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Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Em caso de compartilhamento este material foi criado por um aluno de medicina veterinária como forma de conhecimento pessoal e não foi revisado por um profissional formado em medicina veterinária ou especialista em patologia clínica veterinária. Consulte um livro! Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com RODENTICIDAS Pesticidas ou praguicidas - Sua maior aplicabilidade é controlando os roedores, tanto na pecuária ou na indústria, como nas áreas urbanas como residências. Classificação: - Classe 1 altamente tóxico (uso restrito a órgãos e entidades governamentais ou foram retirados do mercado nacional) - Classe 2 medianamente tóxico - Classe 3 pouco tóxico Comercialização liberada (casas agropecuárias, supermercados) Maior ocorrência em crias e animais domésticos. - Normalmente são atraídos pelas cores, por serem palatáveis e por sua apresentação quanto a sua forma. - Um dos pesticidas mais utilizados para cometer suicídio DT vs DL - Dose terapêutica (DT) e Dose Letal (DL): A dose letal acabaria com apenas 1 individuo e geralmente antes que ele chegasse até a colônia, já a dose terapêutica permite que os roedores levem esses pesticidas para a colônia, atingindo um maior números de roedores DT e DL auxiliam na classificação de qual pesticida pode ser comercializado ou não. Os pesticidas comercializados possuem antídotos, já os não comercializados na maioria das vezes não existe antidoto. Via de Exposição - Via Oral: ingestão ou lambedura - Por forma indireta: ingestão de um animal que tenha ingerido o pesticida; Ex: Gato e o Rato Proibidos no Brasil: – À Base de Alfanaftitiureia (Antu) – Arsênico e seus sais – Brometalina – Estricnina – Fosfetos metálicos – Fósforo branco – Monofluoroacetato de sódio conhecido como 1080 e monofluoroacetamida – Sais de bário e sais de tálio FORMULAÇÕES PERMITIDAS – Iscas simples, parafinadas ou resinadas; grânulos, pellets ou blocos. NÃO PERMITIDAS: – Líquidas; pasta; pós solúveis; pós molháveis ou iscas em pó. Apresentação das embalagens: - Obrigação conter na embalagem o grau de toxicidade - indicado por colorações especificas e pelo desenho representando o veneno. Classificação quanto ao uso: • de uso profissional – somente têm acesso firmas especializadas e técnicas que pertencem a órgãos públicos ou governamentais que controlam ratos; • de uso livre – pode ser adquirido por qualquer indivíduo em estabelecimentos comerciais. LEGALIZADOS NO BRASIL Anticoagulantes: causa da morte do animal (hemorragia) – O mais utilizado; – Relativamente seguro; – Possui antídoto; – Tem efeito residual; – ação toxicológica pode persistir; pode causar danos ao animais dias ou semanas depois. Classificação: Cumarínicos - hidroxicumarínicos e dicumarínicos Derivados indandiônicos CUMARÍNICOS Composto de 1ª Geração (Descobertas primeiro) - Varfarina - Dicumarol Composto de 2ª Geração (mais utilizados) - Brodifacum - Bromadiolona - Difenacum - Flocoumafeno - Cumatetralil DERIVADOS INDANDIÔNICOS: (Menos utilizada que os Cumarínicos) Compostos de 1ª geração - Pindona - Valona Compostos de 2ª geração - Difacinona - Clorfacinona Mecanismo de ação - ação anticoagulante - chegam na corrente sanguínea e ao local de ação - atingindo uma enzima K1 epóxido redutase - chegando no hepatócito ocorre a inibição dessa enzima - essa enzima tem a importância de ativar os fatores de coagulação Sinais Clínicos: vai depender da quantidade ingerida e do grau de exposição – Distúrbios hemorrágicos Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com - em doses pequenas pode levar de 2 a 5 dias pós exposição para o inicio dos sinais clínicos; – Inapetência e letargia – Perdas aguda ou crônica de sangue – precisa de uma constância de exposição para o surgimento dos sinais clínicos – Quantidade ingerida; – Suscetibilidade (espécie); - Hematêmese - Melena ou Hematoquezia - Hematúria e Metrorragia - Hemorragias Intraoculares - Hematomas Subcutâneos - Hemoperitônio - Hemotórax - Hemorragia Pulmonar - Ruminantes – são mais resistentes por possuírem as bactérias rumina que degradam parte desses compostos; FATORES AGRAVANTES - Pacientes hepatopatas já possuem dificuldades para ativar os fatores de coagulação e/ou com hipoproteinemia - Alta toxidade - Dificuldade na ativação dos fatores de coagulação - cumarínicos permanece livre de ligação com as proteínas plasmáticas. - Utilização de medicamentos - AIES: aumento da atividade fibrinolítica -AINES: diminuição da adesão plaquetária; Sulfonaminas e anti-histamínicos DIAGNÓSTICO: - Histórico clínico; - Se o animal teve acesso ao tóxico; - Os sinais clínicos hemorrágicos também são bastante sugestivos; - Exames laboratoriais: tempo de coagulação (tc) -Tempo de protrombina (TP) -TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TTPA) - Hemograma – monitoramento - Urinálise: presença de sangue - hematúria; - Radiografias e ultrassom abdominais e torácicas evidenciando derrames e hemorragias; - Análise toxicológica por cromatografia em camada delgada para identificação da toxina; - Encaminhar: sangue, urina, conteúdo estomacal sob refrigeração; - Em casos de óbito: enviar fragmentos de fígado congelados. Tratamento: – Estabilização dos sinais vitais; – Antídoto – Indução de êmese – Lavagem gástrica; – Carvão ativado; – Vit C. –Assintomáticos também são tratados evitando a evolução da intoxicação. Já os sintomáticos o tratamento tem como objetivo debelar os sinais clínicos estabelecendo o paciente. – Via administração e período do tratamento; o indicado seria que o antidoto passasse primeiro pelo fígado assim como a toxina passa, porem para isso ocorrer a via de administração teria que ser a mesma que o toxico, no caso via oral, mas só existem nas opções de administração parenteral. – Potencial tóxico; - Antidoto vitamina K ativa (Kanakion ou Monovin) – K1 (fitomenadiona); – 1G : 10-15 dias; 30 dias – Bromadiolona: 21 dias – Brodifacum: 30-65 dias; - Na duvida fazer o tratamento de 30 dias – Transfusão sanguínea - em alguns casos há a necessidade de efusões cavitárias, toracocentese por exemplo. PROGNÓSTICO Considerado bom, porém os tutores só percebem algo de errado com a apresentação dos sinais clínicos dos animais, que nesse caso isso só ocorre em estágios avançados da intoxicação. - intoxicações por cumarínicos e derivados indandiônicos geralmente é bom, desde que seja instituído tratamentos específicos e de suporte adequado; - O prognóstico torna-se reservado em quadros hemorrágicos avançados; casos de ingestão de grande quantidade do tóxico RODENTICIDA PROIBIDO E UTILIZADO DE MANEIRA ILEGAL NO BRASIL - Estricnina: – Strychnos nux-vômica (alcaloide) presentes na natureza. – Estimulante circulatório e analéptica (medicamentos); – Dose terapêutica vs dose tóxica muito estreita; – Agudas e fatais; Intoxicação por Estricnina: sensíveis Intoxicação por Estricnina: resistentes Mecanismo de ação: - Antagonista competitivo reversível - Depolarização dos neurônios - Reflexo espinhal e de neurônios motores - Hipertonicidade dos m. extensores e m. intercostais Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com Alexandre Santana: xandresantana2016@gmail.com - Centros sensoriais do córtex cerebral Sinais Clínicos: – Início 10 min e 2h depois da ingestão; – Alterações de comportamento; – Hiperexcitabilidade em resposta aos estímulos externos: luz e barulho; – Tremores– Mioclonia; – Hipertermia; - Convulsões tetânicas, acentuada rigidez muscular e espasticidade dos membros: posição de “cavalo de pau” também observados em casos de tétano. - Paralisia dos músculos respiratórios (m. intercostais e diafragma): Asfixia; - Convulsões sucessivas = comprometimento irreversível do SNC DIAGNÓSTICO: - BASEIA-SE NOS SINAIS CLÍNICOS AGUDOS; - QUADRO NEUROLÓGICO; - ACHADOS LABORATORIAIS: MIOGLOBINÚRIA (CONTRAÇÕES MUSCULARES); - OS ANIMAIS QUE MORREM APRESENTAM RÁPIDO RIGOR MORTIS COM RÁPIDO RELAXAMENTO; ANÁLISE TOXICOLÓGICA: CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA - AMOSTRAS CONGELADAS: URINA, CONTEÚDO ESTOMACAL E FRAGMENTOS DE FÍGADO; - A ESTRICNINA NÃO É ENCONTRADA EM CONCENTRAÇÕES ELEVADAS NO TECIDO CEREBRAL (NÃO É MATERIAL INDICADO PARA AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA).
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