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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR M. DIAS BRANCO S/A. INDÚSTRIA DE COMÉRCIO E ALIMENTOS PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV SÃO PAULO 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR M. DIAS BRANCO S/A. INDÚSTRIA DE COMÉRCIO E ALIMENTOS PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV ALUNA: LARISSA MARIA BONA R.A: 1883334 Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior. Orientador: _________________________________ SÃO PAULO 2020 RESUMO BONA, Larissa Maria. Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV. M. Dias Branco S/A. Indústria de Comércio e Alimentos. Pré-requisito para aprovação no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior. Universidade Paulista, São Paulo, 2020. O objetivo deste trabalho é demonstrar na prática a assimilação dos conceitos teóricos ensinados nas disciplinas de Teoria e Prática Cambial, Sistemática de Importação e Exportação e Dinâmica das Relações Interpessoais do Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior. Para tanto, escolheu-se a empresa M. Dias Branco S/A. Indústria de Comércio e Alimentos para ser objeto dos estudos de caso propostos pelo Manual do PIM IV. Assim sendo, além da apresentação da empresa, foi feito um relatório sobre hedges cambiais, um relatório sobre os Incoterms mais favoráveis aos importadores, um exercício proposto pelo Laboratório de Importação e Exportação da UNIP, e uma análise da política de gestão de pessoas da M. Dias Branco. O trabalho foi elaborado mediante pesquisa bibliográfica e documental. Palavras chave: Comércio Exterior. Teoria e Prática Cambial. Sistemática de Importação e Exportação. Dinâmica das Relações Interpessoais. M. Dias Branco S/A. Industria de Comércio e Alimentos. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 1 M. DIAS BRANCO S/A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS ................... 6 2 TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL ............................................................................... 9 2.1 Hedge cambial ................................................................................................. 10 3 SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ........................................... 11 3.1 Relatório gerencial sobre a prática empresarial da entidade ........................... 11 3.2 Atividade do Laboratório de Importação e Exportação ..................................... 12 4 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................... 16 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 20 5 INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é verificar a assimilação prática da teoria ensinada nas disciplinas de Teoria e Prática Cambial, Sistemática de Importação e Exportação e Dinâmica das Relações Interpessoais, por meio do estudo de caso da M. Dias Branco S/A. Industria e Comércio de Alimentos. Assim sendo, com base na pesquisa bibliográfica, através de apostilas, artigos jornalísticos e científicos publicados na internet, e documental, caracterizada pela informação encontrada no website da empresa, este trabalho compõem-se de introdução, quatro capítulos e conclusão. No primeiro capítulo é feita a apresentação da M. Dias Branco, com a descrição de sua estrutura societária e física, segmento de mercado, histórico e sua atuação com comércio exterior. O segundo capítulo traz um relatório sobre os hedges cambiais, adotados pela M. Dias Branco para se defender da oscilação do dólar, como forma de comprovar os conhecimentos apreendidos na disciplina de Teoria e Prática Cambial. No terceiro capítulo, é feito um relatório sobre os Incoterms que são mais favoráveis aos importadores, considerando que a principal atividade de comércio exterior da empresa é a importação de matéria-prima, e um exercício proposto pelo Laboratório de Importação e Exportação da UNIP, para evidenciar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Sistemática de Importação e Exportação. Da mesma forma, no quarto capítulo fez-se uma análise da política de gestão de pessoas da organização, expressando os conhecimentos auferidos na disciplina de Dinâmica das Relações Interpessoais. E na conclusão são demonstradas de forma resumida os resultados de todas as análises feitas em cada um dos capítulos. 6 1 M. DIAS BRANCO S/A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS O objeto de estudo do presente Projeto Integrado Multidisciplinar é a M. Dias Branco S/A. Industria e Comércio de Alimentos, popularmente conhecida como M. Dias Branco. Trata-se de uma sociedade anônima de capital aberto com ações negociadas no segmento do Novo Mercado na B3 e que atua nos segmentos de “biscoitos, massas, farinhas e farelos de trigo, mistura para bolos, margarinas e cremes vegetais, bolos, snacks de milho e trigo, torradas, cobertos de chocolate (biscoitos), bits de cereais e refresco em pó.” (M.DIAS BRANCO, 2020). A empresa iniciou suas atividades em 1936, quando o português Manuel Dias Branco chega em Fortaleza – CE com sua família e funda a Padaria Imperial. Em 1940, a empresa passa a ter a razão social M. Dias Branco & Irmãos, depois que Manuel se associa a seus irmãos José e Orlando. Em 1951, a Padaria Imperial transfere-se para novas instalações e passa a se chamar Padaria Fortaleza. Em 1953, ano em que o filho de Manuel, Francisco Ivens, entra na sociedade, é fundada a Fábrica Fortaleza, dando início às atividades industriais da empresa no segmento de massas alimentícias. Na década de 1960, a Fábrica Fortaleza se converte em uma sociedade anônima com a razão social de M. Dias Branco S/A Comércio e Indústria e passa por um processo de modernização do seu parque fabril, lançando novos produtos e ampliando sua área de atuação. Com isso, já na década de 1970, a Fábrica Fortaleza se torna líder de mercado no Norte e Nordeste, bem como se torna a terceira empresa mais importante no seu segmento nacionalmente. 7 Na década de 1980, é fundada uma nova sede Fábrica Fortaleza no município de Aquiraz – CE, para onde é transferida todas as atividades da empresa e novas linhas de produtos são criadas. Em 1992, a empresa funda o seu primeiro moinho de trigo na cidade Fortaleza, o que significa “um marco para o mercado de farinha de trigo e seus derivados no país” (M. DIAS BRANCO, 2018) e, também, o início da estratégia de verticalização da organização. Nos anos 2000, com a instalação do segundo moinho da empresa na cidade de Natal – RN, há a ampliação do processo de verticalização e também um movimento de expansão dos segmentos de negócios da organização através da inauguração de novas unidades industriais e aquisição de outras empresas em outros Estados do país, inclusive fora do Nordeste. Em 2006, o capital da M. Dias Branco é aberto e suas ações passam a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F/BOVESPA) no Novo Mercado, que é o segmento da bolsa que reúne as empresas com melhores níveis de governança corporativa do mercado. Atualmente, com mais de 65 anos de história e sede no Ceará, a M. Dias Branco é a líder no mercadonacional de alimentos com trigo, com cerca de 34% do market share da categoria. No que tange à sua força de trabalho, conta com mais de 17.500 funcionários distribuídos em 15 industrias e diversas unidades de comercialização e distribuição dentro do país, bem como possui três subsidiárias no exterior (Argentina, Uruguai e Estados Unidos) com o objetivo de adquirir matéria prima para as indústrias instaladas no Brasil. Inevitavelmente, esta empresa é atuante no comércio exterior, haja vista que sua principal matéria prima é o trigo que, por se tratar de uma das poucas culturas 8 que o Brasil ainda não é autossuficiente, obrigatoriamente tem que ser importado de outros países. No entanto, a sua atuação no mercado internacional não se resume à importação de matéria prima, pois a empresa também exporta seus produtos para o exterior e tem a meta de alcançar 5% da receita líquida com exportações até 2022. 9 2 TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL No que tange à Teoria e Prática Cambial, é solicitado no Manual do PIM IV que seja feito um relato empresarial sobre a empresa objeto deste trabalho e que seja dada sugestões de melhoria das suas práticas cambiais para pelo menos um dos itens ali listados. Infelizmente, a M. Dias Branco não disponibiliza publicamente dados sobre suas práticas cambiais, de modo que seja possível fazer um relato empresarial mais detalhado. No entanto, considerando que se sabe que sua principal matéria-prima é o trigo, que obrigatoriamente tem que ser importado de outros países, pode-se facilmente deduzir que a M. Dias Branco faz uso dos hedges cambiais para se defender das oscilações do câmbio, ainda mais no cenário atual no qual a pandemia, a política econômica do governo e a taxa de juros do Banco Central têm empurrado a cotação do dólar para as alturas. De fato, em entrevista publicada no website Notícias Agrícolas, o vice- presidente de investimentos e controladoria da empresa, Gustavo Lopes Theodozio, contou que a disparada do dólar impactou a sua margem de lucro, pois encareceu o preço do trigo e, por isso, a M. Dias Branco trabalha com hedge cambial como medida de proteção, já que no cenário de recessão e instabilidade que se vive não é possível repassar os custos do câmbio em sua totalidade ao consumidor. Assim sendo, este trabalho se propõe a desenvolver o tema do hedge cambial, destacando sua importância nas operações de comércio exterior, em especial na importação, que é a principal atividade desenvolvida pela empresa objeto deste estudo. 10 2.1 Hedge cambial Hedge é uma palavra de origem inglesa que significa cerca. No meio financeiro, esta palavra significa proteção. Portanto, hedge cambial significa proteção cambial. No contexto do comércio internacional, considerando que os preços e as moedas dos países oscilam muito, as empresas que importam e exportam fazem uso dessa ferramenta para diminuir o impacto dessas oscilações na sua margem de lucro. Por exemplo, uma empresa importadora fechou um contrato de compra de uma mercadoria que vale US$ 1.000.000,00 para ser pago em 60 dias. Na data da assinatura do contrato, o dólar estava cotado a R$ 5,00, logo, a mercadoria estava avaliada em R$ 5.000.000,00. Porém, dia do pagamento, o dólar aumentou para R$ 5,50, de modo que o custo da mercadoria passou a ser de R$ 5.500.000,00. Ou seja, seu custo de compra aumentou em R$ 500.000,00. Portanto, as empresas importadoras como a M. Dias Branco precisam fazer uso de hedges cambiais, que são contratados junto a instituições financeiras, para evitar estes tipos de surpresas e ter uma certa previsibilidade em seu planejamento financeiro. Um tipo de hedge cambial é o contrato a termo, também conhecimento como contrato NDF (non-deliverable forward). Nele, o importador contrata um câmbio fixo, com um valor maior que a cotação à vista, com uma instituição financeira para comprar determinada mercadoria a prazo. Se a cotação do câmbio na data do pagamento for maior que a fixada no contrato, o banco paga a diferença. Se a cotação do câmbio na data do pagamento for menor que a fixada no contrato, o importador paga o valor que consta no contrato. Assim sendo, no exemplo anterior, no momento da compra da mercadoria de US$ 1.000.000,00, a empresa importadora também firmou um contrato NDF com um banco, fixando o câmbio em R$ 5,10. Na data do pagamento, muito embora a cotação do dólar fosse R$ 5,50, a importadora gastou apenas R$ 5.100.000,00. 11 3 SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO No que se refere à disciplina de Sistemática de Importação e Exportação, é solicitado no Manual do PIM IV que seja desenvolvido um relatório gerencial sobre a prática empresarial da empresa objeto deste estudo. Para além disso, o Manual do PIM IV também determina que seja feita atividade proposta no Laboratório de Importação e Exportação. 3.1 Relatório gerencial sobre a prática empresarial da entidade Infelizmente, a M. Dias Branco não disponibiliza publicamente dados sobre suas atividades de importação e exportação, de modo que seja possível fazer um relato empresarial mais detalhado. Porém, considerando que sua principal operação de comércio exterior é a importação de trigo, este trabalho listará as Incoterms que são mais favoráveis aos importadores. Criados pela CCI – Câmara de Comércio Internacional, conceitua-se os International Commerce Terms – Incoterms como: Os Incoterms são termos de vendas estabelecidos internacionalmente, criados para administrar conflitos que possam existir devido à interpretação de contratos internacionais de compra e venda, nos quais envolvem transporte de produtos e seus respectivos custos, além da responsabilidade sobre perdas e danos que possam ocorrer, definindo os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto- padrão de definições e determinando regras uniformes e práticas imparciais. (GORNI NETO, 2019). Os Incoterms são agrupados em quatro categorias (E, F, C e D), sendo as mais favoráveis aos importadores aqueles que pertencem aos grupos C e D, os quais relacionam-se abaixo: 12 a) CFR (Cost and freight): o exportador tem a obrigação de colocar a mercadoria desembaraçada a bordo do navio no porto de origem e pagar o transporte. Cabe ao importador arcar com as despesas de seguro; b) CIF (Cost, insurance and freight): além das obrigações previstas no CFR, o exportador também tem que pagar o seguro; c) CPT (Carriage paid to): assim como no CFR, o exportador paga as despesas de embarque e o frete internacional até o local de destino. O risco de perdas e danos é transferido ao importador no momento que a mercadoria é entregue ao transportador; d) CIP (Carriage and insurance paid to): o exportador paga as despesas de embarque e do frete até o local de destino e as despesas com seguro até o local de destino indicado; e) DAP (Delivered at place): as mercadorias são entregues ao importador no porto de destino, ainda dentro do navio, antes do desembaraço da importação; f) DAT (Delivered at terminal): as mercadorias são entregues ao importador fora do navio, em um terminal portuário ou em galpão fora do porto de destino, mas antes do desembaraço da importação; g) DDP (Delivery Duty Paid): o exportador assume o compromisso de entregar a mercadoria já desembaraçada para importação. Ou seja, além dos custos com transporte e seguro, o exportador também arca com os custos de desembaraço da importação e impostos no país do importador. É o Incoterm no qual o exportador possui mais obrigações; 3.2 Atividade do Laboratório de Importação e Exportação Parte I: Os Incoterms possuem uma diferenciaçãobastante clara entre os termos utilizados para os diversos meios de transporte e aqueles utilizados apenas no transporte marítimo. Sob as novas regras na revisão 2010. 13 1. Baseado no livro-texto, preencha as Lacunas existentes: INCOTERMS Grupos Siglas Descrições Indicação de entrega E: saída ou embarque EXW Ex works (Na origem) O exportador coloca a mercadoria à disposição do importador em seu domicílio, sem o desembaraço para exportação. F: frete e/ou seguro pagos pelo importador (embarque) FCA Free carrier (Livre no transportador) O exportador entrega a mercadoria desembaraçada para exportação ao transportador no local de origem. FAS Free alongside ship (Livre ao lado do navio) O exportador entrega a mercadoria desembaraçada para exportação ao longo do costado do navio. FOB Free on board (Livre a bordo) O exportador entrega a mercadoria desembaraçada para exportação a bordo do navio. C: frete e/ou seguro pagos pelo exportador (embarque) CFR Cost and freight (Custo e frete) O exportador entrega a mercadoria a bordo do navio e paga os custos e o frete para que ela seja entregue no porto de destino. CIF Cost, insurance and freight (Custo, seguro e frete) O exportador entrega a mercadoria a bordo do navio e paga os custos, o frete e o seguro relativos ao seu transporte até o porto de destino. CPT Carriage paid to (Transporte pago até) O exportador entrega a mercadoria desembaraçada para exportação ao transportador no local de origem e também paga o frete e custos necessários para que a mercadoria seja levada até o destino combinado. CIP Carriage and insurance paid to (Transporte e seguro pagos até) O exportador entrega a mercadoria desembaraçada para exportação ao transportador no local de origem e também paga o seguro, frete e custos necessários para que a mercadoria seja levada até o destino combinado. D: chegada ou desembarque DAP Delivered at place (Entregue no local) O exportador entrega a mercadoria ao importador no porto de destino, ainda dentro 14 do navio, antes do desembaraço de importação. DAT Delivered at terminal (Entregue no terminal) O exportador entrega a mercadoria ao importador em um terminal no local de destino, mas sem desembaraçar para importação. DDP Delivered duty paid (Entregue com direitos pagos) O exportador entrega a mercadoria desembaraçada para importação ao importador no destino. 2. Quais Incoterms podem ser utilizados em qualquer modal de transporte? Resposta: EXW, FCA, CPT, CIP, DAT, DAP e DDP. 3. Quais Incoterms são utilizados exclusivamente em meios de transporte marítimo ou águas internas? Resposta: FAS, FOB, CFR e CIF. 4. Para a escolha dos Incoterms adequados, quais itens devem ser observados? Resposta: Deve ser observada negociação comercial de compra e venda da mercadoria, o meio de transporte e serviços logísticos, as obrigações e responsabilidades que cada parte pretende assumir e sua incorporação no preço final do produto, bem como competitividade para contratação de transporte seguro. Parte II: Referente aos Impostos de Importação (I.I.), Impostos sobre Produtos Industrializados (I.P.I) e Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (I.C.M.S), faça o cálculo e complete as lacunas. 5. Cálculo de I.I Valor FOB US$ 1.000,00 Valor Frete US$ 200,00 Valor Seguro US$ 5,00 Valor CIF US$ 1.205,00 Base de cálculo CIF x 1,70 (taxa cambial) R$ 2.048,50 Aliquota de 10% R$ 204,85 15 6. Cálculo de I.P.I Valor CIF R$ 2.048,50 Valor imp. imp R$ 204,85 Base de cálculo R$ 2.253,35 Alíquota de 10% R$ 225,34 7. Cálculo de I.C.M.S Valor CIF R$ 2.048,50 Valor imp. imp. (I.I) R$ 204,85 Valor IPI R$ 225,34 Total R$ 2.478,69 Fator de cálculo R$ 0,82 Nova base de cálculo (R$ 2.478,69 ÷ 0,82) R$3.022,79 Alíquota de 18% R$ 544,10 16 4 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS No que se refere à disciplina de Dinâmica das Relações Interpessoais, é pedido no Manual do PIM IV que seja feita uma análise da gestão de pessoas na empresa a fim de verificar a) Qual a teoria motivacional se encaixa nas relações existentes na organização; b) Se os líderes são democráticos ou autocráticos, se dão feedback aos colaboradores e se administram conflitos de maneira a otimizar o trabalho em grupo; c) Se a pesquisa faz pesquisa de clima organizacional e se ela é eficaz e traz resultados para a empresa. Antes de adentrar na análise e verificar os elementos solicitados pelo Manual do PIM IV, é preciso estabelecer alguns conceitos. O primeiro deles é a definição de teorias motivacionais, que são as teorias que têm por objetivo identificar e analisar os fatores que motivam e estimulam determinados comportamentos nas pessoas. Por isso, vale ressaltar que as principais teorias motivacionais são a de Abraham Maslow e a de Frederick Herzberg. Na teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, existe uma hierarquia de necessidades humanas que funciona em uma pirâmide, de modo que as mais primárias ficam na sua base e as mais sofisticadas ficam no seu topo. A medida que as pessoas satisfazem suas carências mais básicas, elas passam a ter necessidade de suprimir suas carências mais sofisticadas. No caso das empresas, a princípio, um trabalhador começa a trabalhar para ter dinheiro para comprar comida, dar um teto a sua família e satisfazer suas necessidades básicas. Depois que ele supre tais necessidades, ele passa a querer estabilidade no trabalho, oportunidades de crescimento, reconhecimento profissional 17 e etc. Então, dentro desta teoria, é preciso que as empresas recompensem seus funcionários adequadamente, para que não se sintam frustrados. No caso da M. Dias Branco, pode-se afirmar que ela adota esta teoria, haja vista que consta das suas práticas de gestão de pessoas: a) Um programa de participação nos lucros e resultados que contempla todos os funcionários; b) Um programa para incentivar a manutenção do estilo de vida saudável dos colaboradores dentro e fora do ambiente de trabalho; e c) Um programa de parceria com outras empresas para proporcionar descontos exclusivos aos colaboradores na compra de produtos e serviços. Já na teoria da motivação de Herzberg, ele defende que o rendimento dos funcionários varia de acordo com sua satisfação no trabalho e existem dois fatores responsáveis por essa satisfação: os fatores motivadores e os fatores higiênicos. Os fatores motivadores “estão relacionados ao cargo ocupado pelo empregado, ao trabalho, ao status, à responsabilidade exigida, a reconhecimento e progresso profissionais.” (ARTEN, 2020). E os fatores higiênicos “referem-se às condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os regulamentos internos etc.” (ARTEN, 2020). Neste contexto, também se pode afirmar que a M. Dias Branco adota essa teoria em sua gestão de pessoas, pois possui: a) Uma universidade corporativa para capacitar e treinar seus funcionários; b) Um programa de acompanhamento mensal dos desempenhos dos seus colaboradores; e 18 c) Um programa de seleção interna que prioriza os colaboradores que já trabalham na empresa no preenchimento de novas vagas, possibilitando a construção de uma carreira dentro da organização. No que se refere ao questionamento sobre se os líderes da M. Dias Branco são democráticos ou autocráticos, se dão feedbackaos colaboradores e se administram conflitos de maneira a otimizar o trabalho em grupo, pode-se afirmar que sim, pois a empresa tem como prática: a) Promover encontros para discutir temas como carreira, valores, estratégias, perspectivas e etc. entre líderes e grupos de colaboradores; b) Promover reuniões periódicas com porta-vozes de grupos de colaboradores para dialogar sobre assuntos de interesse comum destes com a organização em cada unidade industrial; e c) Um programa de gestão de desempenho que estimula a prática de feedback entre gestores e suas equipes. E, por fim, relativamente à pesquisa de clima organizacional, esclarece-se que se trata de uma metodologia para medir o nível de satisfação dos colaboradores com o clima organizacional que, segundo Arten (2020, p. 24), refere-se “ao ambiente interno existente entre as pessoas que convivem no meio empresarial e está relacionado com o grau de motivação de seus participantes”. Neste sentido, vale ressaltar que a M. Dias Branco periodicamente contrata consultorias especializadas para realizar pesquisa de clima organizacional entre os colaboradores, de maneira que seus resultados são utilizados em planos de ação para melhorar o ambiente de trabalho. Considerando que a avaliação da empresa é de 4 estrelas com recomendações em sua maioria positivas no website Glassdoor, no qual funcionários e ex-funcionários avaliam empresas anonimamente, pode-se deduzir que as pesquisas de clima organizacional da M. Dias Branco tem trazido resultados. 19 CONCLUSÃO O objetivo deste Projeto Integrado Multidisciplinar IV foi verificar a assimilação prática dos conceitos teóricos ensinados nas disciplinas de Teoria e Prática Cambial, Sistemática de Importação e Exportação e Dinâmica das Relações Interpessoais, por meio do estudo de caso de uma empresa real. Inicialmente, foi feita uma apresentação da empresa objeto deste estudo, a M. Dias Branco S/A. Industria e Comércio de Alimentos, com a descrição de sua estrutura societária, segmento de mercado, histórico, posicionamento no mercado interno, estrutura física e atuação no mercado internacional. Em seguida, para mostrar os conhecimentos auferidos na disciplina de Teoria e Prática Cambial, foi feito um relatório sobre os hedges cambiais, que são uma medida de proteção que a M. Dias Branco adota para se defender da disparada do dólar e foi dado o exemplo de como funciona para proteger uma operação de importação. No que se refere a apuração dos conhecimentos adquiridos na disciplina de Sistemática de Importação e Exportação, foi feito um relatório sobre os Incoterms que são mais favoráveis aos importadores, considerando que a principal atividade de comércio exterior da M. Dias Branco é a importação de matéria-prima. Também foi feito um exercício de duas partes, proposto no Laboratório de Importação e Exportação da UNIP. E, por fim, no que diz respeito à averiguação dos conhecimentos aprendidos na disciplina de Dinâmica das Relações Interpessoais, foi feita uma análise da gestão de pessoas da organização para verificar qual teoria motivacional ela adotava, como era o relacionamento entre os seus líderes e colaboradores e se a empresa fazia pesquisa de clima organizacional. 20 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARTEN, Tatiana Felipe Candido. Dinâmica das relações interpessoais – São Paulo: Editora Sol, 2020. AUTOSSUFICIÊNCIA pode ser garantida com ‘trigo tropical’. Estado de Minas, 2020. Disponível em: < https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2020/10/25/internas_economia,119800 0/autossuficiencia-pode-ser-garantida-com-trigo-tropical.shtml>. Acesso em: 14 nov. 2020. COM máximas do arroz, M. Dias Branco afirma estar preparada por maior demanda por massas. G1 Economia, 2020. Disponível em: < https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/09/14/com-maximas-do-arroz-m-dias- branco-esta-preparada-para-maior-demanda-por-massas.ghtml> Acesso em: 14 nov. 2020. FIGUEIREDO, Nayara. M. Dias Branco busca recompor margens após disparada do câmbio. Notícias Agrícolas. Disponível em: <https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/263397-m-dias- branco-busca-recompor-margens-apos-disparada-do-cambio.amp.html>. Acesso em: 15 nov. 2020. GLASSDOOR. M. Dias Branco. Disponível em: < https://www.glassdoor.com.br/Avalia%C3%A7%C3%B5es/Avalia%C3%A7%C3%A3 o-funcion%C3%A1rio-M-Dias-Branco-RVW26813613.htm>. Acesso em: 15 nov. 2020. GORNI NETO, Fernando. Sistemática de importação e exportação – São Paulo : Editora Sol, 2019. MARQUES, Richard. Qual a importância do hedge cambial nas operações de comércio exterior. Conexos Consultoria & Sistemas. Disponível em: < 21 https://blog.conexos.com.br/hedge-cambial-no-comercio-exterior/>. Acesso em: 15 nov. 2020. M. DIAS BRANCO. Controladas e coligadas. Disponível em: < https://ri.mdiasbranco.com.br/a-companhia/controladas-e-coligadas/>. Acesso em: 14 nov. 2020. M. DIAS BRANCO. Empresa. Disponível em: < https://mdiasbranco.com.br/empresa/>. Acesso em: 14 nov. 2020. M. DIAS BRANCO. Fact sheet, 2018. Disponível em: < https://s3.amazonaws.com/mz-filemanager/fcf0301a-c792-45d6-a615- fc81722c9abe/b1982475-afea-4e84-bf66-c54ae9566099_Fact%20Sheet%20- %20PT_2018_v3.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2020. M. DIAS BRANCO. Gestão de Pessoas, 2020. Disponível em: < https://mdiasbranco.com.br/boas-praticas/gestao-de-pessoas/> . Acesso em: 16 nov. 2020. M. DIAS BRANCO. Nossa história. Disponível em: < https://mdiasbranco.com.br/empresa/linha-do-tempo/>. Acesso em: 14 nov. 2020
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