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DOL UNIDADE 1 Produção e Sanidade de Aves e Suínos

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PRODUÇÃO E SANIDADE DE AVES E SUÍNOS 
Avicultura brasileira: breve histórico e seu avanço no cenário nacional 
Define-se como avicultura a execução de criação de aves voltada para produção de carne de frango e de ovos. Tal prática tem sido estabelecida como uma das maiores contribuintes para o avanço do Brasil, com técnicas de aperfeiçoamento que vêm desde os primórdios. Historicamente, segundo Lana (2000, n. p.), as primeiras aves domésticas relatadas na literatura surgiram na Índia, há cinquenta milhões de anos, como a espécie asiática selvagem Gallus gallus. De início, devido a uma população maior, a avicultura praticada consistia no formato familiar, com foco na produção de ovos caipira, executada mediante à época, sem muitos desafios de localização litorânea. 
Foi na década de 1930 que esta atividade passou a ser fortemente vista como forma lucrativa, uma vez que, anteriormente, no começo dos anos 1900, iniciou-se a criação das aves em sítios e fazendas, representando fonte de renda. Porém, a partir da década de 1930, muitos foram os passos que direcionaram a avicultura para a atividade industrial, passando a ser vista como uma forte atividade lucrativa, apesar de ser limitada. 
Pode-se afirmar que a década de 1970 seguiu vigorosamente caracterizada pelo progresso da avicultura, especificamente devido à entrada de empresas processadoras e especialistas no processo de produção do frango no mercado. Itens como os de transformações tecnológicas, manejo de produção intensiva e o desenvolvimento de genética ajustada contribuíram para o avanço da atividade. 
Somando-se ao avanço do melhoramento genético e o surgimento de novas linhagens de aves, o mercado avícola nacional ampliou seu espaço, passando a ser referência mundial tanto na avicultura de corte como de postura. Entende-se que a avicultura é estabelecida 
principalmente nestes dois principais polos: o de produção de carne para consumo (avicultura de frango de corte) e o polo de produção de postura, onde o principal produto (o ovo) segue efetivos critérios de classificação, desde o próprio ato de postura da ave até a sua última locação para o mercado consumidor. 
No Brasil, ainda durante a década de 1970, a principal região avícola do País era a Sudeste, formada por empresas estabelecidas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as quais eram especializadas apenas na produção de matrizes (LANA, 2000). Sendo assim, não demorou muito para que tal atividade atingisse máxima expansão territorial. Muitos anos depois e após muitos recursos e estudos, a atividade avícola enfatiza um papel de expansão decisivo para a economia nacional. 
A avicultura industrial 
O frango que está na mesa do brasileiro já foi considerado um dispendioso alimento.
Hoje, graças aos avanços produtivos, é considerado um alimento muito acessível para todos, mesmo sendo resultado de um árduo trabalho, em larga escala de produção, dos profissionais que compõem e desenvolvem cada etapa deste processo.
A avicultura industrial constitui o segmento que institui a origem e destino deste rico alimento. Tanto frangos de corte quanto galinhas poedeiras permanecem sendo uma importante fonte de proteína animal, o que só reforça como o setor avícola é essencial. Mesmo que a maior finalidade da avicultura industrial seja a produção de corte e postura através da galinha, outras aves também fazem parte deste ramo de produção, bem como perus, gansos, patos e avestruzes, por exemplo. 
A popularidade da carne de frango sempre esteve à frente no mercado, alcançando ótimos índices atuais (Figura 1), fato ocasionado por sua versatilidade. Devido à enorme população mundial e para atender de forma rápida e capaz toda a população, é através da avicultura industrial que diversas medidas e especificidades são distribuídas para tais finalidades. 
Consumo brasileiro de carne e ovos per capita 
Assim, podemos afirmar que a avicultura, em sua prática, é diretamente resultante de fonte de renda, empregos diretos e indiretos e alcança o consumidor de diversas classes sociais, oferecendo como produto um alimento de alto teor e sabor para a mesa dos brasileiros, diariamente. 
CADEIA PRODUTIVA AVÍCOLA 
Para que o produto esteja adequado para consumo, é necessário que sejam estabelecidas etapas básicas de produção. 
Para que o produto esteja adequado para consumo, é necessário que sejam estabelecidas etapas básicas de produção. 
Elas compõem o que se chama cadeia produtiva avícola. Dessa maneira, toda cadeia inicia-se mediante a obtenção de aves que foram projetadas geneticamente para oferecer importantes características para suas futuras gerações. Essas aves são consideradas fontes genéticas e podem ser nacionais, entretanto, são principalmente importadas. 
Assim, o fluxo segue pela origem das aves bisavós, que constituirão dados genéticos das avós, caracterizando, assim, os avozeiros, que originarão as aves matrizes. Ou seja, é através dos avozeiros (da disponibilidade de sua linhagem) que será originada a ave matriz, sendo o primeiro elo da cadeia produtiva avícola. Assim, se dá início à produção de ovos
(férteis). Consideram-se matrizes, aves resultantes de um cruzamento de avós, portanto, geradores de híbridos.
Futuramente, as aves resultantes poderão ser comercializadas como pintinhos, sendo denominados frangos de corte ou disponibilizadas para produção de ovos. Estas aves estarão localizadas em incubatórios (e em seguida os nascedouros), que representa outro elo da cadeia produtiva avícola. Para que se tenha um paralelo entre demanda e prática, todos precisam ser executados de maneira adequada, onde se requer um sério investimento de especificidade entre alojamentos, manejo e alimentação (JESUS JUNIOR et al., 2007). O resultado de carne e ovos de qualidade dependerá, sem dúvidas, de uma cadeia produtiva completa e adequada. 
SISTEMAS E CICLO DE PRODUÇÃO 
Atualmente, o cenário avícola nacional dispõe de três principais sistemas: de integração (integrativo), independente e cooperativo, possuindo particularidades em sua maneira de execução. 
A integração é uma fusão entre o produtor e empresa (ou empresas) que complementam cada elo da cadeia de produção. Fazem parte deste tipo de sistema a integradora, sendo ela a maior empresa, e o integrado, composto pelos produtores, como investidores avícolas. A integradora fornece insumos, animais e suporte técnico. Quanto ao integrado, ele se responsabiliza pelas instalações, equipamentos e mão de obra qualificada.
Caso o produtor tenha o aporte econômico superior e isso independa de, por exemplo, conseguir insumos necessários através de outra empresa, ele pode adotar o sistema independente, um sistema que envolve uma carga monetária e competente do produtor. O produtor é quem deve, portanto, estar responsabilizado pelos conhecimentos, técnicas e execução de manejo, sanidade e qualidade de insumos, dentre outros pontos. Há também o sistema cooperativo, que é composto pelo criador, responsável por requisitos, como estar ciente da organização de todas as decisões tomadas, e a cooperativa, ligada ao processo de produção de pintos e de rações.
O ciclo de produção de frango de corte é considerado curto por motivos de finalidade de consumo. Ele é justificado por fatores como a genética do frango, do manejo recebido e do fator de impacto, o peso desejado através do que o mercado solicita. No tangente à produção de ovos, o ciclo dependerá destes mesmos fatores, sendo o ciclo reprodutivo da ave o ponto mais visado para o aproveitamento.
O ciclo de uma poedeira é mais longo. Ele corresponde às fases estabelecidas como inicial (1ª semana), fase de cria (2ª a 6ª semana), recria (7ª a 17ª semana), postura (18ª semana a 42ª semana) e postura II (43ª a 80ª semana). O ciclo do frango de corte geralmente dura em torno de 42 dias, sendo dividido entre as fases inicial (um a 21 dias), de crescimento (22 a 39 dias) e fase final (a partir de 40 dias até o abate). 
ESTATÍSTICAS DE PRODUÇÃO AVÍCOLA 
O mercado avícola tem sido um forte e expressivo motor paraa economia brasileira.
Nos últimos anos, ele esteve à frente de verdadeiros desafios, como o surto asiático de gripe aviária durante o período de 2005 e 2006, o qual trouxe, de certa forma, instabilidade tanto ao consumidor quanto ao produtor. Desde 2020, o setor enfrenta a pandemia mundial do COVID-19, e muito embora diversos setores econômicos brasileiros tenham sofrido um forte impacto, o agronegócio segue movimentando a economia. O mercado interno, mesmo através de todo o enredo econômico global, segue aquecido e alavancado, embasado na produção animal. Em um comparativo com conjunturas anteriores, há bons dados. 
Atualmente, o Brasil é líder em exportação de frango de corte. Fecham o quadro dos cinco principais exportadores: Estados Unidos, União Europeia, Tailândia e Turquia. As estatísticas consolidadas para o Brasil de acordo com a CIAS (Central de Inteligência de Aves e Suínos), no ano de 2020, são de 55.334.975 matrizes de frango de corte alojadas, com aumento de produção em 4,53% em relação ao ano anterior. Foram 13.845 milhões de toneladas produzidas, com 0,40% de aumento na exportação em relação a 2019 (EMBRAPA, 2021). 
Não diferentemente, o setor avícola de produção de ovos segue em destaque, alcançando altos níveis de produção nacional, ainda melhores que o setor de corte. Segundo dados fornecidos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018, houve um constante aumento na produção de ovos (Gráfico 1), justificado pela expansão de consumo do ovo. Ainda conforme dados da ABPA, é estimado que a produção de poedeiras se elevou em 8,5%, alcançando 53,5 bilhões de unidades. O consumo de ovos avançou 8,9% ao longo do ano. Dados fornecidos pelo CIAS relatam 1.441.548 matrizes alojadas em 2020, com um aumento em comparação ao ano anterior de 9,12% (ABPA, 2018; EMBRAPA, 2021; IBGE, 2018). 
COMPLEXO AVÍCOLA 
O complexo avícola é um conjunto de atividades projetadas com a funcionalidade voltada à avicultura industrial. É considerado um polo de pesquisas científicas, investimentos, equipamentos e insumos que são investidos no mercado de aves, viabilizando e executando a cadeia produtiva avícola.
Uma das capacidades de um complexo avícola é o investimento genético que o produtor alcança, pois dispõe de uma estrutura acessível a melhores raças e linhagens do mercado. 
Foi através do surgimento do complexo avícola que linhagens importadas (matrizes e avós) vieram ao Brasil (SORJ; POMPERMAYER; CORADINI, 2008). Hoje, há granjas em solo brasileiro que são produtoras das próprias matrizes, tanto voltadas para corte, quanto voltadas para poedeiras comerciais. Tal amplitude em estrutura possibilita maior segurança ao investimento. A produção de insumos, como ração e medicamentos, também faz parte de um complexo avícola. Ela possibilita à granja a parceria com grandes marcas da indústria farmacêutica veterinária mundial. Isso também vale para as produtoras de rações. Assim, o comprometimento para um melhor fornecimento sanitário, preventivo e de controle em
doenças é alcançável, bem como a melhora na qualidade do manejo do fornecimento de ração. 
Raças de maior interesse econômico e melhoramento genético na avicultura. 
Na avicultura de excelência, por meio de muitos estudos e árduos trabalhos de geneticistas, boas linhagens são disponibilizadas, de níveis nacionais e internacionais. O melhoramento genético aperfeiçoou as características principais e evolutivas que proporcionaram melhor qualidade de peso, resistência e eficiência produtiva, atendendo ao mercado consumidor e proporcionando menor custo de produção. No cenário avícola, a galinha doméstica possui finalidade de produção, dividindo-se em raças: puras e híbridas. Assim, na finalidade da produção animal, o ramo de investimento genético consiste no desenvolvimento de aves voltadas entre postura, corte e de ambos (dupla aptidão). Comumente citadas pela literatura, diante do exposto, no Brasil, as raças de maior interesse econômico são: 
● Plymouth Rock Branca 
Considerada uma das pioneiras no território brasileiro, é uma ave de classe americana, voltada para produção do seguimento de corte. Caracteriza-se por uma crista lisa, pele amarelada e sua excêntrica plumagem cinza de listras brancas. Ao nascer, pintinhos pretos apresentam uma mancha característica que facilmente remete à raça. Também está disponibilizada em sua variedade branca. Diferentemente de linhagens primitivas, as linhagens atuais dispõem de rápido empenamento. 
● New Hampshire 
Galinha de classe americana e dupla aptidão, de corpo laranja-vermelho e crista-serrilha. Seu corpo arredondado proporciona um nível ótimo em postura. Através de cruzamentos com a raça, originaram-se muitas aves híbridas em frango de corte. 
● Rhode Island 
Ave também pertencente à classe americana. Estabelecida de dupla finalidade, sendo a Rhode Island Red muito semelhante à New Hampshire, mas cuja postura é considerada maior. Caracterizada por corpo largo e profundo, penas escurecidas na cauda em plumagem avermelhada. Bastante utilizada na finalidade de obtenção de híbridos comerciais através do cruzamento com raças tipo Plymouth Rock. 
● Cornish 
De origem inglesa, é uma raça em que há bastante semelhanças entre a fêmea e o macho no tocante à conformação. Por possuírem eclodibilidade pobre, não são consideradas boas poedeiras; entretanto, devido a um bom sucesso em cruzamento de galos com galinhas de raças Plymouth e New Hampshire, tem-se obtido bons índices na produção de carne. 
● Sussex 
Também de origem inglesa, de dupla aptidão, atingindo ótimos níveis em postura (são produtoras de ovos marrons) e produção de carne. Possuem crista serrilhada e plumagem quase toda branca. 
● Leghorn
Também chamada Legorne, é uma ave de classe mediterrânea, de plumagem esbranquiçada (mas também em outras variantes, como preta e rabo vermelho, marrom clara, dentre outros tipos) possui canelas amareladas e crista serrilhada vertical e simples. É uma ave oriunda da Itália, de comportamento esvoaçante, ótima em postura. 
Características de produção de frangos de corte 
Para que se tenha um resultado final positivo é, sem dúvida, necessário que sejam obtidas características ideais nas aves alojadas. Torna-se necessária a união de elos entre conhecimento e habilidade que o médico-veterinário pode oferecer, interpretando de maneira perspicaz características comuns entre lotes, onde ocorra a possibilidade de aprimorar acertos e corrigir erros. 
Associado ao conhecimento educativo e a carga teórica está o conhecimento da prática (entender como funciona, de fato, um aviário). O que o produtor e investidor realmente almeja é entender a relação entre custos e investimentos. Sempre há como objetivo maior a obtenção de lucros. O que foi investido deve ser transformado em renda. Para que prazos e metas sejam alcançados, é necessário o entendimento de fatores que auxiliem ao máximo no potencial genético da ave, influenciando o seu peso corporal e uma boa conversão alimentar. 
São correspondentes às principais características de produção do frango de corte: ter boa precocidade (ou seja, atingir uniformemente a idade de abate); possuir uma boa capacidade de ganho de peso; e possuir eficiência na conversão alimentar, promovendo, assim, um positivo rendimento de carcaça. Posicionam-se como ideais objetivos, a resistência a doenças, precocidade de empenamento e possuir alta capacidade muscular (largos em termo de peitoral e coxas). Para que medidas como essas sejam atingidas, torna-se necessário que o profissional esteja ciente de fatores que influenciem tais características, os quais serão explicados a seguir. 
ESTRESSE TÉRMICO 
Define-se como estresse o que confere perturbação da homeostasia. Para que seja mantida a homeostasia para a sobrevivência, a forma de como a ave exerce essa função é dependente da temperatura ambiente. Assim sendo, de acordo com a variação da temperatura, a temperatura da ave subirá ou descerá, a fim de manter seu equilíbrio térmico. Como as aves são homeotérmicas, no hipotálamo estáuma estrutura denominada centro termorregulador que exerce essa função de regulagem da temperatura. É através do centro termorregulador que mecanismos fisiológicos ocorrem, bem como respostas comportamentais, mediante o controle da temperatura corporal (BROSSI et al., 2009). 
As respostas comportamentais podem ser vistas logo nas primeiras manifestações de altas temperaturas, sendo bastante evidentes para o avicultor (manifestações como ingerir mais água em relação à ingestão de ração, por exemplo, bem como a ave permanecer ofegante e com asas abertas). Outra manifestação que poderá ser observada (causada pelo
decréscimo do consumo de ração e aumento do consumo de água) será a de fezes mais líquidas. 
A ambiência de altas temperaturas é considerada influência negativa no consumo de ração e no ganho de peso das aves. Assim, o calor influencia negativamente nos pesos absolutos de coxa, sobrecoxa e peito, efeito que é ainda mais acentuado em aves mantidas sob fonte de calor úmido. Portanto, monitorar a temperatura externa e avaliar condições que possam ser favoráveis a não ocasionar um estresse térmico é importante não só para as aves, como 
também para seu produto final e para o avicultor e produtor. 
AMBIENTE E INSTALAÇÕES 
Na avicultura, outra medida que influenciará no desempenho e no potencial produtivo da ave é designada como ambiência. 
O ambiente em que a ave está inserida lhe confere forte influência em sua homeostase. Atentar-se para que essas medidas estejam dentro dos padrões adequados demonstra a execução de medidas que envolvam o bem-estar das aves. 
São alguns itens fundamentais à execução das instalações: localização e posicionamento do aviário de maneira que a fonte de calor seja menos incisiva; isolamento do aviário seguindo medidas corretas; possuir sistemas eficientes de refrigeração e ventilação; e utilizar preferencialmente superfícies de cores brancas para refletir o calor (CASTRO, 1996). Põe-se, inicialmente, a orientação Leste-Oeste, sendo a largura do aviário definida de acordo com condições climáticas locais. 
Além de estar atento às condições climáticas e de higienização, deve-se analisar medidas referentes à infraestrutura do local em relação ao espaço físico disponível, medida importante para prevenir imprevistos futuros (isso evitará problemas como a disseminação de doenças). Dessa maneira, é orientado que galpões abrigando animais da mesma idade disponibilizem um espaço de dez, 20 e até 30 metros, por exemplo. O cortinado deve ser composto de plástico entrelaçado, bem como de tecidos variados e apropriados, sendo extremamente necessários para proteção dos pintos em seus primeiros dias de vida. Protegendo aves em desenvolvimento dos animais estranhos ao ambiente, posicionado lateralmente ao galpão. 
Quanto ao telhado, orienta-se que ele seja feito de material como telha de cerâmica ou sapé, visando à resistência térmica. Deve ser disposto de uma boa refletividade solar, conferindo baixa refletividade térmica e menor absorção de calor. Outro componente é a cama do aviário, considerada parte do ciclo de produção, uma vez que atua como fator de reaproveitamento e substrato. Ela é resultante de dejetos misturados aos materiais usados, penas, sobra de ração e material orgânico. Compõe-se de materiais como maravalha, palha de arroz e sabugo triturado sob um piso de concreto. São também comuns tipos de camas cascas de arroz e amendoim. 
É indispensável que se tenha água e comedouros disponíveis. A instalação de bebedouros deve ser tanto de fácil acesso quanto de fácil limpeza. Ela deve disponibilizar agilidade para o recebimento de medicamentos e ser constituída de um material com uma boa
durabilidade. Bebedouros são classificados em infantis automatizados, pendulares (utilizados com conduíte) e bebedouro do tipo nipple, o mais comum. 
Orientam-se comedouros automatizados para um melhor rendimento. Eles devem ser duráveis e de fácil acesso ao animal, estando a uma altura que evite qualquer desconforto para obtenção da ração fornecida. Comedouros podem ser classificados como bandeja, copo de pressão, tipo cocho ou tipo mecânico. A presença de lâmpadas também se torna essencial, devendo ser providas cerca de uma a duas fileiras de lâmpadas, dependendo do tamanho do galpão. Outra importante instalação que deve ser realizada é o quebra-canto, cuja função é proteger as aves de possíveis danos ocasionados por aglomeração, evitando prováveis perdas por asfixia. 
EXPLICANDO A cama é idealizada para promover o conforto dos pés das aves, assim como a manutenção da temperatura ambiente, pois também protege a ave de fatores como frio e umidade do piso, além de ser muito útil na absorção de dejetos das aves. Ela pode ser utilizada em lotes posteriores, por meio de técnicas de reaproveitamento, ou ser utilizada como adubo. 
A construção e utilização correta de materiais irá reverberar positivamente na produção e qualidade do frango. Dessa maneira, medidas como as expostas proporcionarão a cada ave um bom desenvolvimento. 
MANEJO INICIAL 
A chegada de um lote é um momento crucial para todo o desenvolvimento e para a obtenção de aves que atenderão a todas as condições de serem encaminhadas ao abate. 
Ou seja, é o momento de garantir que o produto final tenha um alto aproveitamento. O galpão deve estar preparado, limpo e desinfetado. Além disso, devem ser feitas outras checagens de pré-alojamento, como conferir a checagem de temperatura do piso (galpões devem ser pré-aquecidos, por isso é necessário conferir também o funcionamento dos aquecedores). É preciso haver estabilidade climática de 24 horas antecedentes ao alojamento, uma medida essencial, visto que a capacidade de regulação térmica dos pintinhos é bastante deficiente nos cinco primeiros dias de vida (COBB, 2008). 
O dia e o horário de entrega do lote são fatores que também devem ser pré-estabelecidos, assim como o número de pintainhas. Isso fará com que as medidas mencionadas anteriormente sejam melhor preparadas, conferindo agilidade na hora da entrega e possibilitando um rápido alojamento para os pintinhos. 
O processo de recebimento de um lote não para com a chegada dos pintinhos. Além de ser preciso efetuar a contagem dos pintos existentes nas caixas coletadas, é importante observar a conformidade e as características deles, visando à uniformidade. Fatores importantes a serem observados são: penugem seca e fofa, olhos arredondados e livres de vermelhidão, umbigo com total cicatrização e livre de infecções, abdome de consistência firme e canelas enceradas e brilhantes (MACHADO, 1994).
A temperatura do aviário é um dos itens de maior importância no que se refere ao manejo inicial. O aquecimento da cama, portanto, é de muita relevância. Na maioria das partes do mundo, o aquecimento é feito por meio de campânulas, mas ele também pode ser feito por meio de forno a lenha. Assim, é necessário observar como as aves estão dispostas nas campânulas, o que é uma boa indicação sobre como está o aquecimento e o conforto (Figura 2). 
Outro fator de importância é que nos dias mais frios o consumo de água tende a cair de maneira sensível, sendo uma boa solução colocar o bebedouro posicionado próximo de campânulas, permitindo que a temperatura da água permaneça entre 15ºC e 20ºC. Círculos de proteção também podem ser utilizados nos três a quatro primeiros dias de vida, facilitando aos pintinhos identificar a fonte de calor. Conforme a ave vai crescendo, o espaço deve ser aberto. 
A temperatura tem grande importância na avicultura moderna. Pelo quesito interação genética versus meio, em que a variável meio representa os fatores de ambiência, é posto que seja inválido nutrir da melhor maneira uma ave, em seus primeiros dias, caso medidas de manejo como temperatura e aquecimento não sejam as desejáveis (CAMPOS, 2015). 
A iluminação também é influente para promover uma ambiência térmica adequada. Luzes de atração são colocadas em posicionamento central pelo comprimento da área alojada, sendo instaladas acima de fontes de calor com finalidade deatrair e guiar pintinhos para próximo de comedouros e bebedouros. São diversos os programas de iluminação, os quais devem ser sempre testados antes de serem adotados. 
Primeiramente, com a chegada de um lote, é necessário o fornecimento de 24 horas completas de luz. Na segunda noite, já é possível o estabelecimento de um período noturno para a ave, sendo que uma vez determinado é necessário que esse período seja respeitado e não sofra alterações. No período próximo ao quinto dia, luzes de fundo contribuirão para iluminação (que até o décimo dia estará no galpão todo). Na medida em que as aves alcançam a pesagem de 100 a 160 gramas, é possível aumentar o período escuro. 
Interpretação de conforto térmico em pintinhos
Estar atento à ventilação também é primordial, uma vez que isto proporciona bem-estar à ave, mantendo boa qualidade de ar na área de alojamento. É necessário mencionar a alta sensibilidade das aves às alterações de corrente de ar, pois mesmo que elas sejam baixas em nossas perspectivas, podem ser fontes de resfriamento para as aves. Dessa maneira, orienta-se que exaustores de circulação em funcionamento estejam direcionados para o teto, minimizando correntes de ar voltadas para baixo. Até o período de 14 dias, devem ser adotadas as práticas de ventilação mínima (COBB, 2008). 
Em caso de umidade persistente, principalmente acumulada na cama, gases podem ser acumulados. Alguns gases possuem potencial nocivo para a ave, como, por exemplo, a amônia, que pode promover algumas síndromes, como calo de peito, doenças respiratórias e até cegueira. Dessa maneira, a prática de ventilação mínima possibilita troca de ar constante e aumento da oxigenação das aves. 
O manejo inicial da ave é aquele que convém à fase inicial de criação, ocorrendo até os 21 dias da ave, aproximadamente. Castro (1996, n. p.) considera que o manejo inicial corresponde à parte mais importante do ciclo do frango de corte. Apesar de representar apenas 15% do ciclo de vida da ave, ele representa 70% do resultado final de sua produção. Por isso, é muito importante o fornecimento de uma ração de qualidade, visto que o peso das aves em seus primeiros 20 dias está em um potencial de crescimento considerável. Para tal, é indispensável não medir esforços para ingestão de água para os pintinhos, uma vez que a falta dela pode alterar o consumo de ração. Medidas como estar atento à qualidade de água vão garantir que o frango beba mais água. Se ele bebe mais água, terá um peso melhor e será mais uniforme para a entrega ao abatedouro. 
A nutrição é um fator de suma importância para o manejo inicial. Caso se tenha um peso baixo na primeira semana, isso irá prejudicar todo o desempenho da ave, impossibilitando boas condições para o abate. Fatores que não podem ser esquecidos são a formulação e o aspecto físico da ração fornecida. Refletir sobre um alto rendimento de peso inicial é estar atento aos valores de uniformidade de lote e qualidade de pintinhos, juntamente com a temperatura da cama, que deve ser uniforme em todo o aviário. A temperatura influenciará na utilização do alimento, aves que sentirão mais frio, utilizarão de suas reservas energéticas e emagrecerão frente a outras aves que não sentem frio. 
MANEJO DE CRESCIMENTO E FINAL 
O manejo para frangos de corte seguirá nas etapas de crescimento e na etapa final. 
O manejo de crescimento corresponde à fase do período de desenvolvimento da ave. É muito importante que se tenha um sólido embasamento sobre técnicas que ajustem e proporcionem, para a ave, o seu melhor desempenho. 
Dentre os assuntos de relevância está a nutrição animal da ave. O profissional deve ter o conhecimento de ativos e compostos que garantam à ave o aporte nutricional adequado, disponibilizando, como produto final, uma ave de peso ideal para o abate. O melhoramento genético aperfeiçoou a questão do ganho de peso em menor tempo. O equilíbrio de nutrientes e o fornecimento de alimentação com maior digestibilidade são peças-chave para uma alimentação padrão, pois dessa maneira os compostos serão absorvidos de forma mais eficiente. 
O acréscimo de itens que confiram melhor funcionamento do trato gastrointestinal, como probióticos e prebióticos, auxiliam na manutenção do sistema imune da ave. O período de manejo de crescimento é também um período de bastante suscetibilidade quanto a doenças entéricas, bem como doenças respiratórias, onde se faz necessário aliar o conhecimento nutricional juntamente com medidas sanitárias. 
O crescimento da ave é acelerado, e esse é o momento em que se considera resfriar o ambiente, visto que o sistema de termorregulação da ave já está ajustado nesta fase. Busca-se a temperatura de conforto, sendo necessária a adequação do sistema de cortina do aviário, dos ventiladores e dos aquecedores. Medidas que estimulem uma maior apetência são altamente recomendáveis. 
Em relação à ventilação, recomenda-se que ela ocorra de forma diária e por muitas vezes ao dia, havendo o desligamento de ventiladores em períodos aproximados de 15 minutos. Após isso, eles podem ser religados. Bebedouros e comedouros também devem ser ajustados de acordo com o crescimento das aves. Em alta prevalência, o comedouro do tipo tubular é considerado um dos melhores para esta fase. Em relação aos bebedouros, eles devem ser colocados em maior proporção, e o tipo automático em forma pendular é bastante utilizado. É fundamental que os bebedouros estejam à disposição de forma contínua para as aves. 
Modelos de bebedouro convencionais 
Técnicas como o desligamento de luzes por determinado período são recomendáveis, gerando também estímulo para o aumento de apetite das aves, pois quando as luzes forem novamente acesas, as aves buscarão por alimento. Recomenda-se, em geral, que este intervalo seja por volta de 12 a 15 minutos. 
A fase final será correspondente ao intervalo que antecederá ao abate. Neste momento, o ideal é que a ave tenha alcançado o objetivo principal: peso e conformidade para deixar o aviário. É uma fase curta, envolvendo o trigésimo oitavo dia até o quadragésimo quinto dia. A finalidade que compreende o manejo é aliar iluminação com o fornecimento de ração. É sabido que o nível de concentração de nutrientes não será tão elevado assim, visto que se
espera que o peso adequado superior a 2 kg já tenha sido atingido. É de suma importância que medidas que diminuam o estresse calórico sejam efetivas, uma vez que as aves demonstram desconforto térmico durante a fase final. A iluminação será reduzida, de forma a preparar as aves para fase de pega. 
A preparação da equipe deve ser adequada. O produtor deve estar atento quanto ao aviso de recolhimento (emitido em antecedência de uma semana). A inspeção pré-abate deve ser executada, verificando como está a apresentação física em grupos de aves de cada lote, conferindo dados como peso médio, uniformidade do aviário e estado sanitário do lote. Quanto à alimentação, a restrição da ração deve ser realizada de maneira que se tenha uma melhor composição do trato gastrointestinal compatível ao abate. 
PROGRAMA ALIMENTAR 
A avicultura industrial voltada para frangos de corte constitui-se de pilares e um deles é a nutrição (através da alimentação que o frango recebe). 
Para isso, é preciso embasamento técnico profissional, proporcionando ao frango dispor de todo seu potencial genético em sua máxima performance. Cada vez mais, o melhoramento genético das aves requer que o profissional se alinhe com conhecimentos em aperfeiçoamento de padrão zootécnico. 
Os programas de alimentação mais comumente utilizados na avicultura de corte correspondem aos que incluam dietas que sejam capazes de suprir exigências nutricionais por fase de vida da ave, valores que são interpretados por meio de tabelas, sendo constantemente atualizadas de maneira a se adequar a itens que possam interagir no quesito nutricional do frango, como sanidade e ambiência. 
Sua elaboração é correspondente ao ciclo de produção da ave, fornecida de forma fixa ou à vontade, em que, no cenário atual e nacional, dispõem-seprogramas de três rações (fase inicial, fase de crescimento e fase final ou de terminação), programas de quatro rações (diferente do primeiro, porque há a adição da ração pré-inicial) e programa de cinco rações (sua diferença quanto ao primeiro se dá pela inclusão de duas fases de crescimento, conforme o Quadro 1). 
De acordo com diversos autores, já foi amplamente demonstrado que a inclusão de ração pré-inicial irá contribuir para um maior ganho de peso logo no início, atendendo ao nível mais próximo da exigência nutricional do pintinho, haja vista a grande necessidade de o alimento ser fornecido cada vez mais rapidamente. A avicultura evoluiu, bem como o conceito sob a necessidade de fornecimento de proteína bruta, resultando em um fornecimento elevado em aminoácidos.
Programa de alimentação em frangos de corte (fases e dias) 
A proteína ideal é uma mistura de aminoácidos e/ou proteínas com total disponibilidade de metabolismo e de digestão, reunidos em uma composição que atenda à exigência próxima à ideal das aves, não havendo níveis excessivos. Em suma, aminoácidos não devem ser excedentes. 
Características de produção de poedeiras comerciais 
A avicultura brasileira também se destaca na produção de galinhas poedeiras. A alta prevalência alimentar também é revelada em índices elevados no mercado de postura nacional. O mercado de ovos vive, em tempos atuais, uma de suas melhores fases. Mais do que nunca, a predileção do público brasileiro pelo ovo é solidificada, e isso se dá por inúmeros motivos. Além de valores nutricionais, em dados atualizados, demonstra-se que, devido ao elevado valor da carne, o brasileiro aumentou significativamente sua escolha por ovos na sua alimentação frequente. 
A produção de poedeiras comerciais no Brasil atende a grandes volumes, apresentando como principal modelo de criação o intensivo (convencional composto por gaiolas do tipo convencional, com as aves alojadas em galpões abertos). São estabelecidos dois tipos de instalação mais utilizados no País: o modelo piramidal, também chamado de modelo californiano, e o modelo vertical. 
A diferença entre eles consiste na forma como as gaiolas são dispostas. O sistema intensivo possui vantagens e desvantagens. Economicamente, é considerado um sistema vantajoso, visto que o volume de produção por custos de investimento pela própria instalação é considerado satisfatório, além da alta facilidade de manejo, uniformidade e controle sanitário no aviário. Além disso, devido à rápida produção e suas vantagens econômicas, o sistema intensivo possibilita menores custos para o consumidor. No entanto, uma comum e ampla desvantagem está relacionada com o bem-estar animal, em que pode haver hiperlotação de aves por gaiola. 
Mesmo no cenário de alta competitividade, o sistema de produção de poedeiras comerciais tem como alternativa variável os sistemas de criação extensivo (free-range), criação caipira e orgânico. Um exemplo é criar as aves em um ninho, no qual é considerada a possibilidade de maior conforto para postura, além de melhor desempenho. Tais características já são consideradas vantajosas; entretanto, no cenário brasileiro, o custo operacional é elevado, apesar de essa já ser considerada uma opção alcançável em países do continente europeu. Ainda assim, o sistema em gaiolas é a opção onde os quesitos de higienização, no âmbito nacional, são melhor atendidos.
EXPLICANDO No sistema free-range há a mesma premissa do sistema cage-free (aves soltas), em que as aves ficam em um ambiente livre por um período mínimo próximo a seis horas. Ele obedece às normas de bem-estar animal em que, por exemplo, o galpão, usado para alimentação, água e sono, precisa ser o mais confortável possível. 
CICLO DE PRODUÇÃO 
O ciclo de produção para aves de postura deve ser de amplo conhecimento técnico do profissional responsável. Tal como em frango de corte, a genética é uma forte constituinte de ótimos resultados, de forma que desde o processo de escolha de boas matrizes até a entrega de ovos será preciso cautela e eficiência. 
Diferentemente dos machos, o ciclo reprodutivo das fêmeas apresenta um conjunto de características específicas. Pode-se considerar que o tempo até que o produto esteja estabelecido também é um diferencial evidente, uma vez que o tempo para que o produtor tenha o resultado do seu investimento é maior. 
A primeira fase de criação em poedeiras comerciais ocorre desde o primeiro dia até seis semanas de idade. É considerada uma fase de bastante importância, em que a ave desenvolve os componentes estruturais musculares e ósseos que fornecerão aporte para todo o seu ciclo reprodutivo. Somado a estes fatores está a importância de um ótimo manejo durante o período de criação, pois se objetiva um ótimo desenvolvimento do trato gastrointestinal e do sistema imunológico da ave. 
A fase seguinte é denominada fase de recria. Ela ocorre entre a sétima e a décima sétima semana da ave. Após este período, inicia-se o período de produção, estabelecido por volta da décima oitava semana da ave. Ele é considerado um período extenso (a depender das medidas de manejo que a ave estará recebendo) e pode chegar a 80 semanas, no geral, e atinge 120 semanas, aproximadamente, quando se realiza até duas mudas forçadas. 
A prática de muda forçada é estabelecida pelos produtores comerciais que almejam uma maior rentabilidade de ciclo produtivo da ave. Assim, a ave pode alcançar uma maior produção, e seu desempenho será elevado através de mais um ciclo, aumentando o pico de produção. 
ANATOMIA DO OVIDUTO 
Considera-se como oviduto a estrutura na ave por onde haverá o processo de postura. 
Ele se divide em subsegmentos (infundíbulo, magno, istmo, glândula da casca e vagina). Sua localização envolve a parte dorsal esquerda, estabelecendo proximidade entre rins, intestino e moela. Tem como principal função a condução do ovo até a cloaca, sendo responsável por condições nutricionais envolventes do ovo (como a clara). Ele também originará a estrutura que envolverá o ovo e que corresponderá à casca. É através do oviduto que o embrião estará devidamente protegido.
O infundíbulo corresponde anatomicamente à parte cranial, composto de glândulas que armazenarão os espermatozoides. Folículos que são considerados maduros e liberados pelo ovário da ave serão então captados através do infundíbulo para que aconteça o processo de fecundação. No infundíbulo será formada a camada calazífera, mantendo a gema em posição central.
A seguir, há o magno, de aproximadamente 30 centímetros e distendendo-se quando fêmeas estiverem em postura. Através do magno o albúmen (a clara do ovo) será originado, compondo parte do peso do ovo (aproximadamente dois terços). Suas glândulas fornecerão proteínas para a clara do ovo, sendo estocadas em grânulos. 
Após o magno, a próxima estrutura do oviduto é o istmo, seguimento onde há o processo de queratinização, conferindo proteção e maior resistência ao ovo. No istmo, o ovo pode ter um período de permanência de até uma hora e meia. A penúltima parte do oviduto é o útero, onde será finalizado o processo de formação de componentes constituintes da casca do ovo. A coloração da casca também será adquirida aqui, por meio de porfirinas. 
No útero, o ovo permanecerá por maior tempo. Além de receber coloração, o ovo receberá água e sais minerais, bem como a cutícula. É no útero que há a deposição de cálcio, um dos principais constituintes da casca. Ele fica no órgão por 15 horas até deixar a galinha. Ao final, o ovo percorrerá a vagina, onde o tempo de permanência é muito curto por ela não estabelecer uma função decisiva ou influente para o pintinho e a casca do ovo, que já se encontra completa e estruturada. 
FORMAÇÃO E ESTRUTURAS DO OVO 
Diferentemente dos mamíferos, no caso das aves, o filhote depende de estruturas externas à mãe para que sua sobrevivência perdure. 
Em se tratando de aves poedeiras comerciais, toda estrutura do ovo (Figura 4) é considerada relevante, pois aspectos externos como casca, sua qualidade e aspectos internos como componentesnutricionais possuem forte impacto nas exigências dos consumidores. Portanto, é de suma importância o conhecimento técnico destas estruturas.
Ovo da galinha doméstica em diagrama 
Os componentes do ovo são: casca, gema e clara. Através da casca há trocas gasosas pela câmara de ar. Devido à alta porosidade da casca, há a permissão de trocas de ar, mas líquidos não possuem capacidade de permeação. O albúmen é o constituinte da clara. Nele há a deposição de proteínas que transportam nutrientes. O albúmen divide-se em interno delgado, intermediário espesso e externo delgado. Estruturas como a membrana interna e a membrana externa têm como funcionalidade isolar a clara por meio da casca. A gema é constituída pela membrana nuclear vitelínica, pelo núcleo de Pander e a látebra, o disco germinativo. 
QUALIDADE DE OVOS 
Para que o ovo chegue à mesa do consumidor, todo um processo será necessário. O ovo passará por etapas de avaliação que analisarão se a qualidade do ovo está dentro dos parâmetros. É por meio do controle de qualidade, mediante avaliações internas e externas, que o ovo será considerado apto ou não para o consumo. São colocadas como fundamentais algumas características que fazem parte do processo de qualidade interna, como índices de albúmen e de gema, ambos obtidos pela divisão da altura pelo diâmetro médio (obtido pela média entre diâmetro maior e o diâmetro menor). Índices em porcentagens de albúmen e gema também são relevantes. Outro fator determinante na qualidade do ovo é a altura do albúmen e seu pH, que pode variar entre valores de novo, no geral. Menciona-se, também, como fator determinante da qualidade da gema, a sua coloração, que em aspectos ideais apresenta-se como translúcida e centralizada (DOMINGUES; FARIA, 2019).
Digital EggTester 
O aspecto da gema é de avaliação necessária, haja vista o alcance de entendimento do mercado consumidor em atribuir a qualidade do ovo pelo aspecto da gema. Recursos como o colorímetro são disponibilizados para avaliação. Um tipo de colorímetro é o Digital EggTester (Figura 5). A qualidade do ovo também pode ser avaliada externamente, através da análise da casca. Um ovo de boa qualidade não apresentará rachaduras, excrementos de fezes, tamanho inadequado ou coloração fora dos parâmetros. 
AMBIENTE E INSTALAÇÕES 
Tendo em vista a enorme influência de fatores externos sobre a postura das aves, o médico-veterinário exerce um papel fundamental na avaliação de pontos que são positivos ou negativos quanto ao ambiente em que as aves estão inseridas.
Cada vez mais, é comum que consumidores tenham acesso à informação de origem do produto. Procurar saber em quais condições ele foi obtido e saber sobre o bem-estar da ave tornou-se pauta de maior frequência e visibilidade na mídia. 
Considerando que a ambiência exerce um papel primordial sobre o número de ovos, expandir o conhecimento e atualizar-se sobre instalações corretas torna-se fundamental (Figura 6). Condições climáticas, localização e posicionamento do aviário são fatores primários de serem vistos para corretas instalações. Oferecer acondicionamento térmico natural é considerado vantajoso, tendo em vista os menores gastos frente à alta concorrência no mercado produtor de ovos. 
Segmentos envolvidos do BEA. Fonte: SILVA; ABREU; MAZZUCO, 2020, p. 9.. 
Aviários na posição Leste-Oeste (Figura 7) promovem menor aquecimento em estações de exposição solar prolongadas, possibilitando uma melhor ventilação, adequação de umidade relativa do ar e a velocidade que o ar percorre no galpão. Soma-se a tais pontos a questão 
da radiação solar, que contribui diretamente para a promoção de calor na ave. Orienta-se que seja colocado um telhado disposto de coloração branca, visando à refletividade e amenizando desconfortos.
Exemplo de orientação de aviário Leste-Oeste 
Em se tratando de poedeiras, o processo de troca térmica influenciado pelo ambiente é fator crucial. Além do modelo de posicionamento do aviário, deve-se considerar o calor proveniente das aves devido à incidência solar e ao adensamento (as aves encontram-se em conjunto e muito próximas, gerando maior calor, e a sensibilidade maior concentra-se nas áreas desprovidas de penas). O sistema de nebulização lateral (resfriamento) apresenta-se como uma alternativa capaz de aliviar o calor proveniente do adensamento e temperatura interna. 
A iluminação é considerada ponto importante na ambiência de aves poedeiras no que se refere à produção. Conforme Gewehr e Freitas (2007, n. p.), fotoperíodos prolongados possuem influência na postura, pois atuam estimulando a função sexual das aves. 
Pesquisas recentes demonstraram que a aplicação de LEDs vem gerando influências na performance de postura das aves como melhorias na qualidade da casca. Entretanto, a instalação de lâmpadas incandescentes segue sendo o modelo padronizado em larga escala. Equipamentos como comedouros e bebedouros são de fundamental importância. Diferentemente dos comedouros de corte, em aves de postura aplicam-se, comumente, comedouros do tipo calha. 
Em relação aos bebedouros, diferenciam-se entre os tipos nipple e taça, apresentando em ambos uma necessidade maior em manutenção. Por serem sistemas de água fechados, há maior necessidade de averiguar o controle da água e seus fatores microbiológicos, principalmente mediante fases em que a temperatura é maior e há maior ingestão de água. 
MANEJO DE CRIA E RECRIA 
As fases iniciais da vida de uma galinha de postura (inicial, cria e recria) são as principais engrenagens para o sucesso de um aviário.
Uma galinha poedeira em condições adequadas é aquela que possui pleno aproveitamento de seu potencial genético. Ao recebimento de um lote, é considerável averiguar parâmetros nas pintainhas, como adequada cicatrização, uniformidade, plumagem modelada seca e sem sujidades e cloaca limpa. A logística de funcionamento dos equipamentos do aviário deve estar próximo à melhor possível, para um rápido alojamento. 
Deve-se escolher um programa, além de estar atento à qualidade da ração fornecida, tomando cuidado com pontos que possam influenciar em sua qualidade, como a temperatura e armazenamento. 
Esquemas visando um forte controle sanitário são primordiais para o recebimento de um lote novo, assim como a limpeza do aviário (limpeza mecanizada e lavagem de galpão, realizadas preferencialmente em um intervalo próximo de duas semanas). A observação do comportamento dos pintinhos segue a mesma premissa de importância que em frangos de corte. É necessário observar o posicionamento deles: se muito afastados e de bico e asas abertas, demonstrando superaquecimento, ou muito próximos uns aos outros, demonstrando frio. 
O peso das aves é uma medida segura de avaliação de desempenho de um lote, possuindo uma forte relação com altos parâmetros produtivos. A monitoração dos pesos em um lote é um exercício em que médicos-veterinários devem estar habituados. O cálculo de uniformidade se dá por meio do peso médio. De acordo com o peso médio, soma-se 10% e diminui-se 10% deste resultado, a fim de analisar o intervalo e observar aves que estiverem acima da porcentagem de 10% ou abaixo, sendo classificadas como acima do peso e abaixo do peso, respectivamente (Figura 8). Níveis a 80% são considerados bons, porém a 90% são colocados como ótimos. 
Avaliação de peso médio em poedeiras. 
O processo de alojamento das aves de cria e recria possui medidas de manejo que visam ao bem-estar aliado à densidade, aproximando-se do estado onde as aves não manifestem características específicas (como o canibalismo). Para isso, é necessário o processo de debicagem, que possui como objetivo evitar também desperdício de ração por comportamento dominante e prezar pela uniformidade do lote. Realiza-se a debicagem do sétimo ao décimo dia da ave, em aproximadamente um terço do bico. Ela é realizada também entre períodos correspondentes à décima segunda semana. Por ser considerada uma atividade de execução de um aspecto que pode ser perigoso à ave, precisa ser realizada com cautela. 
MANEJODE POSTURA
Após 18 semanas, a ave iniciará a fase de postura. O processo de pesagem já deve ocorrer desde as 11 semanas anteriores, no intuito de acompanhar e realizar a uniformidade do lote. Inicialmente, haverá o processo de transferência das aves durante a 16ª semana (o qual demandará cautela, pois é preciso que, visando todo o processo já trabalhado da uniformidade, as aves sejam separadas de maneira que sua pesagem e tamanho sejam semelhantes). 
A etapa de análise visual é indispensável, pois também irá diferenciar aves por características de maturidade, separando as que sejam consideradas atrasadas ao processo de postura. Características de avaliação influentes são o tamanho da crista e do porte. Uma das principais medidas é a permissão de fornecimento de ração à vontade para diminuição do estresse intenso que as aves sentirão. 
Considera-se vantajoso o estabelecimento de seguimento e escolha de programas de iluminação, para que as aves realizem uniformemente sua postura. Durante esta etapa, seguir manuais de programa nutricional de acordo com a linhagem também exerce papel de vantagem ao produtor. Uma das técnicas consideradas importantes é a suplementação de calcário grosso, integrante fundamental para formação de casca dos ovos. Mediante execução correta do manejo, a ave estará apta a exercer sua máxima produção e atingir a fase de pico, de maneira que o processo de recolhimento dos ovos exige cuidado para evitar perdas por quebras, por exemplo. O recolhimento de esterco nos galpões é fundamental para evitar sujidades às cascas de ovos. O descarte de aves mortas representa outra medida para evitar focos de contaminação e doenças no lote. A vistoria de mortalidade permite a análise de como está o desempenho do lote e seu adequado manejo. Em se tratando de descarte, faz-se menção, também, ao descarte de aves que são consideradas improdutivas, sendo classificadas como refugo, visando à uniformidade e manutenção de alta produção do lote, sendo uma medida importante que deve ser vistoriada frequentemente. Aves que estejam na etapa final de produção, atingindo o fim de seu ciclo produtivo, serão descartadas, sendo destinadas ao abate. 
AVALIAÇÃO DE ÍNDICES ZOOTÉCNICOS 
Atualmente, quanto maiores são os alojamentos, maiores as automatizações e um maior número de ovos são produzidos. Para que se acompanhe um lote em meio ao grande número de aves, faz-se necessário ter um guia de dados que torne o trabalho do avicultor planejado, rápido e assertivo. 
O nível de gastos durante o funcionamento de um aviário é dependente de fatores que, sem análises e registros, permitem que erros sejam repetitivos, possibilitando piores desempenhos zootécnicos das aves. Este é um cenário oposto ao desejável, uma vez que todo investimento tem a intenção de lucros maiores. Os índices zootécnicos são uma junção de dados informativos, quantitativos e qualitativos que oferecem praticidade, considerada primordial para análise do potencial e realização de metas dos galpões. 
Em aves poedeiras, os principais índices são: viabilidade, correspondente à percentagem obtida através do cálculo entre a diferença de aves em alojamento e as que foram retiradas
para abate; consumo de ração, obtido através da relação entre quantidade de alimento consumido em cada unidade dividido pelo número de aves (gramas/aves por dia); a conversão alimentar por massa de ovos (seu cálculo é estabelecido por meio da divisão do total peso de ração consumida pelo peso dos ovos produzidos, ambos em quilogramas); a conversão alimentar por dúzia de ovos, feita mediante divisão do consumo total de ração (kg) por dúzia de ovos (kg/dz); e a produtividade, em percentagem, corresponde ao número de ovos em função do número de aves (média de ovos por ave alojada, e produção de ovos ave/dia). 
Além dos índices mencionados, a qualidade do ovo também poderá ser qualificada e quantificada por meio de índices para o controle de produção. Para isso, índices como o peso médio dos ovos (obtido por meio da média entre peso total por número de ovos coletados por aviário) é utilizado. Para avaliação interna, é necessária a quebra dos ovos, onde é possível obter o cálculo de índices do diâmetro de albúmen e gema, através do paquímetro. Também é possível a obtenção do peso do albúmen, peso da gema e o peso das cascas. 
FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DOS OVOS 
Por meio do ovo, o consumidor tem acesso a um produto de qualidade, rico em minerais, vitaminas e um alto teor proteico. 
O ovo é considerado um dos alimentos mais ricos da natureza. No entanto, para que o consumidor tenha acesso a esse tipo de alimentação oriunda de granjas comerciais, todo um processo de etapas e análises é executado, proporcionando melhor segurança e agregando qualidade. 
Um ovo considerado apto ao consumo é desprovido de fatores que atribuam má qualidade, muitas vezes influenciado por fatores que possam inviabilizar sua chegada à mesa dos consumidores. Sua qualidade provém de fatores internos e externos, como o aspecto da casca, resistência quando manipulados, aspectos internos inerentes à gema e condições das aves (genética, manejo e sanidade, por exemplo). 
De acordo com a linhagem e genética das aves, a idade pode ser um fator interferente. À medida que as aves envelhecem, sua capacidade reprodutora diminui, sendo a qualidade da casca uma consequência deste processo. O oposto deste processo também influencia na casca. Ele é chamado de imaturidade para oviposição (galinhas de útero imaturo, tendo 
como resultado ovos altamente fragilizados e de cascas deformadas). 
Outras razões para postura precoce são correspondentes às aves em estresse elevado, expostas a barulhos súbitos e à movimentação excessiva de pessoas. Programas de iluminação inadequados também são influentes no processo de postura precoce e inadequada. Assim sendo, a densidade também é considerada um fator crucial influente na qualidade da casca. O estresse que as aves podem sofrer quando alojadas além do permitido transparecerá em uma postura precoce, tanto quanto comportamentos nocivos, como aves que se alimentem mais do que outras ou praticam canibalismo. A genética da ave também exerce influência na coloração da casca, a qual é bastante julgada pelo consumidor.
A questão sanitária também exerce forte influência, contribuindo para sujidades na casca, haja vista que ovos expostos às fezes por muito tempo merecem o descarte, sendo perdidos. Também há ocorrências de insetos, ácaros e outros elementos que podem comprometer a níveis microbiológicos a qualidade do ovo. Considera-se imprescindível seguir um calendário de vacinação e protocolos de prevenção corretamente, a fim de evitar doenças que atinjam a qualidade de postura das aves. Além das doenças respiratórias virais, motivos de forte preocupação ao produtor, as fúngicas e bacterianas também são bastante incisivas no comprometimento reprodutivo da ave, ocasionando muitos defeitos da qualidade de casca, como fragilidade e deformações. 
O manejo nutricional que a ave receberá influenciará na qualidade da sua postura e da casca do ovo. Aliar a escolha dos melhores nutrientes ao manejo ideal corresponde ao suporte para fortalecimento de cascas de ovos. A oferta de cálcio, por exemplo, sendo disponibilizada em grossas partículas (carbonato de cálcio) e no período noturno confere à 
ave uma melhor absorção do componente. 
Caso contrário, a disponibilidade excessiva ou falta do mineral acarretarão cascas altamente frágeis. Minerais como cálcio em excesso interferem na biodisponibilidade de outros minerais, tendo consequências problemáticas na postura. 
Dentre outros possíveis fatores que possam interferir na qualidade de ovos, pode-se mencionar também o transporte. A execução do transporte até setores de classificação, estocagem e distribuição deve ser feita com primor e adequações para que a qualidade não seja inválida.

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