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Base de conteúdo: https://www.telelab.aids.gov.br/ Teste rápido DPP HIV As infecções sexualmente transmissíveis(IST) São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e tem como principais formas de identificação das doenças infecciosas: Coleta de sangue e separação do soro. Elas são transmitidas, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. O vírus da imunodeficiência humana (HIV) ataca o sistema imunológico, que é responsável por nos defender de doenças. O diagnóstico da AIDS ou da infecção pelo HIV é realizado principalmente por meio da detecção de anticorpos contra o vírus. O diagnóstico do mesmo é feito por meio de testes laboratoriais ou testes rápidos. No teste laboratorial Elisa é o mais utilizado para diagnosticar a infecção, pois procura por anticorpos contra o HIV no sangue. Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é fornecido para a pessoa. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. São usados como testes confirmatórios o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta para o HIV-1, o Imunoblot ou próprio teste rápido. O teste rápido para HIV é realizado com uma gota de sangue da ponta do dedo ou por meio do fluido oral (material coletado entre a bochecha e a gengiva do indivíduo) e o resultado sai em até 30 minutos. suporte do teste tem três áreas distintas: O poço 1, para adição da amostra; O poço 2, para colocação do tampão de corrida e uma terceira área, onde será realizada a leitura do teste. A plataforma é uma parte do conjunto diagnóstico (ou kit); coletores de amostras de fluido oral; frascos para eluição das amostras, com dosador e tampa; um frasco com solução-tampão de corrida; suportes de testes HIV e manual de instrução. O kit deve ser acondicionado em temperatura entre 2ºC e 30ºC. O teste somente será validado se houver uma linha rosa ou roxa na área de controle. Caso não apareça a linha na área de controle, descarte o suporte e faça um novo teste com outra plataforma. Você pode utilizar a mesma amostra. As cores da linha na área de teste(T) e na área de controle(C) podem ter intensidades variáveis, mas isso não invalida o teste. Se aparecer a linha rosa ou roxa somente na linha de controle(C), a amostra será considerada não reagente para a infecção pelo HIV. Porem, Se aparecer a linha rosa ou roxa na https://www.telelab.aids.gov.br/ área de teste(T) e na área de controle(C), a amostra será considerada reagente para a infecção pelo HIV. Alguns cuidados podem ser tomados; Não realize mais de cinco testes por vez, Faça a homogeneização das amostras antes do uso, Não misture os reagentes de diferentes kits, Cuide para que o teste seja realizado numa superfície lisa e plana, Faça a leitura do teste em local iluminado, Não permita que a pessoa leve o suporte plástico com o teste para casa, Realize o descarte dos insumos em saco de lixo branco e entregue-o a uma unidade de saúde. Hepatites Virais; Teste rápido para diagnóstico de hepatite B(Vikia HBsAg) Os testes rápidos utilizados para triagem da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) baseiam-se na técnica de imunocromatografia de fluxo lateral, que permite a detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) no soro, plasma ou sangue total. O “VIKIA HBsAg” é um teste qualitativo de imunocromatografia de fluxo lateral para HBsAg circulante. É baseado na associação de anticorpos monoclonais e policlonais contra o HBsAg, permitindo a detecção dos principais subtipos circulantes do vírus B. O teste é composto por um suporte que contém uma membrana de nitrocelulose, uma área (S) para colocação da amostra e tampão e outra para leitura do resultado. Entre as duas áreas, na membrana de nitrocelulose, estão impregnadas dois conjugados constituídos por uma mistura de dois anticorpos monoclonais anti-HBs ligados a microesferas de poliestireno de cor vermelha e um complexo BSA-biotinilado1 ligado a microesferas de poliestireno de cor azul. A amostra é dispensada no poço designado por “S” e migra por capilaridade ao longo da membrana de nitrocelulose. Se o HBsAg estiver presente na amostra, vai formar um complexo antígeno-anticorpo com os anticorpos específicos contra o antígeno de superfície do vírus B (anti-HBs) presentes nas microesferas vermelhas. Os complexos antígenos-anticorpos migram ao longo da membrana e ligam-se aos anticorpos anti-HBs, fixados na janela de leitura, na área de Teste (T), formando uma linha vermelha, visível na membrana. Ao mesmo tempo, o complexo BSA-biotinilado, ligado às microesferas azuis impregnadas na membrana, migra com a amostra e liga-se ao anticorpo antibiotina, imobilizado na área de Controle (C), formando uma linha azul visível. Quando realizar o teste, registre o número do lote do kit no seu protocolo de trabalho. Os dispositivos de teste, diluente e lancetas apresentam números de lote individuais, mas o número do lote para registro é o que está gravado na caixa. Além dos elementos fornecidos no kit, são necessários os seguintes materiais para a execução do teste rápido: Equipamentos de proteção individual (EPIs); Equipamento para marcar tempo (cronômetro ou relógio); Álcool 70%; Algodão ou gaze; Água sanitária ou solução de hipoclorito de sódio entre 2,0 a 2,5%;Recipiente para descarte de material biológico e perfurocortante; Caneta tipo marcador para escrever no dispositivo de teste e Papel absorvente para forrar a área onde serão feitos os testes rápidos. O manuseio e execução dos testes rápidos necessitam de alguns cuidados. O teste é exclusivo para diagnóstico in vitro, e deve ser realizado por pessoas que tenham participado de capacitação técnica, presencial ou por meio de ensino a distância; Utilize os reagentes de cada kit até a data de validade definida pelo fabricante, estampada na parte externa da embalagem; Quando acabar o dispositivo de teste ou qualquer reagente do kit, jogue todo o restante fora em recipiente apropriado; O dispositivo de teste é descartável, e ele deve ser conservado no envelope lacrado até o momento da utilização e Para a manipulação do kit, deverão ser adotadas todas as precauções que se aplicam aos produtos potencialmente infecciosos, o que inclui não ingerir nem inalar tais produtos, bem como descartar os seus componentes apenas em local apropriado. Após realizar os procedimentos na hora de fazer a interpretação dos resultados, Espere o cronômetro marcar 30 minutos para a leitura do teste. Não interpretar o resultado depois de 60 minutos. Resultado não reagente Quando o resultado for não reagente, aparecerá uma linha azul na área de controle (C) e não aparecerá nenhuma linha na área de teste (T) no entanto Quando o resultado for reagente, aparecerão duas linhas distintas, uma de cor azul na área de Controle (C) e uma de cor vermelha na área de Teste (T). O teste inclui um sistema de controle interno de migração representado por uma linha azul que aparece na área de controle (C). Conforme é indicado no folheto que contém as instruções de uso definidas pelo fabricante, essa linha confirma que o teste foi corretamente executado e que o resultado obtido é válido. Caso não apareça a linha azul na área C no tempo determinado pelo fabricante para leitura do resultado, após 30 minutos da adição do tampão, o teste não será considerado válido, mesmo que a linha vermelha apareça na área T. Entre as causas prováveis para a invalidação do teste estão o armazenamento inadequado dos kits, volume insuficiente da amostra, volume incorreto do tampão e a execução incorreta do teste. Se o teste for inválido, leia novamente as instruções do fabricante e repita o teste com a utilização de um novo dispositivo. O fabricante do testeorienta os usuários a respeito de limitações que o produto apresenta e que devem ser levadas em consideração na utilização dos kits. Para concluir esta aula, confira a seguir algumas dessas orientações; Um resultado não reagente no teste rápido não permite excluir uma infecção pelo vírus da hepatite B;O teste foi validado com soro, plasma e sangue total. Portanto, não deve ser utilizado com outros líquidos biológicos; Pool de soro2 não deve ser utilizado; O resultado do teste deve ser sempre interpretado em conjunto com outras informações clínicas disponíveis. Sífilis - Testes treponêmicos e Testes Rápidos Para o diagnóstico da sífilis podem-se utilizar os testes treponêmicos e os não treponêmicos. Os Testes treponêmicos São testes que detectam anticorpos contra antígenos do Treponema pallidum. Estes testes são qualitativos. Eles definem a presença ou ausência de anticorpos na amostra. Testes não treponêmicos São testes que detectam anticorpos não treponêmicos, denominados anticardiolipínicos ou lipoídicos. Esses anticorpos não são específicos para Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis. Os testes não treponêmicos podem ser: qualitativos – rotineiramente utilizados como testes de triagem para determinar se uma amostra é reagente ou não; quantitativos – são utilizados para determinar o título dos anticorpos presentes nas amostras que tiveram resultado reagente no teste qualitativo e para o monitoramento da resposta ao tratamento. O título é indicado pela última diluição da amostra que ainda apresenta reatividade ou floculação visível. O prozona Trata-se da ausência de reatividade em uma amostra que, embora contenha anticorpos não treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada sem diluir – ou mesmo em baixas diluições. Esse fenômeno decorre da relação desproporcional entre as quantidades de antígenos e anticorpos presentes na reação não treponêmica, gerando resultados falso- negativos. Ocorre nas amostras de pessoas com sífilis, em virtude da elevada quantidade de anticorpos presentes. A diferença principal é que os testes não treponêmicos detectam anticorpos que não são específicos contra Treponema pallidum, e os testes treponêmicos detectam anticorpos específicos para antígenos de T. pallidum. direta do T. pallidum: Microscopia A fresco em campo escuro Coloração (Fontana-Tribondeaux ou Imunfluorescência Direta) já nós testes não treponêmicos: Floculação ; VDRL (Venereal Disease Laboratory); RPR (Rapid Test Reagin); USR (Unheated Serum Reagin); TRUST (Toluidine Red Unheated Serum Test); Aglutinação Testes Rápidos; TR Imunoenzimáticos (ELISA) Imunocromatográficos Testes Rápidos TR. Esses exames são de dois tipos: Exame direto realizado com amostra coletada diretamente da lesão – exame de microscopia que permite a identificação de Treponema pallidum. A microscopia pode ser realizada para a pesquisa do treponema em campo escuro, após a coloração pelo método de Fontana- Tribondeaux ou pela imunofluorescência direta e Exames sorológicos; embora o tempo para o surgimento dos anticorpos possa variar de pessoa a pessoa, a partir de 10 dias da evolução do cancro duro é possível obter reatividade nos testes sorológicos. O FTA-abs é o primeiro teste a se tornar reagente na sífilis. Os testes de floculação baseiam-se em uma suspensão antigênica que contém cardiolipina, colesterol e lecitina. No preparo da suspensão antigênica, a ligação desses componentes ocorre ao acaso e resulta na formação de estruturas arredondadas denominadas micelas. TESTES; FTA-abs (Fluorescent treponemal antibody absorption) É considerado o teste de referência ou padrão ouro dentre os testes treponêmicos. Pode ser feito com amostras de soro ou plasma. É o primeiro teste a se tornar reagente após a infecção, tendo bom desempenho no diagnóstico da sífilis primária em usuários que apresentam o cancro duro com mais de 10 dias de evolução. Testes de hemaglutinação ou aglutinação indireta ou passiva São de execução simples. Podem ser feitos em amostras de soro ou plasma. Não necessitam equipamentos para sua realização ou para a leitura dos resultados. Imunoenzimáticos – ELISA, incluindo os quimioluminescentes São ensaios que podem ser automatizados e empregados em laboratórios que têm grande rotina. Podem ser feitos em amostras de soro ou plasma. Existem, ainda, kits padronizados para testar amostras de sangue seco em papel-filtro. A leitura dos resultados é feita por espectrofotometria1 ou outros métodos automatizados. Testes Rápidos – TR Não necessitam de estrutura laboratorial para serem executados. Podem ser feitos em amostras de sangue total, soro ou plasma. Entre a coleta da amostra e a emissão do resultado decorrem cerca de 30 minutos. (Após a incubação da reação e a lavagem da lâmina para remover anticorpos e outros componentes da amostra que não se ligaram à reação, é adicionado o conjugado fluorescente soro antiimunoglobulina humana conjugado4 ao isotiocianato de fluoresceína). Se na amostra houver anticorpos ligados aos treponemas fixados na lâmina, o conjugado vai se ligar aos anticorpos, tornando os treponemas fluorescentes. Assim, estes poderão ser vistos, em microscopia de fluorescência, emitindo luz verde-maçã. Numa leitura e interpretação da reação de FTA-abs, os resultados possíveis são estes: reagente – quando os treponemas ficam fluorescentes (emitem cor de maçã- verde) sob microscopia de imunofluorescência; não reagente – quando os treponemas apresentam uma coloração avermelhada ou cor verde pálida, sem sinal de fluorescência; inconclusiva – quando há presença de treponemas com baixa intensidade de fluorescência, quando se observa fluorescência descontínua na bactéria, normalmente em pontos esparsos, ou quando se observam, no mesmo campo, treponemas fracamente fluorescentes e treponemas com coloração avermelhada. Teste treponêmico imunoenzimático ELISA ou de quimioluminescência Os testes imunoenzimáticos e suas variações, como o método de quimioluminescência, são testes treponêmicos que utilizam antígenos recombinantes de Treponema pallidum fixados em uma fase sólida. A esses antígenos vão se ligar aos anticorpos presentes na amostra do usuário. As reações devem ser feitas sempre de acordo com as instruções dos fabricantes, pois existem variações na forma de revelar os anticorpos das amostras que se ligaram aos antígenos fixados. Essas reações são semi ou totalmente automatizadas, e necessitam de equipamentos específicos. VDRL O VDRL é um teste não treponêmico muito utilizado no Brasil,a reação do VDRL feita com a suspensão antigênica preparada com base no antígeno concentrado para o teste em amostras de soro. A sequência de nove ações recomendadas para você adotar em um teste VDR A qualidade da reação de VDRL depende do preparo da suspensão antigênica. Por isso, prepare sempre o volume de 5,0 mL de suspensão antigênica seguindo o procedimento descrito no quadro passo a passo anterior, mesmo que a quantidade de amostras a ser analisada seja pequena. Se houver um grande número de amostras na sua rotina laboratorial, prepare duas, três ou mais suspensões antigênicas com o volume total de 5 mL cada. Não prepare volumes superiores a 5 mL em um mesmo Erlenmeyer. Outro cuidado importante é o de nunca alterar os volumes da salina tamponada e do antígeno recomendados pelo fabricante. Jamais utilize tampas de borracha no Erlenmeyer, pois ocorre a desestabilização das micelas. Além disso, evite pipetas de plástico para a preparação da suspensão antigênica, porque o antígeno pode se aderir ao plástico. Utilizar soros controles Os soros controles são amostras que foram previamente caracterizadas como não reagentes (soros controles negativo) ou reagentes (soros controles positivo). Seu uso na rotina diária permite ao profissional assegurar-se da qualidade do antígenoe dos testes que realiza. Veja no próximo tópico como utilizar soros controles para validar a suspensão antigênica. Mais adiante, neste curso, você aprenderá mais sobre este tema ao estudar a respeito do controle de qualidade dos testes de floculação. Validar a suspensão antigênica Inicie o seu trabalho testando a qualidade da suspensão antigênica para poder validá-la. Para essa tarefa, você deverá dispor de soros controles positivos, com títulos previamente estabelecidos, e de soros controles negativos, selecionados das amostras da rotina de seu laboratório. Registrar e liberar os resultados do teste de VDRL; Ao finalizar a reação, você deverá transferir para o laudo os resultados anotados no protocolo. As amostras reagentes devem ter o título reportado no laudo. O laudo deverá apresentar-se: legível, sem rasuras na sua transcrição; escrito em língua portuguesa ou datado e assinado por profissional habilitado.
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