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Mod III - Aula ZOONOSES PRINCIPAIS ADAPTADA

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Abordagem preventiva
Para melhor compreender as características das doenças 
que estudaremos na sequência deste capítulo, é fundamental 
compreender o significado de alguns conceitos importantes:
Portador assintomático;
Período de incubação;
Imunodeprimido;
Profilaxia.
ZOONOSES
Doenças zoonóticas
Introdução
 O que são zoonoses:
 Doenças que podem ser transmitidas dos animais aos seres humanos.
 Formas de transmissão:
 Por contato direto; Por alimentos; Por picadas de vetores; etc.
Didaticamente, existem dois grandes grupos de formas de
transmissão de zoonoses, sendo eles o Contato direto, quando o
animal provoca uma arranhadura ou mordida em um ser
humano, e o Contato indireto, quando temos algum elemento
extra como elo de ligação, permitindo a passagem de um
microrganismo patogênico entre o animal e a pessoa. Na
transmissão por contato indireto, podemos ter a participação de:
Alimentos;
Secreções;
Vetores;
Fômites.
Salmonelose
 Agente:
 Diferentes variedades de bactérias do gênero Salmonella sp.;
 Microorganismo com alto nível metabólico.
 Espécies afetadas:
 Rara em cães e gatos.
 Comum em frangos e seres humanos.
Características gerais
 Ao homem: alimentos contaminados.
Principalmente ovos, carne de frango.
Também por frutas/verduras/legumes.
 Ao frango: ração ou água contaminada,
ou por via intrauterina.
Sintomas
• Sintomas nos seres humanos:
• Diarreia, febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, cólicas abdominal.
• Intensidade e diversidade de sintomas é muito variável.
• Dura 4 a 7 dias, e a maioria se recupera com repouso e hidratação.
• Nos casos graves há diarreia intensa (necessário hospitalização).
• Raramente evolui para bacteremia. Quando ocorre, há chance de óbito.
Sintomas nos cães:
• Diarreia;
• Febre;
• Vômito;
• Desidratação;
• Perda de apetite;
• Mal estar;
• Prostração;
Sintomas em frangos jovens :
• Apatia;
• Anorexia;
• Diarreia esbranquiçada;
• Perda de peso
• Morte.
Sintomas em frangos adultos:
• Apatia;
• Queda na produção de ovos
• Redução na fertilidade;
• Anorexia;
• Diarreia. 
Diagnóstico
O diagnóstico tem como base o histórico do caso, os sintomas e o exame 
de fezes, a partir do qual é realizada cultura bacteriana. É indispensável fazer o 
diagnóstico diferencial de outras patologias com sintomas parecidos como 
gastrenterite viral e infecções parasitárias (amebas, giárdia, etc.).
Medidas de Profilaxia:
Lavar as mãos antes do preparo de alimentos;
Evitar o consumo de carnes mal passadas, especialmente de frango;
Evitar o consumo de ovos crus ou com gema mole;
Armazenar ovos sempre no refrigerador, nunca em temperatura ambiente;
Aquisição de aves (matrizes) apenas de criatórios livres de Salmonela;
Fornecer água para os frangos em bebedouros sem a possibilidade de 
contaminação por fezes;
Abater e descartar as aves com exame positivo.
Tuberculose
• Tem como agente etiológico as bactérias Mycobacterium bovis, 
Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium avium;
• Ambientes úmidos ou com pouca luminosidade elas encontram 
condições de sobreviver por vários meses;
• Esse microorganismo foi isolado e identificado pela primeira 
vez em 1882, pelo pesquisador alemão Robert Koch. 
 Transmissão:
 90% dos bovinos se infectam por via respiratória (inalação de aerossóis);
 Também por via digestiva: água, pastagem ou ração contaminados.
 Animais doentes eliminam a bactéria por pelo ar, urina, leite e sêmen.
 Nos seres humanos a contaminação também se dá por via respiratória:
proximidade com pessoas infectadas, permanência em locais fechados e
pouco ventilados;
 Também é possível por ingestão de leite (cru) ou carne (mal passada).
 Consequências:
 Doença de desenvolvimento crônico;
 Disseminação rápida nos rebanhos;
 Potencial para perdas econômicas significativas;
 Perda de prestígio e credibilidade da fazenda;
 Estatísticas:
 Segundo a OMS, cerca de 30% da população mundial está infectada.
Sintomas
• Lesões nodulares:
• Podem localizar-se em qualquer órgão ou tecido;
• Costumam apresentar coloração amarelada;
• Cápsula fibrosa.
• Nos humanos:
• Tosse persistente (por mais de três semanas);
• Febre
• Produção de escarro
• Dispnéia
• Emagrecimento progressivo;
• Hemoptise.
Leptospirose
 Agente:
 Bactéria Leptospira sp.
 Sobrevive por semanas em ambiente úmido com pH neutro.
 Patologia conhecida como “a doença da urina rato”.
 Espécies afetadas:
 Mais frequentemente cães, pessoas e bovinos.
 Também ocorre em suínos e equinos.
 Rara em gatos.
 Transmissão:
 Por exposição à água contaminada por urina
de animais infectados.
 A Leptospira sp. penetra a pele (mesmo
íntegra); infecção também pelas mucosas.
 Alto risco após enchentes/alagamentos.
 Por ingestão de água, alimentos (ou ração)
contaminada pela urina.
 Sintomas em cães:
 Em geral: quadro agudo de febre, perda de apetite,
vômitos e diarreia;
 Complicações: Lesões nos rins (gerando urina de
cor marrom escura). Lesões no fígado (provocando
icterícia).
 Sintomas em ratos:
 Estão adaptados à bactéria: não manifestam sinais
ou lesões.
 Sintomas em humanos:
 Mais comum: mal estar, febre aguda, dor de cabeça, náuseas, dores
musculares, especialmente na panturrilha.
 Em geral é autolimitada (melhora em 3 ou 4 dias).
 Casos graves: alterações renais, hemorragias,
dano hepático (que pode resultar em Icterícia),
meningite e coma.
 Medidas de Profilaxia:
 Controle de roedores: telas em aberturas + armadilhas + veneno.
 Atenção às medidas básicas de higiene e limpeza.
 Evitar acúmulo de lixo (para não atrair ratos).
 Usar luvas e botas de borracha em ambientes de risco.
 Manter limpas as vasilhas de alimento e água dos cães.
 Vacinar os cães anualmente, ou semestralmente, conforme o risco.
Giardíase
 Agente:
 Protozoário Giardia lamblia (Giardia duodenalis).
 Patologia comum e com aumento de prevalência na região sul do BR.
 Espécies afetadas:
 Mais frequente em seres humanos e cães.
 Também pode ocorrer em felinos, bovinos, ovinos, caprinos, suínos
equinos.
 Transmissão:
 Por contaminação fecal-oral.
 Uma vez ingerido, ele evolui para forma capaz de causar sintomas e se
reproduzir (Trofozoito).
 Animais doentes eliminam a forma infectante (cisto) pelas fezes.
 Os cistos sobrevivem em alimentos vegetais, água, ambientes úmidos.
 Começa nova produção de cistos.
 Doença mais frequente em crianças ou indivíduos imunodeprimidos.
Cistos presentes nas 
fezes contaminam 
água ou alimentos
CICLO DA
GIARDÍASE
 Sintomas no ser humano:
 Diarreia persistente, flatulência, náusea e vômitos, desidratação, cólica
abdominal, fraqueza e perda de peso.
 Alguns pacientes permanecem assintomáticos.
 Sintomas nos cães:
 Fezes moles ou pastosas (com odor fétido), vômitos, dor abdominal,
desidratação e perda de peso. Não é comum redução no apetite.
 Também pode gerar indivíduos sem sintomatologia da doença.
 Medidas de Profilaxia:
 Educação sanitária nas escolas e junto à comunidades carentes.
 Adoção de hábitos de higiene e preservação da saúde: lavagem das mãos
antes de preparar alimentos, lavagem dos alimentos de origem vegetal
antes do consumo, etc.
 Desinfecção e limpeza do ambiente onde o animal vive.
 Cobrar do poder público a realização de obras para fornecimento de água
potável e recolhimento/tratamento de esgotos e dejetos.
Toxoplasmose
 Agente:
 Protozoário Toxoplasma gondii.
 Parasita de distribuição mundial.
 Espécies afetadas:
 Mais frequentemente gatos.
 Também cães, bovinos, aves, seres humanos.
 Transmissão aos gatos:
 Ingestão de cistos presentes na carne de
ratos, bovinos, aves, etc.
 Transmissão aos seres humanos:
 Ingestão de alimentos vegetais contaminados, ou carne contaminada e
mal passada, ou água contaminada.
 Transmissão aos bovinos, suínos, aves, ovinos, etc.:
 Ingestão de pasto, ração, água contaminada. Transmissibilidade do gato:
 A forma contaminante é denominada oocisto.
 É gerada apenas no trato gastrointestinal dos gatos.
 São eliminados com as fezes.
 Tornam-se infectantes no meio ambiente, após 1 a 5 dias.
 Eliminação começa 10 dias após infecção inicial.
 Eliminação dura apenas 1 a 2 semanas.
Oocisto
Água/Vegetais/Legumes
Carne crua
Risco de transmissão
transplacentária se a 1º
infecção ocorrer durante
a gestação.
CICLO DA TOXOPLASMOSE
 Sintomas nos gatos: Raramente se manifestam.
 Quando ocorrem: enterite, alterações do SNC e lesões neuromusculares.
 Sintomas em humanos:
 Raramente ocorrem.
 Quando se manifestam: febre, mal-estar, aumento de linfonodos.
 Sinais confundidos com um resfriado (somem em poucos dias).
 A maioria das pessoas já se contaminou, mas nem sabe disso.
 Em pacientes imunocomprometidos: manifestações de doença do SNC.
 Sintomas em humanos: Mulheres gestantes...
 Se for o 1º contato com o T. gondii: há grande risco para o feto.
 Chance de aborto ou nascimento de fetos mortos.
 Aqueles bebês que vem a termo,
podem nascer com cegueira,
hidrocefalia, convulsões e deficiência
intelectual.
 Medidas de Profilaxia:
 Não comer carnes mal passadas.
 Não dar carne crua/mal passada aos gatos.
 Limpar a caixa de areia dos gatos diariamente.
 Usar pazinha/luva ao limpar a caixa de areia.
 Lavar bem legumes e verduras antes do consumo.
 Lavar as mãos antes de cozinhar.
Raiva
 Agente:
 Vírus do gênero Lyssavirus.
 Espécies afetadas:
 Qualquer animal mamífero.
 A cada ano são registrados 40 mil óbitos de bovinos, em todo o BR.
 Aumento recente do nº de casos em cães e gatos.
 Transmissão:
 Pela mordida de um animal contaminado.
 Segundo a OMS, 99% dos casos
humanos resultam de mordida de cão.
 Cães/gatos: principalmente por agressão
de outros cães e gatos.
 Bovinos/Equinos: por mordidas de cães e
morcegos.
 Papel dos Morcegos:
 Não devem ser foco de extermínio,
pois exercem papel biológico
importante (disseminação de
sementes, polinização de flores,
controle da população de ratos e
insetos).
 A grande maioria são morcegos de
espécies insetívoras ou frugívoras.
 Evolução:
 Após a mordida o vírus é inoculado no músculo.
 Fica se multiplicando até atingir alta carga viral.
 Migra para o nervo mais próximo e depois para a medula espinhal.
 Pela medula, alcança o SNC: desencadeia os sintomas clássicos.
 Vírus se propaga para outros órgãos e se aloja nas glândulas salivares.
 Período de incubação:
 Varia conforme o local da mordida e carga viral inoculada;
 Seres humanos: média de 60 dias; Cão/gato: média de 20 a 60 dias;
 Sintomas em cães e gatos:
 Primeiro sinal: prurido no local da
mordida.
 Quando afeta o SNC: Paralisia na
glote, dificuldade de engolir,
salivação, alteração na tonalidade
do latido.
 Sintomas em cães e gatos:
 Alterações comportamentais: Agressividade gratuita, contra objetos,
pessoas e animais.
 Na fase final: Contrações musculares involuntárias, incoordenação,
paralisia de membros posteriores, convulsões e morte.
 Óbito: ocorre 3 a 4 dias após os 1ºs sintomas (no máximo em 10
dias).
 Sintomas em morcegos:
 Paralisia das asas e/ou agitação (morcegos voando de dia).
 Sintomas em bovinos/equinos:
 Disfagia, inquietude, tremores e
incoordenação muscular,
paralisia de membros
posteriores.
 Óbito em 3 a 5 dias.
 Sintomas em seres humanos:
 Inicial: sensibilidade no local da lesão (formigamento, dormência);
 Acometimento do SNC: Insônia e aerofobia, hidrofobia salivação;
 Mudança comportamental (fica introvertido ou agitado);
 Alucinações, ansiedade, hipersensibilidade sensorial;
 Paralisia progride para vários músculos (incluindo o diafragma);
 Óbito em poucos dias.
Medidas de Profilaxia:
• Lavar o ferimento de mordida com água e sabão;
• Usar telas nas portas/janelas em locais com presença de morcegos;
• Notificação obrigatória às autoridades sanitárias;
• Vacinação de cães/gatos: dose única;
• Controle da população de morcegos: captura e aplicação de pasta
vampiricida.
• Aplicação de anticoagulante ao redor das lesões em bovinos/equinos.
 Profilaxia Ativa:
 Peculiaridade da Raiva: aplicar vacina após contaminação.
 Aplicação da vacina quanto mais cedo possível.
 Ensina o sistema imunológico a combater o vírus, antes que ele chegue no
SNC.
 Não possui contra indicações para mulheres grávidas.
Esporotricose
 Agente:
 Fungo Sporothrix schenckii
 Patologia conhecida como “doença da roseira”.
 Espécies afetadas:
 Mais frequentemente gatos.
 Incomum em cães, bovinos, equinos e seres
humanos.
 Transmissão:
 Por ferimentos (arranhões) em elementos
ambientais: espinhos, galhos quebrados,
cercas contaminados.
 Risco para quem trabalhem com solo/plantas
(profissionalmente ou por hobby).
 Causa infecção em camadas profundas da
pele;
 Transmissão:
 Gatos tem o hábito de desgastar as unhas em pedaços de madeira;
 Pode passar a carrear o fungo nas suas unhas.
 Sintomas nos gatos:
 Nódulos inflamatórios, que evoluem para úlcera purulenta.
 As lesões são mais frequentes na cabeça, dorso e membros.
 Pode ocorrer destruição do contorno nasal anatômico.
 Também podem apresentar espirros e
secreção nasal.
 Animais sem tratamento podem vir a
óbito.
 Sintomas nos humanos:
 Mais comum: lesão cutânea localizada, geralmente na mão ou antebraço.
 Raramente ocorre forma cutânea disseminada (paciente imunodeprimido).
 Aparência avermelhada, nodular ou pustular.
 Se dissemina pela cadeia linfática.
 Outros sintomas: dores nas articulações, perda de apetite e febre.
 Raramente é fatal para pessoas: tendem a procurar recursos médicos.
 Medidas de Profilaxia:
 Usar luvas nos trabalhos com terra e plantas;
 Fazer o tratamento até total cicatrização;
 Isolar os animais doentes dos demais pacientes internados;
 Realizar desinfecção das instalações da clínica;
 Promover a castração dos gatos machos.
 Cremar animais positivos que vierem a óbito (jamais enterrar).
Dirofilariose
 Agente:
 Verme Dirofilaria immitis.
 Verme se aloja no coração/pulmões dos hospedeiros.
 Espécies afetadas:
 Mais frequentemente cães.
 Incomum em gatos.
 Rara em seres humanos.
 Transmissão:
 As larvas de Dirofilária são chamadas microfilárias.
 As microfilárias são encontradas no
sangue de um animal hospedeiro.
 Mosquitos do gênero Culex podem
sugar microfilárias e transmiti-las para
outros animais que venham a picar
(cães, gatos ou pessoas).
Mosquito Culex sp.
Transmissão de microfilárias Vermes no coração (após 6 meses)
Vermes adultos
se reproduzem
Microfilárias presentes 
no sangue
CICLO DA DIROFILARIOSE
 Sintomas:
 Aparecem apenas quando há vermes adultos no coração.
 Estes, obstruem vasos e câmaras cardíacas: resulta em hipertensão
pulmonar e insuficiência cardíaca.
 Cães apresentam tosse, dispnéia, ascite (acúmulo de líquido no
abdômen) e redução da resistência a exercícios.
 Nos seres humanos o verme afeta os pulmões (não o coração).
 Medidas de Profilaxia:
 Uso regular de vermífugos: evita que as microfilárias evoluam até formas
adultas. Fundamental antes da época de maior atividade dos mosquitos.
 Descarte correto de lixo e restos de matéria orgânica.
 Evitar a formação de lixões irregulares em terrenos desabitados.
 Uso de telas e inseticidas nas residências.
Larva migrans cutânea
 Agente:
 Vermes Ancylostoma braziliense, Ancylostoma caninum, entre outros.
 Patologia conhecida popularmente como “bicho geográfico”.
 Espécies afetadas:
 Seres humanos.
 Transmissão:
 Pelo contato com terra/areia contaminada com larvas dos vermes.
 As larvas surgem de ovos depositados na terra/areia (pelas fezes de
cães ou gatos).
 Os ovos resistem conforme as condições de calor e umidade da terra.
 No contato direto e desprotegido com terra/areia,as larvas penetram a
pele intacta (pés, pernas, mãos).
 Não atravessam as camadas profundas, ficam no tecido subcutâneo.
 Sintomas:
 As larvas abrem túneis microscópicos sob a
pele, conforme se deslocam.
 Formam rastros como se fossem o traçado de
um mapa.
 Lesão que causa prurido de grande intensidade.
 Piora à noite, podendo causar insônia.
 Risco de infecção bacteriana secundária.
 Medidas de Profilaxia:
 Vermifugar cães/gatos periodicamente.
Ideal de 4 em 4 meses / aceitável de 6 em 6 meses.
 Evitar levar os animais na beira da praia, beira de rios, etc.
 Recolher as fezes dos animais durante passeios.
 Na praia, levar cadeira, ou esteira, ou toalha, etc.
Parasitas Externos
• Sarnas
Sarna Sarcóptica (Escabiose)
• Provocada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
Sarna Sarcóptica (Escabiose)
• Parasita cava túneis na pele;
• Gera coceira intensa;
• Provoca inflamação e eritema
(vermelhidão) e falhas de pelo;
• Possibilidade de infecção
bacteriana secundária.
Sarna Sarcóptica (Escabiose)
Sarna Sarcóptica (Escabiose)
Sarna Demodécica (Demodicose)
• Provocada pelo ácaro Demodex canis;
• Transmissão da mãe ao filhote;
• Só há sintomas em animais com baixa imunidade;
• Não tem cura, apenas controle;
• Não causa prurido (coceira);
• Sintomas: pele escamosa, falhas de pelos, secreção
e cheiro forte, formação de feridas quando há
infecção bacteriana concomitante.
• Sarna Demodécica (Demodicose)
Sarna Otodécica
• Provocada pelo ácaro Otodectes cynotis;
• “sarna de ouvido” dos cães e gatos;
• Transmitida por contato direto entre animais;
• Se dissemina com grande facilidade;
• Sintomas: coceira na região, acúmulo de
cerúmem, balançar de cabeça, lesões em volta
da orelha pelo ato de se coçar;
• Infecção bacteriana secundária → Otite.
Carrapatos
 Parasita que provoca grande incômodo ao animal e risco de
transmissão de doenças graves (Babesiose e Erlichiose).
 É hematófago: infestação maciça/prolongada pode causar anemia.
 Cães com carrapatos e que apresentem apatia, perda de apetite,
mucosas esbranquiçadas
 O cão se infesta ao passar por parques, praças, sítios, ou caso
pessoas da casa levem o carrapato para casa.
 Como combater?
 Com ações no animal e no meio ambiente doméstico.
 É fundamental eliminar as formas imaturas (que estão escondidas).
Larva Ninfa
Macho
adulto
Fêmea
adulta
 Ações de controle no Cão:
 Banhos com shampoo carrapaticida (repetir em 15
dias).
 Tosar animais de pêlos longos nas épocas quentes do
ano: período de maior atividade/reprodução dos
carrapatos.
 Uso de produtos tópicos (pipeta ou spray) conforme a
indicação do seu Med. Vet. de confiança.
 Ações de controle no
Ambiente:
 Aplicar produtos carrapaticidas
nos canis, casinhas, pátio,
canteiros. Repetir em 15 dias.
 Em ambientes de alvenaria, a
vassoura de fogo é muito efetiva.
 Mudar de produto a cada 2 ou 3
aplicações, para evitar induzir
resistência.
 Cuidados nas ações de combate:
 Filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com
produtos anti carrapatos/pulgas.
 Cuidado para que o animal não lamba o produto durante, ou após o
banho.
 Animais com ferimentos de pele (cortes/queimaduras) não devem ser
banhados.
 Ao aplicar produtos no ambiente, não deixe que o cão se aproxime por
pelo menos 3 a 4 horas.
Pulgas
 Praticamente não existe cão ou
gato que nunca teve pulgas.
 As pulgas habitam onde há
animais;
 É um parasita que se reproduz com
grande velocidade e facilidade;
 A infestação ocorre em passeios,
por contato com animais ou
ambientes contendo pulgas.
 Alimentação hematófaga: inicia postura de ovos;
 Animal os espalha em vários pontos da casa:
 Em tapetes, carpetes,
frestas do piso, colchões
ou sofás velhos, etc.
 Nesses locais elas
sobrevivem e completam
seu ciclo reprodutivo.
 Ciclo biológico:
 Ovo → Larva → Pupa → Adulto
 O que vemos no animal é
apenas “a ponta do iceberg”.
 Somente 5% das pulgas são
formas adultas no pelo do
cão/gato;
 95% são formas imaturas no
ambiente doméstico.
 Capacidade de propagação:
 1 pulga vive aproximadamente 3 meses.
 Produz em torno de 30 ovos por dia.
 Total de 2700 ovos.
 No estágio de larvas, se alimentam de poeira doméstica.
 No estágio de pupa, formam casulo e “adormecem”.
 Eclodem em condições ideais de calor e umidade.
 O processo recomeça em pouquíssimo tempo.
 Pulgas atacam pessoas? Normalmente não.
 Diferenciam cães/gatos das pessoas pela temperatura corporal.
 Mas em situações de “falta de alimento”, podem picar seres humanos.
 Medidas de controle no cão:
 Banhos + Tosa + Uso de produtos tópicos/orais +
Coleira anti-pulga.
 Medidas de controle no ambiente:
 Dedetização da residência;
 Uso de desinfetantes residenciais com ação anti-pulgas
(disponível em pet shops).
 Passar aspirador de pó na casa e trocar o saco coletor
de poeira;
 Aplicar produtos anti-pulgas periodicamente nas
casinhas dos cães.
 Importante:
 Jamais aplicar no cão/gato inseticidas contra mosquitos, baratas, etc.
 Cães filhotes, cadelas gestantes, gatos e animais com ferimentos de
pele não devem receber banhos especiais.
 Evite ter carpete e tapetes em casa.
 Consulte sempre seu (sua) Vet. de confiança.
Bicho de pé
 Doença denominada Tungíase.
 Provoca por uma pulga minúscula
chamada Tunga penetrans.
 Vive em solos arenosos, quentes e secos.
 A fêmea se aloja na pele de cães,
suínos e do homem.
 Afeta principalmente sola do pé, espaço
interdigital e coxins plantares.
 Parasita fica sob a pele,
apenas com uma pequena
janela para eliminar seus ovos
no meio ambiente.
 Se alimenta de sangue e
fluídos.
 Provoca dor, coceira e dificuldade para caminhar.
 Resolução pela remoção do parasita com instrumentos
assépticos.
 Medidas de prevenção:
 Uso de calçados em regiões de risco.
 Aplicação de inseticida no ambiente.
 Manutenção frequente de jardins/ praças com corte de grama e
limpeza.
Verminoses
 Situação comum no dia-a-dia da clínica veterinária.
 Dificulta a resolução de outros problemas de saúde:
 Ex.: Infecções bacterianas ou virais.
 Principais grupos de vermes:
 Áscaris
 Ancilostomas
 Cestóides
Áscaris
 Toxocara canis, Toxocara cati e Toxascaris leonina.
 Encontrados principalmente em filhotes
de cães e gatos;
 Ovos são eliminados periodicamente,
nas fezes.
 Em seguida, são ingeridos por um
hospedeiro;
 Ovo eclode e libera uma larva.
 A larva atravessa a parede intestinal;
 Chega à corrente sangüínea;
 Vai aos brônquios e à traquéia;
 Retorna para o intestino;
 Completa seu ciclo (maturidade);
 Em cadelas grávidas, as larvas migram para o feto;
 Chegam no intestino do filhote poucos dias após o nascimento.
 Sintomas nos animais:
 Emagrecimento;
 Falha de crescimento;
 Abdômen distendido;
 Fezes pastosas;
 Cansaço com facilidade;
 Anemia;
 Lesões pulmonares pneumonia.
 Toxocara canis: pode levar a infestação fatal em
filhotes de cães.
 Toxocara canis: no homem, as larvas provocam lesões no fígado,
rins, pulmões, cérebro e olhos.
Ancilostomas
 Ancylostoma caninum e Ancylostoma tubaeforme (em gatos);
 Contaminação:
 Por ingestão de água contaminada;
 Por ingestão de alimentos contaminados;
 Por ingestão do leite materno de fêmea parasitada (A. caninum).
 Ciclo:
 Após a infecção de um novo hospedeiro, ovos são encontrados nas fezes
em 2 a 3 semanas.
 Vermes adultos se alimentam raspando a mucosa intestinal:
 Hemorragias da mucosa;
 Emagrecimento;
 Anemia;
 Fezes escuras;
 Diarreia.
Cestoides
 Mais comum: Dipylidium caninum
 O D. caninum pode parasitar cães e gatos;
 Infestação por ingestão de pulgas;
 Elas podem conter larvas do parasita.
 Primeiro sintoma: visualização de proglótides grávidas nas fezes.
 Também podem ser visualizadas no períneo;
 Se destacam do corpo da fêmeaadulta e se movem lentamente;
 São relatadas pelos proprietários como “grão de arroz”.
 Sinais clínicos em altas infestações:
 Fraqueza;
 Mal estar;
 Apetite inconstante;
 Cólicas abdominais;
 Diarréia;
 Irritabilidade e Convulsões.
Diagnóstico
 Para todas as espécies de vermes: Exame de fezes.
Controle de Verminoses:
 Diversos vermífugos disponíveis no mercado;
 Diferentes marcas: diferentes associações de princípios ativos;
 Existem vermífugos na forma de soluções aquosas, comprimidos e gel
para aplicação cutânea.

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