Buscar

Prévia do material em texto

Análise Econômico- Financeira das Lojas Americanas 
Referente aos exercícios de 2016 e 2017
Outubro/2020
	
	
	5
Elaborado por: Rodrigo Malheiros Xavier
Disciplina: Contabilidade Financeira
Turma: 2020 4
Introdução
 Este relatório tem como objetivo fazer a análise econômico-financeira da empresa de e-comerce e varejo LOJAS AMERICANAS S/A. Trataremos dos principais indicadores financeiros e econômicos, análise vertical e horizontal dos balanços patrimoniais e demonstrativo do resultado de exercício referentes aos anos de 2016 e 2017. Ao término será dada a conclusão acerca da situação econômica e financeira da companhia tendo como base as demonstrações contábeis disponibilizadas pela entidade, os indicadores calculados e sendo comparada com as principais concorrentes. 
Desenvolvimento 
 	As Lojas Americanas foram fundadas em 1929 na cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de ser líder no ramo varejista os fundadores decidiram por abrir o capital da entidade na Bolsa de Valores brasileira em 1940, torando-a assim uma das companhias de capital aberto listadas no Brasil mais tradicionais. 
	
	As Lojas Americanas nos últimos anos vieram fazendo investimentos substancias na sua operação, em 2005 foi adquirido o canal de televisão Shop time o que aumentou sua capilaridade, ainda na primeira metade da década de 2000, a empresa fluminense criou em 2006 a empresa global de varejo B2W, firmando assim a integração entre o e-comerce Americanas.com e o site submarino, no ano seguinte a marca se tornou dona da Blockbuster no Brasil e expandiu ainda mais seus negócios, na B2W entrando nos mercados do Chile e México. 
	Em 2015, a Americanas se consolidou sendo uma das maiores empresas de comércio varejista tradicional e digital chegando à marca de mais de mil lojas em todo território nacional. 
 Análise Vertical 
Analisaremos agora os balanços patrimoniais e demonstrativos de resultado dos exercícios de 2016 e 2017 divulgados pela LAME. 
	
Este tipo de análise é bem interessante, pois através dela evidenciaremos a participação percentual de cada item do balanço patrimonial e da composição das receitas e gastos do resultado, assim podemos ver qual o impacto gerado na empresa. Para facilitar a visualização destacou-se em amarelo as porcentagens de cada item dos respectivos anos.
	
	2017
	2016
	ATIVO TOTAL
	17.400.408
	AV (%)
	12.769.527
	AV (%)
	AH (%)
	ATIVO CIRCULANTE
	10.022.613
	57,6%
	6.596.830
	51,7%
	152%
	disponível (caixa e bancos)
	2.029.213
	11,7%
	293.239
	2,3%
	692%
	aplicações financeiras
	3.015.768
	17,3%
	1.992.235
	15,6%
	151%
	contas a receber
	1.562.301
	9,0%
	1.446.172
	11,3%
	108%
	estoque
	2.400.868
	13,8%
	2.146.536
	16,8%
	112%
	tributos a recuperar
	408.889
	2,3%
	340.554
	2,7%
	120%
	despesas antecipadas
	23.660
	0,1%
	24.429
	0,2%
	97%
	outros ativos circulantes
	581.914
	3,3%
	353.665
	2,8%
	165%
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	7.377.795
	42,4%
	6.172.697
	48,3%
	120%
	realizável a longo prazo
	990.528
	5,7%
	785.025
	6,1%
	126%
	investimentos
	3.188.906
	18,3%
	2.665.136
	20,9%
	120%
	imobilizado
	2.810.785
	16,2%
	2.347.609
	18,4%
	120%
	Intangível
	387.576
	2,2%
	374.927
	2,9%
	103%
*valores em milhares de reais
	
Como observado na tabela acima o ativo circulante representa 57,6% do total dos investimentos da companhia, enquanto a parcela restante do ativo não circulante corresponde a 42,4% no ano de 2017, ao se trazer os valores para 2016, vemos o ativo circulante em 51,7% e o não circulante em 48,3%. 
Destacam-se no ativo circulante as contas disponíveis, aplicações financeiras, contas a receber e estoque em ambos os anos. Em 2017 vemos que o grupo de três contas; estoque, contas a receber e aplicações financeiras, praticamente é o mesmo, exceto por uma ligeira redução nas contas a receber. O maior destaque é na conta de disponíveis, que em 2016 era de 2,3% do total e em 2017 passou para 11,7%, isso indica que houve um grande aumento no financiamento da empresa. Esta modificação pode ser melhor entendida através das notas explicativas, entretanto ao olharmos o capital social da entidade vemos que de um ano para o outro houve um aumento significativo, isso pode indicar a origem desse investimento na conta de disponíveis.
Quando olhamos para a segunda metade da tabela, o ativo não circulante nos dois anos as ativações em investimentos e imobilizado compõem a maior parcela e mostram que a empresa costuma manter níveis altos de investimentos nessas duas contas.
	 
	2017
	2016
	 
	PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	17.400.408
	AV (%)
	12.769.527
	AV (%)
	AH (%)
	PASSIVO CIRCULANTE
	5.519.766
	31,7%
	4.336.474
	34,0%
	127%
	obrigações sociais e trabalhistas
	80.349
	0,5%
	47.382
	0,4%
	170%
	fornecedores
	2.699.348
	15,5%
	2.436.543
	19,1%
	111%
	obrigações fiscais
	241.729
	1,4%
	232.744
	1,8%
	104%
	empréstimos e financiamentos
	2.169.848
	12,5%
	1.233.657
	9,7%
	176%
	dividendos e JCP a pagar
	101.733
	0,6%
	115.007
	0,9%
	88%
	outros passivos operacionais
	226.759
	1,3%
	271.141
	2,1%
	84%
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	7.258.958
	41,7%
	6.442.597
	50,5%
	113%
	empréstimos e financiamentos
	7.001.300
	40,2%
	6.306.674
	49,4%
	111%
	passivo com partes relacionadas
	195.976
	1,1%
	76.639
	0,6%
	256%
	provisões fiscais previdenciárias
	61.682
	0,4%
	59.284
	0,5%
	104%
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	4.621.684
	26,6%
	1.990.456
	15,6%
	232%
	capital social realizado
	3.926.518
	22,6%
	1.441.673
	11,3%
	272%
	reservas de capital
	71.587
	0,4%
	46.142
	0,4%
	155%
	reservas de lucros
	597.146
	3,4%
	482.214
	3,8%
	124%
	ajustes de avaliação patrimonial
	26.433
	0,2%
	20.427
	0,2%
	129%
*valores em milhares de reais
	Analisando agora as obrigações da companhia já podemos ver que o passivo de curto prazo em 2017 foi 31,7% ante 34,0% no exercício anterior. O Capital próprio da empresa em 2017 representou 26,6% de todas as origens enquanto em 2016 foi apenas 15,6%. Essa alteração pode ser notada no crescimento do capital social de um ano para o outro.
	Ficam em evidência nos dois anos as contas de estoque e fornecedores, compondo boa parte do passivo circulante, oque é esperado de uma empresa desse setor. Já no passivo não circulante podemos ver nos dois exercícios que a conta empréstimos e financiamentos representam uma parcela bem grande do passivo, em 2016 com quase 50% e em 2017 sendo responsável por 40,2% de todo o montante. Vendo isso é possível se dizer que a administração das Lojas Americanas tem uma política de concentrar as dívidas em prazos mais alongados. 
Algo interessante de se notar é que em ambos os exercícios o montante de ativos supera o de passivos, evidenciando assim a presença de financiamento próprio diminuindo a necessidade de alavancagem. 
Dando continuidade a análise vertical, será apontada agora os valores referentes ao resultado dos exercícios 2017 e 2016 evidenciados na Demonstração do resultado do Exercício. Aqui será possível olhar com maior clareza os impactos que as receitas e despesas tiveram no resultado. Assim como no BP, na DRE também foi destacado em amarelo o referente a análise vertical.
	
	2017
	AV (%)
	2016
	AV (%)
	AH (%)
	
	RECEITA LÍQUIDA DE BENS OU SERVIÇOS
	11.000.183
	100,0%
	10.372.345
	100,0%
	106,1%
	
	custo dos bens ou serviços vendidos
	-7.110.019
	64,6%
	-6.676.398
	64,4%
	106,5%
	
	LUCRO BRUTO
	3.890.164
	35,4%
	3.695.947
	35,6%
	105,3%
	
	despesas operacionais
	-2.462.426
	22,4%
	-2.281.406
	22,0%
	107,9%
	
	despesas com vendas
	-1.599.579
	14,5%
	-1.486.372
	14,3%
	107,6%
	
	despesas gerais e administrativas
	-527.291
	4,8%
	-425.286
	4,1%
	124,0%
	
	resultado de equivalência patrimonial
	238.484
	2,2%
	-276.571
	2,7%
	86,2%
	
	outras receitas e despesas operacionais
	-97.072
	0,9%
	-93.177
	0,9%
	104,2%
	
	RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS
	1.427.738
	13,0%
	1.414.541
	13,6%
	100,9%
	
	receitas financeiras
	480.869
	4,4%
	404.262
	3,9%
	118,9%
	
	despesas financeiras
	-1.515.602
	13,8%
	1.523.65014,7%
	99,5%
	
	RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
	393.005
	3,6%
	295.153
	2,8%
	133,2%
	
	imposto de renda e contribuição social
	-155.377
	1,4%
	-83.496
	0,8%
	186,1%
	
	LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	237.628
	2,2%
	211.657
	2,0%
	112,3%
	
*valores em milhares de reais
Aqui vemos que a receita líquida representada pelo 100% corresponde a 11 bilhões de reais, contudo o maior desconto vem do custos dos bens ou serviços vendidos, 64%, isso faz com que o lucro bruto represente 35% do disponível para cobrir os gastos com operações e ainda poder gerar lucro em 2017, para 2016 o valor é praticamente o mesmo. Dentro das despesas antes do LAIR destaca-se em ambos os anos as despesas operacionais que correspondem a 22% da receita operacional líquida e as despesas financeiras que circulam a casa de 14% em 2017 e 2016.
Ainda se falando de despesas, as despesas das atividades financeiras da entidade representam bastante das suas deduções, enquanto a receita gerada é de 4% em média nos dois anos, as despesas destacam-se negativamente com 13,8% e 14,7% nos anos de 2017 e 2016 respectivamente. Isso mostra que nesses dois exercícios a companhia te e dificuldades de gerar receita, mas sobretudo não teve uma política de controle de gastos eficiente, tendo nos dois anos prejuízo financeiro.
Por fim podemos ver que o lucro líquido do exercício é bem baixo representando menos 3% do total gerado em receitas. O que acaba chamando atenção também no resultado das Lojas Americanas acaba sendo a sua eficiência que será marcada pela margem operacional, resultado de apenas 13% em 2017 e 13,6% em 2016. 
Análise Horizontal
A análise horizontal é um instrumento comparativo muito útil quando queremos olhar tendências nos resultados da entidade e as alterações no patrimônio de um exercício para o outro. Fazendo a análise dessa forma também podem comparar de forma mais dinâmica a companhia estudada com suas concorrentes e os índices médios do setor. 
A seguir veremos então destacado em amarelo os dados referentes a análise horizontal do balanço patrimonial e da demonstração de resultado do exercício
	 
	2017
	2016
	ATIVO TOTAL
	17.400.408
	AV (%)
	12.769.527
	AV (%)
	AH (%)
	ATIVO CIRCULANTE
	10.022.613
	57,6%
	6.596.830
	51,7%
	152%
	disponível (caixa e bancos)
	2.029.213
	11,7%
	293.239
	2,3%
	692%
	aplicações financeiras
	3.015.768
	17,3%
	1.992.235
	15,6%
	151%
	contas a receber
	1.562.301
	9,0%
	1.446.172
	11,3%
	108%
	estoque
	2.400.868
	13,8%
	2.146.536
	16,8%
	112%
	tributos a recuperar
	408.889
	2,3%
	340.554
	2,7%
	120%
	despesas antecipadas
	23.660
	0,1%
	24.429
	0,2%
	97%
	outros ativos circulantes
	581.914
	3,3%
	353.665
	2,8%
	165%
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	7.377.795
	42,4%
	6.172.697
	48,3%
	120%
	realizável a longo prazo
	990.528
	5,7%
	785.025
	6,1%
	126%
	investimentos
	3.188.906
	18,3%
	2.665.136
	20,9%
	120%
	imobilizado
	2.810.785
	16,2%
	2.347.609
	18,4%
	120%
	Intangível
	387.576
	2,2%
	374.927
	2,9%
	103%
*valores em milhares de reais
Logo já percebemos que houve um crescimento de um ano para o outro no montante total de ativos circulantes das Lojas Americanas, 52% de um ano para o outro, como vemos no disponível houve um grande aumento, de 5,9 vezes, sendo assim maior contribuinte para o aumento do ativo, isso terá um grande impacto nos indicadores de liquidez da companhia.
Demais pontos a serem observados são o aumento do ativo não circulante em 20% advindos do aumento nos realizáveis de longo prazo, imobilizado e intangível, que tiveram uma ativação 26%, 20% e 20% maior em relação ao exercício de 2016, respectivamente Isso é bom pois mostra que a empresa vem reinvestindo parte de suas receitas no ativo que se realiza em mais de 12 meses.
Agora veremos a análise horizontal do passivo dos dois anos disponibilizados.
	 
	2017
	2016
	 
	PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	17.400.408
	AV (%)
	12.769.527
	AV (%)
	AH (%)
	PASSIVO CIRCULANTE
	5.519.766
	31,7%
	4.336.474
	34,0%
	127%
	obrigações sociais e trabalhistas
	80.349
	0,5%
	47.382
	0,4%
	170%
	fornecedores
	2.699.348
	15,5%
	2.436.543
	19,1%
	111%
	obrigações fiscais
	241.729
	1,4%
	232.744
	1,8%
	104%
	empréstimos e financiamentos
	2.169.848
	12,5%
	1.233.657
	9,7%
	176%
	dividendos e JCP a pagar
	101.733
	0,6%
	115.007
	0,9%
	88%
	outros passivos operacionais
	226.759
	1,3%
	271.141
	2,1%
	84%
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	7.258.958
	41,7%
	6.442.597
	50,5%
	113%
	empréstimos e financiamentos
	7.001.300
	40,2%
	6.306.674
	49,4%
	111%
	passivo com partes relacionadas
	195.976
	1,1%
	76.639
	0,6%
	256%
	provisões fiscais previdenciárias
	61.682
	0,4%
	59.284
	0,5%
	104%
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	4.621.684
	26,6%
	1.990.456
	15,6%
	232%
	capital social realizado
	3.926.518
	22,6%
	1.441.673
	11,3%
	272%
	reservas de capital
	71.587
	0,4%
	46.142
	0,4%
	155%
	reservas de lucros
	597.146
	3,4%
	482.214
	3,8%
	124%
	ajustes de avaliação patrimonial
	26.433
	0,2%
	20.427
	0,2%
	129%
*valores em milhares de reais
É possível notar que o passivo circulante sofreu um aumento de 27% na sua totalidade de um ano para o outro, principais contribuinte para esse aumento foram as despesas trabalhistas que aumentam em 70% e os empréstimos e financiamentos, este ultimo aumento é um sinal que deve se olhar com mais cuidado, pois são dividas que vencem em curto prazo, que mesmo compondo menos de 20% do passivo total em cada ano ainda contribuem muito para o crescimento das obrigações de curto prazo. 
Enquanto isso o passivo não circulante teve um alta um pouco mais branda, de apenas 13%, carregada principalmente pelo grande aumento de 156% das obrigações com partes relacionadas, observando-se os itens com maior participação no passivo total, os empréstimos e financiamentos de longo prazo a alta também foi pequena de apenas 11%, aqui vemos que a diretoria das Lojas Americanas optou por aumentar um pouco as dividas de curto prazo às de longo prazo. Isso terá um impacto no índice de composição do endividamento da entidade se comparado os dois exercícios. 
Dentre as três divisões das fontes de recurso, o patrimônio líquido tem um grande destaque, tendo tido um aumento de 132% de 2016 para 2017, como já foi comentado anteriormente, o capital social é o principal responsável sobrepujando muito os resultados acumulados, houve um aumento de 172% feito pelos sócios. Outro item que merece ser salientado é a reserva de capital que subiu em 55%, indicando que a diretoria pode estar planejando novos investimentos.
	
	2017
	AV (%)
	2016
	AV (%)
	AH (%)
	
	RECEITA LÍQUIDA DE BENS OU SERVIÇOS
	11.000.183
	100,0%
	10.372.345
	100,0%
	106,1%
	
	custo dos bens ou serviços vendidos
	-7.110.019
	64,6%
	-6.676.398
	64,4%
	106,5%
	
	LUCRO BRUTO
	3.890.164
	35,4%
	3.695.947
	35,6%
	105,3%
	
	despesas operacionais
	-2.462.426
	22,4%
	-2.281.406
	22,0%
	107,9%
	
	despesas com vendas
	-1.599.579
	14,5%
	-1.486.372
	14,3%
	107,6%
	
	despesas gerais e administrativas
	-527.291
	4,8%
	-425.286
	4,1%
	124,0%
	
	resultado de equivalência patrimonial
	-238.484
	2,2%
	-276.571
	2,7%
	86,2%
	
	outras receitas e despesas operacionais
	-97.072
	0,9%
	-93.177
	0,9%
	104,2%
	
	RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS
	1.427.738
	13,0%
	1.414.541
	13,6%
	100,9%
	
	receitas financeiras
	480.869
	4,4%
	404.262
	3,9%
	118,9%
	
	despesas financeiras
	-1.515.602
	13,8%
	1.523.650
	14,7%
	99,5%
	
	RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
	393.005
	3,6%
	295.153
	2,8%
	133,2%
	
	imposto de renda e contribuição social
	-155.377
	1,4%
	-83.496
	0,8%
	186,1%
	
	LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	237.628
	2,2%
	211.657
	2,0%
	112,3%
	
*valores em milhares de reais
Agora será analisado a demonstração do resultado do exercício de forma comparativa dos dois anos, 2016 e 2017. Foram todos destacados em amarelo para melhor identificação.
Começamos identificando uma ligeira alta de 6% de um ano para o outro no recebimento das receitas líquidas, assim como um aumento no CMV, acompanhado as receitas. A Margem bruta sofreu uma leve alta de 5,3%, algo positivopois significa mais recursos disponíveis para cobrir a operação e gerar lucro. Apesar de as despesas terem aumentado de um ano para o outro a sua representação no montante total permaneceu a mesma, mostrando que não há alteração na política de vendas.
Destacou-se também o resultado antes dos tributos, pois teve um incremento de 33%, em parte porque as despesas financeiras tiveram uma queda, mostrando uma melhor gestão e as receitas, subiram em 18%, demonstrando assim uma melhor eficiência. 
Observa-se que o lucro líquido foi superavitário em 12% de um exercício para o outro analisando de forma integral a tabela conclui-se então que aumento do resultado líquido é proveniente de um volume de receitas maior e não de uma melhor gestão de gastos. 
 Análise de indicadores econômico-financeiros
Os indicadores econômico-financeiros têm por função expor as diferentes características de uma entidade, podendo assim quantificar e comparar com outras concorrentes de mesmo porte ou com dados passados da mesma companhia, dessa forma a análise mostra de forma mais dinâmica a situação real da empresa num dado período dando mais informações ao usuário para que ele possa tomar a sua decisão.
Os indicadores foram calculados com base no balanço patrimonial e DRE dos exercícios de 2016 e 2017 e serão expostos na tabela a seguir.
	ÍNDICE
	ANO
	VARIAÇÃO
	
	
	
	
	
	2017
	2016
	
	LIQUIDEZ
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	LIQUIDEZ IMEDIATA
	0,37
	0,07
	429%
	LÍQUIDEZ CORRENTE
	1,82
	1,52
	20%
	LÍQUIDEZ SECA
	1,38
	1,03
	34%
	GRAU DE DEPENDÊNCIA DO ESTOQUE
	0,24
	0,33
	-27%
	LÍQUIDEZ GERAL
	0,86
	0,68
	26%
	
	
	
	
	ESTRUTURA DE CAPITAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	ENDIVIDAMENTO GERAL
	73%
	84%
	-13%
	COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
	43%
	40%
	7%
	IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	138%
	271%
	-49%
	IMOB. RECURSOS NÃO CORRENTES
	54%
	64%
	-16%
	PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO
	54%
	60%
	-10%
	
	
	
	
	LUCRATIVIDADE
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	MARGEM BRUTA
	35%
	36%
	-3%
	MARGEM OPERACIONAL
	13%
	14%
	-7%
	MARGEM LÍQUIDA
	2%
	2%
	0%
	GIRO DO ATIVO
	0,63
	0,81 
	-22% 
	
	
	
	
	RENTABILIDADE
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	RETURN ON EQUITY
	5%
	11%
	-55%
	RETURN ON INVESTMENT
	1%
	2%
	-50%
Estrutura de Capital
	Segundo (LIMEIRA, 2015), a estrutura de capital nos mostrará como são financiados os ativos da entidade. Se há maior participação de terceiros ou se são investimentos com origem nos recursos próprios. Através desses indicadores poderemos determinar como é a política de capitação de recursos, bem como tomar decisões quanto ao risco que a empresa apresenta aos credores. 
Endividamento Geral
	Este indicador é um termômetro direto de quão alavancada financeiramente a companhia está, pois, a sua composição faz a relação do quanto do total do investimento é composto por recursos não próprios. Vamos salientar que o ideal é um índice mais baixo porque indica que o capital próprio patrocina a maior parte do ativo.
Calculado o EG das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de: 
	ENDIVIDAMENTO GERAL
	73%
	84%
	-13%
 
Observa-se que a empresa tem uma dependência bem elevada na alavancagem financeira em 2016 de 84% e em 2017 de 73%. Contudo é possível ver que de um ano para o outro houve uma redução de 13%, um sinal positivo indicando que as Lojas Americanas estão financiando mais de seus projetos com o patrimônio líquido, fazendo com que seu risco apresentado aos credores reduza.
 Composição do Endividamento
	Esse indicador mostra o tipo de dívida. Se elas vencem em dentro de 12 meses ou em prazo superior. Esse índice mostra outro lado da política de endividamento da empresa, o controle de prazos. Quanto menor o resultado melhor, pois caracteriza que existem mais dívidas de longo prazo.
Calculado o CE das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
	43%
	40%
	7%
Vê-se que em ambos os exercícios os resultados ficam próximos, mostrando que para cada real de dívida, 43 centavos têm vencimento em curto prazo. Comparando o ano de 2016 com 2017, percebe-se um pequeno incremento de 7%, evidenciando uma tendência negativa na composição da dívida. Ao compararmos o ano de 2016 das Lojas Americanas com a Magazine Luiza, varejista de mesmo porte, entende-se que a LAME obtém vantagem, enquanto seu índice é de 0,4 o da concorrente é de 0,67 de acordo com o que pode ser calculado através das demonstrações do encerramento de 2016, Magazine Luiza (2016).
Imobilização do Patrimônio Líquido
	O IRPL mostra quanto dos recursos próprios é usado para financiar o imobilizado e intangível da empresa. Com este valor é possível determinar se a manutenção dos ativos não circulantes, excluindo o realizável a longo prazo, usa se mais capital próprio ou não.
 Segundo (LIMEIRA, 2015), quanto menor esse resultado melhor, pois significa que menos capital de terceiros, como empréstimos e financiamentos é necessário para manter as operações normais da empresa.
Calculado o IRPL das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	138%
	271%
	-49%
Os resultados evidenciam que em 2016, foi utilizado a totalidade do patrimônio líquido para cobrir os investimentos, sendo ainda necessário recorrer a terceiros para complementar o total a ser investido. No ano seguinte o mesmo cenário se repete, porém com significante melhora, a necessidade de capital de terceiros de longo prazo reduziu em 49%, indicando que o montante extra corresponde a apenas 38%.
Como houve um excesso na necessidade de capital, far-se-á necessária a avaliação da Imobilização e recursos não recorrentes para saber que tipo de recurso está sendo usado para complementação. 
Imobilização de Recursos não Recorrentes
	Como mencionado acima este indicador servirá para que tipo de passivo está sendo usado para financiar as contas de investimentos, imobilizado e intangível. Esse indicador é mais bem utilizado quando o IRPL excede o valor do patrimônio líquido. 
Calculado o IRNC das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	IMOB. RECURSOS NÃO CORRENTES
	54%
	64%
	-16%
Como podemos ver houve uma redução do passivo não circulante sendo usado para investir no ativo permanente, tendência que seguiu os indicadores de IRPL. O que podemos olhar aqui é que para cada real gasto do passivo não circulante em 2016, 64 centavos eram aplicados no ativo permanente, assim como em 2017 foram 54. Outra informação que se pode tirar desse índice é que apesar de ser necessário financiamento complementar, o excedente pôde ser composto pelo passivo de longo prazo. 
Como (LIMEIRA, 2015) expõe, o financiamento do ativo permanente deve ser feito pelo patrimônio líquido e pelo passivo não circulante. 
Passivo Oneroso sobre o Ativo
	Este indicador serve para vermos o grau de dependência em fontes onerosas, ou seja, fontes caras a entidade, à exemplo temos empréstimos com bancos ou refinanciamentos de tributos. O objetivo desse índice é destacar o impacto que essas despesas terão no resultado final.
Calculado o POSA das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	PASSIVO ONEROSO SOBRE ATIVO
	54%
	60%
	-10%
	Em comparação com o POSA da Magazine Luiza (2016) do ano de 2016 de 0,433 que pôde ser calculado com informe divulgado em 2016, observa-se que o indicador das Lojas Americanas é um pouco elevado, demonstrando maior dependência nas entidades financeiras que seu concorrente, entretanto há tendência de melhora, como já observado no ano subsequente que teve redução de 10%.
Indicadores de Liquidez
	Os indicadores mediram a capacidade de pagamento da empresa. Quanto maior os valore melhor, contudo, eles devem ser complementados com os indicadores de atividade, pois um controle de prazos é essencial para se ter uma boa política de pagamentos.
Liquidez Imediata
	Como o nome já diz, esse indicador mede a capacidade da empresa em honrar com suas dívidas de curto prazo usando somente o ativo disponível,ou seja, somente o disposto em caixa, bancos e aplicações de curto prazo, aquelas que se ativam em dentro de 90 dias.
Calculado a LI das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	LIQUIDEZ IMEDIATA
	0,37
	0,07
	429%
	Vemos em 2016 uma situação muito boa, onde para cada real de dívida a empresa pode contar com 7 centavos no disponível, já em contrapartida em 2017, tem-se um valor anormal de 0,37 centavos disponíveis para cada real. Como mostrado no balanço patrimonial, houve um aumento muito grande no caixa de um ano para o outro, o que explica este valor não usual. 
	Um valor alto desse indicador apresentar uma liquidez boa, também indica que há muita disponibilidade em caixa, ou seja, recurso que não está aplicado, logo traz menos retorno.
Liquidez Corrente
	Esse índice mostra a capacidade de pagamento das dívidas de curto prazo usando todo o ativo circulante.
Calculado a LC das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	LÍQUIDEZ CORRENTE
	1,82
	1,52
	20%
Vemos que nos dois anos há folga na ativo circulante, sendo assim a capacidade de pagamento é bem elevada, gerando conforto para a companhia, ao mesmo tempo vê-se um incremento entre os anos, fazendo com que 2017 seja ainda mais confortável. Entretanto far-se-á necessário verificar o quanto desse ativo circulante está disposto na forma de estoque, pois são bens menos líquidos.
Liquidez Seca
	Como visto anteriormente é necessário para saber o quão liquida a empresa está no curto prazo precisamos utilizar somente os bens e direitos com maior liquidez, por isso para esse indicador excluímos o que está alocado na conta estoques, desta forma temos uma visão mais precisa da liquidez em curto prazo.
Calculado a LC das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	LÍQUIDEZ SECA
	1,38
	1,03
	34%
Podemos comparar com a liquidez corrente e ver que os valores nos dois exercícios são inferiores, isso se da pelo peso dos estoques. Mesmo assim, em 2017 e em 2016, ainda de que com menor magnitude a empresa está em um patamar tranquilo, pois não tem muita dependência dos estoques, conseguindo pagar suas dívidas com outros recursos.
Grau de Dependência do Estoque
Este indicador é complementar aos dois índices anteriores, quando temos uma liquidez corrente muito alta tem que se ver o quão dependente do estoque a entidade é, para isso faz-se o teste de acido, para ver a real capacidade de pagamento. O grau de dependência do estoque nos dirá esse impacto na capacidade de pagamento que os estoquem tem. Já que ele é a relação entre a diferença da LC e LS e a liquidez corrente.
Calculado a LC das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	GRAU DE DEPENDÊNCIA DO ESTOQUE
	0,24
	0,33
	-27%
Em 2017 o grau de dependência foi de 24%, ou seja, para cada 100 reais de obrigações de curto prazo a empresa estava dependente de apenas 24 reais de estoque, o mesmo serve para 2016, com 33%. Vemos que entre os anos houve melhora significativa no impacto dos estoques. Conforme (LIMEIRA, 2015) explica, este são valores aceitáveis que pouco impactam na liquidez da entidade.
Liquidez Geral
	Esse indicador mostrará o panorama geral de liquidez da entidade, pois considera dívidas de curto e longo prazo. Um resultado inferior a 1 não é algo preocupante, pois como já vimos antes uma empresa que tem mais dívidas alocadas em prazos mais longos pode ter um gerenciamento bom, se não houver muitas dívidas no curto prazo.
Calculado a LG das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	LÍQUIDEZ GERAL
	0,86
	0,68
	26%
	Podemos ver que nos dois anos os valores ficaram abaixo de 1, o que como dito anteriormente não é preocupante, ainda mais se levarmos em conta que existe bastante folga na liquidez corrente. No ano de 2017 houve um aumento expressivo na capacidade de solvência puxado pelo aumento do ativo circulante. De forma geral a empresa demonstra um bom nível de liquidez.
	
Lucratividade 
	Os índices de lucratividade avaliam a eficiência do negócio tendo como base o resultado do exercício. São com essas margens que poderemos ver o quão bem gerida é a operação da companhia. Quanto maiores os números melhores
Margem Bruta
	A margem bruta da empresa mostra a lucratividade da atividade fim da entidade. Essa informação permite descobrir o quanto de receita sobra para cobrir os custos da operação e ainda poder gerar lucro.
Calculado a MB das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	MARGEM BRUTA
	35%
	36%
	-3%
Os valores para 2017 e 2016 são praticamente os mesmos, apresentando no último ano uma ligeira queda. Vemos que após as deduções sobra somente 35% da receita para cobrir os demais custos e gerar lucro. Um valor que dentro do setor de comércio é normal, como podemos ver nos demais concorrentes como Via Varejo (2016) e Magazine Luiza (2016) nas informações dispostas em seus demonstrativos e pelo portal Oceans14(2020).
Margem Operacional
	Esse é um dos indicadores mais importantes de lucratividade, pois mostra a eficiência da atividade fim da empresa.
Calculado a MO das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	MARGEM OPERACIONAL
	13%
	14%
	-7%
A margem operacional das Lojas Americanas indica uma eficiência similar nos dois anos, tendo apenas uma queda em 2017 de 7% em relação a 2016. Isso significa que o que foi gerado com as operações, somente 13% em 2017 e 14% em 2016 sobram depois das deduções operacionais.
Margem Líquida 
	A margem líquida é a mais limpa de todas, considera somente a última linha da DRE, o lucro líquido. A margem líquida costuma refletir o que a margem operacional indicou, já que depois do lucro antes dos resultados financeiros praticamente só existem descontos. 
Calculado a ML das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	MARGEM LÍQUIDA
	2%
	2%
	0%
	A margem líquida em ambos os anos permaneceu a mesma, 2%, ou seja, de tudo que as Lojas Americanas recebem nos dois anos, somente 2% é lucro. Ao compararmos os anos de 2016 com o demonstrado pela Magazine Luiza (2016), podemos evidenciar que a margem líquida das Lojas Americanas supera a concorrente, com 2% ante 1% da outra varejista.
Giro do Ativo
	O giro do ativo mede a eficiência do uso do investimento, ou seja, quantas vezes as vendas conseguiram pagar o ativo, em outras palavras, é para cada real gasto no ativo quantos reais foram gerados por meio das vendas.
Calculado o GA das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	GIRO DO ATIVO
	0,63 
	0,81 
	-22% 
Aqui vemos que nos dois anos o retorno por meio das vendas não cobriu o investimento feito no ativo. Inclusive vemos uma tendência de piora de um ano para o outro, em 2016 para cada real do ativo somente 81 centavos eram recuperados em 2017 esse valor diminuiu para 63 centavos. 
Rentabilidade
	Os indicadores de rentabilidade são os mais usados pelos usuários externos, pois são esses índices que indicam o crescimento ou involução do dinheiro aplicado na empresa. Segundo (LIMEIRA, 2015), são com esses indicadores que medimos o desempenho da empresa. Sendo assim quanto maiores melhor.
Retorno Sobre o Patrimônio Líquido 
	Este é um dos indicadores mais importantes da empresa, também conhecido como ROE (Return On Equity), ele mede o quanto de dinheiro das operações retornou ao patrimônio líquido, ou seja, ele mede a remuneração do capital próprio. Este indicador é fundamental na hora de analisar o custo de oportunidade de um investimento, pois tem alta comparabilidade com outros benchmarks. 
Calculado o GA das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	RETURN ON EQUITY
	5%
	11%
	-55%
	Vemos que em 2016 o ROE era de 11% e houve uma queda de 55% em 2017 levando o indicador para um patamar de 5%. Isso indica que para cada 100 reais investidos pelos acionistas em 2017, somente 5 reais rendiam ao sócio. Como vimos anteriormente no Balanço Patrimonial, o montante de investido em capital social de um ano para o outro aumentou e issopode influenciar no resultado do ROE no curto prazo. 
	
	Comparando o retorno sobre o patrimônio líquido das Lojas Americanas com a taxa Selic de 2016 e 2017, que segundo o Banco Central do Brasil (2020) era de 13,75% e 7,00% respectivamente e reduzindo a inflação do ano de 2016 e 2017 que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020) era de 6,29% e 2,95% respectivamente, temos o retorno das aplicações em renda fixa na casa de 7,46% no ano de 2016 e 4,05% em 2017. Sendo assim é possível afirmar que o ROE das Lojas Americanas é vantajoso nos dois exercícios.
Retorno Sobre o Investimento
	Também conhecido com ROI (Return on investment), tem por objetivo medir o quanto do total investido está retornando. Segundo Ribeiro (2009b:171), conforme citado por (LIMEIRA, 2015)” este quociente evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa”. Por meio desse indicador também se poderá ver em quanto tempo o investimento será recuperado.
Calculado o GA das lojas americanas para os dois exercícios temos os valores de:
	RETURN ON INVESTMENT
	1%
	2%
	-50%
	O que se observa é que no ano de 2016 o montante representado pelo lucro líquido correspondia a apenas 2% do total do ativo, a mesma analise se faz para o ano subsequente, como houve uma redução de 50% no potencial de retorno, a representação do total do ativo em 2017 é composta por apenas 1% do lucro líquido.
	Ao comparar o indicador do ano de 2016 das Lojas Americanas com a de seu concorrente, Magazine Luiza (2016), notamos que o indicador das Lojas Americanas tem vantagem ante ao indicador negativo do concorrente.
Conclusão 
	Feita a análise vertical, horizontal e dos principais indicadores econômico-financeiros da empresa Lojas Americanas. Comparando com concorrentes e outros índices, pôde se concluir que é uma entidade já em estado de maturidade, apresenta índices de lucratividade e rentabilidade modestos e compatíveis com o de seus principais concorrentes.
	As lojas Americanas é uma empresa que chama atenção quanto a sua liquidez, apresenta bons níveis, apesar de ter uma liquidez imediata destoante no ano de 2017, mas que pode ser explicada pelo montante disponível alto. 
	Outro ponto que merece destaque é a política de endividamento da entidade que foca em alocar suas dívidas em prazos mais longos, o que pode ser notado tanto no balanço patrimonial quanto no indicador de composição de endividamento, isso traz conforto para companhia em curto prazo e maior segurança aos credores. 
	No geral a empresa apresenta bons indicadores, com performance similar ao de seus concorrentes e com rentabilidade acima do rendimento líquido das aplicações financeiras em renda fixa nos exercícios de 2016 e 2017. Composição de patrimônio coerente para uma empresa do porte das Lojas Americanas e a política de gestão de gastos é constante nos dois anos, como mostrado na demonstração de resultado do exercício de 2016 e 2017 e evidenciada na análise horizontal.
Referencias 
 BRASIL. "BANCO CENTRAL DO BRASIL". . Taxas de juros básicas – Histórico. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros. Acesso em: 11 out. 2020.
BRASIL. IBGE. . Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA: variação acumulada no ano durante o plano real (%), dezembro 1995 - dezembro 2019. Variação acumulada no ano durante o Plano Real (%), dezembro 1995 - dezembro 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html?=&t=series-historicas. Acesso em: 11 out. 2020.
DIRETORIA DA MAGAZINE LUIZA (Brasil). Relações Com Investidores. Demonstrações Contábeis Magazine Luiza S.A.: 31 de dezembro de 2016 e 2015 com relatório do auditor independente. 31 de dezembro de 2016 e 2015 com Relatório do Auditor Independente. 2016. Disponível em: https://ri.magazineluiza.com.br/ListResultados/Central-de-Resultados?=0WX0bwP76pYcZvx+vXUnvg==. Acesso em: 11 out. 2020.
DIRETORIA DA VIA VAREJO (Brasil). Relações Com Investidores. Via Varejo S.A.: demonstrações financeiras individuais e consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e relatório dos auditores independentes. Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2016 e Relatório dos Auditores Independentes. 2016. Disponível em: https://mz-filemanager.s3.amazonaws.com/ce9bff9f-fb19-49b9-9588-c4c6b7052c9c/file_manager/45bb5efd-a94b-4657-bd4b-380f6835553b/dfp_2016.pdf. Acesso em: 11 out. 2020.
HISTÓRICO de indicadores - MGLU3. 2020. Elaborado Por Oceans14. Disponível em: https://www.oceans14.com.br/acoes/magazine-luiza/mglu3/balanco-dividendos. Acesso em: 11 out. 2020.
LIMEIRA, André Luis Fernandes et al. Gestão Contábil Financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: Fgv, 2015.

Mais conteúdos dessa disciplina