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Melhoramento genético em aves

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MELHORAMENTO GENÉTICO EM 
AVES 
A espécie que mais respondeu aos programas de 
melhoramento genético. 
Tem uma necessidade tão grande, pela demanda, 
que evoluiu a esse nível. 
✓ Galo: reprodutor, macho, utilizado para 
fecundar as fêmeas. 
✓ Frango: animal que vai para o abate (não 
desenvolvem crista pois são abatidos 
antes de dar tempo de desenvolvê-la). 
Na avicultura, temos animais destinados a: 
✓ De corte: criar massa muscular rápida 
✓ De postura: para produzir os ovos 
comerciais. 
Antigamente → frango “caipira” levava até um 
ano para crescer até 1kg de peso vivo. 
Atualmente→ frango industrial chega a 2kgs de 
peso vivo em até 38 dias. Um pintinho desse 
frango industrial, em 1 dia de vida já tem 50g de 
peso vivo. 
 
MITOS DA CARNE DE FRANGO: 
“Frangos crescerem muito por causa do uso de 
hormônios” 
É um mito, até porque a legislação brasileira (e 
do mundo) não permite o uso de hormônios em 
nenhuma espécie, e mesmo se a legislação 
permitisse, ainda assim não usaria, já que não 
seria economicamente bom. Não é viável injetar 
(com injeções) os hormônios em ave por ave. 
O fato é que, na ração das aves, usa-se 
muitos ativos, entre eles o Promotor de 
crescimento, que é um ativo que se utiliza em 
muita pequena quantidade. Ele é utilizado para 
eliminar microrganismos potencialmente 
patogênicos do trato gastrointestinal das aves 
(ex: salmonela) 
Ou seja, o que levou as aves é essa maximização 
tão grande de crescimento corpóreo foi a 
melhoria ambiental intensa e avanço genético. 
“Triturar pintinhos” 
O macho não tem papel na indústria de ovos, 
para postura, portanto, os pintinhos machos que 
nascem nessa linhagem são descartados. 
Primeiro são eutanasiados e depois são 
descartados como adubo (mas, em momento 
nenhum é triturado vivo). 
Esse pintinho não poderia ser usado na indústria 
de corte pois não tem a carga genética e 
características produtivas necessárias (peso, 
conversão alimentar) para essa linhagem. 
Nuggets não é pintinho triturado, ele é feito da 
carne mecanicamente retirada, que tira os 
fragmentos de carne que restam aderidas na 
carcaça. 
HISTÓRIA DO MG EM AVES: 
Apesar da ave silvestre e ave industrial, serem 
da mesma espécie, tem uma diferença genética 
muito grande entre elas. 
I) No sistema extensivo: 
O melhoramento genético não se aplica apenas 
para animais industriais. Todo animal pode 
sofrer melhoramento genético, de acordo com 
sua realidade ambiental, mesmo que esse seja 
um sistema semi-intensivo, e que seja pobre 
ambientalmente. 
 
✓ Mesmo com aves rústicas e sistemas 
mais extensivos, podemos trabalhar o MG 
✓ Elas também terão um desempenho, mas 
não será igual a de uma ave industrial 
II) Sistema intensivo – frango de corte: 
 
O conceito de confinamento é sempre de reduzir 
espaço → para que ela engorde mais, já que vai 
ter comida à vontade e menos desgaste físico. 
São frangos de corte, que podem caminhar o 
aviário inteiro, apesar de ser apertado e haver 
muitas aves juntas. Esse galpão é bom, mas 
ainda não e o mais moderno que existe (Blue 
house/dark house são os mais modernos 
atualmente) 
Nesse grupo de animais existem frangos de corte 
machos e fêmeas, porém, as fêmeas ficam mais 
leves e a sua produção compensa menos. 
Essas aves são engordadas e direcionadas 
diretamente ao abate. Elas não reproduzem, 
quem reproduz são os pais delas. 
III) Sistema intensivo – galinha de postura: 
 
Esse da imagem é o sistema mais utilizado no 
Brasil, chamado de tradicional de bateria de 
gaiolas. 
Nesse modelo, a ave foi melhorada 
geneticamente para viver adaptada nesse 
ambiente. Elas passam integralmente seu tempo 
de vida produtiva dentro de gaiola, ou seja, por 
mais ou menos 1 ano e meio. 
Esse sistema de produção gera: 360 ovos por ano. 
Ou seja, esse animal não está sob estresse, se 
não, não seria capaz de produzir tanto assim. 
✓ A galinha solta produz apenas 110 ovos 
por ano 
✓ Para ter o ovo barato que popularmente 
vemos nas ruas, as aves têm que ser 
criadas nesse modelo 
Para mudar esse modelo, deve-se incentivar que 
não se adquira os ovos baratos, já que nesse 
sistema não se consegue certificação para bem-
estar animal, visto que os indivíduos não 
conseguem manter dois comportamentos natos 
da sua espécie: o banho de terra e ciscar. 
Na Europa, essa forma de produção com gaiolas 
foi banida, pois não agradava o consumidor. 
✓ Lá, o consumidor optou por pagar 40% 
mais caro no produto para que em troca 
o animal fosse criado de forma que 
houvesse mais bem-estar. 
Todas essas formas de criação permitiram que 
se produzisse muita carne e ovos de frango = 
preços mais baixos do mercado (graças ao MG). 
Quanto mais as pessoas consumirem, mais o 
granjeio tem estímulo em produzir ainda mais. 
A indústria produz → mg abastece 
Maia animais → em menos espaço 
CONSUMO DE PRODUTOS DE AVES: 
 
O frango está quase se equiparando ao consumo 
de suíno no MUNDO. A expectativa é que em 
anos, a carne de frango se torne a mais 
consumida de todas. 
Motivos para o aumento do consumo de carne de 
frango: carne branca, preço baixo, preparo rápido 
e fácil, “mais saudável”, “fitnes” etc. Além disso, 
vem se quebrando os mitos de que o ovo faz mal, 
já que a proteína dele é de alta acessibilidade, 
aumentando então o consumo desse produto 
também. 
 
1920: produziam 90 ovos por ano e comiam 4kg 
de comida para produzir uma dúzia de ovos 
Atualmente: 360 ovos por ano e comem 1,5kg de 
ração para produzir uma dúzia de ovos 
✓ Produz 3 vezes mais de ovos comendo 
três vezes menos. 
 
TIPOS DE PROGRAMAS DE MG EM AVES: 
 
A EMBRAPA- CNPSA (em Concordia) é o principal 
centro de pesquisa que temos no Brasil → 
Desenvolveu linhagens de frango de corte e aves 
poedeiras. 
Contudo, no Brasil, a maior parte das granjas não 
utilizam linhagens nacionais, mas sim, 
internacionais, comparando a tecnologia 
estrangeira de MG. (Não importamos a ave viva, 
apenas o ovo fertilizado/ ovo galado). 
As linhagens não têm o mesmo desempenho que 
as linhagens importadas, que são mais eficientes 
e consequentemente escolhidas pelo granjeiro 
por gerar mais lucratividade. Apesar de ser uma 
diferença pequena, é o suficiente para ser a 
predileta. 
 
(mais aplicadas no Sul) 
Mesmo assim, a avicultura no Brasil se 
desenvolveu muito relacionado a outras 
proteínas. Já temos mais de 40 anos de 
melhoramento genético, frutos da aceitação do 
consumidor e produtor. 
 
Principais objetivos do melhoramento genético 
dentro da avinocutura: 
 
Ou seja, melhorar a rentabilidade (lucro) 
enquanto o animal come menos e gera mais 
produtos, tendo mais resistência. 
LINHAGENS: 
Assim como na suinocultura, os programas de 
MG trabalham com linhagens: 
 
Ápice → Núcleo de MG: faz linhagens, seleções e 
descobrem a genética dos melhores produtores. 
No caso da avicultura, esse núcleo está fora do 
Brasil (Europa, Ásia), já que importamos essa 
tecnologia. 
Base → Núcleo multiplicador: que amplificam o 
material genético através da reprodução. 
Ovo galado → Incuba → produz bisavós/vôs → 
reprodução → produz avós/vôs → reprodução → 
matrizes → produz a ave comercial, de granja 
(galinha poedeira ou frango de corte. 
 
✓ Obs.: o ovo que é comercializado não é 
galado. A galinha produz o ovo sem a 
necessidade de estar fecundado (apenas 
gameta feminino) 
✓ A galinha poderia, depois de velha (1 a 1 
ano e meio), é descartada e vendida como 
“frango caipira” → carne dura. 
A diferença entre suinocultura e avicultura é que 
para as aves, o núcleo de MG está fora do Brasil 
(mais de 95% vem de linhagens importadas) 
 
PRODUÇÃO DE LINHAGENS 
 
1) seleção recorrente recíproca. 
 
(Semelhante ao que se faz na suinocultura). 
Linhagem A: Junção de diversas raças, onde se 
trabalham todas as características de interesse 
e desempenho(ex.: ganho de peso, conversão 
alimentar, rendimento de carcaça, porcentagem 
de massa no peito) 
Linguagem B: características de interesse e 
desempenho também são trabalhadas 
(prolificidade, ganho de peso, % de carne no 
peito) 
Essas linhagens são desenvolvidas de maneira 
separada. 
➔ Utiliza-se o cruzamento entre essas 
linhagens. 
➔ Linhagens A e B que passam por um 
programa de melhoramento genética são 
cruzadas, produzindo uma terceira 
linhagem, a “AB” 
Esse não é o modelo mais usado na avicultura. 
2) Seleção a partir de linhagens 
consanguíneas. 
 
Consanguinidade: em algumas espécies, é muito 
comum a formação de linhagens consanguíneas, 
na avicultura, esse fato é MUITO GRANDE. Para 
produzir linhagem consanguínea, quer dizer que 
ela fixa uma característica 
Linhagem sanguínea A: o objetivo é produzir 
aves que sejam peitudas. 
Linhagem B: o objetivo é produzir aves que 
tenham coxão. 
Cruza-se linhagem A com B para produzir a 
linhagem AB, onde todas serão peitudas e 
coxudas. 
Linhagem C: muito eficiente na conversão 
alimentar (comem pouco para produzir muito). 
Linhagem D: muito prolifica (produz muitos 
ovos) 
Cruza-se linhagem C com D, para produzir a 
linhagem CD, onde todas terão boa conversão 
alimentar e alta prolificidade. 
➔ Cruza-Se linhagem AB com linhagem CD 
= Serão aves excelentes. 
Esse é o método de seleção mais utilizado na 
avicultura 
 
LINHAGENS DE CORTE DESENVOLVIDAS NO 
BRASIL 
 
Utilização de várias, raças, com objetivo de 
formar animais com a melhor capacidade 
produtiva. 
Nenhuma dessas empresas divulgam como foi o 
desenvolvimento, pois isso é uma patente. 
Seus objetivos de seleção, foram procurar dentro 
das linhagens: 
 
Ou seja, aumento da eficiência. 
 
Frango colonial: feito para ser criado de maneira 
mais solta, apesar de ter sido melhorado 
geneticamente (produz mais musculo, melhor 
desenvolvimento de carcaça) 
 
Chester: É um achado genético. É um frango 
maior (chega até 7kg) 
Linhagem de ave que foi desenvolvida 
especificamente para as comemorações de final 
de ano no Brasil (para quem não quer frango, por 
que come muito ao longo do ano e nem Peru pois 
não aceita bem) -> grande estratégia de 
marketing. Ele não é uma ave diferente 
Ele já vem temperado, por isso acham que o 
gosto é diferente. 
➔ Demora até 4 meses (120 dias) para 
alcançar seu peso de 5kg, por isso, 
começa a ser criado em agosto e 
setembro para ser comercializado no 
final de ano. 
 
LINHAGENS DE POSTURA DE OVOS 
DESENVOLVIDAS NO BRASIL: 
Cor de casca de ovo, é só a cor. Nutricionalmente 
são todos iguais. 
Ovos azul, esverdeados: genes de animais 
silvestres que foram introduzidas na produção 
✓ Ave de pena branca → produz ovo branco 
✓ Ave colorida → ovo colorido 
✓ Exceção: aves que receberam os genes de 
aves selvagens 
No quesito ovo orgânico e ovo convencional, aí 
sim muda o valor nutricional 
✓ Ovo convencional: resíduo de promotor 
de crescimento 
✓ Ovo orgânico: sem resíduo de promotor 
de crescimento 
A gema do ovo é o gameta feminino. Quando 
uma galinha produz um ovo com duas gemas 
quer dizer que colocou dois oocistos dentro da 
gema. (gema não é a menstruação da galinha). 
✓ Uma ave produziria 360 ovos por ano 
✓ A que tem duas gemas, terá a vida útil 
reduzida na metade, ou seja, produzir 
isso pela metade do tempo. 
 
A EMBRAPA tem trabalhado muito com aves para 
utilização de ninhos coletivos, que são mais bem 
aceitos pelo consumidor 
 
Ave branca, ovo branco // Ave de pena colorida, 
ovo de casca colorida 
 
Ave colonial (para criar solta), ovo de casca 
vermelho 
RESULTADOS OBTIDOS PELA EMBRAPA 
De corte: 
Mais de 95% são das linhagens importadas, pois 
as da EMBRAPA levam 42 dias para chegar ao 
peso de abate, enquanto as importadas levam 
apenas 38 dias. 
Isso faz muita diferença, considerando a 
quantidade de ração que esses animais 
consomem por dia. 
➔ Apesar disso, a linhagem internacional e 
nacional tem o rendimento de carcaça e 
conversão alimentar muito parecidas. 
 
De postura: 
 
A importada prolifera por até 95 semanas. 
Conversão alimentar da nacional é um 
pouquinho pior 
A rentabilidade é maior 
O que precisa ser feito para as linhas da EMBRAPA 
serem mais aceitas: descarte maior, intensidade 
de seleção maior → porém, isso é mais caro e 
falta dinheiro para investir em mais descarte. 
Devido a esse custo que seria necessário, a maior 
parte das granjas opta por linhagens 
internacionais mesmo. 
 
Lembrando que: todo aspecto de seleção animal 
depende de um componente genético e do 
melhoramento ambiental 
Na prática, precisa equilibrar o ambiente ao 
componente genético para ter resultado.

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