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Segurança em Trabalhos a Quente PRO-025676, Rev.: 02-21/08/2020 Diretoria Emitente: Corredor Sudeste Responsável Técnico: Alcemir Alves Matrícula: 01522170 Área: Ger de Segurança Corredor Sudeste Público Alvo: Empregados da Vale e Contratadas que realizam trabalhos a quente Necessidade de Treinamento: ( )SIM ( X )NÃO Segurança em Trabalhos a Quente PRO-025676, Rev.: 02-21/08/2020 Resultados Esperados: Preservar a saúde e a segurança dos envolvidos na atividade e a integridade dos equipamentos, instalações, áreas verdes e matas. 1. Aplicação Este procedimento aplica-se às atividades de Trabalhos à Quente realizadas no Corredor Sul, Sudeste e Pelotização. Trabalhos a quente realizados ao longo da Ferrovia devem seguir procedimentos locais. 2. Referências FM Global NT 10–3 3. Pré-requisitos Estar treinado em Noções Básicas de Prevenção e Combate a Princípio de Incêndio. 4. Definições Trabalho a Quente: Qualquer trabalho temporário envolvendo chamas expostas, aquecimentos ou centelhas, incluindo esmerilhamento, corte, solda, afiação, solda alumino térmica, tochas aplicadas para calefação ou soldagem, entre outros. Área Classificada: Local com atmosfera explosiva, sendo oxigênio com uma proporção tal de gás, vapor, poeira ou fibras, onde uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou o aquecimento de um equipamento pode ser fonte de ignição e provocar uma explosão. Dono da Área: Empregado Vale ou de empresa contratada que atue como Preposto Vale (Ex. Empresa Gerenciadora, empresa operando instalações da Vale em comodato), responsável por liberar acesso à área onde o serviço será realizado. Executante de trabalho a quente: Executante/operador que realiza atividades envolvendo chamas abertas, aquecimentos ou centelhas, incluindo esmerilhamento, corte, solda, afiação, solda alumino térmica, tochas aplicadas para calefação ou soldagem, entre outros. Líder responsável pela tarefa: Empregado que assume a liderança formal ou informal da equipe. Áreas controladas para o trabalho a quente: São locais destinados especificamente para o trabalho a quente, tais como setores de: caldeiraria, usinagem e solda, cujas medidas de controle para essa atividade são previamente aplicadas e atendidas. Áreas não controladas para o trabalho a quente: São aquelas que possuem maior potencial de risco de incêndio/explosão e requerem vigilância contínua durante toda execução do trabalho, assim como após sua conclusão ou interrupção. São consideradas áreas críticas trabalhos em transportadores de correias, subestações elétricas próximos a materiais combustíveis, áreas verdes e matas, postos de combustíveis, armazenamento de insumos/líquidos inflamáveis, armazenamento de gases, tancagem, dentre outros. Vigilância: É o acompanhamento contínuo durante e após a atividade de trabalho a quente, para observar os arredores da área e reagir em caso de princípio de incêndio. Poderão ser designados mais de um vigilante por equipe durante o turno de trabalho. Monitoramento: É o acompanhamento necessário após o período de vigilância, com o objetivo de detectar princípios de incêndio que eventualmente comecem após a conclusão da vigilância do trabalho a quente. O monitoramento pode ser realizado presencialmente ou por detecção de fumaça, câmeras de vídeo, etc. Se for realizada presencialmente, deve-se monitorar a área a cada 15 minutos, no mínimo. Espaço oculto: Entreforros, entrepisos, paredes com um vão interno, como as paredes sanduíches, sótãos, etc. Construção não-combustível: Qualquer material como alvenaria, chapa metálica, estrutura metálica, que não tenha em sua constituição nenhum material combustível ou inflamável. Materiais construtivos certificados: Produtos cuja fabricação foi submetida a análise e obteve certificação da seguradora, conforme os critérios de aprovação da FM Approvals. Por exemplo: painéis sanduíches. 5. Considerações Gerais Sempre que possível, deve-se buscar alternativas ao trabalho a quente, que não gerem calor ou faísca (ex. serra manual, parafusos, rebites etc). Antes de iniciar a atividade de Trabalho a Quente, deve-se avaliar a necessidade de preenchimento das seguintes documentações, conforme a classificação das áreas: Tipos de áreas Checklist das ferramentas (vide modelo conforme Anexo 01 e Anexo 02) Anexo 03 - Autorização para realização de Trabalho a Quente Emissão de Permissão de Trabalho - PTS Áreas controladas para o trabalho a quente X Áreas não controladas para o trabalho a quente X X X Anexo 01 - Modelo de Checklist de ferramentas diário e Anexo 02 - Modelo de checklist de ferramentas mensal: deve ser preenchido pelo executante de Trabalho a Quente em uma única via a ser mantida na frente de serviço e deve ser emitido a cada turno de trabalho. A área poderá utilizar o modelo de checklist de ferramentas desse procedimento ou outro formulário de checklist, conforme estabelecido em procedimento local. Anexo 03 - Autorização para realização de Trabalho a Quente: deve ser preenchida pelo Líder Responsável pela Tarefa junto ao Dono da Área onde a atividade será realizada, indicando as medidas de controle a serem adotadas. Deve ser emitida a cada turno de trabalho e preenchida em duas vias, sendo uma mantida com o Dono da Área e a outra com o Líder Responsável pela Tarefa. Emissão de Permissão de Trabalho Seguro – PTS: Deve-se seguir as recomendações do procedimento local de Permissão de Trabalho. 6. Classificação de áreas para execução de Trabalho a Quente A vigilância e monitoramento devem ser realizadas de acordo com a classificação de categoria mapeada onde o trabalho a quente será realizado, devendo seguir o tempo da tabela abaixo para cada categoria. Deve-se fazer a classificação após a implementação das medidas de controle. Ocupação Construção não-combustível Construção combustível sem a presença de espaços ocultos Construção combustível com a presença de espaços ocultos. Incombustível com qualquer material combustível contido em equipamentos fechados (ex. líquidos igníferos dentro de tubulações) A C D Escritórios B - 1 C D Ativos com carga combustível de moderada a significativa B - 2 C D Armazéns B - 2 C D Armazenagem a granel (exceto materiais que suportam incêndio de combustão lenta como papel prensado, cavacos de madeira, carvão etc). B - 2 C D Equipamentos/ estruturas contendo revestimento combustível (como borracha, polietileno, poliuretano, etc) não-removíveis C C D Equipamentos/estruturas contendo revestimento combustível (como borracha, polietileno, poliuretano, etc) removíveis A B-1 B-2 Equipamentos/estruturas que não possuem revestimento combustível porém contém presença de óleo, graxa e derivados B-1 B-2 C Equipamentos/estruturas que não possuem revestimento combustível A -- -- Armazenagem a granel de materiais sujeitos à suportar incêndio de combustão lenta como papel prensado, cavacos de madeira, carvão etc. C C D Correias transportadoras transportando material não combustível A B - 2 B - 2 Correias transportadoras transportando material combustível C C D Equipamentos Móveis (caminhões fora de estrada, escavadeiras, empilhadeiras, etc) A -- -- Tabela 1 – Classificação das áreas para realização do trabalho a quente. Nota: Recomenda-se fazer mapeamento dos locais onde serão realizadas as atividades com trabalho a quente, classificando-os conforme categorização apresentado na tabela 1, utilizando o Anexo 04 – Modelo de Inventário de Localidades de Trabalho a Quente. 6.1. Vigilância e Monitoramento A vigilância e monitoramento devem ser realizadas de acordo com a categoria mapeada onde o trabalho a quente será realizado, devendo seguir o tempo da tabela abaixo para cada categoria: CATEGORIA VIGILÂNCIA CONTINUA (min) MONITORAMENTO (h) A 30 0 B - 1 60 1 B - 2 60 2 C 60 3D 60 5 Tabela 2 – Classificação de vigilância e monitoramento. Nota: Em caso de dúvida para classificação da categoria, esta deverá ser definida em conjunto pelo Executante de Serviço, SESMT e Dono da Área. Deve-se designar uma segunda pessoa para a vigilância contra incêndio, se houver qualquer uma das condições a seguir: · Quando o vigia não conseguir visualizar ao mesmo tempo a área de trabalho a quente e a pessoa que realiza o trabalho; · A área de trabalho apresenta uma extensão acima de 10m de raio e 5m de altura e/ou possuir níveis diferentes. · A área de trabalho se estende até o outro lado da estrutura por causa de uma abertura ou passagem termocondutora. 7. Realização de Trabalho a Quente A execução do Trabalho a Quente só poderá ser liberada após implementação das barreiras de controles contra incêndios (tais como manta e biombos antichama, exaustores, porta corta-fogo, meios de combate a princípio de incêndio, etc) e eliminação da atmosfera explosiva, quando aplicável (exemplo: área classificada, torres de resfriamento; áreas de líquidos igníferos e áreas de gases). Quando aplicável, as atividades devem dispor de isolamento com identificação (nome da empresa e contato do responsável), sinalização, ventilação, exaustão e meios de comunicação. Para tubulações que passam de um piso para outro, onde podem ocorrer aberturas no piso, deve-se garantir vedação com material isolante. ATENÇÃO: É proibida a realização de trabalho a quente quando os sistemas de combate a incêndio não estiverem funcionando, exceto quando forem adotadas outras medidas alternativas que garantam o combate ao sinistro, tais como extintor de incêndio, bomba costal, mantas, dentre outros. Nas operações que envolvam geração de gases em ambiente confinado, deve-se adotar medidas preventivas adicionais, conforme procedimento local, para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador. Materiais combustíveis devem ser removidos e/ou protegidos em um raio de aproximadamente 10m ao redor da área do trabalho a quente, considerando não somente as laterais, mas também 5m acima, sendo o piso de chapa expandida. Deve-se manter um vigia durante a realização de toda a tarefa no piso inferior. Nota: 1) Em locais que impossibilitam o isolamento no raio de 10m, o mesmo deverá ser realizado considerando o layout local, incluindo medidas de proteção de materiais combustíveis através de mantas anti-chamas adequadas. 2) Durante a análise de riscos deve ser avaliado necessidade de aumentar este raio, considerando cenários adversos (exemplos ventos fortes). 3) Ao manusear produtos químicos inflamáveis, deverá ser observado as instruções de segurança na FISPQ (Ficha de Segurança do Produto Químico). 4) Todos os executantes de Trabalho a Quente deverão portar os EPI específicos conforme a análise de risco e matriz de EPI local. 8. Áreas controladas para o trabalho a quente Localização e construção: Não presuma que áreas externas são naturalmente designadas para trabalho a quente, pois pode haver construção ou material combustível (como armazenagem externa) por perto. Aplicar as seguintes recomendações em áreas externas designadas para trabalho a quente, quando apropriado: 1) Confinar as áreas designadas para trabalho a quente em uma sala isolada. Essa sala deve ficar separada de áreas de alto risco que possam conter armazenagem de mercadorias, líquidos igníferos, gases e vapores inflamáveis, e pós e fibras combustíveis. Se não for possível confinar totalmente a área designada para trabalho a quente em uma sala isolada, utilize uma das seguintes opções de proteção de tetos e paredes abertas, como mostra a Figura 1. Armário metálico para materiais combustíveis Cortina antichama certificada pela FM Approved em abertura Mínimo de 10m de espaço livre na abertura Figura 1: Área designada para trabalho a quente 2) Utilizar barreiras temporárias, tais como as mantas e cortinas antichamas, para controlar fontes de ignição em aberturas não protegidas das salas isoladas (ex., vãos de porta ou paredes com altura ou largura parcial). Providencie sobreposição e fixação suficiente de mantas e cortinas. Identifique aberturas não protegidas com avisos. 3) Manter no mínimo 10m de área livre nos lados abertos da sala isolada. Identificar essa distância com marcas permanentes (ex., fitas no chão) e avisos. Construir as salas isoladas que abrigarão as áreas designadas para trabalho a quente com material incombustível. Instalar paredes e sistemas de teto/telhado feitos somente com materiais de construção incombustíveis. 4) Instalar revestimentos de paredes e tetos que resistam a danos por impacto (ex., painéis de metal corrugado). Limitar o uso de materiais quebradiços que estejam sujeitos a danos por impacto mecânico (ex., placas de gesso). 5) Vedar as juntas entre pisos, paredes e tetos/telhados para evitar que as fontes de ignição provenientes do trabalho a quente escapem da área designada. Utilizar materiais corta-fogo. Ocupação 1) Manter as áreas designadas para trabalho a quente livres de materiais combustíveis, igníferos e inflamáveis. Se esses materiais forem necessários para o trabalho, armazenar os combustíveis em armários metálicos, e os igníferos e inflamáveis em armários para líquidos inflamáveis e combustíveis. Proteção 1) Providenciar proteção por sprinklers automáticos nas áreas designadas para trabalho a quente, caso as paredes ou o teto/forro da sala isolada sejam de construção combustível. Projetar e instalar a proteção por sprinklers com base na ocupação da sala. 2) Providenciar extintores extras na área designada para trabalho a quente (além dos extintores exigidos pelas autoridades locais). Certificar que eles sejam classificados e dimensionados conforme o risco. Caso necessário, avaliar em conjunto com a Brigada local a quantidade e pontos onde deverão ser instalados os extintores extras. Operação e Manutenção 1) Realizar inspeções nas áreas designadas para trabalho a quente de forma a mantê-las livres de materiais combustíveis. Realizar no mínimo inspeções mensais e manter os registros, conforme estabelecido no procedimento de inspeção local. Nota: Áreas controladas para trabalho a quente não requerem autorização para realização de trabalho a quente. 9. Anexos Anexo 01 - Modelo de Checklist de Ferramentas Diário Anexo 02 - Modelo de Checklist de Ferramentas Mensal Anexo 03 - Autorização para realização de Trabalho a Quente Anexo 04 - Modelo Inventário de Localidades de Trabalho a Quente Anexo 05 – Modelo de material para capacitação de Noções Básicas de Prevenção e Combate a Princípio de Incêndio Anexo 06 - Check do Procedimento 10. Controle de Registros Identificação Armazenamento Indexação/ Acesso/ Recuperação Tempo Mínimo de Retenção Proteção Forma de descarte final Anexo 01– Modelo de Checklist Ferramentas Diário Arquivo físico ou eletrônico na área Pela data ou local 30 dias Hierarquia de permissão ao diretório e/ou acesso restrito ao arquivo da área Destruição física ou exclusão eletrônica Anexo 02– Modelo de Checklist de Ferramentas Mensal Arquivo físico ou eletrônico na área Pela data ou local 30 dias Hierarquia de permissão ao diretório e/ou acesso restrito ao arquivo da área Destruição física ou exclusão eletrônica Anexo 03 – Autorização para realização de Trabalho a Quente Arquivo físico ou eletrônico na área Pela data ou local 30 dias Hierarquia de permissão ao diretório e/ou acesso restrito ao arquivo da área Destruição física ou exclusão eletrônica Anexo 04 – Modelo Inventário de Localidades de Trabalho a Quente Arquivo físico ou eletrônico na área ou Sharepoint da Segurança Pela data ou local Indeterminado Hierarquia de permissão ao diretório e/ou acesso restrito ao arquivo da área Destruição física ou exclusão eletrônica Tabela 3 – Registros. Nota: Em caso de acidente relacionado ao trabalho a quente, o arquivamento da documentação deve se estender por no mínimo 5 anos ouconforme legislação pertinente. 11. Controle de revisões: Número e data da revisão Item alterado Revisor Referência da Mudança Rev.01-05/09/2019 Todo conteúdo Comitê de Padronização de Segurança Aplicação: Inserido o Corredor Sul na aplicação. Inserido o texto “ Trabalhos a quente realizados ao longo da Ferrovia devem seguir procedimentos locais.” Em Definições, item Monitoramento, inserido o texto: “Se for realizada presencialmente, deve-se monitorar a área a cada 15 minutos, no mínimo.” Item Áreas controladas para trabalho a quente: retirada a obrigatoriedade de seguir os passos 5, 6 e 7 desse procedimento. Item 5 - Considerações gerais: Anexo 01 foi desmembrado em dois checklist, sendo um diário e outro mensal. Inserido texto: A área poderá utilizar o Anexo 01 desse procedimento ou outro formulário de checklist, conforme estabelecido em procedimento local. No item 6 - Classificação de áreas para execução de Trabalho a Quente, foi inserido o texto: Deve-se fazer a classificação após a implementação das medidas de controle Inserido o Anexo 05 - Modelo de material para capacitação de Noções Básicas de Prevenção e Combate a Princípio de Incêndio No Anexo 3 foram inseridas mais linhas no Encerramento da Vigilância e Encerramento do Monitoramento. Rev.02-21/08/2020 Anexos 01 e 02 Alcemir Alves Foram inseridos novos itens de verificação nos check list de ferramentas (anexos 01 e 02). Para essa revisão não será necessária a capacitação dos usuários, apenas a atualização dos check list em campo. Foram corrigidos os itens referentes a PT, devido a revisão do documento. Inserido no item de ocupação referencia para Equipamentos que não possuem revestimento combustível porém contém presença de óleo, graxa e derivados (estruturas de máquinas), com as devidas classificações. Inserido no item de ocupação referencia para equipamentos/estruturas que não possuem revestimento combustível porém contém presença de óleo, graxa e derivados. Inserido no item de ocupação referencia para equipamentos/estruturas que não possuem revestimento combustível. Revisões de PT para PTS e também aumento no quadro de ocupações. 12. Elaboradores Nome Matrícula Área Edilso Pereira 01788596 Ger Manutenção de Mina de Fábrica Daniel Mendanha 01495999 Ger Segurança Corredor Sudeste Fernando Machado Gomes 01519532 Ger Segurança Corredor Sudeste Juliana Bello 01502470 Ger Segurança Pelotização e Porto Leonardo Dias 81003383 Ger Segurança Corredor Sudeste Marleide Miranda 01208330 Ger de Excelência Operacional Rafael Fagundes 01486053 Ger de Segurança Corredor Sudeste Rogeria Colen 01220285 Ger Saúde Segurança Trabalho Pelot Porto EFVM 1 de 7 Página 9 de 9
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