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ENFERMAGEM ESTÉTICA COMO FORMA EMPREENDEDORA E DE EMPODERAMENTO NA PROFISSÃO

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ENFERMAGEM ESTÉTICA COMO FORMA EMPREENDEDORA DE EXPANSÃO, EMPODERAMENTO E VISIBILIDADE NA PROFISSÃO
Atualmente na enfermagem ocorrem mudanças estruturais e organizacionais, porém há quem considere a enfermagem como a profissão com menos prestígio no sistema de saúde, suscitando a reflexão sobre Empoderamento na Enfermagem, sendo considerada influenciadora para satisfação profissional.(TEIXEIRA). Na literatura existem várias definições de empoderamento, porém a ideia central está relacionada a aquisição de poder pelos indivíduos, a realizarem o seu trabalho de forma significativa. Existem duas teorias a do empoderamento estrutural, que refere-se à presença ou ausência de condições propícias ao mesmo no local de trabalho e Empoderamento psicológico, que está relacionado com o sentido de motivação em relação ao ambiente organizacional, assente nas dimensões sentido, competência, autodeterminação e impacto. Os colaboradores que se sentem empoderados no ambiente organizacional, resultam em aumento dos níveis de comprometimento organizacional, autonomia e autoeficácia. (TEIXEIRA).
Porém em estudos atuais realizados com enfermeiros em relação ao seu trabalho verificou que os mesmos permanecem em ambientes organizacionais estressores, turnos, sobrecarga de trabalho, baixos salários oferecidos à categoria nos serviços privados, desgaste emocional por trabalhar muito tempo como empregado, modelo médico-centrado, ausência de autonomia, concluindo que os mesmos se sentem limitados, necessitam seguir suas metas, fazer o diferencial em suas práticas, buscam flexibilidade nos horários de trabalho e geração de renda. Além disso, vislumbra possibilidade de lucratividade e independência, autonomia, estar no comando, ser seu próprio chefe, possuir controle de carreira, ser bem sucedido e busca pela satisfação profissional, pois a falta de empoderamento não traz realização. (FONSECA)
Assim, o empreendedorismo surge na enfermagem como um alicerce para a realização pessoal e profissional do indivíduo que segue esta carreira, fomentando competências e aptidões como a inovação, busca por atividades não exploradas, melhores remunerações e articulação estratégica para resolutividade de problemas vinculados à profissão (ARAÚJO). Sendo assim, a criação de ambientes organizacionais em que o Enfermeiro se sinta empoderado, proporciona-o, sentimentos de satisfação profissional e comprometimento organizacional, conduzindo a elevados níveis de desempenho (assistencial ou outros). Neste sentido, sentir-se-á mais apto a desempenhar as suas funções de forma eficiente. (TEIXEIRA).
Ademais, o empreendedorismo empresarial como estratégia para profissão pode lutar pela melhoria das condições de trabalho. Assim, o empreendedorismo na enfermagem representa uma possibilidade para inovações no cuidado em saúde e, por conseguinte, ampliação da visibilidade e empoderamento da profissão no sistema de saúde e na sociedade de forma mais ampla também (SANTOS)
Para o alcance de seus objetivos, o empreendedor cria processos inovadores à sua capacidade de formação de redes de contato e à sua utilização, planejam; sabem fixar metas e alcançá-las. Portanto, devem ser organizados, conhecer a utilização de recursos e conhecimentos, procuram feedback para se aprimorarem e assumem riscos calculados, além de agregar valor para a sociedade. (ANDRADE). Sendo assim o empreendedorismo de negócios oferece aos enfermeiros oportunidades de autoemprego usando abordagens inovadoras. De maneira semelhante a outros empresários, o profissional de enfermagem pode ser proprietário de uma empresa, oferecendo serviços de enfermagem de prática clínica de forma direta, de educação, de pesquisa, de cunho administrativo ou ainda de consultoria. Diretamente responsável perante o cliente, pode atuar por meio de uma organização individual privada ou pública. Pelo uso da criatividade, pode desenvolver uma nova ideia, melhorar o serviço ou os métodos de entrega, ou desenvolver novos produtos ou novas formas de usar produtos existentes. Combinando características pessoais com habilidades e conhecimentos avançados ou especializados, os enfermeiros empresariais podem criar produtos ou serviços e comercializá-los a fontes externas (COLICHI).
Nesse contexto o enfermeiro empreendedor conceitua-se como aquele que dispõe de senso de oportunidade, independência, autonomia, inovação, flexibilidade, comunicação, que opera de forma holística, domina cenários novos de atuação direcionados ao cuidado, valoriza a profissão perante a sociedade, impulsionando o desenvolvimento econômico do país. (FONSECA). Sendo assim os profissionais de enfermagem estão aptos a serem empreendedores, pois uma de suas competências é a administração e o gerenciamento. Alinhada a essa perspectiva, foi publicada a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº 568/18, que regulamenta o funcionamento dos consultórios e clínicas de enfermagem, valorizando o caráter empreendedor do enfermeiro ao reconhecer a personalidade jurídica desses serviços. (colichi). 
Com isso percebe-se que a profissão está em ascensão na prática do empreendedorismo, buscando oportunidades para explorar novos campos. Um exemplo é a área estética, que promove o bem estar físico, social e emocional dos pacientes, e está sendo consolidado na Enfermagem como uma área emergente de cuidado e implementando-se como uma legítima especialidade em diversos países, variando em sua nomenclatura e regulamentação, como especialidade de Enfermagem estética, estética não cirúrgica, plástica ou cosmética (CARDOSO)
Na estética, a atuação do enfermeiro promove o aumento da autoestima e melhora no bem-estar dos seus clientes, cuidando do ser humano em sua integralidade (psíquica, espiritual, física e social), pois, a beleza e a aparência, muitas vezes, podem afetar gravemente a saúde podendo causar distúrbios de imagem, distúrbios alimentares, automutilação e depressão. Além disso, O profissional de estética, também atua como membro da equipe de saúde, pois visa ações de promoção, prevenção, educação e recuperação, ou seja, tanto individual quanto coletivamente e ajuda a melhorar a imagem distorcida que o indivíduo tem de si mesmo, através de reconstruções e procedimentos (JURADO)
que foi aprovada como especialidade na Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2018) nº581/2018 e
Considera-se que a Enfermagem estética é uma temática promissora para a Enfermagem brasileira, já que na modernidade cuidar da beleza deixou de ser considerada uma atividade supérflua e passou a ser tratado como uma questão de saúde, bem-estar e, inclusive, ter relação com a automotivação, sendo assim uma área pertinente a ser explorada no mercado pelos enfermeiros (CARDOSO)
Além disso, essa proposta é de grande interesse e identificação pessoal, e tem relevância para a discussão acadêmica, uma vez que a atuação dos enfermeiros nesse cenário é pouco explorada durante a graduação. Nesse contexto, mediante a escassez da produção científica acerca do empreendedorismo na Enfermagem brasileira na área de estética e com o desejo de contribuir para a prática dos enfermeiros atuante no mercado de trabalho dessa área, definiu-se como questão de pesquisa para este estudo: como ocorre a atuação dos enfermeiros na área da estética? (CARDOSO)
Em estudos atuais 
os enfermeiros investigados 
() 1 . Três princípios são associados a um perfil empreendedor. Em primeiro lugar vêm à necessidade de realização pessoal, a qual estimula a diferenciação profissional no direcionamento da excelência. Em segundo encontramos a disposição para assumir riscos: financeiros e de demais ordens. E, por último, a autoconfiança, ao sentir que pode enfrentar desafios ao longo do empreendimento (Araújo)
Percebe
-
se que dentre os procedimentos estéticos, 
a enfermagem tem um papel fundamental no acolhimento e 
principalmente na assistência aos pacientes que passam por 
procedimentos estéticos. O enfermeiro deve estar apto, 
sendo muito bem capacitado parapres
tar assistência e 
informações sobre o procedimento que será realizado, com 
intuito de minimizar a ansiedade, medo, preservar a 
integralidade do paciente como um todo e orientá
-
lo sobre 
os cuidados pré e pós
-
estéticos
35
.
A atuação do enfermeiro com especi
alização em 
estética não se limita somente ao tratamento estético do 
indivíduo saudável, livre de doenças e restrições, mas 
também do indivíduo que apresenta patologias, restrições e 
necessidade de cuidados em que pode unir as habilidades e 
os conhecimento
s do enfermeiro no atendimento estético. 
Por exemplo, uma gestante que procura um 
enfermeiro esteta para sessões de drenagem linfática 
manual a fim de aliviar edema, também pode receber 
orientações do preparo da mama, alterações físicas (pele, 
unhas, cabe
los, ganho de peso), alterações hormonais, risco 
de varizes, prevenção de estrias e celulite. No caso de um 
paciente pós
-
cirurgia plástica, poderá realizar drenagem 
linfática com um enfermeiro esteta e ainda ser assistido com 
troca de curativos, avaliação 
da incisão e cicatrização, 
hematoma, edema e fibrose e controle dos sinais vitais (Jurado)
Como a resolução que normatiza a atuação desses 
profissionais 
encontra
-
se liminarmente s
uspensa, 
a 
produção científica contribui positivamente para a 
compreensão da atuação dos enfermeiros estetas para a 
visibilidade, expansão e empoderamento da Enfermagem 
Estética no Brasil E COMO FORMA EMPREENDEDORA (jurado)
3
.
Aqui estão compreendidos ainda os profissionais dedicados à prática privada, autônomos ou proprietários de empresas(14-16). Esse conceito estaria ainda relacionado aos riscos inerentes a negócios empresariais e à obtenção de lucro(17). Vale ressaltar que o enfermeiro empreendedor já existe desde o início do século passado na forma de autoemprego, quando as enfermeiras eram independentes, trabalhavam e recebiam pagamento diretamente de pacientes privados que precisassem de serviços de enfermagem(16). (COLICHI)
Os enfermeiros empresários têm perfis mais orientados individualmente do que o resto da população e assumem uma atitude positiva em relação à administração de negócios(18). A responsabilidade individual e o esforço são características distintivas dos enfermeiros empresários, que também são líderes por natureza. São autônomos e desejam alcançar e criar por sua própria causa; querem ser vistos como superiores aos outros e ter sucesso. Os enfermeiros empresários são tomadores de risco, são mais inovadores do que os não empresários e têm um forte espaço de controle; em outras palavras, eles acreditam que podem influenciar os resultados pela capacidade, esforço e habilidade(18). O empreendedor tem ainda a necessidade de realizar coisas novas, colocar em prática suas próprias ideias(12,19). Habilidade em comunicação e foco na solução prática de problemas, além de iniciativa são outras características inerentes aos empreendedores(20). Saber reconhecer oportunidades parece ser um fator importante(6), mas saber explorá-las torna-se essencial(21). (COLICHI)
Observou-se a predominância de negócios relacionados à área de saúde, sendo relatadas as atividades de enfermagem, principalmente a prática clínica privada, além de serviços como home care (2,12,14-16,21-26); são ainda descritos os cuidados de feridas(12,15,22-23); com diabéticos(15,22-23), de estomas(13) e de acidente vascular cerebral - AVC(24).
Há relatos de expansão da área de atuação para além da saúde, assumindo papéis não tradicionais, ao atuar em campos como estética, podologia e tratamentos alternativos. Essa valorização vem sendo relacionada ao conhecimento inerente ao enfermeiro, que traz um valor adicional na prestação desses serviços(15,22-23). (COLICHI)
O empreendedorismo não é apenas uma competência importante para a busca de uma prática autônoma, mas também uma característica que potencializa a prática dos profissionais de enfermagem no cuidado às pessoas e coletividades. Por meio do empreendedorismo empresarial, intraempreendedorismo e empreendedorismo social o 
De acordo com estudos sobre a dificuldade de se conseguir emprego, diante da instabilidade do mercado profissional de todas as áreas e inclusive na saúde, pesquisadores alertam para a necessidade de redesenhar a carreira, abrir um negócio próprio, ou mesmo, continuar como assalariado, mas agir e pensar como um empreendedor, ou seja, definir metas, ser obstinado e propor ideias inovadoras. As vagas de emprego para enfermeiros nos hospitais e serviços de saúde estarão cada vez mais escassas no Brasil, devido à conformação do mercado e da força de trabalho(5). (ANDRADE)
No Brasil, ser empreendedor é um fator importante para a economia, possibilita a geração de emprego e renda, gera crescimento econômico e melhora as condições de vida da população, porém o empreendedor deve identificar as reais necessidades do negócio idealizado, mesmo na área da saúde e, somente após essa medida, tornar-se um empresário a partir da criação de uma micro, pequena e média empresa(13). O maior contingente das empresas abertas por enfermeiros ainda são micro empresas (39%), seguido de pequenas empresas (8%), mas um maior contingente não apresentava especificação nas fichas cadastrais. É possível argumentar nessa direção que a maior parte das empresas identificadas tem um faturamento, no máximo de R$ 240.000,00 por ano, no caso das pequenas empresas, o faturamento passa para R$ 240.000,00 até R$ 2.400.000,00 por ano(14). (ANDRADE)
Um estudo com 13 enfermeiras empreendedoras de várias províncias Iranianas, determinou que o conhecimento prévio auxilia positivamente na identificação de oportunidades adequadas. Em vista disto, o empreendedorismo precisa ser estimulado na formação acadêmica devido a sua significativa influência no crescimento econômico e social do país e da própria profissão de enfermagem (Jahanilet al., 2020).
enfermagem, assim como as motivações e aspirações que conduzem os enfermeiros ao empreendedorismo. (FONSECA)
Constata-se que a Enfermagem é uma profissão ativa, em que a maioria dos profissionais, 91,8%, estão inseridos no mercado de trabalho. No entanto, há um alerta para o desemprego e o afastamento de profissionais, que atinge um total de 9,5% da categoria, somando mais de 100 mil trabalhadores que experimentaram o desemprego e encontraram dificuldade na reinserção no mercado de trabalho (CARDOSO)
Surge então o empreendedorismo como uma possibilidade para a prática autônoma e como forma de se chegar à satisfação no trabalho (ANDRADE; DAL BEN; SANNA, 2014). Intensificado na década de 1970, o estudo sobre empreendedorismo vem avançando ao longo da história (COLICHI; LIMA, 2018)