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AXÔNIO AMIELÍNICOS E MÚSCULO: condução contínua - chegada do impulso nervoso no cone axonal → despolarização de toda a membrana 1) canais de sódio locais se abrem em resposta ao estímulo gerando um potencial de ação → entrada de sódio para a região interna do axônio 2) uma corrente de despolarização flui passivamente ao longo do axônio 3) a despolarização local causa a abertura dos canais vizinhos de sódio e gera um potencial de ação da região seguinte 4) na região anterior, os canais de sódios são inativados (comportas de inativação estão fechadas) enquanto os canais de potássio se abrem para a saída de K+ → potencial de membrana é restabelecido (repolarização) e o axônio é refratário naquela região (explica a unidirecionalidade da propagação do impulso nervoso) - o trajeto do potencial de ação é unidirecional: cone axonal →botão terminal (fenda sináptica) AXÔNIOS MIELINIZADOS: condução saltatória - a bainha de mielina aumenta a velocidade de propagação do potencial de ação - bainha de mielina formada pelos oligodendrócitos (células de Schwann) - nódulos de Ranvier: pontos no axônio sem o isolamento elétrico da bainha Quando um potencial de ação viaja ao longo do axônio da zona de gatilho até o terminal axonal, ele passa alternando entre os axônios mielinizados e os nódulos de Ranvier. O processo de condução é similar ao descrito anteriormente para o axônio não mielinizado, exceto que ele ocorre apenas nos nódulos dos axônios mielinizados. Cada nó possui uma grande concentração de canais de Na dependentes de voltagem, que se abrem com a despolarização e permitem a entrada de sódio no axônio. Os íons de sódio que entram em um nódulo reforçam a despolarização e restabelecem a Propagação do Impulso Nervoso e Sinapses COMO O IMPULSO NERVOSO É GERADO E PROPAGADO? amplitude do potencial de ação quando ele passa de nódulo em nódulo. O salto visível do potencial de ação que ocorre quando ele passa de um nódulo para o outro é chamado de condução saltatória. - explicação da maior velocidade do impulso saltatório: a capacitância (habilidade da membrana celular de armazenar cargas) é inversamente relacionada à distância: quando a distância entre os compartimentos condutores aumenta, a capacitância diminui. A sobreposição de camadas de mielina aumenta a distância entre o LEC e o LIC e, portanto, reduz a capacitância naquela região do axônio. A redução da capacitância da membrana faz as mudanças de voltagem ao longo da membrana tornarem-se mais rápidas – parte do motivo de a condução ser mais rápida nos axônios mielinizados. Além disso, a abertura lenta dos canais reduz levemente a condução. Em axônios não mielinizados, os canais devem abrir-se sequencialmente em toda a membrana do axônio para manter a amplitude do potencial de ação. Entretanto, em neurônios mielinizados, apenas os nódulos necessitam de canais de Na, devido às propriedades isolantes da bainha de mielina. Assim, quando o potencial de ação passa pelos segmentos mielinizados, a sua condução não é retardada pela abertura de canais. - conexão funcional entre um neurônio e uma segunda célula - composição das sinapses: - terminal pré-sináptico - fenda sináptica/junção comunicante - célula pós-sináptica TIPOS DE SINAPSE: - elétrica: As sinapses elétricas transmitem um sinal elétrico, ou corrente, diretamente do citoplasma de uma célula para outra através de poros presentes nas proteínas das junções comunicantes. A informação pode fluir em ambas as direções em quase todas as junções comunicantes, porém, em alguns casos, a corrente pode fluir em apenas uma direção (uma sinapse retificadora). As sinapses elétricas existem principalmente em neurônios do SNC. Elas também são encontradas nas células da glia, em músculos cardíaco e liso e em células não excitáveis que usam sinais elétricos, como a célula -pancreática. A principal vantagem das sinapses elétricas é a condução rápida e bidirecional dos sinais célula a célula para sincronizar as atividades de uma rede celular. As junções comunicantes também permitem que as moléculas sinalizadoras químicas se difundam entre células vizinhas. SINAPSES - química: A maior parte das sinapses no sistema nervoso são sinapses químicas, as quais utilizam moléculas neurócrinas para transportar a informação de uma célula à outra. Nas sinapses químicas, o sinal elétrico da célula pré-sináptica é convertido em um sinal neurócrino que atravessa a fenda sináptica e se liga a um receptor na sua célula-alvo. - necessidade da presença de junção comunicante → comum na musculatura cardíaca - possui canais iônicos que permitem a passagem de íons direta e passivamente - conferem baixa resistência elétrica à passagem desses íons - transmissão bidirecional do impulso → depende do gradiente de concentração dos íons e pode acontecer da pré para pós quanto da pós para a pré - velocidade de transmissão do impulso é muito rápida → tempo de geração do PA na segunda célula é muito pequeno (fração de milissegundos) - alterações que aconteceram na primeira célula são passadas para a segunda de forma muito rápida e facilitada (sem grande resistência) - impulso nervoso no coração → presença de junções comunicantes no miocárdio - impulso chega ao nó SA → atingem os átrios de uma só vez, gerando contração → impulso passa para o nó AV → atinge todas as células dos ventrículos de uma só vez, gerando contração - encontra-se a fenda sináptica → célula pré-sináptica não possui comunicação direta com a célula pós-sinápticas como nas sinapses elétricas - presença de neurotransmisores (moléculas utilizadas para comunicação celular) → vesículas sinápticas para neurotransmissores típicos - liberação através da fusão da vesícula com a membrana da célula pré-sináptica - canais menores e mais seletivos do que aqueles encontrados nas sinapses elétricas - receptores específicos na célula pós-sináptica para receber os neurotransmissores → ligação receptor-neurotransmissor promove a abertura de canais de íons para despolarização ou hiperpolarização da célula SEQUÊNCIA DE EVENTOS DA SINAPSE QUÍMICA: 1) O transmissor é sintetizado e armazenado em vesículas 2) Um potencial de ação invade o terminal pré-sináptico → alteração de voltagem na membrana pré-sináptica 3) A despolarização do terminal pré-sináptico causa a abertura de canais de Ca2+ dependentes de voltagem → abertura devido a alteração da voltagem da membrana pré-sináptico 4) Influxo de cálcio (Ca2+ mais concentrado no meio extracelular do que no intracelular)5) A entrada de Ca2+ favorece a fusão de vesículas de neurotransmissores com a membrana pré-sináptica 6) O neurotransmissor é liberado na fenda sináptica por meio de exocitose 7) O neurotransmissor liga-se a moléculas receptoras específicas na membrana pós-sináptica → promovem alteração na conformação do receptor que promovem abertura ou fechamento dos canais pós-sinápticos Sinapse Elétrica Sinapse Química 8) A corrente pós-sináptica causa um potencial pós-sináptico excitatórios (PPSE) ou potencial pós-sináptico inibitórios (PPSI) que modificam a excitabilidade da célula pós-sináptica/ativação da cascata enzimática 9) Abertura ou fechamento dos canais pós-sinápticos 10) Recuperação da membrana vesicular a partir da membrana plasmática MAQUINARIA PARA REGULAR A FUSÃO DE VESÍCULAS: - SNARE: Soluble N-ethylmaleimide-sensitive factor Attachment Receptor → família de proteínas que desempenham um papel essencial na fusão de vesículas → na presença de cálcio, a ligação se torna mais forte - composição da membrana da vesícula é igual a da membrana da célula pré-sináptica → bicamada lipídica, viabilizando a fusão entre elas CRITÉRIOS PARA DEFINIR UM NEUROTRANSMISSOR TÍPICO: neurotransmissores atípicos não possuem os mesmos critérios (exemplo: gasosos, como o óxido nítrico, não são armazenados em vesículas → age na célula pré e pós sináptica; não necessita de receptores específicos) 1) Estar presente no interior de vesículas no terminal pré-sináptico 2) Ser liberada em resposta à despolarização pré-sináptica e ser dependente de Ca2+ 3) Apresentar receptores específicos na membrana pós-sináptica CLASSIFICAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES: SÍNTESE DE NEUROTRANSMISSORES: A síntese de neurotransmissores ocorre tanto no corpo celular quanto no terminal axonal. Os polipeptídeos devem ser sintetizados no corpo celular, pois os terminais axonais não possuem as organelas necessárias para a síntese proteica. A síntese proteica segue as vias tradicionais. O grande propeptídeo resultante é empacotado em vesículas, juntamente às enzimas necessárias para o NEUROTRANSMISSORES modificar. As vesículas, então, movem-se do corpo celular para o terminal axonal via transporte axônico rápido. Dentro da vesícula, o propeptídeo é clivado em peptídeos ativos de menor tamanho – um padrão similar ao processo pré-pró-hormônio-pró-hormônio ativo das células endócrinas. Neurotransmissores pequenos, como acetilcolina, aminas e purinas, são sintetizados e empacotados em vesículas no terminal axonal. As enzimas necessárias para a sua síntese são produzidas no corpo celular e liberadas no citosol. Posteriormente, as enzimas dissolvidas são levadas ao terminal axonal via transporte axonal lento. INATIVAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES: Uma característica-chave da sinalização neural é a sua curta duração, devido à rápida remoção ou à inativação dos neurotransmissores na fenda sináptica. Lembre-se que a ligação do ligante com uma proteína é reversível e atinge um estado de equilíbrio, com uma razão constante entre neurotransmissor ligado e não ligado . Se o neurotransmissor não ligado é removido da sinapse, os receptores liberam o neurotransmissor ligado, finalizando a sua atividade e mantendo constante a razão neurotransmissor não ligado/neurotransmissor ligado. A remoção de neurotransmissores não ligados da fenda sináptica pode ser realizada de várias maneiras. Algumas moléculas neurotransmissoras simplesmente se difundem para longe da sinapse, separando-se dos seus receptores. Outros neurotransmissores são inativados por enzimas na fenda sináptica. Por exemplo, a Acetilcolina (ACh) presente no líquido extracelular é rapidamente clivada em colina e acetil-CoA pela enzima acetilcolinesterase (AChE) na matriz extracelular e na membrana da célula pós-sináptica. A colina proveniente da degradação da ACh é transportada de volta para o terminal axonal da membrana pós-sináptica através de um cotransportador dependente de Na. Uma vez de volta ao terminal axonal, ela pode ser reutilizada na formação de uma nova molécula de acetilcolina. Muitos neurotransmissores são removidos do líquido extracelular por transporte de volta para a célula pré-sináptica, ou para neurônios adjacentes ou para a glia. Por exemplo, a ação da noradrenalina é encerrada quando o neurotransmissor intacto é transportado de volta para o terminal axonal pré-sináptico. A recaptação da noradrenalina utiliza um cotransportador dependente de Na. Uma vez de volta ao terminal axonal, ou a noradrenalina é transportada para uma vesícula sináptica, ou é clivada por enzimas intracelulares, como a monoaminaoxidase (MAO), localizada nas mitocôndrias. Os neurotransmissores e seus componentes podem ser reciclados para reabastecer vesículas sinápticas vazias. - proteínas cujo neurotransmissores se ligam e que são capazes de gerar sinais elétricos por abrirem ou fecharem canais iônicos na membrana pós-sináptica CLASSES DE RECEPTORES: 1) Envolvidos com a modificação do potencial de membrana → ativados por voltagem 2) Receptores dependentes de ligantes externos → neurotransmissores 3) Receptores dependentes de substâncias mensageiras intracelulares → dependentes de AMPc, GMPc, tirosino quinases 4) Receptores ativados devidos à alteração de metabólitos intracelulares 5) Receptores ativados por alterações (estiramento) da membrana celular FAMÍLIAS DE RECEPTORES: IONOTRÓPICOS: Os receptores de canais medeiam a resposta rápida, alterando o fluxo de íons através da membrana, por isso eles são chamados de receptores ionotrópicos (canais iônicos). Alguns receptores ionotrópicos são específicos para apenas um íon, como o Cl−, mas outros podem ser menos específicos, como, por exemplo, os canais catiônicos monovalentes inespecíficos. METABOTRÓPICOS: Os receptores acoplados à proteína G medeiam uma resposta mais lenta, pois é necessária uma transdução do sinal mediada por um sistema de segundos mensageiros. Os RPGs para os neuromoduladores são descritos como receptores metabotrópicos. Alguns dos RPGs metabotrópicos regulam a abertura ou o fechamento de canais iônicos. RE RECEPTORES RECEPTORES DO TIPO TIROSINA QUINASE: RECEPTORES DO TIPO NUCLEARES:
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