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EBOOK PORTUGUÊS

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Agora Eu Passo PORTUGUÊS 
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora Eu Passo PORTUGUÊS 
Prof. Virginia da Silva Santos Amaral Doutora em Estudos Literários/PPGLL (UFAL) 2 
PROVA 1 
 
 
 
Julgue os itens seguintes, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB3A1AAA. 
1 - As orações “de auxiliar o usuário” (L.11) e “a tomar decisões de maneira mais fundamentada” (L. 11 e 12) 
exercem a função de complemento do nome “objetivo” (L.11). 
 
GABARITO:ERRADO 
“Cabe à inteligência tratar fundamentalmente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de 
auxiliar o usuário a tomar decisões de maneira mais fundamentada”. 
 
“De auxiliar o usuário” é complemento nominal de “objetivo”. Entretanto, “a tomar decisões de maneira mais 
fundamentada” é complemento verbal de “auxiliar”. 
 
 
2 - Os travessões que delimitam o trecho “comunicações, transportes, tecnologias de informação” (L. 15 e 16) 
isolam uma oração interferente, tendo sido empregados para dar-lhe ênfase. 
 
GABARITO:ERRADO 
“A contrainteligência tem como atribuições a produção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à 
proteção de dados, conhecimentos, infraestruturas críticas — comunicações, transportes, tecnologias de 
informação — e outros ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade” 
 
Não há verbo no trecho isolado por travessões, portanto não há como falar em “oração interferente”. 
 
 
3 - O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso a preposição 
presente na expressão “contra ameaças” (L.19) fosse substituída pela preposição de. 
 
 
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GABARITO:CERTO 
ORIGINAL: O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a 
espionagem, a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou 
governos estrangeiros 
 
REESCRITA: O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa de ameaças como a espionagem, 
a sabotagem, o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos 
estrangeiros 
 
O uso da preposição “contra”, no texto original, dá uma ideia de “combate”, “oposição a ameaças”. A reescrita 
do trecho com a preposição “de” muda o sentido original do texto, pois confere uma ideia de “ser a favor”, 
“proteger”. 
 
 
4 - O escopo do trabalho da inteligência se confunde com o da contrainteligência, embora sejam duas facetas da 
atividade de inteligência. 
 
GABARITO:ERRADO 
A inteligência atua na obtenção de dados, enquanto que a contrainteligência trabalha na proteção de dados. 
 
 
5 - No texto, predomina a tipologia textual expositiva, dado o seu objetivo comunicativo de transmitir ao leitor 
um conjunto de informações relativas às atividades desenvolvidas sob o rótulo de inteligência. 
 
GABARITO:CERTO 
O texto em questão tem como objetivo informar, esclarecer o leitor sobre a atividade de inteligência. Os textos 
predominantemente expositivos possuem essa característica de informar sobre algum assunto. 
 
 
 
A propósito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB, julgue os itens subsequentes. 
 
6 - A correção gramatical e as informações originais do texto seriam preservadas caso seu terceiro período — “O 
mesmo (...) do sigilo” (L. 4 a 7) — fosse assim reescrito: É possível afirmar o mesmo a propósito do vazamento, o 
qual mantém íntima relação com a espionagem e consiste na divulgação indevida de informações por aqueles 
que têm o dever legal do sigilo. 
 
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GABARITO:CERTO 
ORIGINAL: O mesmo se pode dizer do vazamento, que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste 
na divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo 
REESCRITA: É possível afirmar o mesmo a propósito do vazamento, o qual mantém íntima relação com a 
espionagem e consiste na divulgação indevida de informações por aqueles que têm o dever legal do sigilo. 
 
A reescrita manteve a correção gramatical e o sentido original do texto. 
 
 
7 - A “estreita relação” (L.5) entre o “vazamento” (L.5) e a “espionagem” (L.6) refere-se tanto ao objeto com que 
lidam seus agentes — informações sigilosas — quanto aos meios indevidos de que esses agentes se utilizam — 
para obter esse objeto, no caso da espionagem, e para torná-lo público, no caso do vazamento. 
 
GABARITO:CERTO 
O enunciado da questão é um caso de uma reescritura do primeiro período do texto, mantendo a ideia 
apresentada pelo autor no referido trecho. 
 
“Na legislação interna dos países, a espionagem costuma ser juridicamente entendida como a obtenção sub-
reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado. Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada 
país. O mesmo se pode dizer do vazamento, que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste na 
divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo.” 
 
 
8 - O texto aponta que, embora haja consenso entre os países acerca da definição do que vem a ser espionagem, 
a criminalização dessa conduta não é universal, a exemplo do caso brasileiro, país onde o acusado de espionagem 
é sentenciado à morte apenas em situações extremas. 
 
GABARITO:ERRADO 
O texto não abre margem para afirmar que a espionagem não é criminalizada em todos os países, conforme 
podemos observar no seguinte trecho: "Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada país." (L. 3 e 
4). 
 
 
9 - Na construção das cadeias referenciais do texto, os termos “Esse tipo de conduta” (L. 3 e 4) e “a” (L.11) 
constituem diferentes formas de evocar o mesmo conteúdo semântico: o do referente “a espionagem” (L.1). 
 
GABARITO:ERRADO 
“Na legislação interna dos países, a espionagem costuma ser juridicamente entendida como a obtenção sub-
reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado. Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada 
país. O mesmo se pode dizer do vazamento, que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste na 
divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo. 
A espionagem é um dos poucos crimes na legislação brasileira que podem, em tempo de guerra, levar à pena de 
morte, seja o condenado nacional ou estrangeiro, civil ou militar, além de, em tempo de paz, sujeitar o militar que 
a pratique à indignidade para o oficialato”. 
 
Apenas o pronome a retoma “a espionagem”. O primeiro termo, “esse tipo de conduta”, retoma “obtenção sub-
reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado”. 
 
 
10 - O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido sinal indicativo de 
crase em “a cassação” (L.17). 
 
 
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GABARITO:CERTO 
“sujeita a cassação de mandato e suspensão de direitos políticos.” 
Paralelismo sintáticoé o uso de estruturas idênticas ou similares. Para que houvesse o uso da crase e manutenção 
desse paralelismo, seria necessário acrescentar à antes de “suspensão”, tendo em vista que, assim como 
“mandato”, cumpre a função de complemento nominal de “cassação”. 
“sujeito à cassação de mandato e à suspensão de direitos políticos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA 2 
 
 
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto CB1A1AAA, julgue os itens seguintes. 
 
1 - Para o autor do texto, há muito tempo o mundo encontra-se em uma guerra cuja intensidade aumenta a cada 
ciclo histórico e cujos efeitos já estão bem divulgados. 
 
GABARITO:ERRADO 
Os efeitos não são bem divulgados, pois “convivemos com a guerra secreta há muito tempo, embora de forma 
não perceptível” (L. 24 e 25). 
 
 
2 - Depreende-se do texto que a guerra secreta é o mais complexo dos conflitos porque é um jogo estratégico de 
poder, de interesses e de influência que se desenvolve em um espaço específico: nos bastidores do poder político 
internacional, onde governos semeiam inverdades e encenam acordos sem validade. 
 
GABARITO:ERRADO 
“Trata-se do mais complexo dos conflitos, pois ocorre nas sombras, nos bastidores do poder, identificando 
propagandas enganosas, desinformação, e celebrando acordos cujas partes sabem antecipadamente que nunca 
serão cumpridos” 
 
O trecho acima fala sobre esses bastidores do poder, mas nada diz que isso acontece exclusivamente no poder 
político internacional. 
 
 
 
3 - A próclise observada em “se multiplicam” (L.7) e “se desenvolve” (L.14) é opcional, de modo que o emprego 
da ênclise nesses dois casos também seria correto — multiplicam-se e desenvolve-se, respectivamente. 
 
GABARITO:CERTO 
“Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se multiplicam as agências governamentais” 
“Essa modalidade de guerra se desenvolve entre” 
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Nos dois casos, não há fator obrigatório para a próclise, podendo ser aplicado a ênclise sem prejuízo para a 
correção gramatical do texto. 
 
 
4 - Os vocábulos “é” (L.10) e “que” (L.12) poderiam ser suprimidos, sem prejuízo para a correção gramatical do 
texto, visto que constituem expressão de realce sem função sintática no período em que se inserem. 
 
GABARITO: CERTO 
“E é esse processo de identificação de ameaças, a busca por informações e dados, que pretende detectar intenções 
dissimuladas que ocultem os mais diversos interesses” 
 
A supressão dos termos em destaque são partículas de realce, podendo ser retirados sem prejuízo para o texto. 
 
 
5 - No trecho “poder e influência globais” (R.10), a palavra “globais” apresenta flexão de plural porque caracteriza 
tanto “poder” quanto “influência” e, nesse caso, seria gramaticalmente incorreto seu emprego no singular — 
poder e influência global. 
 
GABARITO:ANULADA 
Justificativa da banca: 
Deferido com anulação. ''Uma vez que a redação do item possibilita mais de uma interpretação, prejudicou-se o 
seu julgamento objetivo 
 
 
6 - A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso seu primeiro parágrafo fosse 
desmembrado em dois períodos da seguinte forma: A busca de dados e informações, e a interpretação do 
significado destes, tratam-se do que hoje se conhece pelo nome de inteligência. Mais ou menos, conforme a 
época, essa atividade sempre teve papel predominante na história humana, sobretudo na de política 
internacional. 
 
GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: A atividade de busca por dados e informações e a interpretação de seu significado, o que se conhece 
hoje por inteligência, sempre desempenhou um papel preponderante na história da humanidade, principalmente 
na política internacional, em maior ou menor grau, conforme a época. 
 
REESCRITA: A busca de dados e informações, e a interpretação do significado destes, tratam-se do que hoje se 
conhece pelo nome de inteligência. Mais ou menos, conforme a época, essa atividade sempre teve papel 
predominante na história humana, sobretudo na de política internacional 
 
Há erro na correção gramatical do texto, por flexionar no plural a forma verbal “tratam-se de”, quando há a 
presença do índice de indeterminação do sujeito, o que obriga o verbo a ser conjugado no singular. 
 
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Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue os itens subsequentes. 
 
7 - O termo “um aparelho capaz de desvendar os segredos da máquina de criptografia nazista chamada de 
Enigma” (L. 4 e 5) introduz uma explicação a respeito do aparelho “Bomba” (L.4), tal como o faz o termo “uma 
máquina eletromagnética que substituía letras por palavras aleatórias escolhidas de acordo com uma série de 
rotores” (L. 6 a 8) em relação a “Enigma” (L.6). 
 
GABARITO:CERTO 
“a Bomba, um aparelho capaz de desvendar os segredos da máquina de criptografia nazista chamada de 
Enigma” 
“A complexidade da Enigma — uma máquina eletromagnética que substituía letras por palavras aleatórias 
escolhidas de acordo com uma série de rotores —” 
 
Nos dois casos, os termos em destaque desempenham a função de aposto do termo antecedente. 
 
 
8 - Do emprego da forma “estavam dizimando” (L.2) infere-se que a ação de dizimar foi contínua durante a época 
citada no início do primeiro período do texto. 
 
GABARITO: CERTO 
A presença do gerúndio na locução verbal (estavam dizimando) confere ao período uma ideia de continuidade. 
 
 
9 - No trecho “para testar possíveis soluções” (L. 16 e 17), o emprego da preposição “para”, além de contribuir 
para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade. 
 
GABARITO:CERTO 
“A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes combinações de posições dos 
rotores para testar possíveis soluções” 
Coesão sequencial se refere ao mecanismo de construção textual responsável pela progressão do texto. O uso de 
conjunções e preposições é uma das maneiras de se trabalhar a coesão sequencial de um escrito. 
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No trecho em questão, o uso de “para” tem o mesmo sentido de “a fim de”, o que confere ao trecho uma ideia de 
finalidade. 
 
 
10 - A vírgula logo após o termo “máquina” (R.12) poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramatical 
do período no qual ela aparece. 
 
GABARITO:ERRADO 
“Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de xadrez Gordon Welchman” 
 
A vírgula, no trecho acima, separa uma oração subordinada adverbial deslocada para o início do período. Seu uso 
é, portanto, obrigatório. 
 
 
11 - A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o período “Após quatro anos de trabalho, 
Turing conseguiu quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs criptografadas continham palavras 
previsíveis, como nomes e títulos dos militares” (R. 17 a 20) fosse reescrito da seguinte forma: Turing conseguiu 
quebrar a Enigma, depois de quatro anos de trabalho, quando notou que haviam,nas mensagens alemãs 
criptografadas, palavras previsíveis, tais como, nomes e títulos dos militares. 
 
GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: “Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens 
alemãs criptografadas continham palavras previsíveis, como nomes e títulos dos militares” 
REESCRITA: “Turing conseguiu quebrar a Enigma, depois de quatro anos de trabalho, quando notou que haviam, 
nas mensagens alemãs criptografadas, palavras previsíveis, tais como, nomes e títulos dos militares”. 
 
Há erro na reescrita, pois o verbo “haver” é empregado com sentido de “existir”, o que impede a sua conjugação 
no plural, sendo obrigatória a sua forma no singular: “notou que havia”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA 3 
 
 
No que se refere às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens seguintes. 
 
1 - O uso diário que as pessoas fazem da palavra “saúde” contribuiu para que ela perdesse seu valor semântico 
original, tornando-a uma palavra “tola”. 
 
GABARITO:ERRADO 
O texto não defende que o uso cotidiano dessa palavra a tornou tola. Quem defende essa ideia é o autor Oscar 
Wilde, que foi citado em uma passagem do texto: “É o mais tolo vocábulo em nosso idioma”, disse, com desprezo, 
o iconoclasta Oscar Wilde”. 
 
 
2 Existe uma discordância entre o que a crença popular e o que a literatura médica — personificada na OMS — 
definem como “estar sadio” (L.5). 
 
GABARITO:ERRADO 
A OMS defende que estar sadio não é o oposto de estar doente: “Para muitas pessoas, estar sadio é simplesmente, 
e ao contrário do que pretende a OMS, não estar doente” 
A crença popular também partilha dessa mesma visão, pois “às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato”. 
 
 
3 - Na argumentação desenvolvida no texto, a informação presente em “Teoricamente, a higidez não tem voz” (L. 
4 e 5) é contraposta à informação presente em “Às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato” (L. 22 e 23). 
 
GABARITO:CERTO 
“Higidez” significa estar sadio. 
O autor faz uma contradição, pois diz que a higidez, ou seja, o “estar saudável”, não tem voz. Entretanto, no final 
do texto ele afirma que “às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato”. 
 
 
4 - A palavra “até” (L.11), que denota o posicionamento do autor frente a um dos usos da palavra “saúde”, pode 
ser substituída por sobretudo sem que isso prejudique a correção e o sentido original do texto. 
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GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: A própria palavra “saúde”, que usamos sobretudo para alguém que espirra, soa prosaica, convencional, 
babaca até. 
REESCRITA: A própria palavra “saúde”, que usamos sobretudo para alguém que espirra, soa prosaica, 
convencional, babaca sobretudo. 
 
Há mudança de sentido, pois o advérbio “até” dá ideia de inclusão (= inclusive). Já o conectivo “sobretudo” confere 
uma ideia de ênfase (=sobretudo, especialmente). 
 
 
5 - Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” (R.12) para o Oscar Wilde iconoclasta, 
haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de “Oscar Wilde” e de “iconoclasta” 
permaneceriam inalteradas. 
 
GABARITO:ERRADO 
Em “o iconoclasta Oscar Wilde”, temos “iconoclasta” como núcleo da expressão e “Oscar Wilde” como adjunto 
adnominal. Com a mudança de posição dos termos, “iconoclasta” passa a ser o adjunto adnominal e “Oscar 
Wilde”, o núcleo da expressão. Há, portanto, mudança de função sintática. 
 
 
6 - Na linha 18, a forma “no” desempenha a função de complemento direto da forma verbal “Sabem” e funciona 
como elemento de coesão, uma vez que retoma a informação segundo a qual o diálogo com o corpo é gratificante. 
 
 
GABARITO:CERTO 
Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa, descobrimos que esse é um diálogo gratificante. 
Sabem-no bem as pessoas que embarcam em um programa de exercício 
 
A forma pronominal “no” atua como objeto direto da forma verbal “sabem”. Além disso, ela também retoma uma 
expressão do período anterior (um diálogo gratificante), sendo, portanto, um elemento coesivo e um complemento 
verbal. 
 
 
 
 
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. 
 
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7 - O emprego de verbos no passado justifica-se em função do propósito comunicativo do texto, que é o de narrar 
acontecimentos anteriores ao momento da fala. 
 
GABARITO:CERTO 
O texto da questão é um texto narrativo. Esse tipo textual caracteriza-se pela predominância de verbos no 
passado, para recontar ações que aconteceram antes do momento em que estão sendo narradas. 
 
 
8 - A forma verbal “acreditava” (L.3) está flexionada no singular para concordar com a palavra “parte” (L.2), mas 
poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria 
concordância com o termo composto “dos médicos e da população” (L.2). 
 
GABARITO:CERTO 
“Grande parte dos médicos e da população acreditava” 
“Grande parte dos médicos e da população acreditavam” 
 
Em casos de sujeito formado por expressões partitivas (grande parte, a maioria de, a minoria de, parte de...) 
seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ser flexionado tanto no singular quanto no plural. 
 
 
9 - Na linha 3, o termo “se” é um pronome apassivador e, caso sua colocação fosse alterada de proclítica — como 
está no texto — para enclítica — que a doença transmitia-se —, essa alteração incorreria em erro gramatical. 
 
 
GABARITO:CERTO 
O termo “que” é partícula atrativa, sendo fator obrigatório de próclise. 
 
 
10 - O sentido original do texto e a sua correção gramatical seriam preservados caso o período “Com o 
recrudescimento (...) massa da população” (R. 12 a 14) fosse reescrito da seguinte forma: Por conta do 
agravamento da epidemia de varíola, foi promovido por Oswaldo Cruz uma massiva vacinação da população. 
 
GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da 
população. 
REESCRITA: Por conta do agravamento da epidemia de varíola, foi promovido por Oswaldo Cruz uma massiva 
vacinação da população 
 
Há mudança de sentido, pois no texto original a expressão “tentou promover” confere uma ideia de possibilidade, 
enquanto que a reescrita “foi promovido” denota uma certeza. Além disso, há também erro gramatical, pois o 
termo “foi promovido” não está fazendo a concordância correta, já que deveria estar no feminino, concordando 
com o seu sujeito: “foi promovida [...] uma massiva vacinação popular”. 
 
 
11 - A “batalha” (L.20) que Oswaldo Cruz venceu refere-se à busca de reconhecimento pelo seu trabalho de 
sanitarista, o qual só veio quando a população passou a acreditar que a vacinação era o único meio de vencer a 
epidemia de varíola que se manifestou em 1908. 
 
GABARITO:ERRADO 
A “batalha” a que o texto se refere é a epidemia de febre amarela ocorrida no Rio de Janeiro. 
 
 
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Considerando as ideias e as estruturaslinguísticas do texto, julgue os próximos itens. 
 
12 - A supressão das vírgulas logo após “genéricos” e “citados”, no trecho “Os genéricos, que, de início, aderiam 
a todos os preceitos citados, adquiriram fama e distribuição ampla em todo o mundo” (R. 15 a 17), não incorreria 
em erro gramatical, mas, sem elas, a interpretação do termo “Os genéricos” seria restringida. 
 
GABARITO:CERTO 
As vírgulas citadas estão sendo utilizadas para separar uma oração subordinada adjetiva explicativa. A supressão 
delas transforma a oração em uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
 
 
13 - Com o advento dos medicamentos genéricos, a saúde de uma parcela da população mundial mudou, pois, 
com a distribuição gratuita desses medicamentos, essa população passou a ter acesso a remédios, sendo que 
algumas pessoas vivenciaram isso pela primeira vez. 
 
GABARITO:ERRADO 
Em nenhum momento do texto é citado que os medicamentos serão de distribuição gratuita, apenas que eles 
serão mais baratos. Além disso, o texto não fala que a saúde da população mudou para melhor ou pior. Houve, 
portanto, extrapolação. 
 
 
14 - A disseminação de medicamentos de qualidade duvidosa é uma ameaça à boa fama conquistada pelos 
medicamentos genéricos ao longo de sua história. 
 
GABARITO:CERTO 
Conforme podemos constatar no último período do texto: “Um dos perigos desse comércio ilícito, além dos maus-
tratos aos doentes, é a difamação [ameaça a boa fama] dos genéricos.” 
 
 
15 - Nos termos “livres de impurezas tóxicas” (L. 10 e 11) e “risco da disseminação descontrolada” (L.20), verifica-
se paralelismo de funções sintáticas entre “de impurezas” e “da disseminação” e entre “tóxicas” e 
“descontrolada”. 
 
GABARITO:CERTO 
“e ser livres de impurezas tóxicas” 
“o risco da disseminação descontrolada de medicamentos” 
 
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“De impurezas” e “da disseminação” desempenham a função de complemento nominal. Os termos “tóxicas” e 
“descontrolada” são adjetivos que exercem a função sintática de adjunto adnominal. 
 
 
16 A oração “que os genéricos sejam bem mais baratos” (L. 13 e 14) funciona como o complemento da forma 
verbal “espera-se” (R.13), na qual o sujeito é indeterminado pela partícula “se”. 
 
GABARITO:ERRADO 
“Além disso, espera-se que os genéricos sejam bem mais baratos”. 
 
A forma verbal “espera-se” trata-se de um verbo transitivo direto seguido de uma partícula apassivadora do 
sujeito. A expressão “que os genéricos sejam bem mais baratos” exerce a função sintática de sujeito paciente do 
verbo, não de complemento verbal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA 4 
 
 
 
Com relação às ideias do texto CB3A1AAA, às construções linguísticas nele empregadas e à sua tipologia, julgue 
os itens a seguir. 
 
1 - O livro O Fim do Emprego e o relatório do Future of Work apresentam conclusões equivalentes sobre o 
impacto da tecnologia na geração de empregos. 
 
GABARITO:ERRADO 
Esses dois escritos têm conclusões opostas. O livro defende que a tecnologia irá extinguir os empregos, enquanto 
que o relatório afirma que a tecnologia aumenta renda, demanda e necessidade de novos empregos. 
 
 
2 - O último parágrafo do texto caracteriza-se como predominantemente descritivo, pois apresenta uma 
articulação textual de informações e opiniões. 
 
GABARITO: ERRADO 
O último parágrafo é predominantemente argumentativo, pois traz argumentos (inclusive um testemunho que se 
configura como argumento de autoridade) para corroborar a tese de que a tecnologia pode aumentar o ambiente 
virtual de trabalho e fazer a pessoa trabalhar mais. 
 
 
 
 
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3 - A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso a palavra “Se”, que inicia o terceiro 
parágrafo, fosse substituída por como. 
 
GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: “Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, representar 
um aumento do trabalho para muitos”. 
REESCRITA: “Como a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, 
representar um aumento do trabalho para muitos”. 
 
Há mudança de sentido, pois no texto original, a conjunção “se” confere uma ideia de condição. A reescrita do 
período substituindo “se” por “como” provoca alteração no sentido original, tendo em vista que a conjunção 
“como”, em início de frase, tende a ter valor causal. 
 
 
4 A expressão ‘a produtividade’ (L.19) exerce a função de sujeito do verbo ‘aumentar’ (L.18). 
 
GABARITO:ERRADO 
“Ao aumentar a produtividade, a tecnologia aumenta a renda”. 
 
“A produtividade” é complemento da forma verbal “aumentar”. O sujeito desse verbo é o termo implícito 
“tecnologia”. 
 
 
5 - Em ‘extingui-los’ (L. 15), a forma pronominal ‘los’ refere-se ao termo “prognósticos” (L.13). 
 
GABARITO:ERRADO 
“Mas nem todos concordam com os prognósticos pessimistas de Rifkin. Embora a tecnologia possa tanto criar 
trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o aumento do emprego” 
 
O referente do pronome “los” é “trabalhos”. 
Extinguir quem? Os trabalhos. 
 
 
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Julgue os itens que se seguem, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB. 
 
6 - A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se substituísse a expressão “estará 
em evidência” (L.18) por será vítima. 
 
GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: “A segunda categoria é constituída por jovens com boa formação intelectual, que estão atentos às 
tendências e que precisam de ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos. Em médio 
prazo, essa categoria estará em evidência”. 
 
REESCRITA: “A segunda categoria é constituída por jovens com boa formação intelectual, que estão atentos às 
tendências e que precisam de ajuda para entender melhor como fazer uso de seus conhecimentos. Em médio 
prazo, essa categoria será vítima”. 
 
Há mudança de sentido e prejuízo para a correção gramatical. A expressão “estar em evidência” não é sinônimo 
de “ser vítima”. Além disso, a palavra “vítima” necessita de complemento nominal para fazer sentido (vítima de 
quê?). 
 
 
7 - De acordo com o texto, os trabalhadores que compõem a segunda categoria serão os mais prejudicados pelo 
avanço da tecnologia sobre o mercado de trabalho, porque “precisam de ajuda para entender melhor como fazer 
uso de seus conhecimentos” (L. 17 e 18). 
GABARITO:ERRADO 
 
O que o texto nos permite entender é que os mais prejudicados serão os trabalhadores da primeira categoria, pois 
não possuem uma formação elevada e têm resistência a voltar a estudar. A segunda categoria estará, entretanto, 
em evidência. 
 
 
8 - De acordo com as informações do texto, há relação entre desemprego e emprego informal; entretanto, tais 
informações são insuficientes para se inferir se tal relação é diretamente proporcional. 
 
 
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GABARITO:CERTO 
A banca interpretou a assertiva a partir de uma visão puramente matemática, pois o texto não apresenta números 
que comprovem essa relação diretamente proporcional entre o desemprego e emprego informal, por isso 
considerou a questão como correta. 
 
 
 
 
Com relação às ideias do texto CB3A1CCC, às construções linguísticas nele empregadas e à sua tipologia, julgue 
os itens subsequentes. 
 
9 - A correção gramatical do texto seria preservada caso se inserisse a preposição a logo após a forma verbal 
“ignora”, na frase “Simplesmente ignora você” (L.9). 
 
GABARITO:ERRADO 
O verbo “ignorar” é VTD, não cabendo o uso da preposição a entre ele e seu complemento. 
 
 
10 - O autor defende a opinião de que, na relação com o usuário, o computador é mais passivo e a máquina de 
escrever, mais ativa. 
 
GABARITO:ERRADO 
O autor defende exatamente o contrário, pois “a máquina de escrever faz tudo o que você manda” (R. 5 e 6), sendo 
passiva. Por outro lado, “o computador é diferente. Você faz o que ele manda” (R. 7), ou seja, o computador é 
ativo. 
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11 - O computador e a máquina de escrever, instrumentos do cotidiano do trabalho do autor do texto, são 
descritos com o uso de recursos textuais que remetem a características humanas. 
 
GABARITO:CERTO 
O autor personifica esses dois itens, como podemos perceber nos seguintes trechos: 
“Ele [o computador] nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que 
você sabe fazer” (L. 3 a 5). 
“A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar 
de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento” (L. 25 a 28). 
 
 
12 - Considerando os gêneros e tipos textuais, o texto em apreço configura-se como uma crônica em que se 
combinam ficcionalidade e narratividade. 
 
GABARITO:CERTO 
Esse trecho é uma crônica, pois é uma narração curta, tem caráter humorístico, trata sobre questões do cotidiano, 
possui uma linguagem simples e está em um tempo cronológico determinado. 
 
 
13 - No trecho “cheguei em casa e bati na minha máquina” (L. 31 e 32), o autor explora o potencial 
plurissignificativo do verbo bater para produzir um efeito expressivo de humor dado o contexto de suas 
afirmações sobre sua relação com o computador e a máquina de escrever. 
 
GABARITO:CERTO 
O autor usou o verbo “bater” de forma ambígua, podendo significar tanto “teclar” quanto “agredir”. 
 
 
14 O termo “Assim” (L.15) tem valor semântico demonstrativo e, por isso, a sua substituição pela conjunção 
Portanto prejudicaria o sentido original do texto. 
 
GABARITO:CERTO 
“Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir”. 
 
O termo “assim” tem, geralmente, valor conclusivo. Entretanto, no trecho em questão, esse termo está sendo 
utilizando de forma demonstrativa para se referir ao barulho que o computador faz quando erramos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA 5 
 
 
 
Julgue os itens a seguir, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente. 
 
1 - Sem alteração dos sentidos e da coesão do texto, o primeiro período do primeiro parágrafo poderia ser 
reescrito da seguinte maneira: Esta é minha declaração de amor à língua portuguesa. 
 
GABARITO: ERRADO 
ORIGINAL: Esta é uma declaração de amor: amo a língua portuguesa. 
REESCRITA: Esta é minha declaração de amor à língua portuguesa. 
 
No texto original, o pronome “esta” atua como catafórico, ou seja, está antecipando o seu referente (“amo a 
língua portuguesa”). Na reescrita, o “esta” tem como referente toda a oração. 
Além disso, o uso do artigo indefinido “uma” dá uma ideia de uma declaração qualquer. Na reescrita, o uso do 
pronome possessivo “minha” não mantém a mesma ideia do texto original por especificar essa declaração, não 
sendo ela mais uma qualquer. 
Há, portanto, mudança de sentido. 
 
 
2 - Com o emprego do termo “pontapé” (L.5), a autora dá a entender que a língua portuguesa às vezes resiste 
furiosamente às tentativas de ser domesticada. 
 
GABARITO: CERTO 
“E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir 
às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de 
sentimento e de ‘alerteza’”. 
 
A autora afirma que a língua não possui “sutilezas”, resistindo de maneira mais incisiva àqueles que tentam 
transformá-la em uma “linguagem de sentimentos e de ‘alerteza’”. 
 
 
 
 
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3 - No período em que aparece, o termo “tirando” (L.8) introduz o modo peculiar como alguns escritores 
desenvolvem o seu ofício. 
 
GABARITO: CERTO 
“A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das 
coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo” 
 
Por “peculiar”, entende-se como aquilo que é privativo, próprio, característico. Ao usar a expressão “tirando das 
coisas e das pessoas”, a autora remete a forma características que alguns escritores usam para desenvolverem 
sua escrita. 
 
 
4 - O vocábulo “ela” (L.10) retoma o trecho “a primeira capa de superficialismo” (L.9). 
 
GABARITO: ERRADO 
“A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas 
e das pessoas a primeira capa de superficialismo. 
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado.” 
 
O pronome “ela” se refere à “língua portuguesa”. 
 
 
5 - No primeiro período do terceiro parágrafo, há uma ambiguidade que poderia ser corretamente eliminada com 
a substituição da preposição a, presente na contração “ao” (L.15), pela preposição em — no —, sem alteração 
dos sentidos originais do texto. 
 
GABARITO: ERRADO 
ORIGINAL: “Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos”. 
REESCRITA: “Eu queria que a língua portuguesa chegasse no máximo nas minhas mãos”. 
 
O verbo “chegar” pode ser tanto VI quanto VTD (sentido de “aproximar”) ou VTI (sentido de “alcançar” ou “atingir 
o fim de um movimento”). Quando é VTI, o padrão culto da língua exige a preposição a, entretanto, devido ao uso 
recorrente no contexto informal, ficou convencionado pelo padrão informal da língua também o uso da preposição 
em. 
No entanto, no contexto apresentado nessa questão, a mudança de preposição, além de gerar desacordo com a 
padrão culto, acarreta em mudança de sentido, pois, no original, o uso da preposição a dá ideia de alcançar (ao 
máximo), enquanto que, na reescrita, o uso da preposição em sugere uma ideia de limite (no máximo). 
Desse modo, há mudança de sentido e da correção gramatical do texto. 
 
 
6 - Depreende-se do texto, sobretudo da afirmação “O que recebi de herança não me chega” (R.23), que uma das 
dificuldades encontradas pela autora no manejo da língua portuguesa é o fato de ela não dispor de acesso 
adequado a todos os textos já escritos nesse idioma. 
 
GABARITO: ERRADO 
“Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E esse desejo todos os que escrevem 
têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança delíngua já feita. Todos 
nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. 
Essas dificuldades nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. 
O que recebi de herança não me chega” 
 
O que é possível depreender do período em destaque é que a autora, apesar ter acesso a textos de outros escritores 
como Camões, isso não é suficiente tanto para ela quanto para todos os que escrevem é a incapacidade de 
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compreender totalmente a língua portuguesa. Por maior que fosse sua herança, ou seja, mesmo que tivesse lido 
ainda mais, a língua portuguesa não se entregaria totalmente a ponto de fazê-la compreendê-la integralmente. 
 
 
 
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto antecedente, julgue os itens seguintes. 
 
7 - Sem alteração do seu sentido original e da sua correção gramatical, o primeiro parágrafo do texto poderia ser 
assim reescrito: Descobrir que, hoje, quase todas as traduções são feitas com a ajuda de máquinas pode assustar, 
na medida em que vivemos tempos nos quais nos sentimos amedrontados e paranoicos, mas também fascinados, 
pela presença da inteligência artificial no dia-a-dia. 
 
GABARITO: ERRADO 
ORIGINAL: Em um momento no qual a presença da inteligência artificial na vida cotidiana frequentemente gera 
medo e paranoia na mesma proporção em que fascina, pode ser mesmo assustador descobrir que 99% de todas 
as traduções são feitas, atualmente, com o auxílio de máquinas. 
REESCRITA: Descobrir que, hoje, quase todas as traduções são feitas com a ajuda de máquinas pode assustar, na 
medida em que vivemos tempos nos quais nos sentimos amedrontados e paranoicos, mas também fascinados, 
pela presença da inteligência artificial no dia-a-dia. 
 
Na reescrita, há erros gramaticais: o uso da conjunção “na medida em que” (causal), sendo o correto o uso de “à 
medida que” (proporcional). Além disso, há também erro ao usar vírgula para separar o complemento do nome 
“fascinados”, assim como a grafia de “dia-a-dia” também é caso de erro gramatical. 
 
 
 
 
 
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8 - O termo “atividade” (L.8) refere-se apenas à tradução feita com a ajuda de máquinas. 
 
GABARITO: ERRADO 
“[...] pode ser mesmo assustador descobrir que 99% de todas as traduções são feitas, atualmente, com o auxílio 
de máquinas. 
A informação consta do mais recente relatório de uma organização dedicada a fazer avançar o uso do computador 
nessa atividade, que, particularmente em sua vertente literária [...]” 
 
O erro da questão está em dizer que “atividade” se refere apenas às traduções feitas por máquinas, quando na 
verdade faz referência a qualquer atividade de tradução. 
 
 
9 - O texto apresenta elementos textuais característicos das tipologias expositiva e argumentativa. 
 
GABARITO: CERTO 
O texto tanto apresenta uma série de informações e explicações sobre determinado assunto, algo característico 
do texto expositivo, quanto apresenta um ponto de vista defendido pelo autor, aspecto típico do texto 
argumentativo. 
 
 
10 - Infere-se do terceiro parágrafo do texto que foram poucos os profissionais tradutores de textos literários que 
perderam seus empregos e oportunidades de trabalho em razão da utilização de tradutores automatizados. 
 
GABARITO: ERRADO 
“É um cenário devastador para os tradutores profissionais. E, de fato, muitos foram dispensados ao longo das 
últimas décadas, exceto um punhado de privilegiados, pois aquilo de que ainda não se tem notícia é que algum 
romance, conto ou poema tenha sido traduzido inteira e, sobretudo, satisfatoriamente por algoritmos”. 
 
O texto se refere apenas aos tradutores que foram “dispensados” de uma maneira genérica. Não há margem para 
afirmar que, entre os tradutores que foram demitidos ao longo das décadas, aqueles que traduzem textos 
literários tenham sido demitidos. O erro da questão está no fato de ter extrapolado o texto. 
 
 
11 - A correção e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “até a menos sofisticada das recriações 
de uma língua a outra não se faz palavra por palavra” (L. 20 e 21) fosse reescrito da seguinte maneira: não se 
traduz palavra por palavra nem mesmo os textos mais simples. 
 
GABARITO:ERRADO 
ORIGINAL: “até a menos sofisticada das recriações de uma língua a outra não se faz palavra por palavra”. 
REESCRITA: “não se traduz palavra por palavra nem mesmo os textos mais simples.” 
 
Há mudança de sentido, pois “fazer” e “traduzir” são palavras de campos semânticos distintos. O verbo “fazer” 
está no campo semântico da elaboração, construção, formulação; enquanto que o “traduzir” está no campo 
semântico da representação, compreensão, interpretação. 
 
 
12 - O emprego do advérbio “precisamente” (R.25) enfatiza o nexo causal entre o avanço da qualidade da 
tradução feita por computadores e a percepção de seus desenvolvedores de que uma língua não é feita apenas 
de conjuntos de palavras. 
 
GABARITO: CERTO 
“O espantoso avanço das máquinas sobre o engenho humano nessa área só começou, precisamente, quando seus 
desenvolvedores perceberam que a linguagem humana transcende o nível lexical [...]” 
 
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O advérbio “precisamente” está intensificando a forma verbal “começou”, sendo a oração em que esse termo é 
núcleo consequência da ideia expressa na oração seguinte (“quando seus desenvolvedores perceberam que a 
linguagem humana transcende o nível lexical”). 
 
 
 
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue os itens 
subsequentes. 
 
13 - Infere-se do texto que, pelo emprego do adjetivo “compreensível” (R.7), o narrador transmite sua opinião, o 
que se confirma pela ponderação exposta no último período do primeiro parágrafo. 
 
GABARITO: CERTO 
“O resignado senhor que porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico e voltar mais tarde. “Letra de doutor”, 
suspira o balconista, com compreensível resignação. Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo” 
Ao usar o adjetivo “compreensível”, o narrador compartilha da resignação do balconista, pois se coloca em seu 
lugar e entende a frustração de a “letra de doutor” ter se tornado “sinônimo de hieróglifo”. 
 
 
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14 - Depreende-se da narrativa apresentada no primeiro parágrafo que o cliente desiste de comprar o 
medicamento naquela farmácia porque o balconista não consegue compreender o texto da receita médica. 
 
GABARITO: ERRADO 
“Na farmácia, presencio uma cena curiosa, mas não rara: balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar o nome 
de um medicamento na receita médica. Depois de várias hipóteses, acabam desistindo. O resignado senhor que 
porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico e voltar mais tarde. “Letra de doutor”, suspira o balconista, 
com compreensível resignação. Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo”. 
 
O cliente e o balconista desistem de entender a letra do médico. O cliente ainda pretende comprar o remédio, pois 
afirma “voltarmais tarde”, após falar com seu médico e decifrar o que ele havia prescrito. 
 
 
15 - A expressão “para conquistar” (L.11) foi empregada no texto com o mesmo sentido de a fim de que 
obtenham. 
 
GABARITO: CERTO 
“Exercício de caligrafia saiu de moda, mas todos os alunos sabem que devem escrever de modo legível para 
conquistar a boa vontade dos professores”. 
A conjunção “a fim de que” tem sentido de finalidade, sendo esse o mesmo sentido que possui a expressão “para” 
no trecho em questão. 
 
 
16 - Citado na linha 17, o “mecanismo de poder” é explicado de forma irônica no período seguinte: “Doutor não 
precisa se fazer entender: são os outros, os seres humanos comuns, que têm de se familiarizar com a caligrafia 
médica” (L. 18 a 20). 
 
GABARITO: CERTO 
Ao usar a expressão “os seres humanos comuns”, o autor está sendo irônico, sugerindo que os médicos se julgam 
uma espécie diferente que “não precisa se fazer entender”. 
 
 
17 - Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a oração “A receita satisfaz a voracidade de 
nossa cultura pelo remédio” (L. 26 e 27) poderia ser reescrita da seguinte maneira: A receita atende à avidez da 
nossa cultura pelo remédio. 
 
GABARITO:CERTO 
ORIGINAL: “A receita satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio”. 
REESCRITA: “A receita atende à avidez da nossa cultura pelo remédio”. 
“Voracidade” tem o sentido de “vontade exagerada”, enquanto que “avidez” significa “vontade ardente”; elas 
são, portanto, expressões sinônimas. 
A forma verbal “atender” pode ser VTD ou VTI, por isso, nessa frase, o uso da crase não está inadequado. 
A reescrita, desse modo, não provoca mudança de sentido ou erro gramatical. 
 
 
18 - Na linha 37, o vocábulo “daí” remete a “dúvida”. 
 
GABARITO: ERRADO 
“Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não se apoia em certezas, mas sim em tentativas: na 
medicina, “sempre” e “nunca” são palavras proibidas. Daí a dúvida, daí a ansiedade da dúvida, da qual o doutor 
se livra pela escrita rápida. E pouco legível” 
“Daí” remete ao período anterior: “Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não se apoia em 
certezas, mas sim em tentativas: na medicina, “sempre” e “nunca” são palavras proibidas”. 
 
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PROVA 6 
 
 
 
No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 
 
1 - Seriam mantidas a correção gramatical e as ideias originais do texto se o último período do texto — “Não 
constitui crime (...) consentida pelo proprietário” — fosse reescrito da seguinte forma: Quando consentida pelo 
proprietário a grafitagem, que se faz por meio de manifestação artística com vistas a valorizar o patrimônio, seja 
ele público ou privado, não é crime. 
 
GABARITO: ERRADO 
ORIGINAL: Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou 
privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário. 
REESCRITA: Quando consentida pelo proprietário a grafitagem, que se faz por meio de manifestação artística com 
vistas a valorizar o patrimônio, seja ele público ou privado, não é crime”. 
 
Apesar não haver mudança de sentido, a falta de vírgula após a oração subordinada adverbial “quando consentida 
pelo proprietário” acarreta em erro gramatical. 
 
 
2 - No texto, predomina a tipologia instrucional, uma vez que seu propósito comunicativo é conscientizar o leitor 
acerca do que são pichação e grafitagem, a fim de convencê-lo a não cometer crimes. 
 
GABARITO: ERRADO 
O texto em questão é informativo, sendo o tipo textual predominante o dissertativo expositivo. Textos 
instrucionais são típicos de manuais, receitas, bulas de remédios, entre outros. 
 
 
3 - Observa-se uma polarização de ideias no texto: de um lado, o produtor do texto apresenta uma opinião 
negativa acerca da pichação; do outro, uma visão positiva acerca da “prática de grafite”. 
 
GABARITO: ERRADO 
O texto apenas expõe informações sobre o que é pichação e grafite, sem emitir juízo de valor. 
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4 - A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no período “Conforme o art. 65 (...) 
monumento urbano”, o trecho “é crime pichar edificação ou monumento urbano” fosse reescrito da seguinte 
forma: pichar edificação ou monumento urbano é crime. 
 
GABARITO: CERTO 
ORIGINAL: Conforme art. 65 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), é crime pichar edificação ou 
monumento urbano 
REESCRITA: Conforme art. 65 da Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), pichar edificação ou monumento 
urbano é crime. 
 
Só houve a mudança da ordem indireta da oração para a ordem direta. 
 
 
5 - Justifica-se o emprego de vírgula após as palavras “condenação” (primeiro parágrafo) e “histórico” (segundo 
parágrafo) com base na mesma regra de pontuação. 
 
GABARITO: CERTO 
“Em caso de condenação, a pena varia de três meses a um ano de detenção e multa”. 
“Em se tratando de ato realizado em monumento ou coisa tombada em virtude de seu valor artístico ou histórico, 
a pena varia de seis meses a um ano de detenção[...]” 
 
Nos dois casos, temos adjuntos adverbiais deslocados para o início do período. 
 
 
 
 
Com relação às ideias e à tipologia do texto CB3A1-I, julgue os itens que seguem. 
 
6 - O texto foi construído com o uso de elementos que caracterizam a tipologia argumentativa. 
 
 
Agora Eu Passo PORTUGUÊS 
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GABARITO: CERTO 
No primeiro período do texto, deparamo-nos com a seguinte afirmação: “As consequências da extinção de línguas 
são diversas e irreparáveis”. Essa frase transparece o ponto de vista do autor. A defesa de um ponto de vista é 
característica dos textos de tipo argumentativo, sendo o referido artigo um exemplo desse tipo textual. 
 
 
7 - Conforme o texto, a ideia de um Brasil monolíngue tem consequência negativa para o reconhecimento da 
verdadeira realidade linguística do país. 
 
GABARITO: CERTO 
Conforme podemos confirmar no seguinte trecho: 
“O desconhecimento da diversidade linguística por grande parte da população brasileira é sustentado pela 
representação de uma suposta unidade da língua portuguesa, ou seja, pela ideia de que a língua portuguesa é a 
única língua falada no país. Essa falta de conhecimento e de valorização leva, por conseguinte, à marginalização 
e à discriminação de grupos falantes de outras línguas." (L. 4 a 10). 
 
 
8 - O autor do texto defende que a extinção de línguas é resultado de vários fatores, entre eles a ausência de 
políticas voltadas à diversidade linguística e o desconhecimento dessa diversidade. 
 
GABARITO: ERRADO 
O autor não afirma que a extinção é resultado da falta de políticas ou desconhecimento dos falantes da 
diversidade linguística do país. O que o autor afirma é que “a falta de conhecimento e de valorização leva, por 
conseguinte, à marginalização e à discriminação de grupos falantes de outras línguas”, nada afirmando sobre o 
seu desaparecimento. 
 
 
9 - Conforme o texto, o sucesso de uma política voltada à sustentabilidade da diversidade linguística depende da 
sua potencialidade de unificar o conhecimento sobre as línguas existentes no Brasil, com o propósito de valorizá-
las e promovê-las. 
 
GABARITO: ERRADO 
O texto não afirma que é necessário a unificação doconhecimento, como sugere a questão, mas a “articulação 
de produção de conhecimento sobre as línguas existentes no território nacional e de valorização e promoção 
dessas línguas” (L. 15 e 17). 
 
 
10 - O texto aponta que a vulnerabilidade das línguas faladas por grupos sociais minoritários relaciona-se ao 
número de falantes dessas línguas e ao grau de conhecimento que se tem acerca delas. 
 
GABARITO: CERTO 
Conforme está expresso no seguinte trecho do texto: 
“As línguas faladas por grupos sociais minoritários requerem atenção especial de uma política de salvaguarda da 
diversidade linguística, pois elas se encontram em posição de maior vulnerabilidade linguística. Tal situação 
decorre não só do fato de essas línguas serem faladas por grupos sociais pouco numerosos, mas também da falta 
de conhecimento sobre elas” (L. 18 a 24). 
 
 
11 - Depreende-se do texto que uma política voltada para a diversidade linguística garante a valorização dessa 
diversidade a partir de ações de desconstrução da suposta riqueza expressiva do português e de conscientização 
da população acerca da realidade linguística do país. 
 
 
GABARITO: ERRADO 
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O texto nada diz sobre “desconstrução da suposta riqueza expressiva do português”. 
 
 
A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB3A1-I, julgue os itens seguintes. 
 
12 - No texto, o adjetivo “diversas” (ℓ.2) foi empregado com o sentido de variadas. 
 
GABARITO: CERTO 
“Diversas” significa algo que é “distinto, múltiplo, variado”. 
Nesse contexto, os dois vocábulos são sinônimos. 
 
 
13 - A locução “por conseguinte” (L.9) introduz no período uma ideia de oposição e equivale à conjunção 
entretanto. 
 
GABARITO: ERRADO 
A conjunção “por conseguinte” tem sentido de conclusão, sendo uma conjunção coordenada conclusiva. 
 
 
14 - Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, em “pois elas se encontram em posição 
de maior vulnerabilidade linguística” (L. 20 e 21), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal 
“encontram”, da seguinte forma: encontram-se. 
 
GABARITO: CERTO 
A ênclise nessa situação não acarretaria em erro gramatical por não existir nenhuma situação de próclise 
obrigatória. 
 
 
15 - Seriam mantidas a correção gramatical e as ideias originais do texto se o período “Tal situação decorre (...) 
de conhecimento sobre elas” (L. 21 a 24) fosse reescrito da seguinte forma: Essa situação não apenas decorre do 
fato dessas línguas serem faladas por grupos sociais pouco numerosos, mas também pela ausência de 
conhecimento sobre elas. 
 
GABARITO: ERRADO 
ORIGINAL: “Tal situação decorre não só do fato de essas línguas serem faladas por grupos sociais pouco 
numerosos, mas também da falta de conhecimento sobre elas”. 
REESCRITA: “Essa situação não apenas decorre do fato dessas línguas serem faladas por grupos sociais pouco 
numerosos, mas também pela ausência de conhecimento sobre elas”. 
 
Apesar de não acarretar mudança de sentido, a reescrita apresenta erros gramaticais. O uso de “dessas línguas” 
é inadequado para essa situação, por “essas línguas” ser sujeito da forma verbal “serem faladas” e nenhum sujeito 
pode ser precedido de preposição. 
O outro erro está no uso da preposição “por” em “pela ausência”, pois essa expressão é complemento do verbo 
“decorrer”, o qual exige a preposição “de” para seus complementos. 
 
 
16 - No texto, a expressão “Colocar no mapa” (L.24) pode ser entendida tanto como Mapear geograficamente 
quanto como Trazer ao conhecimento público. 
 
GABARITO: CERTO 
“Colocar no mapa as centenas de línguas ainda ocultadas pela representação majoritária de um país com uma 
única língua talvez seja o caminho mais significativo para o reconhecimento das línguas como patrimônio 
cultural”. 
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Ao “colocar no mapa”, o autor pretende que seja feito o uso da cartografia (mapear geograficamente) para trazer 
ao conhecimento público. 
 
 
 
 
De acordo com as ideias do texto CB3A1-II, 
 
17 - O Estado destaca-se como protagonista na tarefa de guarda da memória de uma nação. 
 
GABARITO: CERTO 
Conforme podemos confirmar na seguinte passagem do texto: 
“O Estado, como poder legítimo instituído, que zela pelo bem da coletividade, torna-se o principal agente nesse 
processo de guarda da memória” (L. 19 a 22). 
 
 
18 - Por ter unificado pessoas, culturas e territórios a partir de um ideal de nação, a história, entendida como área 
do conhecimento, tornou-se o elemento garantidor da legitimidade dos Estados-nações. 
 
GABARITO: ERRADO 
A história foi um elemento garantidor, não o elemento garantidor. Outros elementos também foram necessários 
para construir a ideia de nação. 
 
“Nesse contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação[...]” (L. 11 e 12). 
 
 
19 - É possível que um elemento caracterizado como resquício do passado e como testemunho das experiências 
e da capacidade criativa de um povo venha a ser tratado como patrimônio da nação. 
 
GABARITO: CERTO 
Com base na seguinte passagem do texto: 
"Com isso, voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que restou do passado, que constitui vestígio das 
experiências vividas e do potencial de criação de um povo, pode vir a se tornar patrimônio da nação." (L. 22 a 25). 
 
 
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20 - A ideia de patrimônio cultural surgiu inicialmente na Europa, como resposta à criação dos Estados-nações e 
à definição da história como área do saber. 
 
GABARITO: ERRADO 
O texto não permite que seja afirmada a posição de que a ideia de patrimônio surgiu inicialmente na Europa, pois 
nele não há a delimitação do espaço em que isso aconteceu. 
 
 
Julgue os seguintes itens, a respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1-II. 
 
 
21 - O sinal de dois-pontos na linha 9 e o travessão na linha 17 foram empregados com a mesma finalidade: 
introduzir uma enumeração que fornece detalhes acerca do conceito de “nação” explorado no texto. 
 
GABARITO: ERRADO 
“Para unificar populações, culturas, territórios, foi preciso elaborar a própria ideia de nação, que se fundamenta 
em alguns elementos estruturantes: um conjunto de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem 
comum, uma única identidade”. 
 
“A concepção do passado como “herança da nação” está dada como fundamento mesmo da possibilidade de 
futuro — e, nesse sentido, é necessário preservá-lo, garantir a existência de seus vestígios e sinais, para usufruto 
das gerações que virão” 
 
No primeiro caso, temos os dois-pontos antecedendo um aposto enumerativo, enquanto que, no segundo caso, o 
travessão isola um aposto explicativo. 
 
 
22 - As formas pronominais “suas”, em “suas origens” (L.13), e “a”, em “que a constituía” (L.14), remetem ao 
mesmo referente: “ideia de nação” (L.12). 
 
GABARITO: ERRADO 
“Nesse contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação, pois era preciso buscar 
suas origens no passado, evidenciando a continuidade, o caráter e a força do povo que a constituía” 
 
As formas pronominais em destaque têm o mesmo referente: a palavra “história”. 
 
 
23 - A substituição da forma verbal “partilha” (L.9) por partilham preservaria a correção gramatical do texto. 
 
GABARITO: CERTO 
“um conjunto de pessoas que partilha uma cultura”Com expressões partitivas, a concordância pode ser feita com a expressão (um conjunto), ficando o verbo no 
singular, ou com o núcleo do termo determinante (das pessoas). 
 
 
24 - Na linha 18, o termo “de seus vestígios e sinais” qualifica o substantivo “existência”. 
 
GABARITO: ERRADO 
“De seus vestígios” é complemento nominal de “existência”. 
 
 
 
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25 - O emprego do sinal indicativo de crase em “à ideia de patrimônio” (L.22) é facultativo, razão por que a 
supressão desse sinal manteria o sentido original do texto e sua correção gramatical. 
 
GABARITO: ERRADO 
“[...]voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que “restou” do passado [...]” 
O verbo “voltar” exige a preposição a. Sendo “ideia” uma palavra feminina, precedida pelo artigo a, a crase é 
obrigatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA 7 
 
 
 
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 
 
1 - O termo “Desenvolveram-se” (L.5) poderia ser substituído pela locução Foram desenvolvidos, sem prejuízo 
do sentido e da correção gramatical do texto. 
 
GABARITO: CERTO 
Em “desenvolveram-se”, temos a voz passiva sintética (VTD + SE). Em “foram desenvolvidos”, temos a voz passiva 
analítica (SER + PARTICÍPIO). Essas duas vozes são sintaticamente e semanticamente equivalentes, o que não 
ocasionaria prejuízo gramatical ou mudança de sentido ao texto. 
 
 
2 - A “rede mundial de computadores” a que o autor se refere nas linhas 16 e 17 do texto corresponde à Internet. 
 
GABARITO: CERTO 
Internet e “rede mundial de computadores” são termos equivalentes. 
 
 
3 - As formas pronominais “os quais” (L.9) e “a qual” (L.16) referem-se, respectivamente, a “portadores físicos” 
(L.8) e “situação” (L.15). 
 
GABARITO:ERRADO 
O termo “os quais” retoma “objetos”: “[...]independentemente também dos objetos sobre os quais informava 
[...]”. 
Enquanto que “a qual” retoma “mudança”: “A mudança de situação sobre a qual se informava [...]” 
 
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4 - A supressão do acento indicativo de crase em “à própria noção de ‘viagem’” (L.18) manteria os sentidos e a 
correção gramatical do texto. 
 
GABARITO: ERRADO 
A expressão “pôs fim” exige a preposição “a”. Sendo “a própria noção de viagem” complemento de “pôs fim”, a 
crase torna-se obrigatória. 
 
 
5 - A substituição do conectivo “Afinal” (L.16) por Contudo manteria os sentidos originais do texto. 
 
GABARITO: ERRADO 
“Afinal” é uma conjunção de valor conclusivo, enquanto “contudo” é uma conjunção de valor adversativo. A 
mudança traria mudança aos sentidos originais do texto. 
 
 
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem. 
 
6 - No trecho “pairava ofegante num beiral de telhado” (L. 2 e 3), o verbo pairar está empregado com o mesmo 
sentido de ameaçar. 
 
GABARITO: ERRADO 
“Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros (beirais de telhado) 
com dificuldade [...]” 
Nessa construção, a forma verbal “pairava” tem sentido de “estar sobre”. 
 
 
7 - As palavras que formam a frase “Estúpida, tímida e livre” (R.6) qualificam o ser que é o tema do texto: a galinha. 
 
GABARITO: CERTO 
“Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia em suas vísceras que fazia 
dela um ser? A galinha é um ser”. 
O tema do texto é a galinha. Além disso, os períodos seguintes confirmam que as características citadas se referem 
à galinha. 
 
 
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8 - No trecho “É verdade que não se poderia contar com ela para nada” (L. 8 e 9), o uso da próclise justifica-se 
pela presença da palavra negativa “não”. 
 
GABARITO: CERTO 
Palavras negativas (não, nunca, ninguém, jamais) são fatores de próclise obrigatória. 
 
 
9 - O trecho “enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade” (L. 3 e 4) mostra que havia uma perseguição à 
galinha pelos telhados da casa. 
 
GABARITO: CERTO 
O verbo “galgar” significa “andar com passadas largas como um galgo”. O termo “galgo” tem sua origem 
etimológica no latim gallĭcus, termo usado para denominar os cães levados de Roma para a Gália. A presença 
desse termo (galgar) confere ao período uma ideia de uma perseguição do jovem à galinha tal qual a de um cão 
que persegue sua caça. 
 
 
10 - No trecho “Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista” (L. 9 e 10), existe uma relação de 
oposição entre as orações que compõem o período. 
 
GABARITO: ERRADO 
O conectivo “como” dá uma ideia de comparação (“tal qual”, “igual a”), não de oposição. 
 
 
11 - O trecho “Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante 
outra tão igual como se fora a mesma” (L. 10 a 13) nos remete à ideia de que a personagem já estava certa de sua 
morte e substituição. 
 
GABARITO:ERRADA 
Essa questão trata a galinha como ser consciente de sua realidade, o que não é verdade, pois o texto a descreve 
como “estúpida” (L. 3), ou seja, desconhecedor de sua condição 
 
 
Julgue os próximos itens, com base no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR). 
 
12 - O MRPR prevê somente dois fechos diferentes para as modalidades de comunicação oficial entre autoridades 
da administração pública: Respeitosamente, caso o destinatário seja autoridade de hierarquia superior à do 
remetente; e Atenciosamente, caso o destinatário seja autoridade de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior 
à do remetente. Ficam excluídas dessa norma as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem 
a rito e tradição próprios. 
 
GABARITO: CERTO 
A questão apenas transcreveu aquilo que está escrito na 3ª edição do MRPR, item 5.1.7., página 31. 
a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: 
Respeitosamente, 
b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: 
Atenciosamente, 
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e 
tradição próprios. 
 
 
 
 
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13 - Os assuntos objetos dos expedientes oficiais devem ser tratados de forma estritamente impessoal, uma vez 
que a redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse 
geral dos cidadãos. 
 
GABARITO: CERTO 
A questão apenas transcreveu aquilo que está escrito na 3ª edição do MRPR, item 3.5, página 20. 
A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral 
dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de outra forma 
que não a estritamente impessoal.Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue os itens a seguir. 
 
14 - O texto apresentado é predominantemente descritivo, já que exemplifica uma das acepções do termo ritual. 
 
GABARITO: ERRADO 
Há, no texto, a predominância da argumentação, pois o autor defende a tese de que o ser humano trata o termo 
“ritual” como algo formal, antigo, sem valor. 
 
 
15 - A substituição do trecho “se for considerado” (L.12) por quando considerado preservaria a coerência e a 
correção gramatical do texto. 
 
GABARITO: CERTO 
A questão não comenta nada sobre a mudança de sentido, apenas afirma que a correção gramatical e a coerência 
(lógica das ideias) seriam mantidas, apesar de se tratarem de conectores de diferentes classificações (se – 
condição/ quando – tempo). 
Portanto, a correção gramatical e a coerência seriam mantidas, mesmo existindo uma mudança de sentido. 
 
 
16 - A acepção de ritual empregada nos dois primeiros períodos do texto afasta-se, segundo a autora, do sentido 
corrente dessa palavra, explorado no restante do texto. 
 
Agora Eu Passo PORTUGUÊS 
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GABARITO: CERTO 
Nos dois primeiros períodos do texto 
“Em qualquer tempo ou lugar, a vida social é sempre marcada por rituais” (L. 1) 
“Essa afirmação pode ser inesperada para muitos” (L. 2 e 3)~ 
 
A autora defende uma noção de “ritual” diferente da ideia usual de ser algo ultrapassado, arcaico, conforme ela 
afirma no final do texto: “Em suma, usamos o termo ritual no dia a dia com uma conotação de fenômeno formal 
e arcaico” (L. 21 e 22). Desse modo, logo no início do texto, a autora deixa claro que defende uma ideia de que os 
rituais é algo que faz parte do nosso cotidiano. 
 
 
17 - A substituição da conjunção “porque” (L.3) pela locução de modo que preservaria os sentidos originais do 
texto. 
 
GABARITO: ERRADO 
A conjunção “porque” é causal, enquanto que a locução conjuntiva “de modo que” é consecutiva (valor de 
consequência). Se fosse feita a substituição, haveria mudança de sentido. 
 
 
18 - No trecho “em relação à expectativa de um importante comunicado” (L. 12 e 13), a retirada do sinal indicativo 
de crase no vocábulo “à” prejudicaria a correção gramatical do texto. 
 
GABARITO: CERTO 
O termo “em relação” exige a preposição “a”. Como “expectativa” é uma palavra feminina, a crase é obrigatória. 
Em relação a + a expectativa = em relação à expectativa. 
 
 
19 - A expressão “sua relevância” (L.8) refere-se a “rituais” (L.5). 
 
GABARITO: CERTO 
“Em geral, consideramos que rituais seriam eventos de sociedades históricas, da vida na corte europeia, por 
exemplo, ou, em outro extremo, de sociedades indígenas. Entre nós, a inclinação inicial é diminuir sua relevância” 
(L. 5 a 8) 
 
Para descobrir o referente de “sua relevância”, faça a pergunta ao verbo que ele completa: “diminuir o quê? A 
relevância. E a relevância de quem? Dos rituais”. 
 
 
20 - Depreende-se do trecho “Tudo se passa como se nós, modernos, guiados pela livre vontade, estivéssemos 
liberados desse fenômeno do passado” (L. 19 a 21) que a autora, ao se declarar moderna, repudia o que pertence 
ao passado. 
 
GABARITO: ERRADO 
A autora, em momento algum, se posiciona como se repudiasse o passado. Ao usar o termo “modernos”, ela, de 
certa forma, está sendo irônica, pois quer mostrar que, apesar toda a tecnologia que temos, não conseguimos nos 
desprender do passado, tendo sido graças a ele que chegamos onde estamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 - O texto defende que, em uma manifestação social, o ritual é a dimensão que mais contribui para a 
transmissão dos valores e conteúdos implicados nessa manifestação. 
 
GABARITO: ERRADO 
Conforme afirma o próprio texto: “Ritual, nesse caso, é a dimensão menos importante de um evento, sinal de uma 
forma vazia, algo pouco sério [...]” (L. 13), ou seja, seria o que menos contribui para essa transmissão de valores, 
segundo a autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROVA 8 
 
 
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 
 
1 - Depreende-se do texto que a psicologia experimental é uma área do conhecimento científico que concorda 
com a tese do caráter hereditário do racismo em humanos. 
 
GABARITO: ERRADO 
O texto se baseia na ideia de que o racismo é algo que não se sustenta cientificamente, algo que, inclusive, é 
comprovado pela psicologia experimental, conforme podemos perceber no seguinte trecho: 
“Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamento dos animais, 
poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutiva — apesar de não existirem, nos animais, 
traços de preconceito ou discriminação propriamente dita” 
Ou seja, existia a possibilidade de a psicologia experimental encontrar algum traço de racismo adotado pelos 
animais, mas isso é descartado logo em seguida. 
 
 
 
Agora Eu Passo PORTUGUÊS 
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2 - A professora doutora Patrícia Izar destaca que, no reino animal, o que motiva o comportamento agressivo 
típico dos macacos para a proteção do grupo é análogo ao que motiva o ser humano a ter uma atitude racista. 
 
GABARITO: ERRADO 
A fala da doutora Patrícia Izar deixa claro que não há nenhuma ação no reino animal que seja análoga (= parecida, 
semelhante) com as atitudes racistas desempenhadas por alguns seres humanos. 
“Nós não identificamos em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente porque preconceito é uma 
construção verbal e social típica das culturas humanas” (l. 23 a 26). 
 
 
3 - O emprego de aspas no vocábulo ‘raças’ (L.38), na fala do geneticista Sérgio Pena, reproduz a intenção desse 
pesquisador de demonstrar a inadequação da palavra no contexto apresentado por ele. 
 
GABARITO: CERTO 
Conforme podemos constatar no próprio texto: 
“O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: ‘Ao postular a existência de uma natureza 
humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e chauvinista, esses discursos 
geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade natural. Isso não é verdade. Pelo contrário, as 
‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificativa biológica e não passam de uma invenção muito recente na 
história da humanidade’”. 
 
As aspas podem ser usadas para reforçar que o seu uso é datado, demonstrando a discordância entre os estudos 
evolutivos e uso inadequado do termo. 
 
 
4 A substituição da forma verbal “seja” (L.3) por é manteria a coerência e a correção gramatical do texto. 
GABARITO: CERTO 
 
ORIGINAL: “Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de que 
o preconceito seja um conceito aprendido”. 
 
REESCRITA: “Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de que 
o preconceito é um conceito aprendido”. 
 
Observe que a questão pergunta se a mudança manteria a coerência e a correção, nada é mencionada

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