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ESTUDO DIRIGIDO- SAÚDE DO ADULTO-2020 1. (IBFC/EBSERH/Enfermeiro 2016) Um instrumento que pode ser utilizado para a estratificação de risco cardiovascular é o escore de: a) Framingham b) Braden c) Romberg d) Hofmann e) Glasgow 2. (CONSULPLAN/ TRF 2o Região/ Analista Judiciário/Enfermagem do Trabalho 2017). Paciente deu entrada na Emergência com relato de Hipertensão. O mesmo relatou que está passando mal, com cefaleia e visão turva. Após o exame, constata-se que a pressão arterial deste senhor encontra-se 150/90 mmHg. Segundo a Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016), este senhor é classificado como: a) Normotenso. b) Crise hipertensiva. c) Hipertensão estágio 1. d) Hipertensão estágio 2. e) Hipertensão estágio 3. 3. (NC UFPR Prefeitura de Curitiba PR Enfermeiro 2016) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM) são considerados agravos de saúde pública. Sobre o assunto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: (V) Complicações crônicas de HAS e DM podem ser evitadas ou postergadas com tratamento e controle adequados. (V) HAS e DM apresentam fatores de risco comuns, como obesidade, dislipidemia e sedentarismo. (F) HAS e DM são doenças distintas e que não apresentam aspectos comuns. (F) HAS e DM são doenças de difícil diagnóstico na população de forma geral, porque dependem de controle rigoroso e exames especializados para certificação. Assinale alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a)F F V V. b) V V V F. c) V F F V. d) F F F V. e) V V F F. 4. (UPENET/IAUPE/ Enfermeiro 2017) Em relação ao sistema cardiovascular, analise as afirmativas abaixo: I. A angina do peito é uma síndrome clínica, que se caracteriza por episódios de dor ou pressão na região anterior do tórax. Na angina estável, a dor ocorre nos esforços e alivia no repouso. II. Dor torácica repentina e persistente apesar do repouso e da medicação é o sintoma apresentado pela maioria dos clientes com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). As alterações clássicas no Eletrocardiograma (ECG) são inversão da onda T, supradesnivelamento do segmento ST e desenvolvimento de uma onda Q anormal. III. Agitação, hipotensão, pulso rápido e fraco, pele fria e úmida, taquipneia, após uma desidratação severa, são sinais clássicos de choque cardiogênico, que resultam de insuficiência cardíaca e do estado de choque. Estão CORRETAS: a) I e III, apenas. b) II e III, apenas. c) I e II apenas. e) I, II e III. 5. Baseado nos ECG abaixo, calcule a frequência cardíaca. A) Resposta: 1500/25= 60 bpm ou 300/ 5= 60 bpm B) Resposta: 1500/22= 68 bpm ou 300/4,4= 68 bpm C) Resposta: 300/3= 100 bpm ou 1500/15,3= 98 bpm 6. Descreva a atividade elétrica do Coração. R: O nó sinusal ou sinoatrial inicia um impulso elétrico que flui sobre os átrios direito e esquerdo (câmaras cardíacas superiores), fazendo que estes se contraiam.O sangue imediatamente será deslocado para os ventrículos (câmaras cardíacas maiores e inferiores) .Quando o impulso elétrico chega ao nó atrioventricular (estação intermediária do sistema elétrico), este impulso sofre um ligeiro retardo. Em seguida o impulso elétrico dissemina-se ao longo do feixe de His, o qual divide-se em ramo direito (direcionado para o ventrículo direito) e ramo esquerdo (direcionado para o ventrículo esquerdo).Este último é dividido em dois fascículos: o ântero-superior esquerdo e o póstero- inferior direito. Na sequência o impulso elétrico atinge os ventrículos fazendo com que estes se contraiam (sístole ventricular), permitindo a saída de sangue para fora do coração. O ventrículo esquerdo ejeta o sangue para o cérebro, músculos e outros orgãos do corpo humano.O ventrículo direito ejeta o sangue exclusivamente para a circulação do pulmão, para que este sangue seja enriquecido com oxigênio. O ritmo cardíaco ditado pelo marcapasso natural do coração (nó sinusal) é chamado de ritmo sinusal.O ritmo cardíaco ditado pelo nó atrioventricular (estação intermediária do sistema elétrico do coração) é chamado de ritmo juncional. 7. Faça o calculo do débito cardíaco: a) PA: 150x100 mmHg / FC: 93bpm / Volume Sistólico: 63ml R: DC = FC x VS => 93 x 63= 5859 ml/min. b) PA: 160x100 mmHg / FC: 101bpm / Volume Sistólico: 88ml R: 101x88 = 8888ml/min. c) PA: 80x60 mmHg / FC: 122 bpm / Volume Sistólico: 48ml R: 122x48 = 5856 ml/min. d) PA:90x60mmHg/FC:152bpm/Volume Sistólico:32ml R: 152x32 = 4864 ml/min. 8. Diferencie os tipos de diabetes. Resposta: Há três tipos de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. Diabetes tipo 1 – É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto- juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens. Diabetes tipo 2 – É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequencia em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra- se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro. Diabetes Gestacional – A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes Gestacional. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos. 9. Descreva a fisiopatologia do IAM R: IAM é a necrose das células miocárdicas devido a oferta inadequada de oxigênio ao músculo cardíaco. É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas, levando a isquemia e por consequente à necrose. O IAM é resultante da ruptura ou erosão de uma placa aterosclerótica, desencadeando um processo em cascata, o qual reduz de forma crítica o fluxo sanguíneo na artéria coronária por espasmo coronário ou formação de trombo. Desencadeando isquemia cardíaca e por fim necrose e fibrose do tecido. 10. Descreva a fisiopatologia de cada tipo de choque. Resposta: O choque hipovolêmico é causado por uma redução do volume sanguíneo (hipovolemia). É o tipo mais frequente de choque. Essa redução do volume pode ser devida a uma hemorragia (causa mais frequente) em que há perda tanto de eritrócitos quanto de plasma, ou a uma perda isolada de plasma, que ocorre em casos mais específicos. De uma forma ou de outra, o que ocorre é uma queda na pressão de enchimento capilar (PEC) ou pressão hidrostática. A hemorragia pode ser externa (traumas etc.) ou interna (úlcera perfurada etc.). O choque cardiogênico é aquele em que a má perfusão tecidual é resultado do baixo débito cardíaco oriundo de uma patologia cardíaca propriamente dita. Acausa mais comum é o infarto agudo do miocárdio (IAM), em que há falência da bomba cardíaca ocasionada pela necrose de parede ventricular produzida pelo infarto. No entanto, há causas mecânicas, como doenças valvares (orovalvopatias), que também podem comprometer de forma significativa o débito cardíaco, levando ao choque cardiogênico. No choque anafilático, o paciente sofre uma reação alérgica ao ser exposto a um antígeno, a que é previamente sensível. A interação antígeno-anticorpo, mediada pela imunoglobulina E, é extremamente significativa e provoca a degranulação de mastócitos com consequente liberação de histamina (dentre outros mediadores). A histamina produz venodilatação, diminuindo o retorno venoso; vasodilatação arteriolar, diminuindo a resistência vascular periférica; e aumento da permeabilidade vascular, causando extravasamento de plasma e proteínas dos capilares para os espaços intersticiais. O grande aumento da permeabilidade pode produzir o edema de glote, que muitas vezes leva ao óbito antes mesmo que o choque circulatório se instale. O choque neurogênico culmina na má perfusão tecidual pela perda súbita do tônus vascular. Tônus vascular é um estado de ligeira contração mantido nos vasos sanguíneos pelo sistema nervoso autônomo, e é crucial para a manutenção da Pressão Arterial. A perda desse tônus de forma sistêmica causa dilatação das arteríolas - diminuição da RVP -, e das vênulas - diminuindo o retorno venoso. Esse desequilíbrio hemodinâmico causa o choque, semelhante ao anafilático e ao séptico. O choque séptico é decorrente de uma infecção grave, disseminada para todo o organismo. Ocorre normalmente em ambiente hospitalar e acomete indivíduos com o sistema imune comprometido ou aqueles que realizaram procedimentos invasivos. Neste tipo de choque, uma infecção local é transmitida a outros tecidos pela corrente sanguínea, adquirindo assim caráter sistêmico (sepse). Os agentes causadores da infecção são produtores de toxinas que induzem à produção de mediadores inflamatórios como interleucinas, bem como a síntese de óxido nítrico. Em uma infecção acometendo todo o organismo, uma vasodilatação generalizada diminui a Resistência vascular Periférica e, consequentemente a Pressão Arterial. O choque obstrutivo é ocasionado por uma obstrução ou uma compressão dos grandes vasos ou do próprio coração, com aumento da pressão intratorácica. Pode ocorrer por diversas causas, porém três merecem destaque: o pneumotórax hipertensivo (as grandes veias podem sofrer pressão em sua superfície externa diminuindo seu calibre em trechos sensíveis), o tamponamento cardíaco (acúmulo de líquido entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso do coração) e o tromboembolismo pulmonar (O atrito entre o trombo e o fluxo sanguíneo acaba por destacar pequenos êmbolos. Esses êmbolos seguem para o coração direito, ganham as artérias pulmonares e chegam aos capilares pulmonares, obstruindo-os).
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