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Telecomunicacao_I

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Telecomunicações I 
 
 
 
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1
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 Acreditamos que, como nós, você lute “por um Brasil melhor” na perspectiva do desenvolvimento da 
Educação Profissional. 
 Você encontrará um material inovador que orientará o seu trabalho na realização das atividades 
propostas. Além disso, percebera por meio de recursos diversos como é fascinante o mundo da “Educação 
Profissional”. Gradativamente, dominará competências e habilidades para que seja um profissional de 
sucesso. 
 Participe de direito e de fato deste Curso de Educação a Distância, que prioriza as habilidades 
necessárias para execução de seu plano de estudo: 
• Você precisa ler todo o material de Ensino; 
• Você deve realizar toda as atividades propostas; 
• Você precisa organizar-se para estudar 
 
 Abra, leia, aproveite e acredite que “as chaves estão sendo entregues, logo as portas se abriram”. 
 Esta disposto a aceitar o convite? 
 Contamos com a sua participação para tornar este objetivo em realidade. 
 
 
 Equipe Polivalente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE
 “Qualidade na Arte de Ensinar” 
 
Telecomunicações I 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 1 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3 
 
UNIDADE I.................................................................................................................. 4 
HISTÓRIA DAS COMUNICAÇÕES.............................................................................. 4 
TRANSDUTOR ...................................................................................................... 5 
 
UNIDADE II ................................................................................................................ 6 
INFRA-ESTRUTURA.................................................................................................. 6 
RETIFICADOR E BATERIA DE PARTIDA.................................................................... 8 
EXERCÍCIO .......................................................................................................... 8 
 
UNIDADE III .............................................................................................................. 9 
BATERIAS................................................................................................................ 9 
TORRES DE TRANSMISSÃO.................................................................................... 12 
AUTOPORTANTE ................................................................................................ 12 
ESTAIADA.......................................................................................................... 13 
DE CONCRETO ARMADO..................................................................................... 13 
PRINCIPAIS ACESSÓRIOS ................................................................................. 13 
EXERCÍCIO ........................................................................................................ 14 
 
UNIDADE IV ............................................................................................................. 15 
REDE EXTERNA...................................................................................................... 15 
AS PRINCIPAIS PEÇAS .......................................................................................... 16 
DE UM APARELHO TELEFÔNICO............................................................................. 16 
TIPOS DE APARELHOS TELEFÔNICOS ................................................................ 17 
TIPOS DE REDE ..................................................................................................... 18 
ARMÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO............................................................................... 21 
 
UNIDADE V............................................................................................................... 23 
REDE INTERNA ...................................................................................................... 23 
MEIOS DE TRANSMISSÃO...................................................................................... 23 
PUPINIZAÇÃO ....................................................................................................... 25 
 
UNIDADE VI ............................................................................................................. 26 
IDENTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO DA UNIDADE DE REDE......................................... 26 
TIPOS DE CABOS UTILIZADOS EM REDE TELEFÔNICA AÉREA E SUBTERRÂNEA.... 26 
LINHAS COAXIAIS................................................................................................. 27 
FIBRAS ÓPTICAS ................................................................................................... 27 
CABOS TELEFÔNICOS – IDENTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO ....................................... 27 
CAIXAS SUBTERRÂNEAS........................................................................................ 31 
TECNOLOGIA DE CABOS ÓPTICOS ......................................................................... 32 
CABO ÓPTICO TIPO TIGHT ................................................................................ 32 
CABO ÓPTICO TIPO LOOSE................................................................................ 32 
 
GLOSSÀRIO .............................................................................................................. 33 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 34 
 
 
 
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Telecomunicações I 
 
 
 
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TELECOMUNICAÇÃO I 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 Você esta iniciando o estudo do Módulo I de TELECOMUNICAÇÕES que será dividido em 4 
Módulos. Você terá contato com teorias importantes que vão proporcionar um desempenho eficiente durante o 
seu Curso. 
Este é o Módulo I que esta dividido em seis unidades: UNIDADE I: História das comunicações, 
Transdutor; UNIDADE II: Infra-Estrutura, Retificador e Bateria de Partida; UNIDADE III: Baterias, Torres de 
Transmissão; UNIDADE IV: Rede Externa, As Principais peças de um Aparelho Telefônico Tipos de Rede 
Armários de Distribuição; UNIDADE V: Rede Interna, Meios de Transmissão Pupinização; UNIDADE VI: 
Identificação e numeração da Unidade de Rede, Tipos de Cabos Utilizados em Rede Telefônica Aérea e 
Subterrânea, Linhas Coaxiais, Fibras Ópticas, Cabos Telefônicos – Identificação e Numeração, Caixas 
Subterrâneas, Tecnologia de Cabos Ópticos. 
 Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pela seqüência das atividades – leitura, 
interpretação, reflexão, e pela variedade de propostas que mostram maneiras de pensar e agir, e que recriam 
situações de aprendizagem. 
 As aprendizagens teóricas são acompanhadas de sua contrapartida prática, pois se aprende melhor 
fazendo. Tais praticas são momentos de aplicação privilegiados, oportunidades por excelência, de demonstrar o 
saber adquirido. 
 Nessa perspectiva, dois objetivos principais serão perseguidos neste material. De um lado, torná-lo 
habilitado a aproveitar os frutos da aprendizagem, desses saberes que lhe são oferecidos de muitas maneiras, 
em seu estudo, ou até pela mídia – jornais, revistas, rádio, televisão e outros - pois sabendo como foram 
construídos poderá melhor julgar o seu valor. Por outro lado, capacitando-se para construirnovos saberes. Daí 
a necessidade do seu estágio para aliar a teoria à prática. 
 
 A soma de esforços para que estes módulos respondessem as suas necessidades, só foi possível mediante a 
ação conjunta da Equipe do Polivalente. 
 Nossa intenção é conduzir um dialogo para o ensino aprendizagem com vistas a conscientização, 
participação para ação do aluno sobre a realidade em que vive. 
 
 A Coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso de estudo, onde as 
suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site: 
www.colegiopolivalente.com.br. 
 
 Equipe Polivalente 
 
 
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UNIDADE I 
 
HISTÓRIA DAS COMUNICAÇÕES 
 
 Em 1830 o inglês FARAD realiza várias 
experiências sobre eletricidade e magnetismo. A 
pergunta da época era: “para que serve 
eletricidade e magnetismo?” De 1830 a 1900 os 
cientistas foram descobrindo as aplicações deste 
ramo da Ciência, tornando a tecnologia 
indispensável no dia a dia. 
 O telefone foi uma das primeiras 
aplicações, inventado em 1876. 
 A primeira descoberta foi o Telégrafo, em 
1835, permitindo a comunicação de sinais 
eletrônicos entre dois pontos ligados por uma 
fiação condutora. Daí surgirem duas tecnologias de 
telecomunicações: uma que suprimia a fiação 
condutora, usando transmissões de ondas 
eletromagnéticas no ar (Rádio e Televisão), e outra 
que mantinha a fiação (telégrafo, telefone, fax). 
Com o telefone móvel, sem fiação, e a televisão à 
cabo, estas tecnologias voltaram a se encontrar. 
 O começo da telefonia foi confuso, sem 
uma noção clara do que se poderia transmitir. 
Assim, logo se tentou a transmissão de cópias de 
documentos (Fax 1843, Alexandre Brain), que foi 
conseguida mas teve de esperar o desenvolvimento 
da Eletrônica para se tornar popular. 
 Alexandre Graham Bell, físico escocês 
naturalizado norte-americano, no começo da 
década dedicou-se à pesquisa de transmitir voz por 
fiação, o telefone. Em 1875 obteve a patente do 
aparelho telefônico, fazendo sua primeira 
demonstração pública na Filadélfia EUA, em 1876. 
Estavam presentes 15 pessoas, entre elas o 
Imperador do Brasil, D. Pedro II, que atendeu a 
ligação feita da sala ao lago pelo assistente de Bell, 
Thomas A. Watson. 
 Bell e Watson aperfeiçoaram o sistema e já 
em 1878 aparecia a primeira rede pública comercial 
em New Haven, EUA. Em 1885 foi formada a AT & 
T – American Telephone And Telegraph Company – 
que até 1984 exerceu o monopólio da telefonia nos 
Estados Unidos (sendo desmembrada por ordem 
judicial (anti-trust) servindo de modelo 
administrativo e fonte de padrões técnicos para o 
resto do mundo. 
 No Brasil, o primeiro telefone (interno) foi 
instalado no Palácio São Cristóvão, Rio de Janeiro 
1878. Logo em seguida, 15 de novembro de 1879, 
o Decreto Imperial 7.539 criou a CTB – 
Companhia Telefônica Brasileira. Com o tempo 
outras concessionárias foram autorizadas e 
finalmente criou-se a Telebrás, monopólio estatal 
para controlar todo o sistema de Telecomunicações 
Brasileiro. 
 Nos dias atuais com a privatização foi 
criada a Anatel, agencia do governo que 
regulamenta as normas de Telecomunicações no 
país. 
 Uma revolução na área começou com o 
Telefone Móvel, que vem a ser uma transmissão 
radiofônica ligada pela rede pública de telefonia. 
Entretanto, a pequena banda de freqüência 
disponível, limitando o sistema a poucos 
assinantes, levou ao telefone celular. 
 A telefonia desempenha outro papel 
fundamental na sociedade, nem sempre visível ao 
grande público: o sistema de telefonia é utilizado 
para comunicação de dados entre equipamentos 
(computadores como exemplo). Para esta tarefa a 
rede telefônica precisa de uma interface 
adaptadora – o Modem – já que se trata de 
transmitir sinais digitais e não voz. 
 Fibra Óptica e Satélites completam o 
desenvolvimento tecnológico da telefonia. 
 A primeira substitui a fiação, permitindo 
muito mais ligações simultâneas que condutores 
elétricos. Satélites fazem a ligação entre pontos 
distantes, geralmente Centrais Telefônicas. 
 Em telefonia, por mais interessante que 
seja uma inovação, há um pré-requisito que ela 
deve obedecer: ser compatível com o sistema 
j´instalado. Isto obriga o técnico a estudar a 
telefonia desde suas formas mais primárias, 
entendendo o porque de certos padrões e 
exigências, enquanto certas descobertas não 
podem ser implantadas. 
 
Introdução: Origem da palavra telecomunicações, 
tele (grego) = distância + comunication (latim) 
communis = comum. E sua origem, quanto às 
formas primárias de: comunicação à distância. 
 O avanço tecnológico possibilitou ao 
homem que ele comandasse a variação dos 
fenômenos físicos, formando símbolos e criando 
códigos. 
 O domínio dos fenômenos elétricos, ou 
precisamente eletromagnético, possibilitou a 
comunicação a longas distâncias. 
 Após 1978, o CNPQ (Centro Nacional de 
Pesquisa) desenvolveu o telefone-padrão Brasileiro, 
no qual o disco foi substituído por um teclado 
digital e a irritante campainha por sistema sonoro 
agradável. (Veja figura) 
 
 Entendemos como SISTEMA DE 
TELECOMUNICAÇÕES o conjunto de equipamentos, 
cabos, linhas fios etc, que permite a transferência 
de informação e por comunicação entenderemos a 
transferência de informação de um ponto ao outro. 
 A variação comandada de um fenômeno 
físico na representação da informação denomina-se 
SINAL. 
 As telecomunicações lidam principalmente 
com SINAL ELÉTRICO no processo de transmissão. 
Em telefonia, por exemplo, o sinal acústico (voz ou 
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música) é transformado em sinal elétrico que, após 
o conveniente tratamento será transmitido, aos 
dispositivos especiais que transformam um sinal de 
uma forma de energia para outra, denomina-se 
TRANSDUTORES. Para ilustrar: no telefone uma 
cápsula especial de microfone (transdutor-elétrico) 
transforma o sinal acústico de voz em sinal elétrico 
de voz. Outra cápsula, a receptora (transdutor 
eletro-acústico) transforma o sinal elétrico de voz 
em sinal acústico de voz, capaz de ser percebido 
pelo ouvido humano. (Ver figura abaixo) 
 
 
 
 
TRANSDUTOR 
 
 Entre os transdutores existe um complexo 
sistema eletro-mecânico, tais como eletro-óptico 
(televisores), óptico-eletro (câmaras de vídeo), 
eletro-acústico (caixa de sons – alto falante), 
acústico-elétrico (microfones), conhece-lo será 
objetivo do nosso curso. 
 Os sistemas de equipamento de 
telecomunicações vêm sendo constantemente 
aperfeiçoados visando comunicações rápidas, 
fáceis, de boa qualidade e a baixo custo. 
 Os primeiros sistemas de telecomunicações 
tiveram aplicação em telegrafia , para o auxílio do 
tráfego ferroviário. 
 Em 1837, Samuel Morse, inventou o 
manipulador de telegrafia e criou o código que leva 
o seu nome. O sistema consiste em interrupções de 
uma corrente elétrica, codificadas em traços e 
pontos representativos do alfabeto e demais sinais 
gráficos: (maior interrupção = traço; menor = 
ponto) 
Ex.: S . . . O _ _ _ S 
 
 Em 1844, os Estados Unidos inaugura sua 
primeira linha telegráfica e no Brasil, 8 anos mais 
tarde (1852) inaugurava-se a primeira linha 
telegráfica para transmissão em morse. (veja 
figura de um manipulador telegráfico) 
 
 
 telegrafia – arte de construir telégrafo e de os usar. 
 
 Coube ao Marechal Cândido Mariana da 
Silva Rondon, Patrono das Telecomunicações do 
Brasil, cruzar o País com linhas telegráficas, 
fazendo-se ouvir de Leste a Oeste e de Norte a Sul. 
 Os fenômenos eletrostáticos eram 
conhecidos já na Grécia Antiga, embora as 
partículas subatômicas não fossem conhecidas, e 
somente em 1881 o inglês Stoney criasse a palavra 
“electron” para designara partícula portadora da 
menor carga livre que se conhece. 
 Durante o século XVIII os fenômenos 
elétricos e magnéticos são alvos de experiências 
simples, onde os conceitos de corrente e de 
tensão elétrica são determinados. Já no século 
XIX inicia-se a classificação dos fenômenos 
eletromagnéticos, conseqüência dos trabalhos de 
Faraday, que anteviu o funcionamento do motor 
elétrico. 
 Em 1876, Alexandre Grahan Bell, 
patenteou o seu invento (o telefone), ganhando a 
corrida técnica do professo Elisha Gray por uma 
questão de poucas horas. Também 1877 MacEvoy e 
Prichett inventa o telefone transmissor – receptor. 
 O Brasil parece ter uma destinação para as 
telecomunicações e já 1876 D. Pedro II recebendo 
um aparelho de presente de Grahan Bell, mandou 
instalar no Palácio de São Cristóvão ligando-o às 
Forças Armadas e ao Quartel dos Bombeiros. 
 Em 15 de novembro cria-se a primeira 
Companhia Telefônica do Brasil (CTB). Também em 
1893, o Padre Roberto Landell de Moura, dois 
anos antes de Marconi, consegue transmitir sinais e 
sons musicais a uma distância de oito kilômetro da 
avenida Paulista ao alto de Santana, em São Paulo, 
num sistema de telefonia sem fio. Ele foi o 
verdadeiro inventor do triodo (válvula de três 
pólos). E em reconhecimento ao seu trabalho do 
Padre Landell de Moura a Telebrás batizou com o 
seu nome o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, 
situado em Campinas – São Paulo. 
 O setor de telecomunicações inclui além do 
telefone, a telegrafia, o telex, a transmissão de 
dados, de imagens, Fac símile, TV, videotexto, a 
radiodifusão, as comunicações via satélite, a 
cabodifusão (CATV ou televisão por cabo), cabos 
ópticos de alta velocidades, as múltiplas formas de 
radiocomunicações (faixa do cidadão – 
radioamadorismo), videofone, serviços postais, etc. 
 
 Após a privatização do sistema foi criado a 
Agencia Nacional de Telecomunicações – ANATEL, 
e têm como finalidade de: Agenciar, Normalizar e 
fiscalizar todo os setores de Telecomunicações do 
País. 
 O Brasil também participa da Organização 
Internacional de Telecomunicações – O.I.T, que 
1906 foi decidido mudar o nome da Organização 
para o atual U.I.T – União Internacional de 
Telecomunicações que coordena o 
relacionamento comercial e a cooperação técnico-
operacional que possibilita o funcionamento global 
das telecomunicações, onde todos os países do 
mundo estão filiados a ela, inclusive o Brasil. 
 INTELSAT (Organização Internacional de 
Telecomunicações por Satélite), criado em agosto 
de 1964, é um Organismo mundial que tem por 
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finalidade prever, em bases comerciais, um sistema 
especial capaz de estabelecer serviços públicos de 
telecomunicações internacionais de alta qualidade, 
via satélite, em bases são discriminatórias e 
acessível a todas as áreas do mundo. Para tanto 
lhe cabe a responsabilidade de projetar, 
desenvolver estabelecer, manter e operar o 
segmento espacial do sistema de comunicações 
internacionais via satélite. Participam desta 
organização os estados diretamente, ou através de 
entidade pública ou privada de telecomunicações, 
devidamente autorizadas. 
 Em 1965, o Brasil filiou-se ao INTELSAT, 
mantendo um representante legal e hoje, o nosso 
país figura como um dos principais proprietários 
dos satélites, quase em pé de igualdade com os 
países do 1° mundo. 
 
 
 O QUE NOS ESPERA O FUTURO? 
 Qualquer ficcionista, por mais ousado que 
seja, corre o risco de falar da realidade e pensar 
que é fantasia. Já temos como certo: 
• Os sinais analógicos já foram substituídos 
pelos sinais digitais; 
• O sistema convencional foi substituído pela 
optoeletrônico e agora pelo digital; 
• Os correios tradicionais substituído pelo 
eletrônico, agora digital; 
• Os jornais do “fac-simile”, pela computação 
gráfico-digital; 
• Os computadores já estão interligados em 
redes de alta velocidades e sua linguagem é 
tão simplificada que qualquer pessoa pode 
acessa-lo tanto no uso comercial como 
doméstico; 
• As redes de microondas estão dando lugar 
aos sinais de satélites; 
• Já se pode fazer conferências/palestras em 
vídeo-conferências, tudo em terceira 
dimensão, e, faixas de 20 a 30 GHz; 
• A televisão com tubos de imagem 
convencional já está sendo substituídos por 
tubos de cristais líquido; 
• Os teclados serão substituídos por “imputs” 
verbais. 
 
O telefone de pulso, parece ser uma 
realidade, no Japão já há estudos e está em 
aperfeiçoamento para o futuro. 
 
 PRIORIDADES 
 Tudo que foi dito é possível até que ponto 
e até quando chegaremos lá é uma questão de 
prioridade. Prioridade é puramente política. A 
vontade de fazer, entretanto, impulsionar a 
política. 
 
Em última análise, fazer ou não 
depende de cada um de nós. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
 
INFRA-ESTRUTURA 
 
 INTRODUÇÃO 
 Basicamente, temos dois tipos de estações 
de Telecomunicações: 
a) ESTAÇÃO TELEFÔNICA: Conjunto constituído do 
prédio (ou unidades volantes) e de uma ou mais 
centrais telefônicas nela instaladas; 
b) ESTAÇÃO REPETIDORA: Conjunto de 
equipamentos incluindo as instalações acessórias, 
capaz de captar sinais recebidos de um sentido e 
retransmiti-los. 
 Os sistemas que compõe a infra-estrutura 
destas estações são: 
• Prédio 
• Torres 
• Sistema de Corrente Alternada 
• Sistema de Corrente Contínua 
• Sistema de Ar Condicionado 
• Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio 
• Sistema de Aterramento e pára-raios 
 
 
 ELETRICIDADE: CONCEITOS BÁSICOS 
 Toda matéria que conhecemos, incluindo 
sólidos, líquidos e gases, contém partículas básicas 
de carga elétrica: elétron e próton 
 
 O elétron possui carga elétrica negativa. 
 O Próton possui carga elétrica positiva, 
onde os prótons encontram no núcleo do átomo e 
os elétrons ficam girando ao redor do mesmo. 
 
 Na natureza temos substâncias com uma 
quantidade maior de elétrons do que de prótons e 
vice-versa. Esses elétrons livres podem 
movimentar de átomo para átomo, com o objetivo 
de ser tornarem neutros. 
 Quando esse deslocamento ou fluxo de 
elétrons é orientado numa certa direção 
denominados de corrente elétrica. A unidade 
básica de corrente é o “Ampère” ( A ). 
 
 As substâncias que permitem o livre 
movimento de um grande número de elétrons, 
oferecendo baixa resistência ao fluxo de corrente 
chamamos de condutores. Os cobres em fio é 
considerado um bom condutor porque possui 
muitos elétrons livres. Entre os metais mais 
conhecidos como condutores estão: a prata, o 
cobre e o alumínio. 
 Em contato com os bons condutores, 
algumas substâncias como a borracha, vidro, 
madeira seca possuem muito pouco elétrons livres, 
e são chamados de isolantes. 
 Ao aplicarmos uma força ocasiona 
movimento de elétrons livres em um condutor, 
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formando assim uma corrente elétrica, que é 
chamada de tensão elétrica ou diferença de 
potencial. A unidade básica de tensão é o “Volt” ( 
V ). 
 Todos os matérias oferecem uma certa 
resistência ou oposição à passagem da corrente 
elétrica. Os condutores oferecem pouquíssima 
resistência e os isolantes alta resistência. A unidade 
de resistência é o “Ohm” ( Ω ). 
 A potência elétrica está aliada a trabalho. 
Ao realizarmos um trabalho aplica-se uma força 
que gera um movimento, onde a força elétrica 
aplicada a tensão, força a passagem de uma 
corrente em um circuito fechado. Então a potência 
será dada pelo produto da tensão aplicada a um 
circuito pela corrente que flui no mesmo. A unidade 
básica de potência é o “Watt” ( W ). 
 
 
TABELA DAS GRANDEZAS E SUAS RESPECTIVAS SIMBOLOGIAS 
 
GRANDEZAS ELÉTRICAS REPRESENTAÇÃO UNIDADE SÍMBOLO 
 
CORRENTE I AMPÈRE A 
TENSÃO V VOLT V 
POTÊNCIA P WATT W 
RESISTÊNCIA R OHM Ω 
 
 As grandezas apresentada estão relacionadas pelas seguintes equações: 
 
 V = R . I e P = V . ITENSÃO E CORRENTE ALTERNADA 
(CA) 
 É caracterizada pela variação ao longo do tempo, assumindo valores positivos e negativos.
 
 PERÍODO ( T ) 
 É o tempo gasto por uma onda para a 
realização de ciclo 
 
 
 FREQÜÊNCIA ( F ) 
 É o número de ciclos que ocorre no tempo 
de um segundo. 
 Normalmente é expresso em “hertz” 
(Hz), ou seja 1 Hz é igual a 1 ciclo por segundo. 
 A tensão alternada utilizada no Brasil, tem 
uma freqüência de 60 Hz. 
 A freqüência e o período da forma de onda 
senoidal da tensão e corrente, estão relacionados 
pela expressão: 
 
T
1f = onde T = período em segundos 
 f = freqüência em Hz 
 
 
 AMPLITUDE ( A ) 
 Expressa o valor máximo de uma 
alternância e é medida em volts. 
 
 
 TENSÃO E CORRENTE CONTÍNUA (C.C.) 
 A tensão e corrente contínua apresenta um 
valor único ao longo do tempo e obtida a partir da 
alternada, e suas principais vantagens são a sua 
estabilidade e a possibilidade de ser armazenada 
através de baterias. 
 
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 SISTEMA DE CORRENTE ALTERNADA 
(C. A) 
 A finalidade principal do sistema C.A é a de 
suprir energia, para os consumidores de C.A da 
estação. O sistema C.A compõe-se basicamente 
dos seguintes itens. 
 
 
a – Entrada da Rede Comercial (subestação 
Transformadora) 
b – Supervisão do Sistema C.A 
c – Geração própria de energia C.A 
d – Distribuição de C.A 
 
 
 ENTRADA DE REDE COMERCIAL 
(SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA) 
 Para obter energia C.A, a nível comercial, 
utiliza-se uma subestação, constituída de 
transformadores abaixadores de tensão e 
elementos de proteção. A energia elétrica é 
transmitida até os locais em rede de alta tensão, e 
função da subestação é colocar essa tensão a nível 
comercial, ou seja, em baixa tensão. 
 A entrada da energia C.A, dependendo do 
porte da estação telefônica pode ser feito, em baixa 
ou alta, isto é: 
• Estações telefônicas de médio e grande 
porte e estações repetidoras – Entrada em 
alta tensão. Geralmente é de: 13.800 
volts. 
• Estações de pequeno porte – Entrada em 
baixa tensão de: (380/220V ou 
220/127V). 
 
 Numa transmissão de energia elétrica a 
potência transmitida deve ser a mesma que será 
recebida. E quanto maior for a corrente, maior será 
a potência dissipada nos cabos, a qual dada pela 
relação abaixo: 
 
P = R . 1² 
 
R = Resistência dos cabos de alimentação da 
estação 
I = Corrente através dos cabos. 
 
Geração própria de energia C. A. 
 
 
 GRUPO MOTOR GERADOR 
 A finalidade principal do grupo motor 
gerador é a de gerar energia elétrica C.A, quando 
há interrupção de fornecimento pela rede comercial 
ou quando a mesma não é confiável. O motor 
gerador é composto de um motor a combustão, 
alternador, excitatriz e motor de partida. Que 
através de um eixo mecânico obtém-se energia 
elétrica a partir de energia mecânica. 
 
 
 RETIFICADOR E BATERIA DE 
PARTIDA 
A finalidade do retificador e da bateria de partida é 
alimentar, com tensão CC, o motor de partida do 
motor a combustão. Normalmente o retificador de 
partida mantém a bateria de partida em condições 
plenas de utilização (em flutuação), compensando 
as suas perdas internas por autodescargas. 
 Quando acionado o motor de partida, a 
bateria alimenta-o até que o motor a combustão 
entre em regime normal. Neste momento há uma 
descarga de bateria, que logo após é suprida pelo 
retificador de partida. 
 As baterias alcalinas são as mais usadas 
para esta finalidade, pois suportam melhor os picos 
de correntes ocasionados na partida do motor. 
 
 
EXERCÍCIO 
 
1. Como se deu os primeiros sinais de 
comunicação? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
2. Quais os instrumentos utilizados no meio de 
comunicação? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
3. Qual o conjunto de equipamento que compõe o 
Sistema de Telecomunicações? 
SUPERVISÃO DO 
SISTEMA C.A 
REDE 
COMERCIAL 
GERAÇÃO 
PROPRIA DE 
ENERGIA 
DISTRIBUIÇÃO 
DE C.A 
 V 
 
 .................................. I 
 
 t 
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_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
4. Sabemos que as telecomunicações lidam com 
sinais elétricos em transmissão e em telefonia com 
sinais acústicos. A este conjunto chamamos de: 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
5. Samoel Morse, inventor do manipulador 
telegráfico, no Brasil o patrono das 
telecomunicações que cruzou o país de leste a 
oeste, norte a sul foi: 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
6. Em 1876, o telefone fora inventado e patenteado 
por um escocês naturalizado americano, no Brasil 
também tivemos um propulsor das 
telecomunicações, a esta personalidade dá-se o 
nome de: 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
7. Com a criação das TV’s preto e branco, em 1872 
veio a televisão a cores e a este sistema chamamos 
de: 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
8. Quais as principais atividades da Anatel 
(Agência Nacional de Telecomunicações)? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
9. Descreva a finalidade e as responsabilidades da 
Intersat? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
10. Quando se fala em telecomunicações, pensa-se 
em desenvolvimento, baseado nisto, cite alguns 
exemplos que poderá ocorrer no futuro: 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE III 
 
BATERIAS 
 
 A finalidade das baterias é alimentar os 
consumidores de CC, quando da falta de energia 
CA e/ou quando ocorrem picos de correntes no 
consumidor. O período que as baterias devem 
alimentar os consumidores é calculado com o 
intuito de dar autonomia ao sistema até que haja o 
retorno da energia CA. 
 
 
 BATERIAS USADAS EM FONTES DE CC 
 Existem dois tipos de baterias: 
 1 – Com eletrólito ácido. 
 2 – Com eletrólito alcalino. 
 
 O funcionamento de ambos os tipos são: 
 Tensão nominal por elemento: 
• ácida – 2,0v 
• alcalina – 1,2v. 
 
Normalmente as baterias estão em regime 
de flutuação através do fornecimento de tensão 
adequada pelas Unidades Retificadoras 
• ácida – 2,2v / elemento. 
• alcalina – 0 1,4v / elemento 
 
Observamos que, devido a diferença de 
tensão nominal por elemento da bateria ácida para 
a alcalina, o número de elementos da bateria ácida 
é menor que a da alcalina. 
• ácida – 22 elementos 
• alcalina – 36 elementos 
 
 
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10
 SISTEMA DE AR CONDICIONADO 
 A finalidade deste sistema é o de controlar 
a umidade relativa, temperatura, pureza e 
movimentação de ar deambientes delimitados, 
mantendo-os dentro das faixas exigidas para 
perfeito funcionamento de equipamentos e 
condição de trabalho de pessoal. 
 A unidade que mede a quantidade de ar a 
ser refrigerado: 
 TR – Tonelada de ar Refrigerado 
 
 
 
 
 
Ciclo de Refrigeração Mecânica 
 
 
 TIPOS DE SISTEMA DE AR 
CONDICIONADO 
a) Sistema de Expansão Direta 
b) Sistema de Expansão Indireta 
 
 SISTEMA DE EXPANSÃO DIRETA 
 Neste sistema podemos ter condensação a 
ar e a água. 
 
 Sistema de Expansão Direta com 
Condensação a Ar. 
 Consiste na troca direta de calor entre o ar 
quente, oriundo do ambiente a ser refrigerado e o 
sistema de gás refrigerador, o sistema de gás é 
resfriado pela troca de calor entre o mesmo e o ar 
frio. O gás refrigerador mais utilizado é o FREON 
22. 
 
 APLICAÇÃO 
 Em instalação de pequeno porte, a 
capacidade é de: 5 a 7, 5 TR. 
 Pequenas instalações (PE – 32, CP – 24, 
Repetidora) MO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema com condensador a ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 Consiste de Expansão Direta com 
Condensação a água 
 Consiste na troca de calor entre o sistema 
de gás refrigerador e o ar quente. O sistema de gás 
é refrigerado pela troca de calor entre o mesmo e a 
água. 
 
 APLICAÇÃO 
 Em grandes instalações; 
 Capacidade: Acima de 100 TR 
 Vantagens: Flexibilidade do sistema de 
prover ar condicionado para áreas de diferentes 
utilizações. 
 
Sistema de água Gelada 
 
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11
 
 
Bomba de condensação 
 
 SISTEMA DE ATERRAMENTO 
 Finalidade do sistema de aterramento e 
pára-raios: 
I. Proporcionar baixa resistência de 
aterramento aos equipamentos em geral; 
II. Manter valores de tensão carcaça-terra 
dentro do nível de segurança no caso de 
energização acedental; 
III. Escoamento para terra de descargas 
atmosféricas, através do pára-raios, ou 
sobretensões devidas a manobras elétricas; 
IV. Escoamento para terra da eletricidade 
estática; 
V. Melhorar a operação e a continuidade dos 
serviços. 
 
 
Sistema de aterramento é constituído de 
condutores, cabos, hastes (eletrodos) e conectores, 
que formam uma malha, como mostrado abaixo. 
 
 
 SISTEMA DE ALARME E DETECÇÃO DE 
INCÊNDIO 
 A finalidade desse sistema é a detecção de 
incêndio e consecutivos alarmes sonoros, visuais e 
remotos. 
 Esse sistema é constituído de: 
 Detectores automáticos e manuais; 
 Quadro de Comando do Sistema de 
Alarme; 
 Retificador e bateria de 12 Vcc; 
 Quadro Principal de Alarme. 
 
 A detecção é realizada por detectores 
automáticos e por detectores manuais 
estrategicamente instalados. Onde todos os sinais 
convergem para o QCSA (Quadro Comando 
Supervisão de Alarme) que por sua vez emite todos 
os comandos. O Comando remoto pode ser 
interligado com o Corpo de Bombeiros. 
 
 Os tipos de detectores automáticos de 
incêndio são os seguintes: 
 Térmico; 
 Térmico blindado; 
 Termovelocímetro de ação dual; 
 Iônico e 
 Ultravioleta . 
 GERADOR EÓLICO 
 Os dois tipos de energia não convencionais 
pesquisados hoje no Brasil em Telecomunicações, 
são energia solar e eólica . 
 Na energia solar os mais utilizados são 
termoelétrico e o fotovoltaico. 
 
TERMOELÉTRICO – utiliza elementos que por 
aquecimento produzem energia elétrica. 
 
FOTOVOLTAICO – utiliza elementos excitados 
pela energia luminosa para produzirem energia 
elétrica. 
 
 Na energia eólica vários são os tipos tais 
como: moinhos, bombas d’água, geradores 
elétricos, etc. Podemos destacar dois tipos de 
cataventos. 
 
• cataventos de eixo vertical; 
• cataventos de eixo horizontal. 
 
 
 iônico – relativo ao íon; ação de determinadas irradiações. 
 ultravioleta – relativo a parte do espectro que fica 
situada imediatamente abaixo do violeta da qual os 
comprimentos de onda das radiações variam entre 0,2 a 0,4 
de micro, além do espectro visível. 
 eólico – o vento; corrente aérea. 
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Para conhecimento: 
 
No Brasil, o Instituto de Atividades 
Espaciais (I.A.E) do Centro Técnico 
Aeroespacial (C.T.A.), está desenvolvendo 
pesquisas sobre geradores, desde 1974. 
 
As leituras obtidas pelo Desenvolvimento 
Nacional de Meteorologia (D.N.M.), revelou que na 
região litorânea do Brasil, a velocidade dos ventos 
variam em média de 3,5 a 8 m/s; na região 
nordeste os ventos são fortes e constantes. 
 
Nas regiões interioranas as velocidades 
médias usuais dos ventos, são inferiores a 3,5 m/s, 
salvo locais de maior altitude. 
 
 Para uso de aerogeradores é necessário 
que a média das velocidades dos ventos seja de 4 a 
5 m/s, sem o qual não teremos potência eólica. 
 Já existe a possibilidade de instalação e 
operação híbrida da energia solar e eólica. E na 
ausência de sol, haja a ocorrência de ventos, como 
nas horas da manhã e da noite. Onde usando 
juntos os dois sistemas, as variações climáticas são 
grandemente atenuadas, porque o ano de menos 
ventos terá maior insolação e vice-versa. 
 As vantagens na conjugação desses tipos 
de energia são: 
• Facilidade de manutenção do sistema; 
• Não necessita de combustível; 
• Grande economia em médio e longo prazo; 
• Operação sem poluição do ambiente. 
 
 
 COMPOSIÇÃO DE PRÉDIOS PARA 
ESTAÇÕES TELEFÔNICAS 
 O mais importante é conhecer a localização 
do Centro de Fios, o centro de fios é a soma dos 
comprimentos de todas as linhas de assinantes seja 
mínima. Fazendo com que haja menos 
investimentos na construção da rede externa. 
Observadas estas regras implanta-se então a 
Estação Telefônica. Atentando sempre os 
impedimentos naturais tais como: Morros, Rios 
Lagos ou de ordem estrutural tais como: 
Construções, Praças, Estradas de ferro e/ou ruas 
de tráfego pesado que possa provocar vibrações no 
ponto onde vai determinar a construção da estação 
Telefônica. 
 
 hídrico – relativo a água, ao hidrogênio; aquoso. 
 insolação – aquecimento excessivo, expor ao sol. 
 Deve obedecer preferencialmente terrenos 
planos, não sujeita a enchentes e/ou concentração 
excessivas de umidade e em logradouros providos 
de energia elétrica, água e esgoto e de fácil acesso 
para viatura de carga. 
 O terreno deve ter, preferencialmente, 
forma retangular devendo sua área mínima atender 
as operações e manutenções do sistema e ainda 
atender às necessidades de crescimento dos 
prédios para um período de no mínimo 30 anos. 
 
 No prédio de uma Estação Telefônica é 
composto das seguintes dependências: 
• Portaria 
• Sala de distribuidor geral 
• Sala de subestação 
• Sala de retificadores 
• Galeria / túnel de cabos 
• Sala de equipamento de comutação 
• Posto de serviço para atendimento ao 
público 
• Sala de pressurização 
• Sala de baterias 
• Sala grupo motor gerador 
• Central de condicionamento de ar 
• Sala de equipamento de transmissão 
• e outras 
 
 
TORRES DE TRANSMISSÃO 
 
 A finalidade das torres de transmissão é o 
de sustentar as antenas de telecomunicações e 
antenas de televisão (em alguns casos). 
 São três os tipos de torres utilizadas em 
transmissões: 
 
 AUTOPORTANTE 
 ESTAIADA 
 DE CONCRETO ARMADO 
 
AUTOPORTANTE 
 
• Pode ser instalada em terrenos de 
dimensões reduzidas; 
• Suporta cargas maiores do que a torre 
estaiada; 
• Pode ser facilmente reforçada para 
aumentar sua capacidade de suporte de 
cargas. 
 
 pressurização – ação de pressurizar; manter pressão 
normal no avião, em uma sala, ou engenho espacial. 
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ESTAIADA 
 
 
 
 
• Exige uma maior disponibilidade de 
terrenos, haja visto que as sapatas de 
sustentação de seus estais devem localizar-
se dentrodos limites do terreno da estação; 
• Menor custo relativo, até determinada carga 
a ser instalada; 
• Pode ser remanejada facilmente, por isso, 
sendo muito utilizada em estações de 
pequeno porte; 
• Devido a sua pequena capacidade de 
suporte, somente é aplicada em estações de 
pequeno porte. 
 
 
DE CONCRETO ARMADO 
 
• Capacidade de suporte de cargas elevadas 
• Custo de construção elevado, daí sua pouca 
utilização; 
• Custo de manutenção muito abaixo do que 
as demais torres; 
• Devido a sua estrutura, podem ser 
instalados dentro da mesma os 
equipamentos de transmissão e 
eventualmente os de energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As estruturas das Torres são executadas 
em perfis laminados planos ou tubos de aço 
galvanizado, aparafusados, com seção transversal 
quadrada ou triangular. 
 
 
PRINCIPAIS ACESSÓRIOS 
 
 ESTEIRAS DE GUIAS DE ONDA 
 Servem para suporte das guias de onda e 
seu trajeto vai desde a antena até a face do prédio 
onde são instalados os equipamentos de 
transmissão. 
 
 ESCADAS 
 A escada é do tipo “marinheiro”, 
constituída de longarinas e degraus, iniciando a 
três metros (3m) da base da torre e terminando na 
plataforma de acesso às luminárias do topo da 
torre. 
 
 PLATAFORMA 
 São constituídas plataformas de trabalho, 
com largura mínima de 0,80m, localizadas a 1,00m 
abaixo do eixo de cada antena com proteção de 
guarda corpo e rodapé. 
 
 
 PÁRA-RAIOS 
 No topo das torres, são instalados pára-
raios destinados a protege-las contra descargas 
atmosféricas. 
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 ILUMINAÇÃO DE SEGURANÇA 
 No topo das torres são instalados dois 
equipamentos de iluminação para balizamento 
noturno de segurança, de longo alcance, com vidro 
de cor vermelha, lâmpada de 100w. 
 O acendimento das lâmpadas é comandado 
por célula fotoelétrica. 
 As torres instaladas dentro das zonas de 
proteção de aeródromos devem dispor de 
aparelhos intermediários de sinalização, com 
espaçamento vertical inferior a 45 metros. 
 
 
 ACABAMENTO 
 As torres que forem instaladas dentro da 
zona de proteção dos aeródromos devem ter o 
acabamento por pintura. 
 As cores empregadas são o branco e o 
vermelho, em seções alternadas de 5,00m, sendo 
que a extremidade superior (último módulo) deve 
ser na cor vermelha. 
 
 
EXERCÍCIO 
 
1. Cite com suas palavras os dois tipos de estações 
de telecomunicações, e quais são os sistemas que 
compõem a infra – estrutura de uma estação 
telefônica. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
2. Sabemos que toda matéria encontra-se nos 
estados de sólidos, líquidos e gases, contendo duas 
partículas básicas que são as cargas elétricas: 
Elétron e o próton, baseado nesta teoria cite três 
exemplos de: Condutores, Isolantes e semi-
condutores. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
3. Para que serve o grupo motor gerador numa 
estação telefônica. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
4. Descreva um sistema de ar condicionado e suas 
finalidades. 
 
 aeródromo – recinto com instalações próprias para o 
serviço dos aeroplanos, com campo de pouso. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
5. Fale sobre aterramento: Finalidade, utilização e 
proteção. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
6. Fale sobre sistema de alarme e detenção de 
incêndio. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
7. Você recebeu de uma grande Empresa a 
responsabilidade de construir uma estação 
telefônica, e a única coisa que você sabe é que está 
central terá capacidade final para 30.000 mil 
terminais. 
a) Quais são os tipos das torres de transmissão? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
b) Quais suas utilidades? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
 
c) Quais os seus acessórios que compõem as torres 
de transmissão. 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
_________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE IV 
 
REDE EXTERNA 
 
 
 Denomina-se rede externa ao conjunto de 
cabos telefônicos, incluindo cabos de entrada em 
edifícios, fios de distribuição externa, equipamentos 
acessórios (excetuando-se os telefones), externos 
às Estações Telefônicas (entrada vertical do 
distribuidor geral), destinados a interligar os 
telefones às estações, bem como estas entre si. 
 
 APARELHO TELEFÔNICO 
 Embora o telefone não seja um 
equipamento da rede e sim um equipamento 
terminal. Iniciaremos esta unidade com uma ligeira 
apresentação deste aparelho tão importante. 
 Quando duas pessoas conversam próximas 
uma da outra o tom da voz pode ser baixo, mas ao 
distanciar-se o mesmo tem que ser elevado. Isto 
acontece devido a atenuação ou perda que o ar 
introduz no som. Então o objetivo do sistema 
telefônico é transmitir a palavra falada, 
compensando assim a atenuação imposta pelo 
som. 
 
 
 SOM 
O som se produz por vibrações mecânicas 
de freqüência perceptíveis pelo ouvido humano, 
num meio elástico. Ex.: Ao esticar um pedaço de 
borracha e puxar a parte central haverá uma 
vibração numa determinada freqüência, produzindo 
então o som. 
 No meio gasoso, o som propaga no sentido 
longitudinal, ou seja na direção da vibração. Já no 
meio sólido, o som propaga no sentido longitudinal 
e transversal. 
 
 VOZ 
 As cordas vocais do ser humana são 
capazes de produzir vibrações sonoras, dentro de 
uma gama de aproximadamente de 100 a 10.000 
Hz. Cada som emitido é composto de diversas 
vibrações, freqüência harmônica isto pode ser 
observado no homem, esta freqüência é de 125 Hz 
e na mulher é de 250 Hz. 
 A potência média de voz de diversas 
pessoas pode variar de amplos limites. Ex.: 
(falando baixo ≈ 0,001 µw – normalmente ≈ 10 µw, 
gritando ≈ 1 a 2 µw. 
 OUVIDO 
 A gama de freqüência audíveis pelo ouvido 
humano vai de aproximadamente de 16Hz até 
20.000 Hz. 
 Em fonia, as características da voz e do 
ouvido humano em termos de inteligibilidade 
reconhecida, numa conversação verificou-se que na 
faixa de 100 a 1.500 Hz, estava concentrada 90% 
da energia da voz humana e acima de 1.500 Hzestava concentrada 70% da inteligibilidade das 
palavras. 
 Baseado nestes dois valores foi definida a 
faixa de voz ideal entre 300 a 3.400 Hz. Para 
comunicação telefônica, o que garante 85% de 
inteligibilidade e 68% de energia da voz recebida 
pelo ouvinte. 
 Canal Padrão de Freqüência da Voz 
Humana Comparado com a Faixa de Freqüência da 
Voz Humana 
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16
 
AS PRINCIPAIS PEÇAS 
DE UM APARELHO TELEFÔNICO 
 
 Basicamente o aparelho de um modo mais 
simples, possui cinco funções: 
• Cápsula transmissora; 
• Cápsula receptora; 
• Campainha; 
• Disco e 
• Transformador ou bobina. 
 
CÁPSULA TRANSMISSORA OU 
MICROFONE 
Quando a energia acústica produzida pela 
voz é transformada em energia elétrica por 
intermédio de um microfone. O microfone é uma 
cápsula constituída de grânulos de carvão e 
membrana (diafragma), que aplicada uma 
diferença de potencial faz circular uma corrente 
C.C., cuja vibrações sonoras incidem sobre a 
membrana, fazendo vibrar com maior ou menor 
intensidade os grânulos de carvão. Diminuindo e 
aumentando a resistência e com variação na 
corrente produzindo uma potência elétrica, que as 
vezes é maior que a potência acústica aplicada na 
membrana, fazendo com que a cápsula se 
comporte como um amplificador. 
 
 
 CÁPSULA RECEPTORA 
 Faz a função inversa e da transmissora, ou 
seja recebe variações de corrente de uma bobina 
única a um diafragma,m cujo campo magnético 
interage com o campo de um imã permanente. O 
resultado da interação dos dois campos movimenta 
o diafragma ou cone, que comunica suas vibrações 
ao ar. 
 
 CAMPAINHA 
 Especialmente projetada para funcionar 
com corrente alternada de baixa freqüência 
produzida por um gerador manual ou por 
equipamento de chamada das estações 
automáticas. É composta de imã montado no 
centro da base e duas peças polares de material 
ferro magnético, que entre as duas peças polares 
existe uma bobina e sobre esse conjunto estende-
se uma armadura, presa por um pivô. a finalidade 
da campainha no aparelho telefônico é de advertir 
o assinante de que seu aparelho está sendo 
chamado. 
 A freqüência da corrente de toque da 
campainha é, normalmente, em torno de 20Hz (no 
Brasil é de 25Hz). 
 Nos aparelhos telefônicos modernos as 
campainhas eletromecânicas já foram substituídas 
por campainha eletrônicas. 
 
 DISCO 
 É um dispositivo pelo qual o usuário 
“informa” ao equipamento comutador, através de 
impulso de corrente contínua, com qual aparelho 
deseja comunicar-se. O disco possui dez furos, 
correspondentes aos dez algarismos que são 
utilizados na série numérica de 1 a 0, para 
transmissão da informação. 
 Os telefones e centrais mais modernas não 
operam com pulsos decádicos e sim, por pulsos de 
curta duração de um código multifreqüencial. O 
tempo para o envio da informação numérica 
independe do valor do algarismo, sendo mais 
rápida e segura. Essa modalidade de sinalização 
chama-se DTMF (Dual Tone Mult-Frequency). 
 O DTMF usa teclado de idêntica aparência 
externa à do teclado decádico, mas a maneira de 
enviar informação à central é completamente 
diferente e incompatível com aquelas centrais 
decádicas. Hoje, já há telefones universais, que 
mediante uma pequena chave, pode ser operado 
de uma ou outra forma. 
 
 TRANSFORMADOR OU BOBINA 
 As principais finalidades do transformador 
existente no aparelho telefônico são: 
• Acoplar a linha com o aparelho telefônico de 
forma a assegurar uma boa qualidade de 
transmissão; 
• Isolar a cápsula receptora dos demais 
componentes da corrente contínua da linha; 
• Possibilitar a indução do sinal de voz no 
secundário, onde se encontra ligada a 
cápsula receptora; 
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• Fazer parte de um circuito chamado 
antilocal, cuja finalidade é minimizar no 
fone de cada interlocutor o sinal proveniente 
de seu próprio microfone. 
 
 
 TIPOS DE APARELHOS TELEFÔNICOS 
 Dois são os tipos de aparelhos telefônicos 
conhecidos por telefone de bateria local (BL) e o 
telefone de bateria central (BC) 
 BL – Este tipo de aparelho telefônico 
constava de um eletromagnético, utilizando de um 
transmissor e receptor que logo após o transmissor 
foi separado do receptor e colocado uma bateria 
que alimenta o transmissor que produz a passagem 
de corrente elétrica pelo circuito. Com a pressão 
acústica da voz em frente ao diafragma do 
transmissor, a corrente variava na freqüência da 
voz. Este tipo ficou conhecido como telefone de 
bateria local ou telefone BL. 
 
 BC – Em seguida surgiu o telefone de 
bateria central ou telefone BC. Este aparelho é 
alimentado pelo sistema de energia existente na 
Central Telefônica, o qual é comum para todos os 
aparelhos que formam a rede de assinantes. O 
telefone BC é utilizado mundialmente nos dias 
atuais. 
 
 
 CABO TELEFÔNICO EM PARES 
 Por razões econômicas a ligação entre a 
Central e o assinante foi e será ainda por muito 
tempo através de cabos telefônicos. 
 A escolha de cabos e fios, que constituem a 
rede de telefonia, depende das características 
físicas de como estes componentes transmitem o 
sinal elétrico. Os fios são feitos de material de bom 
condutor de eletricidade como: Cobre e alumínio. 
Os fios deverão ser revestidos por material isolante 
como papel ou plástico evitando contato direto 
entre eles, caso contrário provocaria curto circuito. 
 Conceituaremos melhor o que seja 
materiais condutores, isolantes e semicondutores, 
sob ponto de vista elétrico. 
 Um material de baixa resistividade é 
denominado de condutor. ex.: Cobre e alumínio 
(ouro e a prata) melhor condutores. 
 Um material que contem alta resistividade, 
e quase não conduzindo eletricidade, é chamado de 
isolante. Ex.: Madeira (seca), borracha etc. 
 Os materiais cuja resistividade se situa 
entre os condutores e isolantes, são chamados de 
semicondutores. Ex.: Metal. 
 Quando a eletricidade escoa através de um 
material, e encontram maior ou menor facilidade 
de escoamento, é como se houvesse uma “fricção” 
entre o fluido elétrico. Esta fricção traduzida pela 
característica elétrica chama-se resistividade. A 
resistividade é medida em Ohms. 
 Um fio de cobre, apresenta duas pontas 
que chamaremos de terminais, que fazendo passar 
eletricidade entrando por uma ponta e saindo pela 
outra, a este dispositivo que força a eletricidade 
fluir chama-se de Gerador de eletricidade. 
 Corrente elétrica – São terminais ou fios 
ligados a um gerador que faz circular eletricidade, e 
a este fluxo é denominado de corrente elétrica, 
medida em Ampères. No gerador existe dois pólos 
em positivo e negativo, assim a corrente elétrica 
sempre flui por um circuito fechado, saindo e 
voltando ao gerador que lhe deu origem. 
 Freqüência – É quando um gerador 
produz uma corrente ciclicamente vai-e-vem no 
circuito externo, isto que oscila, denomina-se 
gerador C.A ou de corrente alternada. A corrente 
elétrica alternada possui uma amplitude (medida 
em Hertz), um período (medido em segundos) e 
uma freqüência – medida em Hertz. 
 Atenuação – É quando os fios mais finos e 
mais longos apresentam maior resistência e 
dissipam mais energia elétrica, em forma de calor. 
Em telecomunicações esta perda de energia elétrica 
significa que o sinal elétrico diminui de energia e 
toma o nome de “atenuação do sinal”. 
 Capacitância – É quando o par de fios 
transporta corrente alternada de freqüência 
elevada, nota-se que há uma fuga do sinal de um 
fio para o outro, através do material isolante que 
envolve cada fio. Portanto, o sinal que chega no 
destino está atenuado da quantidade que fugiu fr 
um fio para outro. Quanto maior é a freqüência 
maior é esta fuga. A este processo chamamos de 
capacitância. Desta forma, um sinal elétrico 
completo, que possua uma certa faixa de 
freqüência sofrerá dois tipos de atenuação: 
• O primeirodevido a resistência dos fios, que 
dissipa, um calor, a energia elétrica; 
• O segundo, que atenua as altas freqüências 
ainda mais, devido ao efeito da capacitância 
entre os fios. 
 
Agora, se temos dois pares de fios, 
carregando sinais telefônicos diferentes, e esses 
pares estão muito juntos, pelo efeito da 
capacitância entre eles, parte do sinal de um par é 
induzido no outro par. Isso resulta em que o sinal 
de uma perturbe o sinal do outro, ocorrendo a 
conversa cruzada. 
 As capacitâncias envolvidas nos 
equipamentos telefônicos e cabos são muito 
pequenas e normalmente são especificadas em 
“microfarad” (10-6 Farad) ou 
“nanofarad” (10-9). 
 
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18
 Como os comprimentos dos cabos podem 
variar muito, os fabricantes especificam estas 
grandezas por unidade de comprimentos: 
• A resistência em Ohm/Km; 
• A capacitância em nanofarad/Km. 
 
Estas grandezas são chamadas “Primárias” 
e são as mais importantes nas especificações dos 
cabos telefônicos. Baseado nelas, podemos calcular 
a atenuação da linha telefônica e de outras 
grandezas elétricas que possa interessar ao projeto 
da rede externa. 
Sendo assim, os pares que servem os 
assinantes da central devem ter um calibre 
(diâmetro) maior que os assinantes mais próximos. 
Os diâmetros típicos estão em torno de 0,40 a 
0,90 mm. 
 
Quanto maior o diâmetro mais caro é o fio. 
 
 No caso da energia elétrica, os cabos 
telefônicos são também especificados quanto ao 
número de pares de fios que contém. Um cabo de 
200 pares possui 200 pares de fios. No processo 
produtivo, o fabricante garante que, dentro deste 
cabo, de 200 pares estão bons, isto é não há 
nenhum fio interrompido. Mas como garantia, é 
padronizado que os fabricantes sempre coloque 
uma margem de 1% a mais. Ex.: Um cabo de 200 
pares, na verdade existem 202 pares e no cabo de 
1.800 pares, existem 1.818 pares. 
 De posse do número de pares e das 
características elétricas dos cabos telefônicas, já é 
possível saber quantos sinais de voz e com que 
qualidade o cabo transmite. Mas esses dados são 
ainda insuficientes pois, os cabos podem ser aéreos 
e subterrâneos. Portanto, as características de 
proteção (capa externa) do cabo e isolação entre 
os fios dos pares são também importantes. 
 Os fios são cobertos, normalmente, por 
papel especial, enrolado sobre ele ou coberto por 
plástico, geralmente de polietileno ou PVC (cloreto 
do polivinil) 
 
 
 TIPOS DE REDE 
 
 Com a crescente evolução do telefone 
surgiram diversos tipos de redes, tais como: rede 
de malha, rede radial, rede rígida e rede flexível. 
 
 REDE DE MALHA 
 Com o invento do telefone surgiram as 
primeiras redes telefônicas. Era um sistema de 
rede muito precária, porém admissível e até 
mesmo o que havia de melhor em relação à época. 
A este sistema convencionou-se chamar rede de 
malha. Nele todos os assinantes estavam 
interligados entre si, o que não permitia grandes 
ampliações, além de apresentar diversos 
inconvenientes, tais como o da manutenção e 
sigilo. 
 Formula para calcular o número de linhas 
neste tipo de rede é: 
2
)1n(nL −= onde: L = número de linhas 
 n = número de assinantes 
 
 
 REDE RADIAL 
 Com o passar dos anos e o aprimoramento 
não só da própria comunicação telefônica, como 
também da rede a que deveria ser utilizada. Até 
que surgiu um novo meio de comunicação, 
denominado “sistema telefônico comandado por 
uma mesa operadora”, e com ele um novo tipo de 
rede, que com relação a anterior levava vantagens 
tanto na parte prática, onde a instalação e 
manutenção passou a ser mais simples, como 
também na parte econômica, onde teria reduzido, 
em muito, o número de fios que deveria ser 
empregado. Que no novo sistema, cada assinante 
teria ligado ao seu aparelho um único par de fios 
que estaria conectado com a mesa operadora. A 
este processo chamou-se de rede radial. 
 
 Porém com o aumento constante de 
número de assinantes, esta nova rede foi tornando-
se obsoleta, não oferecia segurança, como 
também, economicamente não estava mostrando 
vantagens até mesmo não era nada estética, com 
todo aquele amontoado de fios pendurados nos 
postes da cidade. Surgiu então a necessidade de se 
inventar outro tipo de rede que fosse mais 
econômico em todos os aspectos, ou então de se 
inventar um material que substituísse todos 
aqueles fios. Foi então que apareceu um dos 
elementos mais importantes na telefonia que é o 
Cabo Telefônico. 
 Diante deste invento do cabo podemos 
então classificar a rede de dois tipos:Rígida e 
Flexível. 
 
 REDE RÍGIDA 
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 É aquela em que cada par ligado a uma 
caixa terminal corresponde a um único par nos 
cabos alimentadores e no Distribuidor Geral da 
Estação Telefônica. Os pares conectados às caixas 
terminais são conectados à E. T. através de 
emenda individuais. 
 
 
 
onde 
CABO ALIMENTADOR 
É o cabo telefônico que interliga pontos de 
controle e cabos de distribuição, existente ao longo 
de uma rota, à estação. 
 
CABO DISTRIBUIDOR 
Cabo telefônico que interliga os assinantes, 
ao se ponto de controle correspondente. 
 
CAIXA TERMINAL 
Equipamento que instalado nos postos ou 
em fachadas de prédios, atua como meio de ligação 
entre o cabo de distribuição e os fios externos. 
 
FIO EXTERNO 
É o fio ligado, à caixa terminal, se estende 
até o imóvel a ser atendido. 
 
ASSINANTE 
É a pessoa, natural ou jurídica, a quem se 
confere ou reconhece o direito de haver, em 
caráter individualizado e permanente, a prestação 
de serviço público de telecomunicações. 
 
Em rede externa, é o usuário do serviço 
público de telecomunicações que utiliza facilidade 
de uma rede telefônica. 
A rede rígida pode ser dividida em: 
a) Rede Rígida sem multiplagem: É 
aquela rede em que o par que sai do DG da E.T. e 
termina em um só ponto da rede (Ex.: na caixa 
terminal). 
 
b) Rede Rígida com multiplagem: É 
aquela rede em que o par sai do DG da E.T., e 
termina em dois ou mais pontos da rede. (Ex.: na 
caixa terminal e na interna). 
 
Multiplagem – é o arranjo de terminação 
ou de conexão, repetida dos pares ou grupo de 
pares de um cabo. 
 
Vantagens da Rede Rígida: 
• Menores custos por não existirem pontos de 
sub-repartição; 
• Menor probabilidade de defeitos; 
• Ligação direta do assinante à estação 
telefônica, simplificando o cadastramento 
(registro de cabo); 
• Maior economia para locais de densidade 
telefônica pequena ou onde as linhas forem 
curtas. 
 
Desvantagens da Rede Rígida: 
• Menor flexibilidade em remanejamento; 
• Maior dificuldade para manutenção, 
sobretudo na localização de defeitos nos 
pares; 
• Maior quantidade de pares reservas, pois 
para cada caixa terminal (10 ou 20 pares) 
deve existir uma porcentagem de pares 
reservas. 
 
Portanto, as Redes Rígidas são quase 
sempre recomendáveis para áreas rurais (baixa 
densidade de telecomunicações) e áreas urbanas 
nas imediações das estações Telefônicas. 
 
 
 REDE FLEXÍVEL 
 É aquela em que todo par ligado a uma 
caixa terminal pode ser conectada, em um ponto 
de sub-repartição (Armário de Distribuição), a um 
par qualquer entre a sub-repartição e a Estação. 
Desta forma, os grupos de pares provenientes dos 
cabos de distribuição podem combinar-se com os 
grupos de pares de cabo alimentador, que têm 
terminações na Estação. 
 
 
 
 
 Vantagens da Rede Flexível: 
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• Economia nos pares de reserva e 
conseqüentemente o menor espaço ocupado 
no Distribuidor Geral da Estação Telefônica; 
• Crescimento independente das redes 
alimentadora e distribuidora facilitando a 
solução de problemas imprevistos; 
• Facilidade de manutenção quando a 
localização de defeitos, pela possibilidadede 
desconexão dos cabos, para teste, nos 
pontos de sub-repartição; 
• Melhor utilização dos cabos da rede 
alimentadora até a época de instalação de 
cabos adicionais; 
• Facilita o estudo de transmissão, pois e 
• elimina o excesso de multiplagem; 
• Menor custo na expansão da rede, pois 
quando novos cabos alimentadores são 
instalados as conexões são simplificadas, 
isto é, os pares devem ser ligados apenas 
ao Distribuidor Geral e dos pontos de sub-
repartição. 
Desvantagens da Rede Flexível: 
• Custos dos pontos de sub-repartição 
(armários de distribuição) – tais custos 
devem ser menores do que a economia 
obtida com a redução dos pares de reservas 
necessários e é essencial fazer, em cada 
caso, um estudo econômico para 
comparação de custos. 
• Maior possibilidade de defeitos em locais de 
clima úmido sujeito a grandes variações de 
temperaturas, e em regiões, cujo ar 
apresenta substancias corrosivas. Neste 
caso, devem ser tomados cuidados especiais 
na instalação, pintura e vedação dos 
armários, além da utilização de blocos 
terminais adequados a este tipo de clima. 
• Dificuldades práticas de instalação de certos 
pontos de sub-repartição. 
 
 
 REDE SEMI-RÍGIDA 
 Este tipo de rede apresenta características 
intermediárias, situadas entre a Rígida e a Flexível, 
sendo que, em alguns trechos da rede de 
distribuição há pontos de sub-repartição. (ver 
figura) 
 
A maioria das concessionárias brasileiras 
utilizam o sistema de Rede Flexível, na Europa o 
sistema Flexível, também é o preferido e nos 
Estados Unidos o sistema de rede que predomina é 
o rígido com multiplagem e, em menor escala, o 
sistema rígido sem multiplagem (rede dedicada). 
 
 
 REDE DIGITAL DE SERVIÇOS 
INTEGRADOS (RDSI) 
 Consiste numa rede derivada de uma Rede 
Digital Integrada, onde o sinal a ser transmitido 
tem conexão digital extremo a extremo e suporta 
uma ampla gama de serviços de voz e não voz. 
Basicamente, representa a integração dos diversos 
serviços de telecomunicações, inclusive aqueles 
oferecidos através das redes dedicadas, 
racionalizando e reunindo os recursos necessários 
em uma única rede de telecomunicações. (ver 
figura) 
 
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ARMÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
É o dispositivo destinado a suportar e abrigar 
blocos de conexão, que possibilitem a interconexão 
dos cabos da rede de alimentação (primária), que 
ali terminam, com os cabos da rede distribuidora 
(secundária). 
 Há basicamente, dois métodos de 
instalação de armários de distribuição: montagem 
em pedestal ou em poste. 
 
Armário de Distribuição Armário de Distribuição 
Instalado em Instalado em 
Pedestal Postes 
 
 
 
 CANALIZAÇÃO SUBTERRÂNEA 
 Quando passamos da rede aérea para a 
subterrânea, normalmente são utilizados dutos, no 
interior dos quais são instalados os cabos. No 
roteiro escolhido para os dutos, são abertos valas, 
geralmente sob calçadas, para maior facilidade de 
obras. 
 Existem vários tipos de dutos utilizados em 
rede telefônica, tais como: Barro vidrado, 
Cimento amianto e o de PVC (plástico). 
 
 
 
 
• Os dutos de barro vidrado: são mais barato, 
porém, apresentam desvantagem por serem 
muito curto (máximo de 1 metro) e grande 
facilidade de penetração de água nas 
emendas. 
• Os dutos de cimento amianto e o de PVC, 
embora mais caro, apresentam vantagem 
de serem mais compridos (tubos com 4 e 
6m, respectivamente), e com menor atrito 
interno e serem estanques à água, e 
possibilitarem lançamento mais fácil e mais 
rápido. Os dutos de PVC são 
padronizados em 75 e 100 mm de 
diâmetro. 
 
 
Estes dutos iniciam e terminam ou passam 
em caixas subterrâneas. Nestas caixas, os cabos 
emergentes de uma linha de dutos penetram em 
outra linha, inclusive mudando de direção. 
Dependendo da capacidade (tamanho da caixa 
poderá admitir vários homens trabalhando 
simultaneamente. Nas caixas, onde os cabos 
afloram, são feitas as emendas entre seções de 
cabos que mergulham em dutos diferentes 
 
 
 
 Estas caixas são construídas ao longo das 
ruas, com acesso por um tampão de ferro instalado 
na sua laje superior. São também, construídas em 
esquinas ou cruzamento com a finalidade de 
facilitar a distribuição dos cabos pelas ruas do 
cruzamento. Nelas são instaladas ferramentas 
especiais para acomodação dos cabos e das 
emendas ali existentes. 
 
 
 
 DISTRIBUIDOR GERAL (DG) 
 Os pares de fios dos cabos telefônicos 
terminam no distribuidor geral (DG) da estação 
telefônica. 
 O DG é uma armação de ferro que, nos 
grandes centros telefônicos, pode ter da ordem de 
uma a quatro dezenas de metros de comprimento 
por uns 2 a 5 metros de altura. De um lado são 
fixados blocos retangulares (de madeira ou 
plástico), disposto em orientação vertical e que 
dispõem de terminais onde os fios da rede externa 
são conectados. É chamado lado vertical do DG. 
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Estes terminais dispõem de dispositivos para 
proteção do equipamento da estação quanto a 
qualquer perturbação elétrica introduzida na rede 
externa (raio, curto-circuito com a rede de energia 
elétrica). 
 Do outro lado do DG existem outros blocos 
de terminais, agora dispostos horizontalmente. É o 
lado chamado de horizontal do DG. Nestes blocos, 
estão ligados os pares de fios que vão para o 
equipamento de comutação. A cada “número de 
telefone”, corresponde um terminal do lado 
horizontal. É o chamado terminal de assinante. 
 
 
 Existe, aí também, um pequeno contacto 
que permite desconectar o assinante em caso de 
falta de pagamento de conta telefônica e outros. 
Chamado de Bloqueio. Que nas atuais centrais 
automáticas digitais já se pode fazer através de 
comando 
 
 
 
 
 
 TÚNEL DE CABOS (TC) 
 O túnel de cabos é a dependência 
subterrânea localizada na estação telefônica, 
geralmente sob a sala do Distribuidor Geral, onde 
chegam os cabos da rede externa que serão ligados 
às verticais do Distribuidor Geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE V 
 
 
REDE INTERNA 
 
 
 Chama-se Rede Telefônica Interna ao 
conjunto de cabos telefônicos, blocos terminais, 
ferramentas e materiais acessórios instalados no 
interior de um edifício, com a finalidade de permitir 
a ligação de equipamentos de telecomunicações do 
usuário à rede telefônica urbana. 
 Portanto, as redes telefônicas em edifícios 
constituem-se em complementos ou extensões da 
rede interna. Como tal, devem merecer um 
tratamento semelhante ao que normalmente é 
dispensado àquela rede, no que diz respeito a seu 
dimensionamento e projeto. 
 Com a crescente verticalização das grandes 
cidades, elas vêm assumindo uma importância 
cada vez maior no desempenho do sistema 
telefônico. 
 
 
Rede Interna (Exemplo de Corte Esquemático das 
Tubulações de Entrada e Primária) 
 
 REDE DE CABO TRONCO 
 Quando as ligações são realizadas entre 
assinantes de centrais localizadas em estações 
diferentes, as mesmas processam-se através da 
rede de cabos troncos, que têm a finalidade de 
interligar as estações. 
 Pelo exemplo da figura, podemos observar 
que uma ligação entre os assinantes 1 e 2 foi 
realizada dentro da mesma estação de 
atendimento, enquanto que os assinantes 1 e 5 se 
interligam através da rede de tronco e assim por 
diante. (área de atendimento de estações 
diferentes) 
 
 
 
MEIOS DE TRANSMISSÃO 
 
 Denomina-se meios de transmissão a todo 
elemento utilizado para a programação de um sinal 
elétrico, luminosos ou das ondas eletromagnéticas, 
podendo ser classificadas em: 
• meios físicos; 
• ar (onde se propagam as ondas de rádio).Meios Físicos – São meios de 
transmissão em linhas físicas que empregam 
condutores e neles a propagação da energia é 
guiada, isto é, fica praticamente confinada ao 
caminho definido pelo referido condutor. 
As linhas físicas utilizadas para 
comunicações podem ser divididas conforme a sua 
construção mecânica em: linha de pares simétricos, 
quadra simétrica, linhas coaxial, guia de onda e 
fibra óptica. 
Linhas abertas – São linhas constituídas 
por pares de fios metálicos sem isolamento, 
montados sobre isoladores fixados em postes, 
formando linhas aéreas abertas. 
 
 Cabo de pares simétricos – Este tipo de 
meio de transmissão é largamente utilizado nas 
redes urbanas, interligando os assinantes com as 
centrais telefônicas e estas entre si. Comumente, 
cada par de fios de um cabo está destinado a 
prover um único circuito, sendo possível, 
entretanto,a transmissão de sistemas Multiplex 
FDM, porém, de pequeno porte, sendo exemplo o 
sistema de ondas portadoras. 
 
 
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 REDE AÉREA 
 A construção de uma rede aérea, é 
portanto muito mais econômica quando o número 
de pares previstos em determinado itinerário (rota) 
não for muito elevado. Levando-se em conta o 
custo da instalação de uma rede aérea torna-se 
mais barato do que instalação via subterrânea. 
desta forma, a instalação em rede aérea é muito 
utilizada nas artérias urbanas de menor 
movimento, ou quando nestes casos imposições de 
ordem estética ou de segurança não exigem a 
instalação de rede subterrânea. 
 
 
 PROTEÇÃO ELÉTRICA 
 A maioria dos distúrbios elétricos nas redes 
telefônicas são provenientes de descargas 
atmosféricas e de linhas de energia elétrica nas 
vizinhanças. Porém, o circuito telefônico é exposto 
a outra perturbações elétricas, como sinais de voz 
em circuitos adjacentes, transientes de relés, sinais 
de rádio de qualquer espécie, etc. 
 
 O meio e elementos protetores mais 
utilizados são: 
 
• Fusíveis, centelhadores e bobinas térmicas: 
Normalmente instalados no DG ou Caixas 
Térmicas com proteção. Os mesmos 
interrompem o circuito telefônico, quando a 
corrente chega a valores consideráveis, que 
poderia danificar os equipamentos. 
• Aterramentos: Os aterramentos têm como 
função desviar para terra as correntes 
indesejáveis. O valor da resistência das 
ligações á terra deve ser o menor possível, 
para oferecer o caminho mais fácil às 
correntes estranhas ao circuito, evitando 
assim que elas percorram outros caminhos, 
pelos quais poderiam causar danos. 
 
A construção de um aterramento consiste 
em instalar um eletrodo metálico a uma dada 
profundidade do solo e conecta-lo por meio de 
condutores ao ponto da rede telefônica, onde se 
deseja obter ligação à terra. Veja desenho de uma 
rede aterrada. 
 
 
 
Aterramento 
 
 
PRESSURIZAÇÃO DE CABO 
 Um dos maiores problemas é manter a 
água e a umidade fora dos cabos telefônicos pois, 
tem sido uma preocupação constante das 
Companhias telefônicas e dos fabricantes de cabos. 
Se a água é encontrada no interior de um cabo há 
uma grande possibilidade de que ela tenha 
penetrado através de um furo na capa ou através 
de uma emenda defeituosa. No entanto, no caso de 
cabos com capa plástica, a água pode entrar, em 
certas circunstâncias, através de uma capa intacta, 
por um processo de impermeabilidade do tipo 
“osmose”, ou seja por diferença de pressão do 
vapor d’água. (è quando a pressão externa excede 
a interna, e há uma penetração de vapor de água 
através da capa). 
 Algumas das avarias mais freqüentes a que 
estão sujeitos os cabos telefônicos, danificando o 
seu revestimento e permitindo a entrada de 
umidade para o interior dos mesmos são: 
• Falhas estruturais, causadas pela fadiga do 
material, porosidade das soldas, fissuras 
nas costuras e soldas das luvas, etc. 
• Falhas externas, tais como: esmagamento, 
perfurações, rupturas, etc; 
• Falhas de origem elétrica e químicas, 
causadas pelos raios, contatos com cabos 
de energia, eletrólise, corrosão e outros 
agentes de natureza química ou elétrica. 
 
Para minimizar esses defeitos os cabos são 
pressurizados (a pressurização se dá nos cabos 
primários e nos cabos troncos). 
A pressurização consiste em se injetar ar 
seco ou gás inerte, sob pressão, no interior dos 
cabos, através de pequena válvula adaptada ao 
cabo e ligada a compressores ou garrafões de ar 
comprimido. A pressão interna sendo maior que a 
externa, impede a entrada de umidade. 
São as seguintes as vantagens do sistema 
de pressurização: 
 Permite detectar e remover falhas no 
revestimento dos cavos, antes que o serviço 
telefônico seja interrompido; 
 a circulação de ar seco no interior dos cabos 
mantém as características de isolamento 
dos condutores dentro de níveis 
especificados; 
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25
 Há uma inversão na filosofia de 
manutenção, que passa de corretiva a 
preventiva, com os seguintes benefícios; 
 Redução nos custos de manutenção 
corretiva, pela minimização da troca de 
lances e falhas pequenas que podem ser 
ignoradas; 
 Redução nos custos de investimentos e 
estocagem de cabos destinados à 
manutenção; 
 Redução nos custos de mão-de-obra uma 
vez que a remoção de defeitos pode ser 
adiada, evitando trabalho em regime 
extraordinário; 
 Melhor aproveitamento de mão-de-i]obra 
destinada a]à remoção de vazamentos, 
através de manutenção programada por 
áreas, rotas, etc. 
 
Para evitar vazamento de ar do interior dos 
cabos pressurizados, é necessário que as pontas 
dos mesmos (instalados no DG, armários de 
distribuição, prédios e subidas laterais) sejam 
bloqueadas. Esses bloqueios chamados de 
“bloqueios de pressão”, são feitos pela injeção 
de uma resina de endurecimento rápido, capaz de 
penetrar e ocupar os espaços interiores do cabo e 
de impedir a passagem do gás ou ar seco. 
 
 
PUPINIZAÇÃO 
 
 Pupinização é o sistema utilizado em rede 
telefônica que serve para ampliar a faixa e o meio 
de transmissão (par de fios) que transmite, ou seja 
contrabalança o efeito capacitivo, que atenua as 
altas freqüências. Uma bobina, composta de um fio 
enrolado sobre um núcleo, que pode ser de ferro, 
ferrite ou mesmo ar, que provoca um efeito 
elétrico, denominado indutância, que utilizado para 
compensar o efeito capacitivo. Assim, para anular o 
efeito de capacitância do par de fios, a este são 
adicionados bobinas especiais, enroladas sobre 
núcleos de ferrite, denominadas bobinas de 
pupinização. Este processo foi introduzido por um 
Engenheiro chamado PUPIM, de onde deriva o 
nome. 
 Os cabos troncos, geralmente são 
pupinizados, para que a faixa de transmissão dos 
pares de fios corresponda à freqüência do sinal que 
transmite. Os cabos de assinantes podem ou não 
ser pupinizados. Geralmente os mais longos o são. 
 
 
EXTENSOR DE ENLACE 
 As centrais telefônicas energizam os 
telefones através da rede externa, isto é, os fios 
telefônicos transportam corrente contínua, 
fornecidas por um conjunto de baterias instaladas 
na estação telefônica. Esta energia é muito mais 
baixa e da rede elétrica, não oferecendo nenhum 
perigo aos assinantes. Porém, quando a linha de 
assinante é muito extensa, além da grande 
atenuação dos sinais de voz, esta energia CC 
também sofre perdas, de modo que a corrente que 
chega ao telefone pode estar abaixo do valor 
mínimo necessário para um bom funcionamento do 
mesmo. Quando isto ocorre, é utilizado um 
equipamento para cada par de fios, denominado 
extensor de enlace. A palavra enlace refere-se ao 
circuito fechado, percorrido pela energia elétrica 
nessa extensa linha de assinantes. O extensor de 
enlace funciona da seguinte maneira: quando o 
assinante retira o telefone do gancho, 
automaticamente, o extensor de enlace reforça a 
energia CC para essa linha. Com isto, pode-se 
utilizar esse meio de transmissão

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