, consumado o prazo para recorrer.
PECULARIDADES RECURSAIS
• Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias;
• Inexigibilidade de fundamentação;
• Efeito devolutivo dos recursos;
• Uniformidade de prazo para recurso;
• Instância única nos dissídios de alçada.
IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DE CISÕES INTERLOCUTÓRIAS
Art. 893, § 1 º, da CLT, que as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato, somente permitindo-se a apreciação do seu merecimento em recurso da decisão definitiva.
“Súmula 214/TST – Decisão interlocutória – Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos t ermos do art.893, § 1.º, da CLT, a s decisões interlocutórias não ensejam recurso de imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribuna l Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal:
c) que acolhe exceção d e incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no a. 799, § 2.º, da CLT”.
INEXIGIBILIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO
O art. 899 da CLT dispõe que os recursos serão interpostos por simples petição.
Neste contexto, permite o t exto consolidado que os recursos sejam interpostos sem qualquer fundamentação ou razões de apelo.
Dentre os recursos trabalhistas, a maioria exige fundamentação, sob pena de não conhecimento, como é o caso de recurso de revista, recurso extraordinário, agravo de petição, embargos etc.
A Súmula 422 do TST também caminha no sentido da obrigatoriedade de fundamentação no recurso. Vejamos: “SÚM. 422. RECURSO. APELEO QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECO RRIDA. NÃO CONHECIMENTO ART. 514, II, DO CPC. (Conversão da Orientação Jurisprudencial 90 d a SDI-II – Res. 137/2 005 – DJ 22.08.2005).
EFEITO DEVOLUTIVO DOS RECURSOS
Art. 899 consolidados determina que os recursos serão dotados, em regra, de efeito meramente devolutivo, permitindo-se a execução provisória até a penhora.
A Lei 7.701/1988, art. 9.º, e a Lei 10.192/2001, art. 14, permitem que o presidente do Tribunal Superior do Trabalho conceda efeito suspensivo ao recurso ordinário interposto em face de sentença normativa prolatada pelo Tribunal Regional do Trabalho, pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da publicação, salvo se o recurso for julgado antes do término do prazo.
UNIFORMIDADE DE PRAZO PARA RECURSO
O art. 6.º da Lei 5.584/1970 estabelece que será de oito dias o prazo para interpor e contra-arrazoar recurso trabalhista.
No entanto, alguns recursos possuem prazos diferenciados.
Os embargos de declaração serão interpostos no prazo de cinco dias (art. 897-A da CLT).
O prazo para interposição e contrarrazões do recurso extraordinário é de quinze dias (Lei 8.038/1990).
Em relação ao agravo regimental, o prazo será fixado nos regimentos internos dos Tribunais, tendo os Tribunais Regionais do Trabalho fixado, em regra, o prazo de cinco dias, enquanto o Tribunal Superior do Trabalho fixou o prazo em oito dias para interposição do recurso (agravo regimental).
Convém lembrar que o art. 1 91 do CPC, o qual estabelece que quando os litisconsortes possuírem diferentes procuradores, o prazo de recurso será contado em dobro, não é aplicado no âmbito d a Justiça do Trabalho, conforme entendimento consubstanciado na OJ 310 d a S DI-I/TST, pois tal dispositivo atenta contra o princípio da celeridade processual trabalhista.
As pessoas jurídicas de direito público também possuem o prazo em dobro para recorrer, conforme dispõe o art. 1.º, III, do Decreto-lei 779 /1969, não sendo tal privilégio extensível às em presas públicas e sociedades de economia mista, em função do previsto n o art. 173, § 1.º, da CF (são consideradas pessoas jurídicas de direito privado).
O Ministério Público do Trabalho também possui prazo em dobro para recorrer, em função do art. 188 do CPC, de legislação subsidiária ao processo do trabalho (art. 769 da CLT).
INSTÂNCIA ÚNICA NOS DISSÍDIOS DE ALÇADA
Em relação às decisões prolatadas nos dissídios de alçada (que não ultrapassam dois salários mínimos) não caberá recurso, salvo se versarem sobre matéria constitucional (L ei 5.584/1970, art. 2.º, § 4.º).
EFEITOS DOS RECURSOS 
DEVOLUTIVO 
No processo do trabalho, os recursos, habitualmente, são dotados somente de efeito devolutivo, isto é, jamais possuem efeito suspensivo, permitindo-se ao credor a extração de carta de sentença para efetivação da execução provisória (art. 899 da CLT). 
SUSPENSIVO 
No processo laboral, em regra, os recursos nunca são dotados de efeito suspensivo.
REFERÊNCIAS:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/teoria-geral-dos-recursos-trabalhistas-parte-1-dicas-de-processo-do-trabalho/
http://imdireito.blogspot.com/2017/08/teoria-geral-dos-recursos-trabalhistas.html
https://www.passeidireto.com/arquivo/59835673/aula-teoria-geral-dos-recursos-e-recursos-em-especie-no-processo-do-trabalho-alu

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