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Teoria cognitivo comportamental

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Teoria cognitiva comportamental
A corrente cognitivo-comportamental é um conjunto de teorias e técnicas que estabelecem um sistema psicoterapêutico. Portanto, a terapia cognitiva comportamental é uma forma de psicoterapia.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é baseada na relação entre pensamentos, emoções, sensações físicas e comportamentos. Todas estas áreas estão interconectadas e exercem influência entre elas.
 exemplo: imagine que você acaba de saber que não passou em uma prova. Você pode pensar:
"Não passei porque não sou capaz. Nunca passarei."
"Não passei na prova. Preciso me esforçar mais na próxima vez."
Depois do pensamento 1, certamente você sentirá tristeza, frustração e resignação. Esse pensamento e emoções provocam um estado de desmotivação e falta de vontade. Desde esse estado, a ação será, quase de certeza, não estudar. Como consequência, é provável que se volte a repetir a situação de novo.
 Por sua vez, depois do pensamento 2, pode surgir uma emoção de tristeza, mas também de aceitação e esperança. Esse pensamento e emoções levam a um estado de motivação e vontade de se esforçar mais. Esse estado impulsiona a ação de estudar, consequentemente, a probabilidade de passar na seguinte prova é maior.
Intervenção: como se dá?
A terapia cognitiva comportamental intervém a nível cognitivo, ou seja, nos pensamentos, e também no comportamento - as ações que se realizam. Consiste em mudar a forma de pensar, substituir os pensamentos baseados em crenças irracionais e distorções cognitivas por pensamentos mais objetivos e adaptativos, assim como transformar os comportamentos menos úteis em comportamentos benéficos. A abordagem cognitiva comportamental centra-se no presente e no futuro imediato, não costuma indagar no passado.
Para que serve a terapia cognitiva comportamental?
Em primeiro lugar, é uma forma de intervenção psicológica, mas pode ser aplicada em muitos âmbitos e para diferentes problemáticas. Foi demonstrado que a terapia cognitivo-comportamental é útil tratando os seguintes transtornos psicológicos: transtornos de ansiedade, transtornos depressivos, transtornoa afetivos, fobias, transtornos de comportamento alimentar, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático , transtornos de consumo de substâncias, transtornos do sono, e transtornos sexuais.
Além disso, também é útil para pessoas sem um diagnóstico de saúde mental, pois ajuda a gerir melhor as situações estressantes da vida, como poderiam ser: crises vitais, problemas de casal, mal-estar emocional, dificuldades escolares ou laborais e falta de habilidades sociais.
Como funciona a terapia cognitiva comportamental?
No contexto da psicologia clínica, a terapia cognitivo-comportamental deve ser conduzida por um profissional acreditado, com a titulação e certificação correspondente. A terapia pode ser realizada de forma individual ou em grupo.
Tanto o modo de aplicação, a duração e a eficácia dependem de muitos fatores, entre eles a complexidade da problemática apresentada pelo paciente, a implicação do paciente e a colaboração recebida por parte do seu ambiente.
Diferenças entre terapia cognitiva comportamental, terapia cognitiva e terapia comportamental
A terapia cognitiva
A terapia cognitiva parte de um ponto de vista intrapsíquico e está centrada na cognição. Se baseia na premissa de que a explicação do comportamento se encontra nos processos cognitivos e nos pensamentos. A terapia cognitiva intervém nos pensamentos, identificando e substituindo os pensamentos e crenças distorcidos por outras interpretações mais flexíveis, adaptativas e funcionais.
A terapia comportamental
Na terapia comportamental, a explicação do comportamento que uma pessoa apresenta é sustentada pelo meio, pela influência do ambiente. Por isso, as técnicas de terapia comportamental são centradas em modificar os comportamentos desadaptativos e aprender comportamentos novos mais funcionais, provocando, dessa forma, uma mudança de emoções e pensamentos.
Técnicas de terapia cognitiva comportamental
 Se centram na modificação de pensamentos e comportamentos através da aprendizagem de novas formas de pensar e agir mais adaptativas. As técnicas de terapia cognitivo-comportamental são focadas no presente, embora o seu objetivo seja a aquisição de hábitos e habilidades que proporcionem um bem-estar e uma qualidade de vida superiores que perdurem no tempo.
Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC)
A terapia racional emotiva comportamental tem base na premissa de que o mal-estar emocional se deve à interpretação que a pessoa faz de uma situação e não da situação en si mesma. O objetivo da terapia racional emotiva comportamental é que a pessoa consiga uma mudança de padrões de pensamento para mudar a forma de interpretar as situações. Ou seja, passa a valorizar as situações com conclusões baseadas em fatos e não em suposições subjetivas. A TREC segue o seguinte esquema:
 A. Situação ou acontecimento real.
B. Interpretação da situação: os pensamentos, as crenças, os conceitos, as conclusões, etc.
C. As emoções que surgem da interpretação da situação. Se a interpretação é negativa, certamente as emoções serão desagradáveis.
D. Questionar a validez da interpretação da situação através da discussão dos pensamentos irracionais.
E. Alteração favorável nas emoções após a toma de consciência das cognições irracionais.
Reestruturação cognitiva
A reestruturação cognitiva é uma técnica de terapia cognitiva que consiste na modificação dos esquemas de pensamento:
Entender o que são as distorções cognitivas, ou seja, os pensamentos negativos e irracionais que afetam o estado de humor e o comportamento.
Ser conscientes dos pensamentos: aprender a identificar as próprias distorções cognitivas.
Registrar os pensamentos: apontar a situação na qual se encontra, o pensamento que aparece, a emoção e o comportamento.
Procurar um pensamento alternativo mais funcional que o pensamento distorcido.
Continuação
Os procedimentos que o psicólogo usa para esta mudança de pensamentos são:
Analisar o pensamento. Questionar-se se o pensamento é correto e fazer uma análise racional do mesmo.
O questionamento socrático: fazer perguntas como "o que estou pensando é certo?" ou "que provas tenho disso?"
Examinar a utilidade do pensamento: "este pensamento ajuda?" ou "prós e contras do pensamento".
Considerar o pior dos casos: perguntar-se "o que aconteceria se..?" ou "o que é o pior que pode passar?".
Experimentar com a ação. Comprovar se o que pensava acontece mesmo. Por exemplo, se o pensamento irracional é "se faço perguntas na sala todos vão pensar que sou burro e rir de mim", se trata de fazer uma pergunta na escola e comprovar se isso acontece.
Técnicas de exposição
A técnica de exposição baseia a sua eficácia no princípio de habituação, o qual demonstrou que a exposição repetida a um estímulo produz cada vez uma resposta menor por parte do sujeito. Por exemplo, se você um dia vê uma aranha, o seu corpo reage pois ativa o sistema de alarme. No entanto, se você vir uma aranha todos os dias e esse evento não tem nenhuma consequência, a interpretação de perigo será cada vez menor e, portanto, a reação psicofisiológica é menor.
Esta técnica está especialmente indicada para problemas de ansiedade, medos e fobias, assim como para comportamentos evitativos. A exposição deve ter uma planificação e apoio proporcionados por um especialista. Os tipos de exposição são: a exposição ao vivo ou a exposição de forma simbólica através da imaginação ou de dispositivos tecnológicos de realidade virtual.
Dessensibilização sistemática
A dessensibilização sistemática também tem como objetivo diminuir a reação psicofisiológica a estímulos ansiogênicos. A primeira parte consiste em quebrar a situação que produz a ativação do medo ou a ansiedade em pequenas partes e hierarquizá-las desde a menos até à mais temida. Por exemplo, com o medo de falar em público podemos colocar, como primeiro passo, a situação de dizer um par de frases na frente de uma pessoade confiança total; como segundo passo, fazer um discurso de dois minutos na frente de duas pessoas de confiança; como terceiro passo, fazer um discurso de quatro minutos na frente de alguns familiares ou pessoas de confiança. E assim, sucessivamente, até chegar à situação mais temida. É recomendado que a hierarquia da dessensibilização seja composta por 20 a 50 fases. Em seguida, se trata de ir enfrentando as situações seguindo essa mesma hierarquia, as indicações do psicólogo e aplicando técnicas de relaxamento.
Técnicas de respiração e relaxamento
A respiração e o relaxamento corporal são aspectos básicos para aprender a gerir os aspectos fisiológicos das reações emocionais. Alguns exemplos de técnicas de respiração e relaxamento são:
A respiração diafragmática: consiste em aprender a realizar uma respiração consciente utilizando o diafragma. Essa respiração permite levar ar até à zona baixa dos pulmões, o que garante uma captação melhor de oxigênio e ativar a resposta de relaxamento do organismo.
O relaxamento muscular progressivo: consiste em aprender a relaxar todos os músculos do corpo. Se trata de ser consciente da tensão muscular e aprender a relaxar através do treino. O objetivo da técnica de relaxamento muscular progressiva é convertê-la em um hábito que pode ser usado em situações estressantes. Uma das mais conhecidas e eficazes é o relaxamento muscular progressivo de Jacobson.
Técnicas de solução de problemas
A técnica de solução de problemas consiste em aplicar um conjunto de passos para resolver uma situação ou tomar uma decisão potencialmente complexa. Os passos a seguir são:
Identificar o problema
Definir uma situação e os fatores relevantes que interferem
Chuva de ideias com diferentes alternativas para solucionar o problema
Tomar uma decisão: valorizar as opções geradas, escolher uma e criar o plano de ação
Avaliar os resultados da solução aplicada
Técnicas operantes
As técnicas de condicionamento operante de modificação de comportamento permitem adquirir novos comportamentos, incrementar comportamentos e reduzir ou eliminar comportamentos, sendo muito eficazes. Se baseiam na forma de aprendizagem do condicionamento através do uso do reforço. Nesse artigo, explicamos o que é o condicionamento operante e como funciona com exemplos.
Técnica de modelação ou aprendizagem por observação
A técnica de modelação é uma técnica comportamental que consiste em adquirir comportamentos através de aprendizagem vicária ou imitação. Se aprendem ou modificam comportamentos através da observação do comportamento dos outros e as consequências que implicam. Consta de 3 passos principais:
A exposição ao modelo
A observação: atender e reter os aspectos mais importantes do comportamento modelo
A execução do comportamento: imitar o mesmo comportamento ou um comportamento semelhante
Treino de habilidades sociais
O treino de habilidades sociais tem como objetivo melhorar a qualidade das relações interpessoais para reduzir o mal-estar nas relações com os demais e obter todos os benefícios da sociabilidade. Trata-se de aprender estratégias de comportamento que permitem estabelecer relações sociais de forma eficaz. Entre os procedimentos de aquisição e manutenção de habilidades sociais, encontramos:
O role-playing
O reforço positivo
A aprendizagem vicária
A retroalimentação pessoal
O desenvolvimento de expectativas de auto-eficácia
Terapia cognitiva comportamental X behaviorismo radical
A terapia comportamental parece estar atualmente dividida em duas posições: uma é defendida por aqueles que consideram o estudo de processos cognitivos um avanço enriquecedor para a abordagem comportamental tradicional aos problemas humanos (Dobson & Block, 1988: Freeman, Pretzner, Fleming & Simon, 1990; Hawton, Salkovskis, Kirk & Clark, 1989) e outra, representada por autores de tradição Skinneriana, entende que o enfoque cognitivo descaracteriza o modelo comportamental em suas bases filosóficas e teóricas (Theyer, 1992; Hayes, 1987; Alverez, 1991). Os representantes da primeira posição costumam ser chamados de cognitivo-comportamentais e os da segunda de behavioristas-radicais.
TCC
A terapia cognitivo comportamental considera que os problemas psicológicos podem ser compreendidos em termos de sistemas de respostas intercalados: o cognitivo, afetivo/fisiológico e o comportamental. O modo como uma pessoa percebe o ambiente a sua volta (reação cognitivo) é seletivo e depende de um conjunto de regras e crenças adquiridas no desenvolvimento desta pessoa. As reações cognitivas influenciam e são influenciadas pelas reações afetivas, fisiológicas e comportamentais. Assim, nas desordens de ansiedade e na depressão, o indivíduo percebe e avalia a situação de forma distorcida, tendenciosa (distorção cognitiva), propiciando a ocorrência de afetos desagradáveis (angústia, desânimo, etc), de reações fisiológicas correspondentes (sudorese, taquicardia, tonteira, fraqueza, etc), e de comportamento (bloqueio, colapso, tremor, fuga, evitação, etc), que acabam confirmando as hipóteses negativistas acerca de situação e da auto-imagem (para melhor compreensão deste assunto, ver De Rubeis & Beck, 1988; Beck, Shaw & Emery, 1982; Beck & Emery 1985; Dobson & Block, 1988; Hawton, Salkovskis, Kirk & Klark, 1989; Freeman, Pretzner, Fleming & Simon, 1990).
Behavioristas radicais
Behavioristas radicais consideram que a ascendência da análise cognitiva na abordagem comportamental, é em parte, atribuída à dificuldade com que terapeutas do comportamento lidam com o behaviorismo e com as suas bases teóricas. Além disso, os princípios comportamentais mais conhecidos surgiram de experimentos com animais, que são diferentes de seres humanos, fazendo com que muitos terapeutas comportamentais se tornassem cognitivos. Embora as diferenças entre animais e seres humanos constituíssem um problema a ser resolvido no estudo do comportamento, a solução encontrada por estes terapeutas foi errada (Hayes, 1987).
Diferenças...
Com base no que foi visto até agora, uma diferença entre cognitivistas e behavioristas parece estar no nível de rigor científico que permeia os conceitos teóricos de ambos os enfoques. Para os behavioristas radicais, aceitar o uso da palavra “cognição” seria aderir a uma postura dualista, o que constituiria um sério problema metodológico. Deste modo, a referência às reações cognitivas como “comportamentos encobertos” foi uma estratégia brilhante que estendeu o modelo operante à compreensão de fenômenos mais complexos. Cognitivistas-comportamentais também consideram as cognições como um sistema de respostas, mas não de uma forma tão compromissada com contingências e com termos precisamente impostos. Embora preocupados com validade empírica e expressão de conceitos operacionais, eles não são tão rigorosos do ponto de vista científico.
Ainda sobre diferenças...
Outra diferença encontrada entre cognitivistas e behavioristas está na ênfase dada às contingências ambientais e às cognições. Enquanto o primeiro grupo busca encontrar crenças subjacentes para entender de que maneira as reações cognitivas influenciadas pelas afetivas/fisiológicas e comportamentais, o segundo processo procura saber que tipos de contingências levariam um comportamento a ocorrer e a influenciar outro comportamento. Deste modo behavioristas radicais enfatizam a determinação ambiental na compreensão dos comportamentos (abertos e encobertos) do indivíduo, enquanto cognitivo-comportamentais priorizam os processos cognitivos, considerando que o homem reage a um ambiente percebido e não a um um ambiente real.

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