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Disciplina: Sistema digestório e endócrino Curso: Enfermagem 4°período Professor: Lucas de Lima Equipe: Rosana de Souza Barbosa Maria José Barbosa Manoel Marcos da Silva Maciel Lislayne Rebeca Nathália de Souza Rute Vieira dos Santos Bruna Queiroz Gicelda Antônia Albuquerque da Silva Câncer de Esôfago 05 de outubro de 2020 Câncer de esôfago Essas mutações fazem com que as células cresçam e se dividam a um ritmo acelerado e descontrolado. As que se acumulam formam um tumor no esôfago que pode se disseminar para outros órgãos e outras partes do corpo. Acredita- se que a irritação crônica do esôfago pode contribuir para as mudanças no DNA das células que revestem o órgão, levando ao câncer. O câncer de esôfago é o quinto tumor maligno mais frequente do trato gastrintestinal. É menos frequente que os de colorretal, pâncreas, estômago e fígado. Geralmente acomete pessoas entre os 50 e 70 anos de idade, na proporção de três a seis homens para cada mulher. Anatomia O esôfago, órgão muscular semelhante a um tubo, comunica a faringe com o estômago e transporta alimento e líquidos de um órgão ao outro. Seu trajeto, que vai da região cervical até penetrar a cavidade abdominal, é dividido em três terços: superior, médio e inferior. Na parte alta do esôfago, existe uma válvula chamada de esfíncter esofágico superior, que se abre quando recebe o estimulo dos alimentos que passam, para permitir que eles se dirijam ao estômago. Na parte baixa do esôfago, junto ao estômago, existe o esfíncter esofágico inferior, que se abre para os alimentos cheguem ao estômago. O esôfago apresenta quatro camadas que dá interna para externa, são: mucosa, submucosa, camada muscular (constituídas pelos músculos longitudinais e circulares), e camada adventícia. Assim que o bolo alimentar passa, esse esfíncter se fecha para impedir que o conteúdo gástrico volte para o esôfago. Tipos Carcinoma de células escamosas ou epidermoide É responsável por mais 90% dos casos dos tumores de esôfago do terço superior e médio, sendo o tipo mais relacionado com o tabagismo e o álcool. Adenocarcinoma É o tipo mais comum dos tumores da porção mais inferior do esôfago. Está relacionado com a esofagite de refluxo e o esôfago de Barrett. Atualmente, o adenocarcinoma é o tipo encontrado em cerca de metade dos casos de câncer de esôfago. Tipos mais raros Os demais 5% incluem tipos bem mais raros: carcinomas de pequenas células, sarcomas, linfomas e tumores adenoide-císticos. Causas Fatores que causam essa irritação e que, portanto, aumentam o risco de câncer de esôfago incluem: Ingestão exacerbada de bebidas alcoólicas Refluxo biliar Acalasia Ingestão de líquidos muito quentes Adotar uma dieta pobre em frutas e verduras Doença do refluxo gastresofágico (DRGE) Obesidade Esôfago de Barrett Radiação na região do peito ou do abdômen superior Tabagismo Tilose Síndrome de Plummer-Vinson. https://www.minhavida.com.br/temas/refluxo-gastroesof%C3%A1gico https://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade Sintomas Em sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta quaisquer sinais ou sintomas. No entanto, com o progresso da doença, alguns sintomas característicos deste tipo de câncer começam a aparecer, como: Dificuldade ou dor ao engolir Dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito) Dor torácica Sensação de obstrução à passagem do alimento Náuseas e vômito Perda de apetite. Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir, também chamada de disfagia, é um sinal de que o câncer já se encontra em estado avançado. Por causa dos sintomas, é comum que pacientes com câncer de esôfago percam muito peso. Casos extremos podem chegar a até 10% do peso corporal perdido. Diagnóstico O diagnóstico de câncer de esôfago é feito principalmente por endoscopia digestiva, que é um exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo. O médico também pode optar por estudos citológicos (das células) e por métodos com colorações especiais para realizar o diagnóstico. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura atingem 98%. Na presença de disfagia para alimentos sólidos, o que provavelmente significa que a doença encontra-se em estado mais avançado, é recomendado um estudo radiológico contrastado e também uma endoscopia com biópsia ou citologia para confirmação. O diagnóstico também ajudará o médico a determinar em qual estágio encontra o câncer do paciente. Para isso, ele precisará seguir alguns critérios específicos, que tem a ver basicamente com a extensão do tumor, ou seja, até onde as células cancerosas já se disseminaram. Conhecer o estágio exato do câncer ajuda a determinar, entre outros detalhes, as opções de tratamento mais eficazes. Para saber o estágio do tumor, são feitos alguns exames específicos, como uma tomografia computadorizada e uma tomografia por emissão de pósitrons. Os estágios do câncer de esôfago são: Estágio I O câncer ocorre nas camadas superficiais das células que revestem o esôfago. Estágio II O câncer já invadiu camadas mais profundas da mucosa do esôfago e pode se espalhar para os nódulos linfáticos próximos. Tratamento O tratamento para câncer de esôfago pode ser feito em três abordagens distintas ou combinadas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Geralmente, uma combinação dos três tipos pode ser mais eficiente do que qualquer um deles isoladamente, mas o médico avaliará qual a melhor opção para o seu caso. Para tumores em estágios iniciais, a ressecção endoscópica ainda pode ser um procedimento viável. Trata-se de uma intervenção em que o tumor é retirado por meio da boca, sem necessidade de cortes. No entanto, este tipo de tratamento é bastante raro para pacientes com câncer de esôfago. Na maioria dos casos, a opção mais indicada é a cirurgia, que pode focar tanto na retirada do tumor (principalmente se ele for pequeno, localizado e, portanto, ainda em estágios iniciais) quanto na retirada de uma parte do esôfago, recomendada quando o tumor já se espalhou para estruturas vizinhas e gânglios linfáticos. Há casos, ainda, em que há necessidade cirúrgica de se retirar tanto uma parte do esôfago quanto uma pequena parte da porção superior do estômago. Entretanto, dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser unicamente paliativo, ou seja, sem finalidade curativa, por meio de quimioterapia ou radioterapia – as terapias convencionais para diversos tipos de câncer.
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