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Alegações finais no processo de homicídio em Jequié

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE JEQUIÉ – BAHIA 
PROCESSO N° 
AUTOR: MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DA BAHIA
RÉU: SIVALDO SOBRENOME 
 O MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA, por intermédio dos promotores esta subscrevem, vem à presença de V.Exa., nos autos do processo em epígrafe, apresentar suas
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
 com fulcro no art. 403, p 3°, do código de processo penal, em face de SIVALDO SOBRENOME, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, pelas razoes e fundamentos a seguir.
I- SÍNTESE: 
 O Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia no dia xx/xx/xxxx, em desfavor de Sivaldo Sobrenome, pela pratica do crime de homicídio qualificado com base no art. 121, P 2. Inciso II e IV, sendo que no dia 03/01/2016, na cidade de Itagí, na região do céu azul, por volta das 16 horas, o réu se encontrava em frente a uma cancela próximo ao rio, onde se encontrava a vítima Alef, que estava passeando neste rio junto com a sua namorada, além da irmã e mãe desta, e após decidir retornar para sua casa, adentrou em seu veículo, e quando teve que parar na cancela para levanta-la e poder seguir, foi surpreendido por Sivaldo que em primeiro momento fez questionamentos acerca de suposta arma de fogo, que poderia estar em posse da vítima, após a mesma sair do carro para demonstrar que não havia nenhuma arma, o réu acionou o gatilho que de primeira foi negado, porem quando a vítima deu as costas saindo correndo para não ser assassinado, Sivaldo disparou três tiros, atingindo a cabeça, o deltoide direito e a região subclávia direita. 
Depois dos disparos o réu saiu correndo, sem levar nenhum objeto.
As testemunhas oculares que presenciaram o fato de perto, Elisangela (Namorada), Jocelia (mãe de Elisangela) e Irilene (irmã de Elisangela), identificaram e afirmaram Sivaldo como autor dos disparos, tanto em depoimento no inquérito policial como na oitiva na fase instrutória. 
A denúncia foi recebida pela juíza, sendo o acusado citado e intimado para apresentar resposta a acusação, o que no teor da sua defesa técnica, resguardou no direito de se manifestar posteriormente em audiência.
Na audiência de instrução ocorrida no dia xx/xx/xxxx, foram ouvidas testemunhas de acusação bem como as de defesa. Posteriormente, ocorreu o interrogatório do réu, e ao final, diante da complexidade do caso, foi aberto prazo para apresentar alegações finais sob forma de memoriais.
II- FUNDAMENTAÇÃO 
 Inicialmente, é de suma importância frisar, o regular trâmite processual, observando o devido processo legal e os princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa. O ministério Pùblico apresentou provas de materialidade e indícios de autoria do ilícito criminal descrito na denúncia em face do réu de forma robusta e conforme a legislação penal. 
 Em primeiro lugar, vale destacar o inquérito policial no qual foi ouvido o depoimento de Anderson, sobrinho e testemunha arrolada no processo, e que não foi possível ser intimado para comparecer em juízo, por não ser encontrado. No inquérito policial, Anderson afirmou que Sivaldo estava presente com ele no local e momentos antes do crime. O depoente afirmou que o tio soube que ele(sobrinho) tinha sido traído pela namorada com Alef (vítima). Demonstrado estar irritado com este ocorrido, chegou até atender ligações da Josilene, a garota que era namorada de seu sobrinho, e disparou xingamentos conta ela. E no dia do fato, quando colegas apontaram que alef tinha chegado na localidade, Sivaldo externou a seguinte expressão “vou pega-lo”. 
O depoente afirma também que quando o tio se deu conta que Alef estava para ir embora, saiu em direção a cancela. Todas estas alegações conforme o inquérito policial n° xxx. 
 Em curso da fase instrutória, no qual ocorreu a oitiva das testemunhas, sobressai as testemunhas de acusação por ser testemunhas oculares, e que em seus depoimentos não restaram duvidas que foi o réu o autor dos disparos. 
 As testemunhas de defesa, arroladas e ouvidas, vale salientar que são pessoas próximas do réu.

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