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RESULTADOS E DISCUSSÕES Inicialmente, determinou-se o valor médio do tempo de cada distância medida. Para isso, foram utilizados os dados coletados no laboratório (tabela 1): Tabela 1. Valores medidos para o tempo em cada distância Distancia/m Tempo/s 0,1 0,34 0,31 0,41 0,35 0,38 0,43 0,47 0,38 0,34 0,37 0,2 0,50 0,54 0,43 0,66 0,57 0,50 0,60 0,47 0,47 0,47 0,3 0,66 0,78 0,66 0,59 0,65 0,75 0,66 0,62 0,66 0,66 0,4 0,97 0,82 0,84 0,87 0,75 0,75 0,75 0,72 0,72 0,72 0,5 0,87 0,86 0,87 1,00 0,78 0,78 0,93 0,88 0,87 0,81 0,6 0,97 1,12 0,88 0,87 0,91 1,00 0,97 0,90 1,00 0,90 0,7 1,00 0,94 1,13 1,03 1,03 1,06 1,00 1,00 1,13 1,09 0,8 1,00 1,19 1,07 1,10 1,19 1,00 1,15 1,19 1,16 1,28 0,9 1,28 1,28 1,22 1,18 1,44 1,22 1,22 1,13 1,50 1,15 Foi possível encontrar o valor médio das dez medições realizadas, utilizando à seguinte formula, onde representa cada valor medido e a quantidade total de eventos. É interessante ressaltar que esta formula foi utilizada para calcular o valor médio de cada intervalo. Os dados obtidos estão sendo apresentados na tabela 2: Tabela 2. Valores médios do tempo nos diferentes intervalos Distancia/m Tempo Médio/s 0,1 0,38 0,2 0,52 0,3 0,67 0,4 0,79 0,5 0,86 0,6 0,95 0,7 1,04 0,8 1,13 0,9 1,26 Encontrado o valor médio do tempo, e com base nas medidas feitas em laboratório foi elaborado um gráfico da distância em função do tempo (gráfico 1): Gráfico 1. Distância em função do tempo A partir destes pontos, foi traçada a melhor curva possível para a velocidade. A curva correspondente à velocidade da partícula está sendo representada no gráfico 2: Gráfico 2. A melhor curva traçada através dos pontos medidos A equação da curva encontrada é a equação da parábola , onde é o deslocamento, é a constante de valor igual a e equivale ao tempo. Por meio da curva traçada, foi possível o cálculo da velocidade média da partícula para cada intervalo. Para isso, foi escolhido um e um a partir dos quais a velocidade média será calculada. Os intervalos escolhidos estão sendo mostrados no gráfico a seguir (gráfico 3): Gráfico 3. Intervalos escolhidos Tomando por base os intervalos do gráfico acima, torna-se possível o calculo da velocidade média para cada um dos intervalos. Para isso, utilizou-se a seguinte fórmula, onde é a variação da posição e o a variação do tempo: Os valores encontrados para velocidade nos diferentes intervalos serão relacionados mais a frente (tabela 5). Antes disso, será calculada a margem de erro de cada valor da velocidade. Para isso utilizou-se meio da propagação de erros . Sabe-se que uma medida indireta de uma grandeza é efetuada através de umas serie de medidas diretas de grandezas que se relacionam matematicamente com a grandeza em questão. O estudo da influencia dos erros individuais, no resultado das operações matemáticas que fornecem o valor da grandeza medida indiretamente, é denominado propagação de erros. [4] Como se observou, a fórmula acima possui como variáveis o desvio padrão da posição e do tempo . Sendo assim, antes de calcular o erro das velocidades, é necessário primeiramente calcular estes desvios padrões para cada intervalo. O desvio padrão da posição é o erro do instrumento utilizado, neste caso a trema. O erro deste instrumento é a metade da sua menor medida, ou seja, 0,05 cm. Sendo assim, o desvio padrão da posição é 0,05 cm. Após, calculou-se o desvio padrão do tempo foi calculado com a seguinte formula, onde é cada medida realizada, é o valor médio do tempo e o numero de eventos: Os valores encontrados estão sendo apresentados na seguinte tabela (tabela 3) Tabela 3. Desvio padrão do tempo de cada intervalo Distancia/m Desvio Padrão/s 0,1 0,006866 0,2 0,015098 0,3 0,009432 0,4 0,020565 0,5 0,013499 0,6 0,017532 0,7 0,011366 0,8 0,024298 0,9 0,043662 Encontrado os valores dos desvios padrões da posição e do tempo, foi possível calcular o erro da velocidade por meio da formula de propagação de erro. Calculando as derivadas parciais, desenvolveu-se a seguinte expressão. Os valores foram substituídos de acordo com cada intervalo: Os valores para o erro encontrados estão sendo apresentados a seguir, juntamente com o valor da velocidade media (tabela 4): Tabela 4 Velocidade da partícula em diferentes intervalos e seus respectivos erros Distancia/m Velocidade Média m/s 0,1 0,14 0,2 0,11 0,3 0,09 0,4 0,09 0,5 0,08 0,6 0,08 0,7 0,07 0,8 0,07 0,9 0,08 A partir dos valores encontrados para a velocidade média, foi construído como um gráfico da velocidade em função do tempo (gráfico 4). Gráfico 4. Velocidade em função do tempo A equação da curva encontrada é, na verdade, a equação da reta, onde y é a velocidade média, x é a variável tempo, m é o coeficiente angular da reta (determina a inclinação da reta) e b equivale ao coeficiente linear (determina em qual ponto a função passa pelo eixo y). Podemos comparar essa equação da reta à uma das principais fórmulas da cinemática: Considerando e o como variável do tempo, encontramos as seguintes equações: Visto que o é a velocidade media, é possível combinar as seguintes equações, tendo a seguinte relação: Assim observamos que o coeficiente angular da reta (m) está relacionado diretamente à aceleração. Desta forma, encontrando o m, será achado o valor da aceleração. Usando a equação (1), é possível perceber que m é igual à razão entre a velocidade e o tempo. Definindo um intervalo de e para o cálculo de , tem-se: Encontrado o , calculou-se a aceleração: Com o resultado obtido para a aceleração, é possível construir um gráfico para a mesma. Gráfico 5. Aceleração da partícula ao deslizar na calha Algumas observações podem ser feitas a respeito do experimento realizado. Primeiramente, observa-se que devido a erro humano e limitações dos instrumentos os resultados encontrados têm um erro introduzido. No caso da velocidade, o desvio é de ... Além disso, observou-se que antes de soltar a esfera na calha, esta ultima foi embebida de óleo. O objetivo disto foi diminuir o atrito da esfera com a calha, e desta forma, não prejudicar desnecessariamente o experimento. E por ultimo, observou-se que foram feitos apenas 9 intervalos na calha, sendo que esta media 1 metro. Isto ocorreu porque a ultima medição ficaria muita incerta. Em todos os intervalos, a periferia da esfera ficava exatamente atrás da marca feita. E visto que a calha media exatamente 1 metro, a esfera teria de ser solta nela a frente da marca feita. Sendo assim, decidiu-se que seria melhor não fazer esta ultima media, pois poderia prejudicar o experimento. CONCLUSÃO O objetivo do experimento foi mostrar o funcionamento das leis da cinemática. Sendo assim, apesar de não serem totalmente exatos os resultados encontrados, o objetivo foi cumprido. Foi possível descrever conceitos como o de aceleração e velocidade, por meio de gráficos construídos com dados experimentais, e observar que estes conceitos condizem com a teoria. Observou-se que o valor encontrado para velocidade tinha um erro introduzido (...). Este ocorreu devido a falhas humanas e ate mesmo limitação dos instrumentos. Vale lembrar que se calculou este desvio por meio de propagação de erros. INTRODUÇÃO É difícil imaginar um mundo em que nada se mova. O estudo do movimento na área da mecânica clássica é chamado cinemática. Na cinemática, o movimento do corpo é descrito por meio de três funções do tempo: posição, velocidade aceleração. Sendo assim, para descrever o movimento de um corpo deve-se saber: onde ele está, quão rápido se move e qual é sua aceleração. [2] No experimento a seguir será feito o estudo da cinemática através de um caso simples: o movimento de uma esfera em uma calha. Para isso, esta escolha tem duas exigências. Primeiramente, o movimento será descrito sem se preocupar comsuas causas, ou seja, a sua massa e as forças que atuam sobre ele serão ignoradas. Em segundo lugar, consideraremos a esfera como se fosse uma partícula, isto é, uma massa puntiforme. [3] RESUMO [1] Determinar experimentalmente a velocidade média e instantânea de um objeto que desliza por uma rampa inclinada. Calcular a aceleração média. Para o estudo, considere a aceleração média igual à instantânea. Determinar a partir de gráficos as respectivas equações de movimento. FUNDAMENTOS TEÓRICOS [2] A velocidade de uma partícula esta diretamente relacionada a sua posição. Isto é, se um corpo muda de posição em um espaço de tempo, o corpo tem uma velocidade. Considerando a variação da posição como: E a variação de tempo que o corpo se moveu como: É possível definir a sua velocidade escalar media: (Equação 01) Considerando o tempo inicial igual a zero, encontra-se esta equação para posição: (Equação 02) Se a velocidade de um objeto varia com tempo, diz-se que ele esta acelerado. Se a velocidade é constante, aceleração é nula. A aceleração de um objeto é descrita como a razão entre a variação da velocidade e do tempo: (Equação 03) Considerando o tempo inicial igual a zero, encontra-se: (Equação 04) Traçando o gráfico em função de da equação 04, o resultado será uma reta. Deste modo, a velocidade media em qualquer intervalo de tempo será a media entre a velocidade no inicio do intervalo e a velocidade no final. Assim, pode-se representar a velocidade media como sendo: (Equação 05) Substituindo o valor de na equação 04 e efetuando um rearranjo do termos, obtemos: (Equação 06) Substituindo a equação 06 na equação 02 encontra-se: (Equação 07) PARTE EXPERIMENTAL [1] MATERIAIS · Calha de 1 metro · Óleo · Suporte universal · Esfera de ferro · Cronômetro (s · Trena ( · Transferidor · Haste com braço móvel MONTAGEM EXPERIMENTAL Fixou-se inicialmente a haste com o braço móvel na mesa. Em seguida, apoiou-se uma extremidade da calha sobre o braço da haste e fixa-se o bloco de madeira, para apoiar a outra extremidade da calha. O esquema esta sendo demonstrado na figura 1 Figura 1. Montagem experimental PROCEDIMENTO Fixou-se a calha com uma inclinação de 10em relação à horizontal e subdividiu-se a calha em 9 intervalos de 10 cm. Deixou-se a esfera deslizar-se pela calha embebida de óleo a partir da primeira marcação de 10 cm, mediu-se o tempo gasto pela esfera para percorrer essa distância, repetiu-se esse procedimento 10 vezes e anotou-se os valores obtidos. Repetiu-se o procedimento anterior para os intervalos de 20 cm, 30 cm, 40 cm, 50 cm, 60 cm, 70 cm, 80 cm e 90 cm. Elaborou-se um gráfico da distância em função do tempo médio e descobriu-se a equação da curva. Calculou-se a velocidade média da esfera em cada um dos intervalos, elaborou-se um gráfico da velocidade média em função do tempo médio e descobriu-se a função da curva. Calculou-se a partir dos gráficos anteriores a aceleração da esfera e elaborou-se um gráfico da aceleração em função do tempo. Universidade Federal de São João Del Rei Departamento de Ciências Naturais Ana Elisa Ferreira de Oliveira Luiz Guilherme Ambrósio PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES São João Del Rei - MG Setembro/2011 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Campoy, J. Roteiro do experimento 01. 2. Resnick, R; Halliday, D. Física. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1973; 3. Tipller P. Fisíca Mecânica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994 v.1;
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