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Circulação fetal e neonatal + cardiopatias

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Orientadores: 
Profª Dra. Aline Andrade de Sousa 
Profº Esp. Leonardo de Oliveira Rodrigues da Silva 
Profª Esp. Diana Sato 
 
 
Altamira/PA 
2019/2
 
 
CURSO 
BACHARELADO EM 
MEDICINA 
 
8º SEMESTRE 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA 
FACULDADE DE MEDICINA 
 
ROTEIRO DO LABORATÓRIO 
MORFOFUNCIONAL 
 
“Cuidado e Assistência à Criança e 
Adolescente” 
 
 
SEMANA 10 (19 - 25/11/2020) 
 
OBJETIVOS DO ROTEIRO 
 
1. Com o auxílio do livro de anatomia rever as características do coração, observando: 
- Anatomia externa e vascularização geral incluindo os vasos da base (aorta e artéria pulmonar). 
ANATOMIA EXTERNA DO CORAÇÃO 
 O coração é um órgão localizado no mediastino médio, possui formato de cone invertido com seu ápice 
voltado levemente a esquerda e para baixo. Tem tamanho aproximado a de um punho fechado (12 X 9 X 6 
cm) e pesa aproximadamente 250 g nas mulheres e 300 g nos homens. Possui como função primária 
impulsionar o sangue para todas as regiões do corpo por um sistema fechado de vasos sanguíneos. O coração 
possui quatro faces: 
 
 
 
 Face esternocostal – profunda ao esterno e às costelas. 
 Face diafragmática - porção do coração que repousa, em grande parte, 
sobre o diafragma e é encontrada entre o ápice e a margem direita. 
 Face Pulmonar direita - está voltada para o pulmão direito e estende-
se da face inferior até a base. 
 Face Pulmonar esquerda - está voltada para o pulmão esquerdo e 
estende-se da base até ao ápice. 
A parte posterior do coração é denominada de base, local onde 
emergem os grandes vasos e a vértice voltado para o lado esquerdo é 
denominado de ápice. 
 
A irrigação arterial do pericárdio provém principalmente de um 
ramo fino da artéria torácica interna, a artéria pericardicofrênica. 
A drenagem venosa do pericárdio é feita por veias 
pericardicofrênicas, tributárias das veias braquiocefálicas (ou 
torácicas internas) e tributárias variáveis do sistema venoso ázigo 
A inervação do pericárdio provém dos nervos frênicos (C3–C5). 
 
O coração é envolto pelo pericárdio, uma camada fibrosa que o fixa as 
estruturas adjacentes. O pericárdio é dividido em pericárdio fibroso e 
pericárdio seroso. O primeiro é a camada mais externa e é composto por 
tecido conjuntivo denso não-modelado, sendo inelástico e resistente. O 
pericárdio seroso é a camada mais interna, sendo dividido em duas lâminas 
(parietal e visceral) pela cavidade pericárdica, a qual contém líquido 
pericárdico. 
 
 
 
 
 
 
 
VASCULARIZAÇÃO GERAL + VASOS DA BASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As paredes internas dividem o coração em 
quatro câmaras (ou seja, dois átrios e dois 
ventrículos) e produzem sulcos externos ou 
de superfície: 
 Sulco coronário: Circunda o 
coração, separando os átrios dos ventrículos. 
À medida que ele contorna o coração, 
contém a artéria coronária direita, a veia 
cardíaca parva, o seio coronariano e o ramo 
circunflexo da artéria coronária esquerda. 
 
 Sulcos interventriculares anterior e posterior: Separam os dois ventrículos – o sulco interventricular anterior 
está na face esternocostal do coração e contém o ramo interventricular anterior e a veia cardíaca magna, enquanto o sulco 
interventricular posterior está na face diafragmática do coração e contém o ramo interventricular posterior e a veia 
interventricular posterior (cardíaca média). 
 Na base do coração ocorre a emergência dos 
grandes vasos, estes que conectam as circulações 
pulmonares e sistêmica. 
 Tronco pulmonar: Origina-se do cone 
arterial do ventrículo direito no óstio do tronco 
pulmonar, um pouco anteriormente ao óstio da 
aorta, e ascende posteriormente e para a esquerda, 
localizando-se inicialmente anterior e depois à 
esquerda da aorta ascendente. O tronco pulmonar 
divide-se em artéria pulmonar direita e Artéria 
pulmonar esquerda, sendo que ambas entram no 
pulmão de cada lado. 
 Parte ascendente da aorta: Origina-se da 
parte ascendente da aorta é o óstio da aorta na base 
do ventrículo esquerdo. Assume um trajeto 
superior, levemente para frente e para a direta, a 
parte ascendente da aorta continua até o nível da 
segunda cartilagem costal direita, passando a ser 
chamada de arco da aorta. 
  Veia cava superior: Atravessa o pericárdio fibroso aproximadamente no nível da segunda cartilagem 
costal e entra no átrio direito no nível inferior da terceira cartilagem costal. 
 Veia cava inferior: Atravessar o diafragma, aproximadamente no nível da vértebra TVIII e entra no 
pericárdio fibroso. Uma parte curta desse vaso está dentro do pericárdio antes de entrar no átrio direito. 
 Veias Pulmonares: Quatro veias pulmonares entram no átrio esquerdo do coração, duas de cada lado, 
advindo dos pulmões direito e esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sangue venoso que retorna passa pelas veias cardíacas, a maioria das quais desemboca no seio coronário. 
Essa grande estrutura venosa está localizada no sulco coronário, na face posterior do coração, entre o átrio 
esquerdo e o ventrículo esquerdo. O seio coronário desemboca no átrio direito entre o óstio da veia cava 
inferior e o óstio atrioventricular direito. 
 Veia cardíaca magna no sulco interventricular anterior, que drena as áreas do coração irrigadas pela artéria 
coronária esquerda (ventrículos esquerdo e direito e átrio esquerdo) 
 Veia interventricular posterior no sulco interventricular posterior, que drena as áreas irrigadas pelo ramo 
interventricular posterior da artéria coronária direita (ventrículos esquerdo e direito) 
 Veia cardíaca parva no sulco coronário, que drena o átrio direito e o ventrículo direito 
 Veias anteriores do ventrículo direito, que drenam o ventrículo direito e drenam diretamente para o átrio 
direito. 
 
 
Circulação Coronária 
Duas artérias coronárias, as artérias coronárias 
esquerda e direita, ramificam-se da parte 
ascendente da aorta e fornecem sangue 
oxigenado para o miocárdio. 
A artéria coronária esquerda passa inferiormente 
à aurícula esquerda e se divide nos ramos 
interventricular anterior e circunflexo. 
 O ramo interventricular anterior encontra-
se anteriormente ao sulco interventricular 
anterior e fornece sangue oxigenado às paredes 
de ambos os ventrículos. 
 O ramo circunflexo encontra-se no sulco 
coronário e distribui sangue oxigenado às 
paredes do ventrículo esquerdo e átrio esquerdo. 
A artéria coronária direita emite pequenos ramos 
(ramos atriais) para o átrio direito. Ela continua 
inferiormente à aurícula direita e, por fim, se 
divide em ramos interventricular posterior e 
marginal direito. 
 O ramo interventricular posterior segue o 
sulco interventricular posterior e irriga as paredes 
dos dois ventrículos com sangue oxigenado. 
 O ramo marginal além do sulco coronário 
corre ao longo da margem direita do coração e 
transporta sangue oxigenado à parede do 
ventrículo direito. 
 
2. Com o auxílio do livro de anatomia, patologia e embriologia caracterizar a estrutura interna do coração, 
observando: 
- Átrios direito e esquerdo: septo interatrial, fosseta oval e mecanismo de formação dos mesmos. 
- Defeitos do septo atrial 
- Ventrículos direito e esquerdo: septo interventricular, trabéculas, músculos papilares e cordas tendíneas 
- Defeitos do septo ventricular 
ANATOMIA INTERNA DO CORAÇÃO 
CÂMARAS CARDÍACAS 
 
 
 
 
 
 
ÁTRIOS DIREITO E ESQUERDO 
O átrio direito forma a margem direita do coração e recebe sangue de três veias: a veia cava superior, a veia 
cava inferior e o seio coronário. As paredes anterior e posterior do átrio direito são muito diferentes. O 
interior da parede posterior é liso e o interior da parede anterior é áspero, por causa de cristas musculares 
chamadas de músculos pectíneos, que se estendem até a aurícula. 
 
O coração consiste, funcionalmente, em duas bombas
separadas por um septo. A bomba direita recebe sangue 
desoxigenado do corpo e o envia para os pulmões. A 
bomba esquerda recebe o sangue oxigenado 
proveniente dos pulmões e o envia para o corpo. Cada 
bomba consiste em um átrio e um ventrículo, separados 
por uma valva. 
Os átrios, de paredes finas, recebem o sangue que chega 
ao coração, enquanto os ventrículos, de paredes 
relativamente espessas, bombeiam o sangue para fora 
do coração. É necessária uma força para bombear o 
sangue através do corpo maior do que para os pulmões; 
por essa razão, a parede muscular do ventrículo 
esquerdo é mais espessa do que a parede do ventrículo 
direito. 
Os septos interatrial, interventricular e atrioventricular 
separam as quatro câmaras do coração. 
Entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe uma 
partição fina chamada septo interatrial, nele há 
uma depressão chamada de fossa oval, o 
remanescente do forame oval, uma abertura no 
septo interatrial do coração fetal que normalmente 
se fecha logo após o nascimento. O sangue passa 
do átrio direito para o ventrículo direito através da 
valva atrioventricular direita ou tricúspide, 
pois é composta por três válvulas. 
 
 
VENTRÍCULOS DIREITO E ESQUERDO 
 
 
 
DEFEITOS DO SEPTO INTERATRIAL 
Trata-se de cardiopatias congênitas ACIANÓTICAS: pode levar ao surgimento de manifestações 
clínicas em função de sobrecarga de: 
 Volume: são as que tem shunt E→D, vou gerar aumento no fluxo no território vascular pulmonar. 
Há uma relação Qp/Qs > 1, tem mais sangue fluindo na circulação pulmonar do que na sistêmica. A 
magnitude desse shunt é determinada por: 1) tamanho do defeito que está comunicando as duas 
circulações; 2) diferença de pressão entre as duas circulações (compartimentos). 
 Ex: CIV, CIA, PCA, DSAV. 
 Pressão: quando há alguma obstrução ao fluxo ventricular, na CoA haverá uma dificuldade do 
ventrículo esquerdo p/ ejeção. 
 
O átrio esquerdo tem aproximadamente a mesma espessura que 
o átrio direito e forma a maior parte da base do coração. Ele recebe 
o sangue dos pulmões, por meio das quatro veias pulmonares. 
Como o átrio direito, o interior do átrio esquerdo tem uma parede 
posterior lisa. Como os músculos pectíneos estão restritos à 
aurícula do átrio esquerdo, a parede anterior do átrio esquerdo 
também é lisa. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo 
esquerdo através da valva atrioventricular esquerda, bicúspide ou 
mitral, a qual tem duas válvulas. 
 
O ventrículo direito forma a maior parte da face esternocostal do 
coração. O interior do ventrículo direito contém uma série de 
cristas formadas por feixes elevados de fibras musculares cardíacas 
chamadas trabéculas cárneas. As válvulas da valva 
atrioventricular direita estão conectadas às cordas tendíneas, que 
por sua vez estão ligadas a trabéculas cárneas em forma de cone 
chamadas músculos papilares. Internamente, o ventrículo direito é 
separado do ventrículo esquerdo por uma partição chamada de 
septo interventricular. O sangue passa do ventrículo direito através 
da valva do tronco pulmonar para uma grande artéria chamada de 
tronco pulmonar. 
 
O ventrículo esquerdo é a câmara mais espessa do coração e forma o 
ápice do coração. Como o ventrículo direito, o ventrículo esquerdo 
contém trabéculas cárneas e tem cordas tendíneas que ancoram as 
válvulas da valva atrioventricular esquerda aos músculos papilares. 
 
Formação embriológica do SIA 
As Comunicações Interatriais (CIA) caracterizam-se por um ou mais defeitos no Septo Interatrial (SIA), 
comunicando o AD com AE. A localização do defeito pode ocorrer em qualquer parte do septo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A união completa desses folhetos só ocorrerá, 
após o nascimento, quando a pressão do AE for 
superior à do AD, "empurrando" o septo 
primum contra o septo secundum, fechando 
por completo o forame oval 
 
A SIA não é uma estrutura única. 
 
A formação do primeiro folheto, ou septo primum, ocorre no final 
da 4a semana de gestação. Uma fina membrana em forma de meia-
lua começa a surgir a partir do teto do átrio em direção aos coxins 
endocárdicos (futuras valvas mitral e tricúspide). Antes da 
formação total do septo primum, surgem perfurações no folheto 
primum, resultando em pequenos orifícios de comunicação entre 
os dois átrios. 
Em seguida, inicia-se a formação do septo secundum. Uma 
segunda membrana surge da parte anterior para parte posterior do 
coração. Como a formação do septo secundum é incompleta, 
ocorre a formação do forame oval. Assim, o septo secundum 
divide incompletamente o átrio e a parte distal do septo primum, 
funcionando como uma válvula (válvula do forame oval). 
 
Tipos de defeitos da CIA 
 
 
DEFEITOS DO SEPTO INTERVENTRICULAR 
Formação embriológica do SIV 
 
 
 
 
 
➤CIA ostium secundum (ou tipo fossa oval): é a 
apresentação mais comum. Ocorre na região da fossa oval e, 
por isso, também é chamada de CIA tipo fossa oval; 
➤ CIA ostium primum: o defeito está próximo às valvas 
atrioventriculares. Na verdade, é um defeito do término da 
formação do septo primum associado a um defeito na 
formação no coxim endocárdico do coração (parte 
responsável pela formação das valvas mitral e tricúspide e 
do septo atrioventricular – voltaremos a falar dessas 
estruturas anatômicas quando estudarmos o defeito de septo 
atrioventricular); 
➤ CIA seio venoso: o defeito localiza-se próximo à 
desembocadura da veia cava superior. Costuma estar 
associado à drenagem anômala parcial das veias pulmonares. 
 
A divisão do ventrículo primitivo inicia-se com a formação do 
SIV primário. Uma membrana muscular grossa surge no 
assoalho do ventrículo próximo do ápice e segue em direção ao 
coxim endocárdico (local onde irão se formar as valvas mitral e 
tricúspide). Essa porção muscular do septo separa parcialmente 
o VD e esquerdo, deixando uma área pequena de comunicação 
entre eles, o forame interventricular. 
 
Por volta da 5ª semana de gestação, ocorre a formação 
do septo aorticopulmonar (separando a artéria aorta da 
artéria pulmonar). Ao término de sua formação, o septo 
aorticopulmonar é incorporado às paredes dos ventrículos 
definitivos. No VD é representado pelo cone arterial 
(infundíbulo) e no VE ele forma as paredes do vestíbulo 
aórtico, porção do ventrículo logo abaixo da valva aórtica, 
fechando completamente a comunicação entre o VD e 
VE. 
O fechamento total do SIV depende da formação do septo 
aorticopulmonar. 
 
 
 
 
 
Tipos de defeitos na CIV 
 
 
O tipo de defeito na CIV terá repercussões no prognóstico. 
CLÍNICA 
Em modo geral no Rn: Assintomática após o nascimento (manifestações clínicas começam a surgir 
após semanas de vida, pois o determinante da magnitude do shunt E→D, que nesse momento a 
RVPulm ainda está aumentada, logo o shunt é limitado). 
 CIV pequena 
 Assintomática(relação Qp/Qs não está aumentada) 
Sopro holossitóico no bordo esternal esquerdo (BEE) inferior (é de intensidade alta 
devido ao turbilhonamento ao passar pelo CIV estreito) 
 CIV moderada/grave (Qp/Qs é aumentada pela sobrecarga de volume) 
 Sinais de insuficiência cardíaca (IC): taquipneia, interrupção das mamadas, sudorese 
 Sopro holossitólico/ ruflar diastólico mitral 
Obs: O ruflar se deve ao grande volume de sangue passando pela mitral, proveniente das veias 
pulmonares e da comunicação. 
 Hiperfonese de B2 na área pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➤ Perimembranosa (mais comum – 70% dos casos): 
localizada na porção posteroinferior do septo 
interventricular, anterior à valva tricúspide; região 
adjacente as valvas cardíacas, região composta por tecido 
fibromembranoso, semelhante ao das valvas 
➤ Supracristal: localiza-se superiormente à crista 
supraventricular; 
➤ Muscular: localiza-se na porção média ou apical do 
septo muscular, podendo ser um defeito único ou múltiplo
(tipo "queijo suíço"). 
 
3. Com o auxílio do livro de anatomia e fisiologia rever a circulação fetal e neonatal, estabelecendo suas principais 
diferenças. 
CIRCULAÇÃO FETAL 
Três fatos são importantes durante a vida intrauterina: 
 Trocas gasosas  placenta 
 Resistencia vascular pulmonar  
 “Desvios” DE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VCI 
AD 
FO 
AE 
VE 
AoAs 
Como os pulmões estão colabados, haverá uma alta 
resistência vascular pulmonar, dificultando o fluxo para essa 
região, havendo uma passagem mínima de sangue, logo neste 
momento a hematose é de responsabilidade da placenta. 
Durante a vida uterina existe o oposto do que ocorre no 
período pós-natal, pois durante o período pós-natal existe 
uma maior resistência circular sistêmica do que pulmonar, já 
na vida fetal, a resistência vascular pulmonar é maior do que 
a resistência vascular sistêmica. Logo, é a placenta que irá 
ofertar oxigênio ao feto e remover o CO2 da circulação já 
que esta é um território de baixa resistência. Por se tratar de 
um baixo fluxo sanguíneo no pulmão, haverá “desvios” 
DireitaEsquerda: desvio átrio direito (AD) para átrio 
esquerdo (AE), ventrículo direito (VD) para ventrículo 
esquerdo (VE) e da artéria pulmonar (Ap) para aorta (Ao). 
 
Fluxo do Sangue “ Mais oxigenado”: 
Nesse sentido, partirá da placenta uma 
veia rica em sangue oxigenado que irá 
desaguar na veia cava inferior (VCI) 
até o AD sendo esse sangue oxigenado 
praticamente todo desviado pelo 
forame oval (FO) para o AE, seguindo 
pouca quantidade para o VD. Esse 
sangue oxigenado do AE, segue para 
VE, alcançando a Ao ascendente. Esse 
sangue melhor oxigenado da AoAs 
que irá irrigar coronárias e carótidas, 
afim de nutrir tecidos nobres. 
 
 
 
 
Fluxo do Sangue “ Menos oxigenado”: 
Bem, ao mesmo tempo que o AD está recebendo sangue da VCI, recebe também da veia cava 
superior (VCS) que tem menor teor de oxigênio. Por uma questão de organização dos vasos, esse sangue 
proveniente da VCS é praticamente todo drenado para o VD, devido a forma da desembocadura dos 
vasos. A partir de VD é ejetado na Ap. Como a resistência vascular pulmonar encontra-se aumentada, o 
sangue na Ap tem dificuldade de seguir para os pulmões, logo, a maior parte será desviado pela estrutura 
que comunica Ap e Ao, o Canal Arterial (CA). Desse modo, haverá um shunt DE através do CA, esse 
sangue desoxigenado da Ap segue Ao descendente para MMII e placenta para realizar as trocas gasosas. 
Ao descendente tem um sangue menos oxigenado. 
Importante dizer uma pequena quantidade de sangue desoxigenado na Ap seguirá para os 
pulmões, e essa pequena quantidade retornará pelo AE ainda com baixo teor de O2. Mesmo assim, o AE 
terá um teor de O2 mais alto, pelo sangue oxigenado advindo do forame oval. 
 
CIRCULAÇÃO NEONATAL 
Principais diferenças com relação a circulação fetal é: 
 do fluxo pulmonar 
  V e P no AE 
 Fechamento do FO 
 
VCS 
AD 
VD 
Ap 
CA Pulm
m 
AE Ao 
Após o nascimento há o início da expansão pulmonar, início das 
ventilações, o que provocará redução da resistência vascular 
pulmonar. Devido a isso haverá rápido aumento do fluxo pulmonar, 
chega mais sangue no leito vascular pulmonar, consequentemente 
chega mais sangue no AE. Assim, isso gera aumento do volume e 
pressão no AE, empurra as membranas que compõe o forame 
provocando o fechamento do FO, trata-se do fechamento funcional 
nas primeiras horas de vida. 
Além disso, após o nascimento terá a dectação da placenta com 
clampeamento do cordão umbilical, retirando-se a circulação 
placentária. Consequência disso é  da resistência vascular 
pulmonar e  da resistência vascular sistêmica, provocando inversão 
do shunt da E para D. O canal arterial (CA) será exposto a um maior 
teor de oxigênio e diminuição das prostaglandinas circulantes, esses 
dois fatos provocará o fechamento do CA. Todas as estruturas que 
comunicavam a D com a E vão fechar-se.

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