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Este material é parte integrante do curso online "HPV e o Câncer de Colo de Útero" do 
EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a 
reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização 
prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
40 horas HPV e o Câncer de Colo de 
Útero 
Samara Calixto Gomes 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante do curso online "HPV e o Câncer de Colo de Útero" do 
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prévia expressa do autor (Artigo 29). 
HPV e o Câncer de Colo de 
Útero 
Samara Calixto Gomes 
40 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4 
O ÚTERO ............................................................................................................................. 6 
2.1 COLO DO ÚTERO ..................................................................................................... 8 
PAPILOMA VIRUS HUMANO ........................................................................................ 9 
TIPOS DE HPV ................................................................................................................. 10 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA ........................................................................... 11 
MODOS DE TRANSMISSÃO ......................................................................................... 13 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DA INFECÇÃO ...................................................... 14 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................................... 15 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO .......................................................................................... 17 
PREVENÇÃO .................................................................................................................... 19 
10.1 EXAME CITOPATOLÓGICO ............................................................................... 19 
10.2 VACINA .................................................................................................................. 20 
DIAGNÓSTICO ................................................................................................................ 22 
TRATAMENTO ................................................................................................................ 24 
O HPV E O CÂNCER DE COLO UTERINO ................................................................ 25 
HPV E SITUÇÕES ESPECIAIS ...................................................................................... 27 
14.1 GESTANTES .......................................................................................................... 27 
14.2PÓS-MENOPAUSA ................................................................................................. 27 
14.3HISTERECTOMIZADAS........................................................................................ 28 
14.4 MULHERES SEM HISTÓRIA DE ATIVIDADE SEXUAL ................................. 28 
14.5 IMUNOSSUPRIMIDAS ......................................................................................... 28 
PROMOÇÃO DA SAÚDE ................................................................................................ 30 
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 35 
 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
4 
Este material é parte integrante do curso online "HPV e o Câncer de Colo de Útero" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) 
conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia 
expressa do autor (Artigo 29). 
01 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
As Infecções Sexualmente transmissíveis (IST) estão entre os problemas de saúde pública 
mais comuns em todo mundo. Dentre elas está a infecção causada pelo Papiloma Vírus 
Humano (HPV), que está associada ao carcinoma de colo uterino, de pênis e de ânus. 
Estudos demonstraram que o HPV é o agente causal de tumores benignos como 
papilomas, verrugas comuns e condilomas. Com o avanço das técnicas de detecção 
molecular, o genoma de HPV tem sido identificado em células neoplásicas malignas. 
Assim, o HPV passou a ser associado a cânceres, principalmente com o carcinoma 
cervical. As evidências de associação destes vírus com neoplasias, somadas a estudos 
epidemiológicos publicados ultimamente, permitiu estabelecer uma relação etiológica entre 
alguns tipos de HPV e o carcinoma cervical. 
Um dos descobrimentos mais importantes da investigação etiológica do câncer nos 
últimos 25 anos é a relação causal entre a infecção pelo vírus HPV e o câncer de colo de 
útero. 
Atualmente, está amplamente estabelecido que o HPV seja o causador de cerca de 
99% dos casos de câncer de colo de útero e de uma fração variável de câncer de vagina, 
vulva, pênis e ânus. Outros fatores que contribuem para a etiologia deste tumor são o 
tabagismo, baixa ingesta de vitaminas, multiplicidade de parceiros sexuais, iniciação 
sexual precoce e uso de contraceptivos orais. 
Com o surgimento da microscopia eletrônica, a partir de 1949, na Universidade de 
Yale, estabeleceu-se, que, a etiologia das partículas virais tanto as encontradas nas lesões 
papilomatosas quanto às das lesões condilomatosas, eram as mesmas, derivadas do 
papiloma vírus humano. 
A verdadeira confirmação de que o HPV era um agente de transmissão sexual, foi 
no ano de 1954. Nesta época, as esposas dos soldados, os quais haviam voltado da guerra 
da Coréia, passaram a desenvolver lesões cutâneas num período de quatro a seis semanas, 
mesmo período em que eles também apresentavam lesões penianas. Foi quando evidenciou 
a presença de lesões cutâneas após a exposição ao agente. 
Unidade 1 – Introdução 
 
 
5 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Ao longo da história do papiloma vírus humano, não se esclareceu muito sobre sua 
verdadeira etiologia, porém, tornou-se evidente sua transmissão por via sexual no século 
XX. E mesmo com tantas descobertas foi somente nos anos setenta, a partir da biologia 
molecular que se pôde pesquisar melhor o vírus. 
As ISTs são um problema de saúde pública não só no Brasil, mas em todo o mundo, 
todavia, só adquiriu maior importância após epidemia da Síndrome de Imunodeficiência 
Adquirida (Aids), isto porque estudos comprovam que úlceras genitais aumentam em até 
18 vezes a maior possibilidade da infecção pelo vírus da Aids. 
Segundo o Ministério da Saúde, estudos de prevalência mostram que as mulheres 
apresentam cinco vezes mais frequência de lesões precursoras de câncer de colo uterino 
quando estas mesmas têm histórias de IST, e este fator aumenta mais quando apresentam 
infecções por HPV, mostrando maior probabilidade de serem mais propensas a 
desenvolver câncer do colo do útero. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2008, ocorreram 1.384.155 
casos novos de câncer da mama em todo o mundo, o que torna o tipo de câncer mais 
comum entre as mulheres. Nesse mesmo ano, foram registrados cerca de 530 mil casos 
novos de câncer do colo do útero. No Brasil, em 2018, foram estimados 16.370 casos 
novos de câncer de útero e 6.385 mortes em 2017. 
A incidência do câncer do colo do útero manifesta-sea partir da faixa etária de 20 a 
29 anos, aumentando seu risco rapidamente até atingir o pico etário entre 50 e 60 anos. 
Uma provável explicação para as altas taxas de incidência em países em 
desenvolvimento seria a inexistência ou a pouca eficiência dos programas de rastreamento. 
No Brasil, a estratégia de rastreamento recomendada pelo Ministério da Saúde é o exame 
citopatológico prioritariamente em mulheres de 25 a 64 anos. Faz-se necessário, portanto, 
garantir a organização, a integralidade e a qualidade dos programas de rastreamento, bem 
como o seguimento das pacientes. 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
6 
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expressa do autor (Artigo 29). 
02 
O ÚTERO 
 
 
 
 
O útero é um órgão fibromuscular, ímpar, oco, em forma de pera invertida, localizado no 
plano sagital mediano da cavidade pélvica. Recebe as tubas uterinas na região mais 
abaulada e continua-se, inferiormente, com a vagina, com a qual forma usualmente um 
ângulo de 90 graus. 
A figura abaixo, demonstra as relações anatômicas do útero. 
 
Possui parede relativamente espessa e composta por três camadas. Externamente 
existe uma serosa, constituída por mesotélio e tecido conjuntivo ou, dependendo da porção 
do órgão, uma adventícia, formada por tecido conjuntivo sem revestimento de mesotélio. 
As outras duas camadas uterinas são o miométrio, espessa camada de músculo liso, e o 
endométrio ou mucosa uterina. 
Unidade 2 – O Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
O miométrio é a parede mais espessa do útero, sendo composta por pacotes de 
fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo, divididos em quatro camadas não 
muito bem definidas. A primeira e a quarta camada são compostas, basicamente, de fibras 
dispostas longitudinalmente; as camadas intermediárias contêm os grandes vasos 
sanguíneos que irrigam o órgão. 
Durante o período gestacional, o miométrio passa por um grande crescimento 
devido à hiperplasia e hipertrofia das fibras musculares. Durante essa fase, muitas dessas 
células musculares lisas adquirem características ultraestruturas de células secretoras de 
proteínas e sintetizam ativamente colágeno, cuja quantidade aumenta significativamente no 
útero. 
Após a gravidez, há degeneração de algumas células musculares lisas, diminuição 
do tamanho de outras e degradação enzimática de colágeno. O útero reduz seu tamanho 
para as dimensões aproximadas de antes da gravidez. 
O endométrio consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas 
tubulares simples que às vezes se ramificam nas porções mais profundas, próximo ao 
miométrio. As células que revestem a cavidade uterina se organizam em um epitélio 
colunar simples, formado de células ciliadas e células secretoras. Pode ser dividido em 
duas camadas: 
 Camada basal: mais profunda adjacente ao miométrio, constituída por tecido 
conjuntivo e pela porção inicial das glândulas uterinas. 
 Camada funcional: formada pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, 
pela porção final e desembocadura das glândulas e também pelo epitélio 
superficial. 
Enquanto a camada funcional sofre grandes mudanças durante o período menstrual, 
a basal permanece quase inalterada. 
Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são muito importantes para o 
fenômeno cíclico de perda de parte do endométrio durante a menstruação. 
O útero pode variar de forma, tamanho, localização e estrutura, de acordo com a 
idade, a paridade, o estado gravídico e a estimulação hormonal. 
Suas dimensões, na mulher adulta, variam de tal modo que o comprimento pode 
oscilar de 6 a 9 cm e a profundidade ou espessura, entre 2 a 3 cm. 
O peso do útero varia de 25 a 90 g. Durante o período menstrual em nulíparas, as 
dimensões do útero são menores e nas multíparas, podem ser maiores. Após a menopausa 
ocorre redução de dimensões, principalmente do corpo do útero. 
 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
8 
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2.1 COLO DO ÚTERO 
O colo do útero é a porção inferior do útero onde se encontra a abertura do órgão, 
localizando-se no fundo da vagina. O colo do útero separa os órgãos internos e externos da 
genitália feminina estando mais exposto ao risco de doenças e alterações relacionadas ao 
ato sexual. 
O colo uterino apresenta formato cilíndrico e possui uma abertura central conhecida 
como canal cervical que liga o interior do útero à cavidade vaginal – local no qual ocorre a 
eliminação do fluxo menstrual e a entrada do esperma. É através do colo uterino que se dá 
a passagem do feto durante o parto vaginal. 
 
Mas o que é o HPV e quais os principais cuidados que devemos ter para evitar 
a contaminação? 
 
Unidade 3 – Papiloma Vírus Humano 
 
 
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03 
PAPILOMA VIRUS HUMANO 
 
 
 
 
O HPV é um vírus DNA que possui mais de 100 tipos identificados atualmente. Sua 
família é conhecida como Papovavírus e atualmente é denominada como Papovaviridae, 
uma abreviação de seus gêneros. 
São constituídos por genoma de DNA circular de dupla hélice que infectam alguns 
animais, dentre eles, répteis, pássaros e mamíferos, incluindo o ser humano. Eles infectam 
as células dos epitélios cutâneo e mucoso produzindo lesões e neoplasias. 
Papiloma vírus são vírus de DNA espécie - específicos. Muitos mamíferos 
diferentes abrigam este vírus que infecta as células do epitélio basal (pele e mucosas). O 
genoma do HPV foi sequenciado e consiste de aproximadamente 8.000 pares de base 
circulares de DNA, com 8 open reading frames (ORFs) que codifica proteínas estruturais 
necessárias à replicação e ao revestimento viral. 
Esses vírus acometem pele e mucosas. A infecção pode ser assintomática, causar 
verrugas não genitais, verrugas genitais (condilomas) ou estar associada a várias neoplasias 
benignas e malignas. 
Os HPVs infectam os tecidos epiteliais e são caracterizados pelos epitélios de 
atuação e segundo o potencial de oncogenicidade, ou seja, sua capacidade de causar 
neoplasia. 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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04 
TIPOS DE HPV 
 
 
 
 
O HPV é o principal agente promotor das Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NICs) e 
câncer cervical. Dentre os vários subgrupos do HPV existem alguns que oferecem maiores 
riscos de desenvolvimento de neoplasias em várias regiões do corpo. 
Segundo o epitélio de atuação: 
Cutâneos: são epidermotrópicos e infectam principalmente a pele das mãos e dos 
pés e se manifestam formando verrugas. 
Mucosos: infectam o revestimento da boca, garganta, trato respiratório e epitélio 
ano-genital, manifestando-se através de condilomas planos e acuminados. 
A caracterizaçãodo potencial de oncogenicidade é uma subdivisão dos tipos de 
HPVs de mucosas. 
Segundo o potencial de oncogenicidade: 
Baixo risco oncogênico: HPVs tipo 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 72, 81, e CP6108) 
estão associados às infecções benignas do trato ano-genital como condiloma acuminado 
plano e lesões intraepiteliais de baixo grau – NIC I. Estão presentes na maioria das 
infecções clinicamente aparentes. Os tipos 6 e 11 causam a maioria das verrugas genitais 
visíveis na vulva, vagina, colo uterino, pênis, bolsa escrotal, uretra e ânus. 
Alto risco oncogênico: (16,18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, 68, 70, 73 
e 82), sendo os tipos HPV 16 e 18, relacionados com aproximadamente 70% dos casos de 
câncer cervical invasivo e mais de 90 % das lesões intraepiteliais graves NIC II, NIC III e 
aos carcinomas de colo de útero, de vulva, vagina, pênis (raro) e de ânus. 
 
Unidade 5 – História Natural da Doença 
 
 
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05 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 
 
 
 
A necessidade da presença do HPV para infecção do Câncer de útero foi comprovada ao 
longo das décadas de 10 e 1980. Um estudo de Walboomers e colaboradores, realizado em 
22 países localizados nos cinco continentes, demonstrou prevalência de HPV nos 
carcinomas cervicais uterinos de 99,7%. 
Aproximadamente 100 tipos de HPVs foram identificados e tiveram seu genoma 
mapeado, 40 tipos podem infectar o trato genital inferior e 12 a 18 tipos são considerados 
oncogênicos para o colo uterino. 
A infecção pelo HPV é muito comum, até 80% das mulheres sexualmente ativas 
irão adquiri-la ao longo de suas vidas. Aproximadamente 291 milhões de mulheres são 
portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. 
A comparação desse dado com a incidência anual mundial de aproximadamente 
530 mil casos de câncer do colo do útero, indica que o câncer é um desfecho raro, mesmo 
na presença da infecção pelo HPV. 
Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória e regride 
espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição. No pequeno número de 
casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral 
oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, cuja identificação e 
tratamento adequado possibilita a prevenção da progressão para o carcinoma cervical 
invasivo. 
Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (tipo e carga viral, 
infecção única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao 
comportamento sexual, também influenciam os mecanismos ainda incertos que 
determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a progressão para lesões 
precursoras ou câncer. 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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A idade também interferentes se processo, sendo que a maioria das infecções por 
HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima 
dessa idade a persistência é mais frequente. 
O tabagismo aumenta o risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero, 
proporcionalmente ao número de cigarros fumados por dia e ao início em idade precoce. 
Vários estudos analisaram a história natural do câncer do colo do útero e suas 
lesões precursoras, e importantes revisões e metanálises foram realizadas, mas a 
interpretação dos seus dados deve considerar a possibilidade de viés de seleção e de 
aferição. 
Apesar dessas limitações, os estudos sobre história natural indicam que as lesões 
intraepiteliais escamosas de baixo grau (do inglês Low-Grade Squamous Intraepithelial 
Lesions – LSIL) simplesmente refletem a manifestação citológica da infecção pelo HPV e 
não representam lesões verdadeiramente precursoras do câncer do colo do útero, 
regredindo espontaneamente na maior parte dos casos. Em contrapartida, as lesões 
intraepiteliais escamosas de alto grau (do inglês High-Grade Squamous Intraepithelial 
Lesions – HSIL) apresentam efetivamente potencial para progressão, tornando sua 
detecção o objetivo primordial da prevenção secundária do câncer do colo do útero. 
 
Unidade 6 – Modos de Transmissão 
 
 
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06 
MODOS DE TRANSMISSÃO 
 
 
 
 
A transmissão do HPV se dá principalmente pelo ato sexual, através da fricção dos órgãos 
genitais. Ele se aloja na superfície do epitélio escamoso do colo uterino devido à 
microtraumas causados neste local pela relação sexual. 
Quando atinge o epitélio pavimentoso, o vírus perde seu invólucro proteico e o 
genoma viral atinge o núcleo da célula, onde se estabelece a forma epissomal provocando 
uma resposta celular local e sistêmica que induz à produção de anticorpos das Células de 
Langerhans ativando os linfócitos T. 
Esta é a primeira linha de defesa humana, porém a resposta humoral não é 
suficiente para acabar com o processo infeccioso, pois dependerá também do estado 
imunológico de cada pessoa, e sua resposta celular efetiva. 
Há poucos estudos relacionados à transmissão por vias não sexuais, tais como 
fômites, mas há indícios sobre esse tipo de transmissão, porém o índice de casos é mínimo. 
Já a transmissão vertical tem merecido destaque na literatura, pois essa via de 
transmissão é particularmente importante na infecção do recém-nascido por HPV. A 
contaminação materno-fetal se dá por meio do líquido amniótico ou durante o trabalho de 
parto. 
Apenas 20% dos indivíduos infectados têm algum tipo de lesão visível, podendo 
transmitir a infecção silenciosamente. Fato esse que contribui para o agravamento na 
relação conjugal, levando a desconfiança do parceiro que atribui infidelidade por parte da 
mulher. 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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07 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DA 
INFECÇÃO 
 
 
 
 
As infecções por HPV podem ser sintomáticas quando a forma clinica é evidenciável, ou 
seja, com observação a olho nu ou assintomáticas. 
As lesões podem aparecer na forma de verrugas genitais e serem chamadas de 
diversas maneiras, desde condilomas ou mais popularmente como crista de galo, figueira, 
cavalo de crista ou jacaré de crista. 
Surgem em regiões como vulva, períneo, colo, vagina e região perianal na mulher. 
E no homem há possibilidade de aparecer na glande e sulco bálano-prepucial. Menos 
frequentemente podem estar presentes em áreas extragenitais como conjuntivas, mucoso-
nasal, oral e laríngea. 
Quando assintomáticas podem ser classificadas de duas maneiras, subclínicas ou 
latentes. 
Na Forma Subclínica são evidenciáveis apenas sob técnicas de magnificação 
(lentes) e após aplicação de reagentes como o ácido acético. As lesões são localizadas 
principalmente na cavidade oral, vulva, vagina, colo uterino, pênis e região anal. 
Na Forma Latente é evidenciável apenas através de técnicas de hibridação do 
DNA em indivíduos com tecidos clínicos e histológicamente normais;Mesmo no aspecto 
histopatológico não existem sinais da atividade viral. É a forma mais frequente da 
infecção; Caracteriza-se pela presença de DNA viral em áreas sem quaisquer evidências 
clínicas e subclínicas. Não está relacionada de maneira direta com oncogenicidade 
enquanto não evoluir para a Forma subclínica. 
As lesões condilomatosas podem apresentar diversas formas no local de alteração, 
podendo ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas e de tamanhos variável. Dependendo 
do tamanho e localização, podem ser dolorosas, friáveis e/ou pruriginosas, de crescimento 
exofítico, papilar, frondoso ou róseo. 
Unidade 8 – Manifestações Clínicas 
 
 
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08 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 
 
 
As manifestações clínicas dependem da localização das lesões e do tipo de HPV. Presença 
de verrugas comuns nas mãos e dos pés que são evidenciadas por pápulas exofíticas e 
hiperceratóticas da cor da pele ou castanhas. Em crianças as verrugas planas são mais 
comuns e ocorrem na face, no pescoço, no tórax e nas superfícies flexoras dos antebraços e 
das pernas. 
As lesões podem ser múltiplas, localizadas ou difusas, de tamanho variável, ou 
ainda lesão única; caracterizadas por pápulas circunscritas, hiperquerotósicas, ásperas e 
indolores com tamanho variável; o condiloma gigante é raro. 
O condiloma acuminado pode manifestar-se na vulva, vagina, períneo, colo do 
útero, uretra, pênis, bolsa escrotal e região anal. Presença de verrugas na genitália 
feminina, mais frequentes na região vulvar, apresentando-se como tumorações múltiplas, 
amolecidas, de superfície irregular e espiculadas. 
Acometem principalmente, o introito vaginal, grandes e pequenos lábios e a região 
da fúrcula. As verrugas são menos frequentes nas paredes vaginais, onde se apresentam na 
coloração avermelhada e sangrantes ao contato, causando ardor e sangramento durante a 
relação sexual. 
O condiloma acuminado pode se desenvolver no colo uterino, apesar de raro, e 
quando ocorre é acompanhado de condilomas de outras áreas do trato genital inferior. 
Em ambos os sexos, as verrugas externas sugerem a existência de lesões internas, 
porém as lesões internas podem ocorrer sem verrugas externas principalmente nas 
mulheres; Foram detectados HPVs em lesões da cavidade oral e nasal, na conjuntiva, seios 
paranasais, laringe, mucosa traqueobrônquica e esôfago. 
A prática do sexo oral e a variedade de parceiros contribuíram para elevar a 
transmissão do HPV na mucosa oral. A língua é o lugar mais frequente dessas lesões. 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia 
expressa do autor (Artigo 29). 
Dentre as lesões bucais possivelmente associadas a esses vírus o condiloma, a 
papiloma e a verruga na cavidade oral são as manifestações orais de maior frequência, 
causadas principalmente pelo HPV 6 e 11.Alguns tipos de HPV foram associados com 
lesões orais malignas. 
Unidade 9 – Período de Incubação 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
09 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
 
 
 
 
O reservatório do vírus é o homem. O período de incubação do vírus varia de três semanas 
a oito meses, com média de três meses. Entretanto, as lesões podem permanecer anos na 
forma subclínica. 
O período de transmissibilidade é desconhecido, entretanto ocorre transmissão 
enquanto houver lesão viável. 
Não é conhecido o tempo que o HPV pode permanecer quiescente e que fatores são 
responsáveis pelo desenvolvimento das lesões, pode permanecer por muitos anos no estado 
latente. 
A recidiva das lesões está provavelmente relacionada à ativação de “reservatórios” 
do vírus do que à reinfecção pelo parceiro sexual. Por esta razão, não é possível estabelecer 
o intervalo mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento de lesões no período de 
incubação, variando de semanas a décadas. 
O principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais de alto 
grau e do câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV). 
Apesar de ser considerada uma condição necessária, a infecção pelo HPV por si só 
não representa uma causa suficiente para o surgimento dessa neoplasia. Além de aspectos 
relacionados à própria infecção pelo HPV (tipo e carga viral, infecção única ou múltipla), 
outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem 
influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da 
infecção e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. 
A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por 
HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que, acima 
dessa idade, a persistência é mais frequente. 
O tabagismo eleva o risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Esse 
risco é proporcional ao número de cigarros fumados por dia e aumenta sobretudo quando o 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
ato de fumar é iniciado em idade precoce. Existem hoje 13 tipos de HPV reconhecidos 
como oncogênicos pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC). 
Desses, os mais comuns são o HPV16 e o HPV18. 
 
Unidade 10 – Prevenção 
 
 
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10 
PREVENÇÃO 
 
 
 
 
A prevenção das DSTs em geral, é o meio mais importante de evitar tais transtornos, e 
existem inúmeras maneiras de evitar tais doenças. No caso do HPV deve-se considerar o 
relevante fator de que não existe tratamento que realmente cure. 
Os meios de prevenção mais comuns são os usos de preservativos, os quais 
diminuem o índice de contaminação pelo HPV, mas, não os impede. Valendo ressaltar que, 
a abstinência de qualquer prática sexual, é o meio mais seguro de prevenção. 
Outra maneira eficaz que tem mostrado resultados positivos atualmente para o 
controle do câncer do colo do útero é o rastreamento através do exame Papanicolau ou 
simplesmente exame preventivo ou de prevenção. É fundamental que os serviços de saúde 
orientem sobre a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite 
reduzir em 70% a mortalidade por câncer uterino na população de risco. 
 
 
10.1 EXAME CITOPATOLÓGICO 
Exame citopatológico ou papanicolau como é mais conhecido, deve ser feito anualmente. 
Outras formas de identificação da doença são os exames, imunoistoquímico, microscopia 
eletrônica e o reconhecimento do tipo de DNA. 
Nesse exame ginecológico preventivo do câncer de colo de útero, são coletadas 
células do colo uterino (colpocitologia) com a finalidade de detectar células cancerosas ou 
anormais, além de identificar condições não cancerosas como infecções ou inflamações.Toda mulher deve fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero 
(Papanicolau) a partir da primeira relação sexual. Ele deve ser feito anualmente ou com 
menor frequência, a critério do médico. 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Entretanto vale ressaltar que o exame citopatológico não detecta exatamente a 
infecção pelo HPV e nem mesmo o seu tipo, mas ajuda muito no diagnóstico precoce de 
um câncer cervical, pois a citologia ajuda a diferir prováveis células do vírus. Quando 
diagnosticados NIC II ou NIC III, há uma recomendação de exames específicos para o 
vírus HPV como a colposcopia e a histopatologia. 
 
Se o seu exame acusou: 
 Negativo para câncer: Se esse for o seu primeiro resultado negativo, você deverá 
fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um resultado negativo 
no ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo daqui a três anos; 
 Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: Você deverá repetir o exame daqui a 
seis meses; 
 Lesão de alto grau: O médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar fazer 
outros exames, como a colposcopia; 
 Amostra insatisfatória: A quantidade coletada de material não foi suficiente para 
fazer o exame. Você deve repetir o exame logo que for possível. 
Em todos as situações, é importante seguir as recomendações médicas. 
 
 
10.2 VACINA 
A descoberta de que as verrugas genitais e o câncer cervical estão relacionados com a 
etiologia do HPV levou ao desenvolvimento de vacinas que podem prevenir o câncer de 
colo do útero. A vacinação preventiva deve ser dada antes da infecção pelo HPV, a fim de 
ajudar o sistema imune a reconhecer e evitar a infecção viral antes da entrada do vírus na 
célula, ou antes, que a doença se estabeleça. 
O conhecimento da biologia viral é essencial para o desenvolvimento destas 
vacinas que contém o vírus atenuado, gerando anticorpos neutralizantes dirigidos às 
proteínas L1 e L2 do capsídeo, a qual tem papel importante na entrada do vírus na célula. 
Estas vacinas, que tem efeito profilático sobre o HPV, são constituídas pelo vírus 
recombinante monoinfeccioso, como a partícula L1 do capsídeo, induzindo à ativação do 
sistema imune pela fagocitose das partículas e formação de anticorpo contra o tipo 
específico de partícula do capsídeo viral recombinante. 
Logo, a vacina bivalente induz à formação de anticorpo contra HPV 16 e 18 
(responsáveis por 70% dos casos de câncer cervical), enquanto que a quadrivalente leva à 
produção de anticorpo anti- HPV 6, 11, 16 e 18, responsáveis por 90% dos casos de câncer 
cervical. 
Unidade 10 – Prevenção 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Desta forma, supõe-se que a vacina quadrivalente evite lesões de colo de útero 
classificadas como NIC II, NIC III, câncer de colo de útero e verrugas genitais, sendo que 
este último não é evitado pela vacina bivalente. 
Atualmente já existem meios de vacinação como método de prevenção, sendo a 
Gardasil a primeira vacina aprovada no Brasil. É recomendada na faixa etária de 9 a 26 
anos de idade em três doses e sua duração é em torno de cinco anos e meio. Protege contra 
quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18), causadores de verrugas e câncer cervical. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), já aprovou a segunda 
vacina contra HPV no Brasil, com nome comercial de Cervarix recomendada na idade de 
10 a 25 anos. Ela também é quadrivalente, aplicada em três doses, porém não será 
disponível no sistema público assim como a Gardasil. 
O programa nacional de imunizações (PNI), introduziu no calendário básico, na 
data de 10 de março de 2014 a vacina quadrivalente contra HPV que confere proteção 
contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). 
Essa vacina previne infecções pelos tipos virais presentes na vacina e, 
consequentemente, o câncer do colo do útero e reduz a carga da doença. Tem maior 
evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus. 
A vacina HPV é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito 
demonstrado ainda nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. Portanto, 
a vacina não tem uso terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero, de lesões 
displásicas cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de verrugas genitais. A população 
alvo da vacinação com a vacina HPV e composta por adolescentes do sexo feminino. 
Em 2017, o Ministério da Saúde estendeu a faixa etária de meninas para 9 a 14 
anos e meninos de 11 a 14 anos. 
Nas Unidades Básicas de Saúde, a vacinação das adolescentes ocorrerá sem 
necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. 
Para maiores informações, realize estudos nos cursos de ATUALIZAÇÃO DO 
CALENDÁRIO DE VACINAS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES e 
IMUNIZAÇÃO – CONCEITOS E TÉCNICAS DE VACINAS. 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
11 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
O diagnóstico da infecção pelo HPV é clínico, epidemiológico e laboratorial, observando-
se suas formas de apresentação. 
Geralmente a infecção não apresenta sintomas e o único sinal é a presença de 
verrugas, pápulas em algum lugar da pele ou mucosa. Na maioria das vezes, o homem 
permanece assintomático (80%) e as lesões são subclínicas comportando-se apenas como 
um portador do HPV. 
A infecção pelo HPV na forma clínica é realizada a anamnese onde a paciente pode 
relatar a presença de verrugas ou mesmo contar sua história com ou sem presença de 
fatores de risco. Durante o exame físico, a infecção pode ser evidenciada a olhos nus, nas 
regiões perianal e genitália externa. As lesões são localizadas em áreas úmidas, 
especialmente expostas ao atrito sexual, aumentam com o passar do tempo com 
crescimento em forma de “couve-flor”. 
A infecção do HPV na forma sub-clínica é baseado em alterações citológicas e/ ou 
histopatológicas. Através de peniscopia, colpocitologia, colposcopia com biópsia, e 
histopatologia, apesar de produzirem resultados discordantes no diagnóstico de infecção 
por HPV, representam eficientes métodos complementares. 
As lesões oriundas de infecção pelo HPV provocam, geralmente, alterações 
morfológicas características, nas quais células superficiais, intermediárias e endocervicais 
apresentam alterações na forma e tamanho do núcleo, hipercromatismo, cromatina 
granulosa e grosseira, detectáveis em citologia de raspados cérvico-vaginais e biópsia. 
Portanto é de grande importância os exames rotineiros de detecção de câncer por meio de 
esfregaços corados – Papanicolau, que permite a visualização das alterações 
citomorfológicas relacionadas ao HPV. 
O diagnóstico do HPV pode ser confirmado por biópsia. O diagnóstico definitivo é 
realizado pela detecção da presença do DNA viral por meio de testes de hibridização 
molecular (hibridização in situ, reação em cadeia de polimerase [PCR], captura híbrida). 
Unidade 11 – Diagnóstico 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Além do teste de Papanicolau, tradicionalmente usado há mais de 30 anos, novas 
tecnologias têm-se juntado ao arsenal diagnóstico disponível para a detecção precoce desse 
tipo de neoplasia, entre as quais incluem a citologia em meio líquido e os testes para 
detecção do HPV por captura híbrida. 
A citologia em meio líquido é um método segundo o qual as células cervicais são 
imersas em líquido conservante antes da fixação da lâmina, o que evita o ressecamento do 
material e reduz a quantidade de artefatos, produzindo menor taxa de exames 
insatisfatórios. 
O prognóstico no câncer de colo uterino depende muito da extensão da doença no 
momento do diagnóstico, estando sua mortalidade fortemente associada ao diagnóstico 
tardio e em fases avançadas. 
As pacientes que são tratadas, quando o tumor está restrito ao cérvix, podem 
esperar uma taxa de sobrevida de 85% ou uma melhor sobrevida em cinco anos. Ao 
contrário, os tumores que se disseminaram além do cérvix para o tecido parametrial e 
paredes pélvicas laterais estão associados com sobrevida em cinco anos de 70% e 50%, 
respectivamente. 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
12 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
No tratamento da infecção pelo HPV, os resultados obtidos com as diferentes condutas 
terapêuticas são parciais, uma vez que, na maioria das vezes, não possibilitam a 
erradicação do vírus. 
No momento, não dispomos de medicamentos de ação sistêmica capazes de 
interferir na replicação viral. Parece haver consenso de que o tratamento da infecção pelo 
HPV restringe-se à destruição ou à excisão das lesões observadas. Assim mesmo, para 
conseguir esse feito, as dificuldades não são pequenas. 
As decisões relacionadas ao início do tratamento da infecção pelo HPV devem ser 
tomadas considerando-se que as modalidades terapêuticas hoje disponíveis, não são 
totalmente eficazes e algumas produzem significativos efeitos colaterais. O tratamento 
pode ser dispendioso. Algumas lesões regridem espontaneamente. 
O objetivo do tratamento da infecção pelo HPV consiste na remoção das lesões 
condilomatosas visíveis e subclínicas, visto que não é possível a erradicação do vírus HPV. 
Mesmo com o tratamento adequado são frequentes recidivas. A escolha do método 
terapêutico depende do número e da topografia das lesões e da associação ou não com 
neoplasia intraepitelial. 
No tratamento são utilizados as seguintes substâncias e métodos terapêuticos: 
 Substâncias: Podofilina, Ácido tricloroacético (ATA), Podofilotoxina, Imiquimo 
de Interferon. 
 Métodos: Eletrocauterização, Crioterapia, Vaporização à laser e Exérese cirúrgica. 
 
Unidade 13 – O HPV e o Câncer de Colo Uterino 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
13 
O HPV E O CÂNCER DE COLO UTERINO 
 
 
 
 
Historicamente, a associação do vírus HPV com o câncer de colo de útero começou no 
final da década de 40 quando médico grego Geórgios Papanicolaou introduziu o exame 
Papanicolau. 
Estudos ao longo dos anos confirmaram a presença do DNA do Papiloma Vírus 
Humano em quase 100% dos epitélios dos carcinomas invasivos de colo de útero, levando 
à tese mundialmente aceita de que a infecção pelo vírus HPV é "causa necessária para o 
desenvolvimento do carcinoma invasivo". Casos do câncer sem a presença do vírus HPV 
são raros e supõe-se, nestas situações, que o carcinoma não foi originado pela infecção 
viral ou possa ter ocorrido falha na detecção do HPV. 
Estudos consistentes possibilitaram o aprofundamento do conhecimento da resposta 
imunológica ao vírus, proporcionando o desenvolvimento de vacinas com baixas doses de 
antígenos e altamente imunogênicas. Porém, a vacina atuará como um meio de prevenção 
ao câncer de colo de útero somente para as mulheres que previamente tiverem acesso a ela 
antes do início da vida sexual. Fora deste contexto, o combate ao câncer cervical deve ser 
feito por meio da detecção de lesões precursoras e seu devido tratamento e seguimento 
clínico. 
Este tipo de câncer é o segundo mais comum entre as mulheres e apesar dos 
avanços nos conhecimentos sobre o HPV, as taxas de morbimortalidade por câncer de colo 
uterino continuam altas em países em desenvolvimento, por ser uma patologia de evolução 
lenta, sem manifestação clínica no seu início e por se tratar de uma infecção de transmissão 
sexual. 
Faz-se necessária a detecção precoce da infecção pelo HPV, pois milhares de 
mulheres já foram expostas a esse vírus e necessitam de acompanhamento adequado para 
que a infecção não progrida para o câncer. 
Para o enfrentamento do câncer, são necessárias ações que incluam: educação em 
saúde em todos os níveis da sociedade; promoção e prevenção orientadas a indivíduos e 
grupos (não esquecendo da ênfase em ambientes de trabalho e nas escolas); geração de 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
opinião pública; apoio e estímulo à formulação de leis que permitam monitorar a 
ocorrência de casos. Para que essas ações sejam bem-sucedidas, será necessário ter como 
base as propostas em informações oportunas e de qualidade (consolidadas, atualizadas e 
representativas) e análises epidemiológicas a partir dos sistemas de informação e vigilância 
disponíveis. 
 
Unidade 14 – HPV e Situações Especiais 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
14 
HPV E SITUÇÕES ESPECIAIS 
 
 
 
 
14.1 GESTANTES 
Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero 
ou seus precursores. O achado destas lesões durante o ciclo grávido puerperal reflete a 
oportunidade do rastreio durante o pré-natal. 
Apesar de a junção escamocolunar no ciclo gravídico puerperal encontrar-se 
exteriorizada na ectocérvice na maioria das vezes, o que dispensaria a coleta endocervical, 
a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação quando 
utilizada uma técnica adequada. 
Recomendação: o rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de 
periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, sendo que a procura ao serviço 
de saúde para realização de pré-natal deve sempre ser considerada uma oportunidade para 
o rastreio (A). 
 
 
14.2PÓS-MENOPAUSA 
Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões 
precursoras do câncer do colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento de 
câncer. 
O rastreamento citológico em mulheres na menopausa pode levar a resultados 
falso-positivos causados pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo, gerando ansiedade 
na paciente e procedimentos diagnósticos desnecessários. 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Mulheres no climatério devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as 
demais mulheres; e, em casos de amostras com atrofia ou ASC-US, deve-se proceder à 
estrogenização local ou sistêmica. 
É fato que o diagnóstico de casos novos de câncer do colo uterino está associado, 
em todas as faixas etárias, com a ausência ou irregularidade do rastreamento. O 
seguimento de mulheres na pós-menopausa deve levar em conta seu histórico de exames. 
Recomendação: mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com 
as orientações para as demais mulheres (A). Caso necessário, proceder à estrogenização 
prévia à realização da coleta, conforme sugerido adiante (vide Exame citopatológico 
normal – Resultado indicando atrofia com inflamação) (B). 
 
 
14.3HISTERECTOMIZADAS 
O rastreamento realizado em mulheres sem colo do útero devido à histerectomia por 
condições benignas apresenta menos de um exame citopatológico alterado por mil exames 
realizados. 
Recomendação: mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, 
sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem 
ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais (D). Em 
casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser 
acompanhada de acordo com a lesão tratada (A). 
 
 
14.4 MULHERES SEM HISTÓRIA DE ATIVIDADE SEXUAL 
Considerando os conhecimentos atuais em relação ao papel do HPV na carcinogênese do 
câncer do colo uterino e que a infecção viral ocorre por transmissão sexual, o risco de uma 
mulher que não tenha iniciado atividade sexual desenvolver essa neoplasia é desprezível. 
Recomendação: não há indicação para rastreamento do câncer do colo do útero e 
seus precursores nesse grupo de mulheres (D). 
 
 
14.5 IMUNOSSUPRIMIDAS 
Alguns fatores de risco diretamente relacionados à resposta imunológica têm sido 
associados à maior chance de desenvolvimento de NIC. Mulheres infectadas pelo vírus da 
Unidade 14 – HPV e Situações Especiais 
 
 
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imunodeficiência humana (HIV), mulheres imunossuprimidas por transplante de órgãos 
sólidos, em tratamentos de câncer e usuárias crônicas de corticosteroides constituem os 
principais exemplos deste grupo. 
A prevalência da infecção pelo HPV e a persistência viral, assim como a infecção 
múltipla (por mais de um tipo de HPV), são mais frequentes nesse grupo de mulheres. Em 
mulheres infectadas pelo HIV, o desaparecimento do HPV parece ser dependente da 
contagem de células CD4+ e lesões precursoras tendem a progredir mais rapidamente e a 
recorrer mais frequentemente do que em mulheres não infectadas pelo HIV. 
Entretanto, mulheres infectadas pelo HIV imunocompetentes, tratadas 
adequadamente com terapia antirretroviral de alta atividade (HAART), apresentam história 
natural semelhante às demais mulheres. 
Existem questionamentos quanto à eficácia do exame citopatológico em mulheres 
infectadas pelo HIV, pela maior prevalência de citologias com atipias de significado 
indeterminado e maior frequência de infecções associadas. Para minimizar os resultados 
falso-negativos, alguns autores preconizam a complementação colposcópica. 
É consenso que, pelas características mencionadas, as mulheres infectadas pelo 
HIV devem ser submetidas ao rastreio citológico de forma mais frequente. 
Diretrizes americanas recomendam a coleta anual da citologia após duas citologias 
semestrais normais e, em mulheres com CD4 abaixo de 200 células/mm3, realizar citologia 
e encaminhar para colposcopia a cada seis meses. 
Também, considerando a maior frequência de lesões multicêntricas, é recomendado 
cuidadoso exame da vulva, incluindo região perianal e da vagina. No caso de a citologia 
mostrar inflamação acentuada ou alterações celulares escamosas reativas, realizar nova 
coleta citológica em três meses, após tratamento adequado. 
Recomendação: o exame citopatológico deve ser realizado neste grupo após o 
início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter 
seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão (B). Mulheres HIV 
positivas com CD4abaixo de 200 células/mm³ devem ter priorizada a correção dos níveis 
de CD4 e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses (B). 
 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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PROMOÇÃO DA SAÚDE 
 
 
 
 
A atuação de uma equipe multiprofissional e principalmente o enfermeiro, podem realizar 
ações que atuem sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença e promovam 
qualidade de vida são fundamentais para a melhoria da saúde da população e o controle das 
doenças e dos agravos. 
Para o controle do câncer do colo do útero, a melhoria do acesso aos serviços de 
saúde e à informação são questões centrais. Isso demanda mudanças nos serviços de saúde, 
com ampliação da cobertura e mudanças dos processos de trabalho, e também articulação 
intersetorial, com setores do setor público e sociedade civil organizada. 
O amplo acesso da população a informações claras, consistentes e culturalmente 
apropriadas a cada região deve ser uma iniciativa dos serviços de saúde em todos os níveis 
do atendimento. 
O controle do tabagismo pode ajudar a minimizar o risco de câncer do colo do útero 
e é também uma das prioridades da Política Nacional de Promoção da Saúde. 
 
 
Avaliação 
 
31 
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expressa do autor (Artigo 29). 
AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site 
www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual 
ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado. 
 
 
1. Os HPVS são agentes infecciosos pertencentes ao grupo dos: 
a. Bacilos 
b. Protozoários 
c. Vírus 
d. Helmintos 
 
2. Em relação à transmissão do HPV: 
a. Há indícios que objetos contaminados (fômites) podem causar contaminação, 
porém com risco mínimo. 
b. O HPV é sexualmente transmissível. 
c. Pode ocorrer contaminação de mãe para filho. 
d. Todas as alternativas acima estão corretas. 
 
3. De acordo com o potencial de oncogenicidade, assinale a alternativa incorreta: 
a. Considera-se de Baixo risco lesões de médio grau com NIC I e II; 
b. Ao Alto Risco estão relacionados aproximadamente 70% dos casos de câncer 
cervical invasivo e mais de 90 % das lesões intraepiteliais graves NIC II, NIC III; 
c. O tipo CP6108 é de Baixo Risco; 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
d. Os tipos 6 e 11 causam a maioria das verrugas genitais visíveis na vulva, vagina, 
colo uterino, pênis, bolsa escrotal, uretra e ânus. 
 
4. Assinale a alternativa correta: 
I. Os Papilomavírus Humanos infectam apenas os seres humanos.II. O genoma do HPV é constituído por RNA circular de dupla hélice. 
III. Os HPVs infectam os tecidos epiteliais cutâneos e mucosos. 
IV. De acordo com o potencial oncogenicidade os HPVs podem ser divididos em alto 
risco oncogênico e baixo risco oncogênico. 
Estão corretas as afirmativas: 
 
a. I e III 
b. I e IV 
c. II e III 
d. III e IV 
 
5. Sobre o período de incubação do HPV e sua transmissibilidade é correto afirmar: 
a. Apesar de ser considerada uma condição necessária, a infecção pelo HPV por si só 
não representa uma causa suficiente para o surgimento dessa neoplasia; 
b. O homem não é um reservatório do vírus. 
c. O período de transmissibilidade é conhecido e determinado. 
d. O HPV é um vírus que não consegue permanecer no estado latente por muitos anos. 
 
6. A descoberta de que as verrugas genitais e o câncer cervical estão relacionados com a 
etiologia do HPV levou ao desenvolvimento de vacinas que podem prevenir o Câncer 
de Colo do Útero. Sobre a Vacina contra o vírus HPV: 
I. O conhecimento da biologia viral é essencial para o desenvolvimento destas 
vacinas que contém o vírus atenuado, gerando anticorpos neutralizantes dirigidos às 
proteínas L1 e L2 do capsídeo, a qual tem papel importante na entrada do vírus na 
célula. 
Avaliação 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
II. A vacina quadrivalente evita todos os tipos de lesões de colo de útero classificadas 
como NIC I, II e III, em qualquer fase da infecção. 
III. A vacinação preventiva deve ser administrada antes da infecção pelo HPV, a fim de 
ajudar o sistema imune a reconhecer e evitar a infecção viral antes da entrada do 
vírus na célula, ou antes que a doença se estabeleça. 
IV. Estas vacinas, que tem efeito profilático sobre o HPV, são constituídas pelo vírus 
recombinante monoinfeccioso. 
Estão incorretas: 
 
a. Apenas I 
b. Apenas I e III; 
c. Apenas II 
d. Todas as alternativas estão incorretas. 
 
7. O diagnóstico da infecção pelo HPV é clínico, epidemiológico e laboratorial, 
observando-se suas formas de apresentação. É incorreto afirmar: 
a. O diagnóstico da forma clínica é feito através da anamnese e do exame físico. 
b. A forma subclínica é visível a olho nu. 
c. Lesões cervicais subclínicas podem ser detectadas por colpocitologia oncótica. 
d. O diagnóstico do HPV pode ser confirmado por biópsia. 
 
8. No tratamento da infecção pelo HPV é correto afirmar: 
a. Os métodos terapêuticos, comprovadamente, podem erradicar o vírus. 
b. O objetivo do tratamento consiste na remoção das lesões condilomatosas visíveis e 
subclínicas. 
c. Na escolha do método terapêutico não deve ser levado em consideração o número e 
a topografia das lesões nem a associação ou não com neoplasia intra-epitelial. 
d. A Eletrocauterização é contraindicada no tratamento das lesões do HPV. 
 
9. Estudos comprovaram a relação do HPV e o Câncer de Colo de Útero. 
HPV e o Câncer de Colo de Útero 
 
 
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I. O exame Papanicolau é conhecido como exame preventivo do câncer de colo de 
útero. 
II. O Papanicolau tem como finalidade apenas detectar células com risco de câncer. 
III. Casos do câncer sem a presença do vírus HPV são muito raros. 
Estão corretas: 
 
a. I e II 
b. I e III 
c. Apenas I 
d. Apenas II 
 
10. Em relação as formas de apresentação da infecção, marque a opção correta: 
a. As lesões surgem em regiões como vulva, períneo, colo, vagina e região perianal na 
mulher. Enquanto o homem não apresenta em nenhum lugar do corpo, em nenhum 
momento da infecção. 
b. As lesões podem aparecer na forma de verrugas genitais e serem chamadas de 
diversas maneiras, desde condilomas ou mais popularmente como crista de galo, 
figueira, cavalo de crista ou jacaré de crista. 
c. As infecções por HPV nunca são sintomáticas, ou seja, quando a forma clinica é 
evidenciável, com observação a olho nu ou assintomáticas. 
 
Referência 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda 
mais o seu conhecimento. 
 
 
BRASIL. Inca (Org.). Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Coordenação de 
Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: Inca, 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle de cânceres 
do colo do útero e da mama. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Atenção Básica. – 2ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 
CAMPBELL, U. Nova vacina contra HPV, fonte: correio Brasiliense, 2008. 
DIRETRIZES brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Instituto 
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. 
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de 
Janeiro: INCA, 2016. 
ENCINA, G.M. A.; ALVES, C.S.R. Papiloma vírus Humano (HPV): sua relação com 
câncer de colo Uterino. 62ª Reunião Anual da SBPC. Ciências do Mar: herança para o 
futuro. Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal, RN: 2010 
MURTA, G.F. Saberes e Práticas: Guia para ensino e aprendizado de enfermagem – 4ª. 
ed. Ver e ampl. – São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2008. 
NADAL, L. R. M; NADAL, S. R. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Indicações da 
Vacina Contra o HPV. Rev bras.colo-proctol.vol.28 no.1 Rio de Janeiro Jan/Mar. 2008. 
OLIVEIRA, M. D. C. Vacina contra o câncer do colo do útero HPV, 2008. 
 
 
 
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